O
ministro da Saúde, Arthur Chioro, lançou nesta terça-feira (27) o aplicativo
Saúde na Copa, iniciativa que irá aprimorar a vigilância participativa no
Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo a detecção mais rápida de doenças
durante a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. A ferramenta já está disponível
para download, gratuitamente, nas lojas virtuais Play Store e Apple Store nos
idiomas português, inglês e espanhol. O aplicativo é destinado aos torcedores
brasileiros e estrangeiros e foi lançado durante a apresentação do Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS),
em Brasília.
Na
prática, os torcedores poderão ajudar técnicos do SUS a mapear ocorrências de
sintomas similares em uma determinada localidade. Para isso, o torcedor
indicará diariamente qual é a sua condição de saúde (muito bem, bem, mal ou
muito mal). A partir dos resultados, o Ministério da Saúde,
em conjunto com os governos municipais e estaduais poderá adotar as
providências necessárias para informar e proteger a população.
O
ministro da Saúde, Arthur Chioro, destacou a importância da iniciativa em um
evento como a Copa do Mundo, em que se espera a circulação de milhões de
turistas brasileiros e estrangeiros nas 12 cidades-sede. “A estratégia é
construir, junto com os torcedores brasileiros e estrangeiros, um processo de
monitoramento que possa identificar precocemente tendências de síndromes ou
mesmo enfermidades transmissíveis. Desta forma, conseguimos antecipar o
processo de intervenção, o que é essencial para o atendimento eficaz. Por isso a
importância da sociedade contribuir no processo de cuidado da saúde da
comunidade neste projeto de vigilância participativa”, afirma.
O
Centro Integrado de Operações Conjuntas de Saúde (CIOCS), do Ministério da
Saúde, será responsável por acompanhar e analisar as informações coletadas por
meio do aplicativo. O CIOCS será ativado em Brasília, nesta quarta-feira (28),
na sede do Ministério, e irá monitorar a situação de saúde e a capacidade de
atendimento de cada sede, além da demanda por atendimento e vigilância, bem
como organizar respostas coordenadas durante o Mundial.
Caso
o torcedor informe que não está bem, deverá indicar um ou mais sintomas em uma
lista com dez sinais, como febre, falta de ar, náuseas, vômitos e dor de
cabeça. O torcedor também deve informar se teve contato ou conhece alguém com
algum dos sintomas descritos nos últimos sete dias e se procurou um serviço de
saúde. Na medida em que muitos torcedores de uma mesma região informam sintomas
semelhantes, as equipes de vigilância conseguem identificar possíveis causas e
atuar na prevenção de forma mais ágil. É importante, contudo, que o torcedor
procure atendimento especializado na unidade de saúde mais próxima.
Informaçõs
úteis – Além de contribuir para
o monitoramento da vigilância, o torcedor terá acesso a informações como
localização dos hospitais públicos e privados, além de farmácias mais próximas,
com auxílio de mapas. Também terá à disposição informações sobre cuidados de saúde
e prevenção de doenças, com acesso direto ao Twitter do Ministério da Saúde e
direcionamento para o Portal Saúde do Viajante, que contém dicas práticas e
informações essenciais que ajudam os turistas nacionais e estrangeiros a
proteger a sua saúde durante a viagem.
Ao
instalar o aplicativo, o torcedor realiza um cadastro, que inclui o apelido,
idade, sexo e e-mail e, ainda, indica uma senha para acesso a ferramenta. A
partir disso, passa a colaborar com as equipes de vigilância. Na medida em que
interage informando diariamente como está a sua saúde, evolui para categorias
profissionais como jogador. De acordo com a carreira, as arenas também vão
sendo modificadas. Se o torcedor informar a condição de saúde em dias de jogos,
ganha 3 pontos, mas se atualizar em um dia sem jogos, adquire um ponto. Essa
pontuação o ajudará a atingir o nível de jogador profissional.
O
torcedor também poderá conhecer mais sobre as arenas e acompanhar o calendário
dos jogos e locais de suas partidas e ainda terá a disposição telefones e
endereços de consulados no Brasil.
A
iniciativa pioneira é da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde em parceria com as cidades-sede dos jogos. O software do aplicativo foi
doado pela Organização Não Governamental (ONG) Skoll Global Threats Fund, com
apoio operacional da ONG Training in Public Health Intervention Network
(Tephinet).
Fonte: Amanda Costa / Agência Saúde
Disponível em:
http://www.blog.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=34005&catid=578&Itemid=122
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