terça-feira, 27 de outubro de 2015

Relatório OMS: Informe mundial sobre envelhecimento e saúde.

Do site: FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO - BOLETIM DE POLÍTICA SOCIAL

TÍTULO ORIGINAL: Envelhecimento saudável: relatório da OMS discute respostas às mudanças demográficas no mundo


"Segundo relatório recém lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), hoje a maioria das pessoas pode esperar viver até os 60 anos ou mais, o que, combinado à queda acentuada nas taxas de fertilidade, levam ao rápido envelhecimento das populações em todo o mundo. Contudo, a amplitude das oportunidades que surgem com o aumento da longevidade dependerá muito de sua saúde. Essas questões exigem estratégias de políticas públicas para preparar os países para as mudanças demográficas em curso e garantir o envelhecimento saudável.

Um dos desafios a essa questão, segundo o relatório, é que muitas percepções e suposições são baseadas em estereótipos ultrapassados e ainda é necessário combater a discriminação etária. O relatório propõe o envelhecimento saudável como uma perspectiva que integre as políticas de Estado (referindo-se às políticas de transporte, habitação, trabalho, proteção social, informação e comunicação, bem como serviços de saúde e cuidados de longo prazo) e com a preparação ao longo da vida para atingir uma velhice saudável e com autonomia.

Segundo o relatório, o ritmo de envelhecimento da população, em muitos países, é bem maior do que no passado: a figura abaixo mostra, por exemplo, que enquanto a França teve em torno de 150 anos para se adaptar ao aumento de 10% para 20% de sua população de mais de 60 anos, países como o Brasil, China e Índia farão a mesma transição em um período de 20 anos.

O relatório ainda cita como exemplos os programas brasileiros Saúde da Família e Farmácia Popular (nacionais) e o projeto de planos de cuidados personalizados para idosos na Rocinha (Rio de Janeiro – RJ) como exemplo de boas práticas."

Clique aqui para ter acesso ao relatório.

Fontes:
http://novo.fpabramo.org.br/content/fpa-informa-pol%C3%ADtica-social-234
http://www.who.int/en/

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Projeto de Lei em GO obriga receitas médicas digitalizadas.


Do site: JORNAL OPÇÃO - GO

TÍTULO ORIGINAL: 

Deputado cria lei que obriga receitas médicas digitalizadas


"O deputado estadual Lissauer Vieira (PSD) criou um projeto de lei que obriga que os receituários médicos sejam digitalizados. Além disso, deverão apresentar o carimbo do profissional e sua assinatura. A lei valerá para todos os hospitais públicos e privados de todo o estado.
Segundo o deputado, a legislação atual não garante que as receitas sejam legíveis, o que pode causar sérios problemas ao paciente. Para Lissauer, o projeto n° 2647/15 é uma maneira de tentar impedir que erros de interpretação das receitas, causados pelas letras muitas vezes ilegíveis dos profissionais, acarretem danos ao usuário do remédio". 
Para ter acesso ao Projeto, clique aqui e busque o PROCESSO 2015002647
 Fonte: 
http://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/deputado-cria-obriga-receitas-medicas-digitalizadas-42159/
http://al.go.leg.br/deputado/processos/id/2108

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

CSSF realizará audiência sobre Fosfoetanolamina.

Foi aprovado no dia 14 de outubro, na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, o Requerimento 228/2015, de autoria do Deputado Adelmo Leão, solicitando a " a realização de Audiência Pública visando a discussão sobre os efeitos da Fosfoetanolamina no tratamento do Câncer". O requerimento aprovado foi Subscrito pelos Deputados Odorico Monteiro, Leandre e Carmen Zanotto.

A audiência está marcada para o dia 29 de outubro.




Fonte: 

http://www.oncoguia.org.br/conteudo/legislativo-agendada-audiencia-para-fosfoetanolamina-sintetica/8350/191/
http://www2.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2017415

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Fórum Nac. do Ciclo de Debates em Vig. Sanitária: Vagas abertas!

A Anvisa abriu cem vagas para a participação no Fórum Nacional do Ciclo de Debates em Vigilância Sanitária que acontecerá em Brasília, de 21 a 23 de outubro, no Hotel Imperial. Os interessados nestas vagas abertas devem custear todas as suas despesas de participação no evento. As inscrições podem ser feitas até a meia-noite do dia 19 de outubro pelo e-mail, forum.nacional@anvisa.gov.br.Os interessados devem informar seu nome, telefone de contato e instituição a qual pertencem.
Fonte:  http://www.blog.saude.gov.br/promocao-da-saude/50266-a-anvisa-abriu-cem-vagas-para-a-participacao-no-forum-nacional-do-ciclo-de-debates-em-vigilancia-sanitaria

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

TCU promove Diálogo Público sobre judicialização da saúde no Brasil.

O Tribunal de Contas da União (TCU) promoveu, na quinta-feira da próxima semana  o Diálogo Público “Judicialização da Saúde no Brasil”, com o objetivo de: "fomentar o debate sobre a busca da concretização do direito à saúde e do acesso a bens e serviços de saúde por meio de ações junto ao Poder Judiciário". 
Os Diálogos Públicos são eventos promovidos pelo Tribunal de Contas da União com o objetivo de trocar informações e conhecimentos com a sociedade, o Congresso Nacional e os gestores públicos.
Segundo o site do TCU: "Além de realizar este Diálogo Público, o Tribunal de Contas da União pretende, por meio de auditoria operacional, identificar o perfil, o volume e o impacto das ações judiciais na área da saúde pública, bem como verificar a atuação do Ministério da Saúde e de outros órgãos e entidades na mitigação desses efeitos negativos da judicialização da saúde nos orçamentos e no acesso dos usuários do sistema".
O Ministro Ministro Marcelo Castro e  Secretário da SCTIE/MS,  Adriano Massuda, participaram da atividade.
Abaixo, o vídeo do evento:




Fontes: 
http://portal.tcu.gov.br/imprensa/noticias/tcu-promove-dialogo-publico-sobre-judicializacao-da-saude-no-brasil.htm
https://www.youtube.com/watch?v=U6JzSEBXFH8

Portaria institui GT de Assistência Farmacêutica em pediatria.



PORTARIA No- 62, DE 15 DE OUTUBRO DE 2015
Institui Grupo de Trabalho de Assistência Farmacêutica em pediatria.


O SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS, no uso de suas atribuições legais, e

Considerando o artigo 227 da Constituição Federal de 1988, que define como dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, a efetivação de seus direitos, reafirmado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre a proteção integral;

Considerando a Portaria GM/MS n.º 1.459, de 24 de junho de 2011, que institui no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha, que consiste numa rede de cuidados que visa assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis;

Considerando a Portaria GM/MS n.º 399, de 22 de fevereiro de 2006, que aprova as Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde 2006;

Considerando a Resolução n.º 338, de 6 de maio de 2004, do Conselho Nacional de Saúde, que aprovou a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, com definição de seus princípios e eixos estratégicos;

Considerando a Portaria n.º 1.130, de 5 de agosto de 2015 que institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);

Considerando a Portaria GM/MS n.º 1, de abril de 2013, que Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), com a definição da necessidade de se desenvolver estratégias, produtos e ações direcionadas aos gestores, profissionais e usuários da saúde
sobre segurança do paciente;

Considerando a necessidade de promover a integralidade da atenção e cuidado da criança, na perspectiva da melhoria de sua qualidade de vida e redução da morbimortalidade na infância no País;

Considerando a importância da promoção de medidas que garantam o uso seguro e racional de medicamentos; e Considerando a importância de estabelecer diretrizes que garantam melhorias na gestão de modo que as instituições operem com maior eficiência e qualidade, resolve:

Art. 1º Instituir Grupo de Trabalho com a finalidade de identificar as necessidades de medicamentos em formas farmacêuticas adequadas a população pediátrica e propor diretrizes e estratégias para disponibilização dos mesmos.

§ 1º O Grupo de Trabalho de que trata este artigo será composto pelos representantes (titular e suplente) das áreas e entidades abaixo relacionadas, atuando sob a coordenação do primeiro:

I. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF/SCTIE/MS);
II. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde (DGITS/SCTIE/MS);
III. Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde (DECIIS/SCTIE/MS);
IV. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES/SAS/MS);
V. Departamento de Atenção Hospitalar e Urgência (DAHU/SAS/MS);
VI. Departamento de Atenção Especializada e Temática (DAET/SAS/MS);
VII. Departamento de Gestão da Saúde Indígena (DGESI/SESAI/MS);
VIII. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA);
IX. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS);
X. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp);
XI. Grupo de Pesquisa em Melhores Medicamentos para Crianças (MeMeCri) da Universidade Federal do Ceará (UFC);
XII. Instituto para Práticas Seguras no Uso dos Medicamentos (ISMP Brasil).

§ 2º Para a execução do trabalho deverão ser observados os diferentes níveis de complexidade da assistência prestada e a incorporação tecnológica existente.

§ 3º As funções dos membros do Grupo não serão remuneradas e o seu exercício será considerado de relevância pública.

Art. 2º O Grupo de Trabalho terá prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, prorrogáveis por igual período, a contar da publicação desta Portaria, para apresentar relatório com o diagnóstico das necessidades e com as diretrizes e estratégias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.


ADRIANO MASSUDA

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

USP: Fosfoetanolamina não é remédio!



Título Original: USP DIVULGA COMUNICADO SOBRE A SUBSTÂNCIA FOSFOETANOLAMINA

Do site da USP 

Os fatos sobre a fosfoetanolamina

Fosfoetanolamina não é remédio

A Universidade de São Paulo (USP) foi envolvida, nos últimos meses, na polêmica do uso de uma substância química, a fosfoetanolamina, anunciada como cura para diversos tipos de cânceres. Por liminares judiciais, a Universidade foi obrigada a fornecer o produto para os que a solicitam. Em respeito aos doentes e seus familiares, a USP esclarece:
Essa substância não é remédio. Ela foi estudada na USP como um produto químico e não existe demonstração cabal de que tenha ação efetiva contra a doença: a USP não desenvolveu estudos sobre a ação do produto nos seres vivos, muito menos estudos clínicos controlados em humanos. Não há registro e autorização de uso dessa substância pela Anvisa e, portanto, ela não pode ser classificada como medicamento, tanto que não tem bula.
Além disso, não foi respeitada a exigência de que a entrega de medicamentos deve ser sempre feita de acordo com prescrição assinada por médico em pleno gozo de licença para a prática da medicina. Cabe ao médico assumir a responsabilidade legal, profissional e ética pela prescrição, pelo uso e efeitos colaterais – que, nesse caso, ainda não são conhecidos de forma conclusiva – e pelo acompanhamento do paciente.
Portanto, não se trata de detalhe burocrático o produto não estar registrado como remédio – ele não foi estudado para esse fim e não são conhecidas as consequências de seu uso.
É compreensível a angústia de pacientes e familiares acometidos de doença grave. Nessas situações, não é incomum o recurso a fórmulas mágicas, poções milagrosas ou abordagens inertes. Não raro essas condutas podem ser deletérias, levando o interessado a abandonar tratamentos que, de fato, podem ser efetivos ou trazer algum alívio. Nessas condições, pacientes e seus familiares aflitos se convertem em alvo fácil de exploradores oportunistas.
A USP não é uma indústria química ou farmacêutica. Não tem condições de produzir a substância em larga escala, para atender às centenas de liminares judiciais que recebeu nas últimas semanas. Mais ainda, a produção da substância em pauta, por ser artesanal, não atende aos requisitos nacionais e internacionais para a fabricação de medicamentos.
Por fim, alertamos que a substância fosfoetanolamina está disponível no mercado, produzida por indústrias químicas, e pode ser adquirida em grandes quantidades pelas autoridades públicas. Não há, pois, nenhuma justificativa para obrigar a USP a produzi-la sem garantia de qualidade.
Os mandados judiciais serão cumpridos, dentro da capacidade da Universidade. Ao mesmo tempo, a USP está verificando o possível envolvimento de docentes ou funcionários na difusão desse tipo de informação incorreta. Estuda, ainda, a possibilidade de denunciar, ao Ministério Público, os profissionais que estão se beneficiando do desespero e da fragilidade das famílias e dos pacientes.
Nada disso exclui, porém, que estudos clínicos suplementares possam ser desenvolvidos no âmbito desta Universidade, essencialmente dedicada à pesquisa e à ciência.
Fonte: http://www5.usp.br/99485/usp-divulga-comunicado-sobre-a-substancia-fosfoetanolamina/

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Ritalina, uma perigosa "facilidade" para os pais.

Publicado em CARTA CAPITAL 

A busca por soluções fáceis, o diagnóstico equivocado e a incompreensão dos pais acerca da agitação natural das crianças elevou o Brasil ao posto de segundo maior consumidor de Ritalina do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos.

O dado, do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos, é alarmante. Ritalina é o nome comercial do metilfenidato, medicação que promete tratar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, ou TDAH, e os principais consumidores da droga tarja preta são crianças e adolescentes.

Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de 8% a 12% das crianças no mundo foram diagnosticadas com TDAH, e a suspeita dos pais de que os filhos tenham o transtorno é o principal motivo que os leva aos médicos. Em 2010 foram vendidas 2,1 milhões de caixas de metilfenidato. Em 2013, foram 2,6 milhões.

Para conversar sobre o uso indiscriminado de Ritalina e sua consequências, CartaCapital entrevistou Wagner Ranña, médico psiquiatra com experiência em saúde mental da infância e docente do Sedes Sapietiae, um instituto dedicado à saúde mental, à educação e à filosofia.

CartaCapital: O Brasil é o segundo maior consumidor de Ritalina do mundo. A que se deve isso?

Wagner Ranña: No Brasil, a rede voltada para assistência aos problemas de saúde mental da criança e do adolescente é muito precária -- o que não é privilégio do Brasil, este problema afeta a quase todos os países. As crianças com dificuldades de comportamento, agitadas e irrequietas são vistas como doentes pelos profissionais da psiquiatria biológica e da neurociência, e então eles receitam remédios. Como consequência, temos um número elevadíssimo de crianças recebendo medicação, mas sem se discutir se a ela é mesmo necessária ou se é a melhor forma de cuidado.

Na visão do nosso grupo de trabalho no Sedes Sapientiae, que tem um histórico no cuidado com a saúde mental da criança, é de tentar entender o sofrimento psíquico e os problemas de comportamento. E não ver isso de pronto como um problema, porque a maioria são só crianças agitadas. E, no mundo da rapidez, ironicamente, elas são colocadas como doentes. Estamos desperdiçando jovens que poderiam ser sujeitos muito ágeis, como atletas e músicos.

CC: Há efeitos colaterais no uso do remédio?

WR: Além de causar dependência, a Ritalina provoca muitos outros efeitos colaterais: as crianças emagrecem, têm insônia, podem ter dor de cabeça e enurese [incontinência urinária]. E, apesar de sua fama, não tenho uma experiência de eficácia da droga, mesmo em casos em que ela deveria ser usada. Percebo que o trabalho de terapia, de orientação e cuidado real com a criança dá muito mais resultado.

Começamos a passar para a criança a cultura de que um comprimido resolve tudo na vida, de que não existe mais solução pelo pensamento, pela conversa, pelo afeto e pela compreensão. O mundo todo é agitado, as pessoas são desatenciosas umas com as outras, e as crianças é que acabam tachadas de hiperativas.

Outra coisa, as crianças falam assim para mim: “eu sou um TDAH” ou “eu sou o da Ritalina”. Elas se colocam nesse lugar de alguém doente, com um déficit. A vida deles vira isso.
Tratar com drogas as crianças agitadas ou com dificuldade de aprendizagem é deixar de questionar o método de ensino, o consenso da escola, e a subjetividade da criança diante do aprendizado. É uma atitude muito imediatista.

CC: E quais são as alternativas ao tratamento com a droga?

WR: Tenho visto muitas crianças que, por trás da agitação, estão submetidas a uma violência, um abuso, ou a uma situação psicopedagógica não adequada. Colocar tudo como sendo um problema do cérebro da criança é muito antiético, é não levar em conta sofrimentos e as necessidades que ela está expressando.

Por exemplo, outro dia atendi uma menina que a mãe dizia ser hiperativa e precisava de Ritalina. Em cinco minutos de conversa descobri que ela tinha vivido uma situação em que o pai tentou matar a mãe. Essa criança estava angustiada, não era hiperatividade.
É claro que cada caso é um caso, há crianças realmente hiperativas e que precisam de um cuidado. Ainda assim têm muitas medicadas de maneira incorreta. E estamos vivendo uma epidemia de transtornos, ou supostos transtornos. Então além dessa medicalização excessiva, há uma falta de projetos terapêuticos para o sofrimento psíquico na infância, que é grande. Isso facilita a medicalização da infância, pois sem equipes treinadas é mais fácil só dar o remédio.

CC: Há quem exagere ou finja sintomas para conseguir a receita?

WR: Sou totalmente contrário o uso de questionários com pontos para o diagnóstico de sofrimento psíquicos [como fazem muitos psiquiatras]. Isso não é ver a criança eticamente. E os adolescentes podem fingir mesmo, porque querem tomar Ritalina para ter um bom desempenho na prova, ter mais energia para estudar.

A Ritalina é uma anfetamina associada a drogas com ação na atividade cerebral. A cocaína e as anfetaminas são consumidas por atletas que querem mais rapidez, pelos executivos que querem ficar acordados para trabalhar mais, pelos motoristas que querem fazer uma viagem e não dormir. É um verdadeiro doping.

Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/ritalina-uma-perigosa-facilidade-para-pais-8006.html


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Parabéns ao povo nordestino!

Este humilde blog parabeniza ao povo nordestino pelo seu dia...aliás, não só pelo dia, mas pela alegria, pelo carinho com que recebem os visitantes,  pelo humor incomparável, pelas belas terras e lindas festas. Parabéns pelos filhos que deram a esta nação, pela contribuição com o crescimento de nosso país, pela garra. Parabéns por serem quem são!




Mais uma vez, médico manda recado para farmacêutico pela receita.

A primeira vez que se teve notícia do uso de receituário para enviar recado ao farmacêutico foi em 2012. Talvez não tenha sido a primeira vez, mas foi a primeira com grande repercussão na imprensa.  Este humilde blog publicou a seguinte postagem sobre o tema: "Médico utiliza receita para mandar recado a farmacêutico" - http://marcoaureliofarma.blogspot.com.br/2012/08/medico-utiliza-receita-para-mandar.html

A receita em questão segue abaixo: 


Agora, pela segunda vez um receituário é usado para enviar nova mensagem ao farmacêutico. Neste blog fizemos a postagem: "Receita médica insulta profissional farmacêutico" - http://marcoaureliofarma.blogspot.com.br/2015/10/receita-medica-insulta-profissional.html

A receita em questão, segue abaixo: 


Se tiver uma história semelhante, envie para o blog: oblogdomarcoaurelio@gmail.com. 


Entidades repudiam médico que insultou farmacêutico.

Fenafar e Sindicato dos Farmacêuticos do Maranhão repudiam manifestação preconceituosa e desrespeitosa com a categoria farmacêutica.

O Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Maranhão (SINFARMA) e a Federação Nacional dos Farmacêuticos (FENAFAR) repudiam, de forma veemente, a atitude desrespeitosa, desqualificada e afrontosa com que o médico João Melo Bentivi (CRM/MA 1477) tratou o colega farmacêutico (a), no dia 01 de Outubro de 2015, ao prescrever em receituário da SuperClínica. 

Na ocasião, ele escreveu no receituário ofensas contra o (a) farmacêutico (a), tais como “imbecil e analfabeto”, tentando desqualificar o colega, de maneira indigna.

Os farmacêuticos são uma categoria de profissionais de nível superior, com compromissos e condutas a serem cumpridas e que integram a equipe multiprofissional de saúde, com missão específica. Exigem o merecido respeito profissional e o reconhecimento de que todas as profissões da saúde são fundamentais para uma assistência integral.

As entidades que subscrevem esta nota consideram que a conduta desqualificada do médico João Melo Bentivi é grave e precisa ser apurada pelas autoridades competentes, colocando-se à disposição do (a) colega farmacêutico (a) na defesa dos direitos previstos na legislação vigente.

Federação Nacional dos Farmacêuticos - Fenafar
Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Maranhão - Sinfarma
Sindicato dos Farmacêuticos do Acre
Sindicato dos Farmacêuticos do Amazonas
Sindicato dos Farmacêuticos da Bahia
Sindicato dos Farmacêuticos do Ceará
Sindicato dos Farmacêuticos do Espírito Santo
Sindicato dos Farmacêuticos de Goiás
Sindicato dos Farmacêuticos do Mato Grosso
Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais
Sindicato dos Farmacêuticos da Paraíba
Sindicato dos Farmacêuticos do Paraná
Sindicato dos Farmacêuticos de Pernambuco
Sindicato dos Farmacêuticos do Piauí
Sindicato dos Farmacêuticos de Roraima
Sindicato dos Farmacêuticos do Rio Grande do Norte
Sindicato dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul
Sindicato dos Farmacêuticos de Santa Catarina
Sindicato dos Farmacêuticos de Sergipe

Fonte: http://www.fenafar.org.br/fenafar/component/k2/item/8310-nota-de-rep%C3%BAdio-ao-m%C3%A9dico-jo%C3%A3o-melo-bentivi

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

CFF pede rigor na apuração da conduta do médico que insultou farmacêutico.

Após tomar conhecimento do caso em que um médico no Maranhão insultou um profissional farmacêutico, através de um receituário, o Conselho Federal de Farmácia encaminhou ofício ao Conselho Federal de Medicina, solicitando "rigor na apuração da conduta antiética praticada".

O assunto, que dominou as redes sociais no dia de ontem, foi pauta dos jornais e programas televisivos, ganhando enorme repercussão.

Este humilde blog ontem fez a divulgação: "Se não entendo a letra na receita, não dispenso..."



Veja abaixo os ofícios encaminhados pelo Conselho Federal de Farmácia:




Saiba mais no site do CFF: 
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=3192&titulo=CFF+pede+rigor+na+puni%C3%A7%C3%A3o+de+ato+anti-%C3%A9tico+de+m%C3%A9dico+contra+farmac%C3%AAutico+no+Maranh%C3%A3o

"Se não entendo a letra na receita, não dispenso..."




terça-feira, 6 de outubro de 2015

Receita médica insulta profissional farmacêutico.

Circula na internet uma receita médica, com insultos a um farmacêutico. Abaixo a receita:



Abaixo, a nota emitida pelo Conselho Regional de Farmácia do Maranhão, disponível em seu site: http://www.crfma.org.br/index.php/blogs/item/199-nota-de-esclarecimento


"O Conselho Regional de Farmácia do Estado do Maranhão, diante da repercussão perante a classe farmacêutica de um receituário onde o prescritor médico, João Melo e Sousa Bentivi, usa o mesmo para insultar um profissional farmacêutico, esclarece o seguinte: 

O CRF-MA em nome da classe farmacêutica repudia, veementemente, o ato ao tempo que se entristece por se tratar de um profissional da área da saúde, tanto quanto o farmacêutico. 

No entanto, para não agirmos da mesma forma, ou seja, com desrespeito e falta de ética, estamos analisando o ocorrido e buscando mais informações para tomarmos as providências cabíveis perante o Conselho Regional de Medicina do Maranhão, bem como, nos solidarizarmos com o profissional farmacêutico, para também serem tomadas as medidas cabíveis para desagravar e reparar o insulto que refletiu em toda a classe farmacêutica. - 

See more at: http://www.crfma.org.br/index.php/blogs/item/199-nota-de-esclarecimento#sthash.SKCzCIex.dpuf

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Min.Saúde publica recomendações sobre uso abusivo de medicamentos na infância.

Por Cristiane Madeira Ximenes, com colaboração de Rubens Bias Pinto

Brasil é o segundo maior mercado consumidor de Ritalina do mundo.
As Coordenações Gerais de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, Saúde dos Adolescentes e dos Jovens e a Coordenação de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde divulgaram nesta quinta-feira (01/10) uma recomendação para que Estados e Municípios publiquem protocolos de dispensação de metilfenidato, cujo nome comercial é Ritalina ou Concerta, seguindo recomendações nacionais e internacionais para prevenir a excessiva medicalização de crianças e adolescentes.
A medida foi tomada diante da tendência de compreensão de dificuldades de aprendizagem como transtornos biológicos a serem medicados, do aumento intenso no consumo de metilfenidato e dos riscos associados ao consumo desse medicamento.
Segundo manifesto do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, articulação de entidades acadêmicas e da sociedade civil, o Brasil vive um processo crescente de medicalização, entendido como o processo que transforma, artificialmente, questões não médicas em problemas médicos.
Dados expostos na recomendação do Ministério da Saúde indicam que o Brasil se tornou o segundo mercado mundial no consumo do metilfenidato, com cerca de 2.000.000 de caixas vendidas no ano de 2010, e apontam para um aumento de consumo de 775% nos últimos 10 anos no Brasil.
Segundo o documento, as estimativas de prevalência de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças e adolescentes no Brasil são bastante discordantes, com valores de 0,9% a 26,8%. O TDAH não pode ser confirmado por nenhum exame laboratorial ou de imagem, o que gera, inclusive, questionamentos quanto a sua existência enquanto diagnóstico clínico. Os custos anuais de tratamento, segundo estudo publicado em 2014, variam de R$ 375,40 até R$4.955,38.
Experiências das Prefeituras de São Paulo (Portaria nº 986/2014) e Campinas/SP mostram como a publicação de protocolos pode contribuir para a diminuição da prescrição excessiva do medicamento.
Por fim, a medida segue orientação da 26ª Reunião de Altas Autoridades em Direitos Humanos (RAADH) do MERCOSUL, realizada em 6 de julho, em Brasília, que afirmou a importância de garantir o direito de crianças e adolescentes a não serem excessivamente medicados e recomendou o estabelecimento de diretrizes e protocolos clínicos.
Fonte:
O conteúdo completo pode ser acessado no link:



sábado, 3 de outubro de 2015

Uso Racional de Medicamentos - documentário do "Saúde Brasil"

Parte I


Parte II




"Trafico de remédios é mais rentável que o de drogas"

DO SITE BRASIL 247 - SAÚDE 247 em parceria com Le Figaro


Por Pauline Fréour
O Professor Marc Gentilini, especialista em doenças infecciosas e presidente honorário da Academia de Medicina, acompanha desde o início, a Fundação Chirac na sua luta contra a falsificação de medicamentos. Ele explica os perigos deste flagelo mundial.
Como podemos medir o tráfico de medicamentos falsificados?
Marc Gentilini – É muito difícil ter conhecimento dos números. Os medicamentos falsificados são oriundos do tráfico, por definição, e são, portanto, incontroláveis. A OMS (Organização mundial da saúde) estima que cerca de 10% dos medicamentos em circulação no mundo são falsos. Mas, como para todas as médias, isso varia de uma região para outra: se para algumas regiões estamos próximos de zero, podemos alcançar de 60 % a 80 % em outra região. É o caso, por exemplo, na África Central, após os acontecimentos destes últimos meses, inclusive para os antirretrovirais contra a aids. É um tráfico extremamente rentável: cerca de dez vezes mais que a droga, principalmente por não estar sujeito à mesma vigilância.
Se tomarmos o único exemplo da malária, acredita-se que sobre as 600 mil mortes provocadas todo ano pela doença, 90 % dizem respeito à África Subsaariana. Mais de 200 mil estão relacionadas à ingestão de falsos medicamentos contra a malária. Trata-se de um dos medicamentos mais vendidos nas farmácias de feira.
Podemos lutar contra esses vendedores ambulantes que vemos nas esquinas das ruas de algumas das principais cidades africanas?
Por trás das questões de saúde, há um verdadeiro problema econômico. Muitas vezes, é o único sustento de pequenos revendedores que por sua vez, são explorados por traficantes mais importantes. Quando há operações agressivas nos mercados, elas são muitas vezes ineficazes. É preciso lutar contra as redes de máfias organizadas e transnacionais. É preciso rastreá-las, desmontá-las e puni-las.
Qual a origem desses medicamentos falsificados?
Às vezes, eles saem de laboratórios clandestinos estabelecidos em garagens, mas usam circuitos perfeitamente balizados provenientes da China ou da Índia. Esses países produzem excelentes medicamentos de primeira linha assim como medicamentos mais baratos, porém, são às vezes sub-dosados ou pelo contrário, dosados além da conta. Eles também podem conter moléculas ou excipientes tóxicos. Muitas vezes, esses medicamentos são enviados primeiramente para a América do Sul. Enquanto os cargueiros fazem uma escala em um porto europeu, os funcionários aduaneiros não têm o direito de olhar os contêineres, pois eles só estão em trânsito. Da América do Sul, eles são direcionados para a África. Para esses tipos de produtos, é preciso consumidores pobres que não podem pagar por medicamentos verdadeiros mas que são levados a acreditar que o que estão comprando é equivalente. Estamos em países onde não há cobertura social. Ao comprar drogas, você sabe do que se trata, enquanto no caso de medicamentos, há uma enganação sobre a qualidade. O que está acontecendo é muito grave.
Quais são os meios de luta?
A Índia, a China e o Brasil estão atualmente muito mais conscientes sobre esta questão. A falsificação é uma das principais queixas que foram enviadas para a China. Ela entendeu, e agora está tentando melhorar seus produtos e os medicamentos estão incluídos. Em 2009, Jacques Chirac aproveitou uma reunião de presidentes africanos realizada no Benim para lançar o “Apelo de Cotonou”. Um apelo decididamente político, tendo como objetivo mobilizar todos os tomadores de decisão incluindo médicos, enfermeiros, veterinários, em favor da luta contra os medicamentos falsificados. Ele foi seguido por vários outros eventos em Ouagadougou, no Burkina Faso, e em Beirute, no Líbano. Em 2013, o bastão foi carregado por primeiras damas africanas em Niamey, no Níger. Ao mesmo tempo, o Conselho da Europa elaborou, em 2010, a primeira convenção de luta contra os medicamentos falsificados, batizada de Medicrime. Ela permite penalizar a falsificação, a fabricação e a distribuição de produtos médicos. Até o momento, 23 países assinaram a convenção, 5 a ratificaram, o que deverá permitir sua entrada em vigor até o final deste ano. Mas na África, somente a República da Guiné passou pelas 2 etapas. Quanto à França, ela ainda não a ratificou!
Mas o que faz a OMS?
A atitude da agência da ONU, a Organização Mundial da Saúde, é muito decepcionante. Ela começou a se engajar na luta antes de mudar de ideia por causa da influência política da China, da Índia e do Brasil. Hoje, parece que ela quer se envolver novamente, mas trata-se de um avanço muito tímido.
Os Ocidentais, incluindo os franceses, têm razão para se sentirem seguros?
De jeito nenhum, pois eles estão diretamente atingidos por vendas que são feitas na Internet. Muitas vezes, são produtos que não ousamos comprar ou que não existem em farmácias tradicionais, tais como o Viagra, os anorexígenos, os preservativos… Nunca compre um medicamento na Internet, não é uma mercadoria como qualquer outra.

Disponível em: 
http://www.brasil247.com/pt/saude247/saude247/199289/Tr%C3%A1fico-de-rem%C3%A9dios-%C3%A9-mais-rent%C3%A1vel-que-o-de-drogas.htm