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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Livro aborda a formação farmacêutica para o SUS.




Com muita honra este humilde Blog divulga mais uma dica de livro. Esse, em especial, trata de um tema de fundamental importância para a profissão farmacêutica: a formação para o Sistema Único de Saúde - SUS. 

Mas a grande alegria em divulgar este livro se deve ao fato de uma das autoras ser uma grande amiga, de longa data. Alguém que conheci nas lutas em defesa da profissão farmacêutica e do povo brasileiro. Uma menina que até hoje luta, estuda... e nos inspira.

Jaqueline Rocha Borges dos Santos coloca neste livro todo o acumulo de sua trajetória: um forte embasamento teórico alinhado à prática cotidiana, de quem não somente estuda, mas defende,  ama o que faz e conhece profundamente o assunto! 

Conheço Jaque, como a chamo, desde as lutas encabeçadas pela FENAFAR e pelo Sindicato de SP, no início dos anos 2000. Sempre presente, Jaque se tornou uma referência no movimento estudantil de farmácia. 


Abaixo, a descrição do Livro disponível no site da Editora:

"A construção deste livro é motivada por vontade e preocupação idealista e altruísta de duas farmacêuticas oriundas de Movimento Estudantil de Farmácia em tempos diferentes, todavia, com focos iguais: formação do farmacêutico para atuar junto às necessidades da população em todos os níveis de atenção à saúde. Para tanto, enxergam que somente a educação farmacêutica transformadora ao contexto social, pode garantir a formação profissional almejada. Neste contexto, o livro apresenta uma análise crítica dos projetos pedagógicos de cursos (PPC) de Farmácia de Instituições de Ensino Superior (IES) públicas do Rio de Janeiro, desde a concepção do PPC até o perfil do egresso, passando por disciplinas, estágios, carga horária, ementas e relação com as diretrizes curriculares nacionais aos cursos de Farmácia (DCNF). Em discussão comparativa e reflexiva, a formação para atuação farmacêutica no SUS é considerada não prioritária nos PPC; contrariando o objetivo precípuo de uma IES pública quanto ao retorno à sociedade e à região em que está inserida. O livro aponta a necessidade de maior inclusão e aprofundamento para atuação do farmacêutico no SUS".

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Acesse o "Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico 2016".

Está disponível o "Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico 2016" .  Leia abaixo a APRESENTAÇÃO do Anuário:

É com enorme satisfação que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no exercício da Secretaria-Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), apresenta a segunda edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico. A divulgação dos dados de comercialização de medicamentos no país faz parte do esforço da Câmara para dar transparência às suas ações e fortalecer a capacidade de participação da sociedade nos processos regulatórios e na formulação de políticas públicas. As informações foram extraídas do Sistema de Acompanhamento do Mercado de Medicamentos (Sammed), que é a base de dados oficial do mercado farmacêutico brasileiro, provido técnica e operacionalmente pela Anvisa e mantido sob a gestão da CMED. O presente volume traz os resultados mais atualizados advindos dos relatórios de comercialização das empresas, que movimentaram em 2016 mais de R$ 63,5 bilhões no setor industrial a partir da venda de mais de 4,5 bilhões de embalagens de medicamentos. A publicação também traz dados sobre quais empresas atuaram no mercado nacional, o grau de competitividade no setor, que tipos de medicamentos foram consumidos pelos brasileiros e o volume de recursos movimentados. O documento torna pública uma grande quantidade de informações antes restritas ao âmbito interno da CMED ou divulgadas apenas parcialmente, porém com a cautela de preservar o caráter sigiloso de algumas informações classificadas de acordo com o Decreto n. 7.845, de 14 de novembro de 2012. Com a disponibilização dos dados, espera-se estimular a pesquisa e a participação social, além de promover um ambiente regulatório transparente e propício ao investimento. Outras informações podem ser encontradas no portal da Anvisa (http://portal.anvisa.gov.br), na seção da CMED. Comentários, críticas e sugestões podem ser enviados ao e-mail cmed@ anvisa.gov.br. Boa leitura!

Clique AQUI  e acesse o anuário!


quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Dica de Livro: "Brasil Saúde Amanhã: complexo econômico-industrial da saúde"


Extraído do site: PORTAL FIOCRUZ


Organizadores: Carlos Augusto Grabois Gadelha, Paulo Gadelha, José Carvalho de Noronha, Telma Ruth Pereira
"Este volume é dedicado à reflexão sobre o complexo econômico-industrial da saúde (CEIS), a partir da proposição de que a articulação entre avanço tecnológico, desenvolvimento produtivo e promoção da saúde é fundamental para garantir efetividade na formulação de políticas públicas para o setor. Organizadores e autores do livro defendem a necessidade de conjugar conceitos de diversas áreas da ciência para o fortalecimento do CEIS, diante da “profunda desarticulação das competências tecnológicas e produtivas e da perda de oportunidades para avançar na estruturação de um sistema público de saúde”, efeitos da condução neoliberal da economia que prevaleceu na década de 1990. Os cinco capítulos são apresentados como parte “de uma visão integrada, sistêmica e de economia política”, analisando aspectos relacionados à produção e inovação no âmbito do CEIS, e buscando consolidar bases políticas e acadêmicas para a construção “de um projeto nacional assentado no avanço social e da estrutura produtiva”. O livro integra um conjunto de publicações resultantes da iniciativa Brasil Saúde Amanhã, rede multidisciplinar de pesquisa, coordenada pela Fiocruz, com apoio do Ministério da Saúde".

Sumário:

Prefácio
Apresentação
1. Geração e Trajetórias de Inovação nos Serviços de Saúde
2. Indústria de Base Química no Brasil: potencialidades, desafios e nichos estratégicos
3. Base Biotecnológica no Brasil: desafios e nichos estratégicos
4. Base Mecânica, Eletrônica e de Materiais
5. Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Segurança e Autonomia Estratégica: a inserção do Brasil no mundo

Sobre os organizadores:

Carlos Augusto Grabois Gadelha: Economista, doutor em economia pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro; coordenador das ações de prospecção da Presidência e líder do Grupo de Pesquisa sobre Complexo Econômico-Industrial e Inovação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz.
Paulo Gadelha: médico, doutor em saúde pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz); pesquisador titular e ex-presidente da Fiocruz (2009-2016); coordenador da iniciativa Brasil Saúde Amanhã.
José Carvalho de Noronha: médico sanitarista, doutor em saúde coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); médico do Laboratório de Informações em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica em Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), coordenador executivo da iniciativa Brasil Saúde Amanhã.
Telma Ruth Pereira: médica; colaboradora da iniciativa Brasil Saúde Amanhã da Fiocruz.



Fonte: https://portal.fiocruz.br/pt-br/content/brasil-saude-amanha-complexo-economico-industrial-da-saude

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Livro: "HABILIDADES DE COMUNICAÇAO PARA FARMACEUTICOS"


  • Autor:
  • BERGER, BRUCE A.


  • Sinopse: O objetivo deste livro é ajudar estudantes de Farmácia e farmacêuticos atuantes a desenvolverem as habilidades de comunicação necessárias para prover uma assistência de alta qualidade. O autor acredita que relacionamentos efetivos entre farmacêuticos e pacientes, e entre farmacêuticos e médicos, pavimentam o caminho para resultados positivos de tratamento. E, para melhorar o uso dos medicamentos e os resultados de saúde do paciente, os farmacêuticos precisam construir habilidades de relacionamentos.

    Extraído de: 
    http://www.martinsfontespaulista.com.br/habilidades-de-comunicacao-para-farmaceuticos-414436.aspx/p




    Sobre o autor: 

    Dr. Bruce K. Berger é professor emérito de Publicidade e Relações Públicas na Faculdade de Ciências da Comunicação e Informação da Universidade do Alabama. Além de ser o diretor fundador do Centro Plank para Liderança em Relações Públicas, ele atua como seu Diretor de Pesquisa.

    Antes de entrar na academia, Bruce foi um profissional de RP e executivo por 20 anos. Trabalhou na (então) Upjohn Company, empresa de pesquisa e fabricação de produtos farmacêuticos, atuando como gerente de Relações Públicas, com sede em Bruxelas, na Bélgica, e posteriormente como diretor de Relações Públicas em Saúde Humana Mundial. Em 1989, tornou-se vice-presidente corporativo de Assuntos Corporativos da Whirlpool Corp. e presidente da Whirlpool Foundation.

    Bruce é um administrador do Instituto de Relações Públicas e recebeu seu prêmio Pathfinder para contribuições de carreira para pesquisa de relações públicas acadêmico em 2012. Ele também é membro da Arthur W. Page Society, a Sociedade de Relações Públicas da América, a International Communication Association , A Associação Nacional de Comunicação e a Associação para a Educação em Jornalismo e Comunicação de Massa. Ele também atua em vários conselhos de revisão editorial para revistas acadêmicas.

    A pesquisa de Bruce abrange a liderança em relações públicas, comunicações de funcionários e influência de políticas públicas. Atualmente, ele lidera uma equipe de pesquisadores em um estudo cultural cruzado de liderança em relações públicas e gerenciamento de comunicação conduzido pelo Centro e co-patrocinado pela IBM e Heyman Associates.

    "Sua pesquisa ganha aclamação na academia e na profissão, e isso é uma realização que muito poucos podem legitimamente reivindicar", disse o Dr. Joe Phelps, presidente do departamento de publicidade e relações públicas.

    Bruce ganhou seu Ph.D. Em Comunicação da Universidade de Kentucky.

    Extraído de: http://plankcenter.ua.edu/about/board-of-advisors/dr-bruce-k-berger/



    quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

    Livro fala de história, farmacologia, medicina e direito.

    Do site: www.lpm.com.br

    "Originalmente, a palavra droga refere-se a qualquer agente químico utilizado para causar alterações bioquímicas e fisiológicas no organismo. Apesar de o termo ser comumente utilizado como sinônimo de substância ilícita, neste livro ele volta a ter seu sentido mais universal, abrangendo desde os primeiros medicamentos fitoterápicos, passando pelo álcool, pela penicilina e chegando até o anticoncepcional e as drogas sintéticas. Um breve texto acrescentado a esta edição ajuda a elucidar a questão dos narcóticos no Brasil. Mesclando doses precisas de história, farmacologia, medicina e direito, o ph.D. Leslie Iversen leva o leitor a uma viagem pelo mundo dos remédios e das drogas recreativas, que há tantos séculos acompanham o homem em suas dores e em seus prazeres"

    Clique aqui e leia matéria publicada na Folha intitulada: Professor de farmacologia conta a história das drogas em livro



    quinta-feira, 24 de novembro de 2016

    Dicas de Livro: "Desafios de operação e desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde"

    Extraído de: Editora E-Papers


    "Este livro é um resultado parcial do Projeto “Reflexo das políticas e tecnológicas de saúde
    brasileiras na produção local e no fornecimento ao Sistema Único de Saúde (SUS)” apresentado à chamada MCTI/CNPq/CT-Saúde/MS/SCTIE/Decit nº 41/2013 Rede Nacional de Pesquisas sobre Política de Saúde. O Projeto é executado pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ), sob a coordenação de Lia Hasenclever, do Grupo de Economia da Inovação do IE/UFRJ, em parceria com Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp)/Fiocruz e Área de Política do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva (Iesc) da UFRJ.
    Os objetivos deste Projeto são analisar quais são os contornos institucionais e as estratégias de política industrial e tecnológica implantadas, entre 2003-2013, no Brasil, e verificar se elas permitem dar continuidade à política de suprimento do SUS para garantir a sustentabilidade econômica e o direito à saúde.
    O Brasil é considerado um caso de sucesso no estabelecimento de uma política de saúde voltada para o combate à epidemia de Aids na década de 1990, mesmo no período em que prevaleceu a ausência de políticas industriais e tecnológicas. A partir de 2003, inicia-se um novo marco de atuação do governo e se restabelece uma política para o setor farmacêutico, capitaneada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em 2008, procurou-se estender esta política para todos os setores envolvidos com suprimentos de saúde – os equipamentos médicos, materiais, reagentes e dispositivos para diagnósticos, hemoderivados, imunobiológicos, intermediários químicos e extratos vegetais para fins terapêuticos, princípios ativos e medicamentos para uso humano e serviços (hospitais, ambulatórios e serviços de diagnóstico e tratamento) – denominado Complexo Industrial da Saúde (CIS).
    Entende-se que a compreensão das diferentes dimensões do CIS e a elaboração de metodologias de monitoramento são ferramentas-chave para a análise da evolução destas políticas. Seriam essas políticas capazes de responder às mudanças que ocorreram no regime internacional de propriedade intelectual e às mudanças que vêm ocorrendo no setor farmacêutico, na regulamentação sanitária e em outros aspectos específicos do Complexo sem afetar negativamente o fornecimento do SUS? E a garantia de acesso, estaria assegurada?
    Neste livro apresentamos os primeiros resultados parciais do projeto. O livro está organizado em duas grandes partes, quais sejam: a primeira, referente a uma fotografia do CIS e ao mapeamento de seu marco normativo, seja aquele vigente no âmbito do Poder Executivo, como também algumas propostas de Projeto de Lei relacionadas em trâmite no Poder Legislativo. A segunda parte contempla quatro estudos de caso, ilustrativos dos avanços, problemas e desafios identificados na primeira etapa, abrangendo diferentes subsistemas do CIS.
    A primeira parte é composta de seis capítulos. O Capítulo 1 reúne os principais indicadores secundários de saúde no Brasil na década entre 2003 e 2013. O seu principal objetivo é caracterizar a demanda e a oferta dos bens e serviços de saúde. Pelo lado da demanda apresentam-se alguns indicadores das condições de saúde da população e, pelo lado da oferta, indicadores de produção local dos bens e serviços de saúde. A partir da leitura destes indicadores e acompanhamento de sua evolução fica evidente que se, de um lado, as condições de saúde mudaram para melhor, a oferta local de bens e serviços não foi capaz de atender a demanda. Em consequência, observa-se um crescente ­aumento do déficit da balança comercial relativo à importação de produtos farmacêuticos, farmoquímicos e equipamentos e materiais médicos e odontológicos. A partir deste Capítulo pode-se concluir que a questão da vulnerabilidade externa na importação de bens recoloca-se para o setor saúde, tornando imprescindível a adoção de políticas industrial e tecnológica que busquem soluções para os problemas estruturais tais como a dependência externa, a industrialização dependente, o controle sobre a inovação tecnológica entre outros.
    Com o objetivo de entender melhor o problema da dependência estrutural brasileira no setor saúde, optou-se por fazer um retrospecto na história das conexões entre as políticas de saúde e de desenvolvimento industrial e tecnológico, com ênfase no setor farmacêutico. Este é o conteúdo do Capítulo 2 que analisa as iniciativas governamentais para o desenvolvimento da indústria farmacêutica no Brasil e suas conexões com a política de saúde no período de 1930 a 2000. Na sequência, o Capítulo 3 atualiza e alarga esta discussão para os anos 2003-2014, trazendo uma descrição e uma avaliação dos atuais esforços do governo para reduzir a dependência estrutural brasileira. A leitura destes Capítulos deixa claro que as experiências exitosas da Central de Medicamentos (Ceme) e a política de genéricos de fazer com que houvesse uma conexão satisfatória entre a política de saúde e a política industrial e tecnológica, qual seja, expandir o acesso, a partir da redução de preços, e reduzir a dependência estrutural, em um novo contexto, que é o período 2003-2014, não tem obtido os mesmos sucessos. Fica para o leitor a reflexão sobre a necessidade de uma melhor coordenação entre as duas políticas.
    A partir do Capítulo 4 o livro passa a detalhar aspectos específicos dos marcos institucionais de operação das políticas de saúde, industrial e tecnológica e em que medida eles permitem conexões positivas para a superação da dependência estrutural brasileira. O Capítulo 4 analisa o marco regulatório das compras públicas de medicamentos no Brasil. Na medida em que este marco regulatório é responsável por garantir uma situação satisfatória, tanto para o comprador (sistema público de saúde), quanto para o vendedor (setor fornecedor de bens e serviços de saúde), o seu bom funcionamento é fundamental para a operação da conexão entre a política de saúde e as políticas industriais e tecnológicas. A partir de sua leitura, os leitores poderão acompanhar os avanços feitos nesta direção, com destaque para o uso de poder de compra do estado para fomento de um desenvolvimento sustentável. O capítulo aponta, entretanto, a necessidade de aperfeiçoamento da gestão das compras públicas de forma que a sociedade possa usufruir dos benefícios resultantes deste marco regulatório aperfeiçoado.
    O Capítulo 5 detalha o arcabouço de leis e normas sanitárias brasileiras desde o final dos anos 1990 até suas evoluções mais recentes. Entende-se que a regulação da pesquisa e da produção de medicamentos deve ter como objetivo principal o melhor funcionamento das conexões entre a política de saúde e as políticas industrial e tecnológica. Sabe-se que esta regulação pode ser um estímulo importante para a produção local, como foi o caso da política de genéricos, mas também algumas vezes inibir o desenvolvimento local. O capítulo analisa documentos, leis, normas e resoluções, todos relacionados à pesquisa clínica, boas práticas de fabricação, registro de comercialização, até as diretrizes para as parcerias de desenvolvimento produtivo. O resultado é apresentado sob a forma de pontos positivos e negativos para uma melhor conexão entre as políticas em questão.
    O Capítulo 6, último capítulo da primeira parte, se debruça sobre a questão-chave da proteção patentária de medicamentos após a entrada em vigor do Acordo TRIPS a partir de 1995. A análise realizada considerou tanto seus efeitos na potencial restrição de oferta de produtos ao SUS e a possibilidade de uma oferta a preços mais altos, quanto suas implicações para a redução de graus de liberdade no exercício das iniciativas governamentais de políticas industrial e tecnológica. Seus resultados mostram que, ainda que a legislação brasileira tenha incorporado as principais salvaguardas de proteção à saúde pública previstas no Acordo TRIPS, ainda persistem várias indefinições institucionais relevantes para um melhor funcionamento dessas salvaguardas que são apontadas ao final do Capítulo.
    A partir do Capítulo 7, conforme já informado, são apresentados alguns resultados parciais de avaliação das políticas industriais e tecnológicas (Capítulos 7, 8 e 9) e uma revisão bibliográfica sobre a difusão de tecnologias nos serviços de saúde de alta complexidade (Capítulo 10). O Capítulo 7 foca na análise dos esforços de inovação realizados pelas grandes empresas farmacêuticas atuando no Brasil entre 2008 e 2011 e especula sobre as principais razões para a mudança de tendência positiva nestes esforços. De fato os resultados mostram uma mudança de tendência importante no gasto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) das grandes empresas farmoquímicas e farmacêuticas, ainda que seja cedo para concluir para um novo padrão de gastos desta natureza por parte das empresas localizadas no Brasil. O capítulo conclui para a importância do papel do estado para a indução desta mudança, através das políticas industriais e tecnológicas iniciadas em 2003, como visto no Capítulo 3.
    Os Capítulos 8 e 9 analisam a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), respectivamente, do ponto de vista dos produtores e dos atores do sistema brasileiro de produção e inovação do setor farmacêutico. As parcerias de desenvolvimento produtivo, criadas para estimular a produção local de fármacos e medicamentos, produtos biotecnológicos e outros insumos médicos, são o principal instrumento da PDP. O desenvolvimento destas parcerias iniciou-se em 2008 e encontra-se ainda em curso. Do ponto de vista dos produtores, na análise feita no Capítulo 8, as parcerias apresentam-se como as principais estratégias para transferência de tecnologia e entrada em um campo tecnológico novo – a biotecnologia – e distinto da síntese química. O seu maior desafio é a capacidade de absorção tecnológica das empresas brasileiras. Entre as 24 empresas entrevistadas, incluindo empresas privadas nacionais, laboratórios públicos e start ups, destaca-se ainda o modesto esforço de aprendizado tecnológico realizado, refletido nos baixos investimentos em P&D, e a forte preferência pela transferência de tecnologia industrial externa como forma de capacitação, em vez de buscar o desenvolvimento próprio ou conjunto. O capítulo conclui que este tipo de posicionamento estratégico deixa as empresas brasileiras entrevistadas ainda vulneráveis no que diz respeito a sua capacitação tecnológica.
    O Capítulo 9, por sua vez, traz uma discussão mais abrangente sobre a viabilidade do modelo escolhido para a implantação da biotecnologia no país e procura captar também em que medida a política é acertada para as empresas superarem a barreira da capacitação tecnológica, apontada como uma vulnerabilidade no Capítulo 8. Os resultados mostram que as grandes empresas brasileiras produtoras de genéricos foram as escolhidas das políticas industrial e tecnológica, capitaneada pelo BNDES, devido ao alto custo inicial dos investimentos requeridos, importância do fortalecimento das empresas nacionais e oferecimento de oportunidades de crescimento continuado para estas empresas que têm capacitação técnica, organizacional e financeira. Esta escolha não foi a expensas das empresas multinacionais, que, mais uma vez, estão sendo chamadas para transferir tecnologia. A entrada no mercado público de medicamentos, sem ter que participar de licitação, seria, segundo os entrevistados, a garantia de que essas empresas não pratiquem uma estratégia predatória em relação às parcerias. Finalmente, o capítulo registra a necessidade de se fazer um esforço maior para a incorporação de pequenas empresas de biotecnologia, preteridas pela política, como fornecedoras das grandes empresas.
    O Capítulo 10, último deste livro, faz uma revisão da literatura de como se dá a difusão de tecnologias nos serviços de saúde, em geral, e em específico, nos serviços de hemodinâmica cardiovascular brasileiro. Sabe-se que nem sempre a incorporação de tecnologias obedece somente aos objetivos de melhoria das condições de saúde, sendo muitas vezes fortemente influenciada por razões privadas de maximização de lucros. Em particular, no caso brasileiro onde a prestação dos serviços de alta complexidade conta com a forte e crescente participação do setor privado, é preciso ter em conta que grande parte da demanda adicional de insumos de saúde pode estar baseada em decisões privadas de maximização de lucros e não por evidências empíricas de melhoria da saúde.
    Em suma, os resultados parciais do Projeto mostram que a superação da condição estrutural de dependência a que está submetida à política de saúde é um forte empecilho para a melhoria das condições de saúde da população brasileira. A sua superação depende fortemente de uma ação coordenada do estado para alterar verdadeiramente a dependência externa, a industrialização dependente, e a falta de controle sobre a inovação tecnológica entre outros. Todavia, fica evidente pela leitura dos Capítulos ora apresentados que ainda restam muitos desafios a serem vencidos para avançar de forma harmoniosa entre os objetivos de saúde pública de melhores condições de vida da população e os objetivos de redução de nossa dependência estrutural endógena à condição periférica brasileira devido à incapacidade de o país de atender plenamente às demandas de bens e serviços que a melhoria de condições de saúde reclama.
    Fica para os leitores a reflexão sobre estes desafios, na expectativa de que os resultados parciais revelados venham contribuír para o aperfeiçoamento e para o monitoramento das políticas em curso".

     Fonte:  http://www.e-papers.com.br/produtos.asp?codigo_produto=2772

    terça-feira, 19 de julho de 2016

    "O Doente Imaginário", de Molière

    Pela atualidade do tema, segue uma dica de livro...

    Extraído do Blog ARTE MÉDICA - TEMAS MÉDICOS NAS ARTES: PINTURA, LITERATURA E MÚSICA (http://medicineisart.blogspot.com.br/)
    Escrito por: - Publicado em 09/09/2012


    A peça O Doente Imaginário, de Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière (1622-1673), foi destinada inicialmente à diversão do rei. Famosa sátira da medicina, nela o autor nos apresenta uma medicina livresca, incapaz de progredir. 

    Protagonizando, o hipocondríaco Argan, entupido de remédios e clisteres prescritos por médicos interessados apenas no retorno financeiro que tinham com o emprego de seus serviços; estes doutores possuem nomes sugestivos, Sr. Purgon (purgante) e Sr. Diafoirus (diaforéticos). 
    BÉRALDE: [...] Não vejo pessoa que esteja menos doente do que vós, e que eu não pediria melhor constituição do que a vossa. Uma grande prova de que andais bem, e que tendes um corpo perfeitamente bem regulado, é que com todos os remédios que já tomastes, ainda não conseguistes estragar a vossa saúde. Vê que não estais morto co todos os medicamentos que lhe fizeram tomar.(ATO III, CENA III).
    Molière impinge na obra a ideia de que a paixão por médicos e medicamentos é apenas uma forma desesperada de terror da morte. Que o autor fosse o “original” do Doente é amplamente especulado. A obra é alimentada por sua própria experiência como paciente. Molière tinha uma visão arguta e havia adquirido uma certa cultura médica, pois um doente inteligente e provido de espírito crítico, desiludido com os insucessos dos tratamentos, se tornaria necessariamente um autodidata em medicina. 

    Comédia singularmente amarga, apesar dos risos que traz em vários momentos, a peça fotografa uma fase penosa da vida do irônico autor, que escolheu traduzir de forma engraçada o que sentiu quando, atrozmente doente (vítima de tuberculose pulmonar), viu-se abandonado pelos médicos que o assistiram; assim, O Doente Imaginário é um protesto da inteligência e do corpo contra a implacável destruição imposta pela doença, contra a impotência humana, contra a exploração de alguns da miserável condição humana. 

    ARGAN – Mas afinal, meu irmão, há pessoas tão sábias e tão inteligentes quanto vós e vemos que no mal estar todos apelam para os médicos.
    BERALDE – É um traço da fraqueza humana e não da verdade de sua arte. 
    ARGAN – Mas é preciso que os médicos achem o seu ofício verdadeiro, já que o utilizam para si mesmos.
    BERALDE – É que há alguns entre eles que também estão na crença popular, da qual aproveitam , e outros que dela aproveitam sem acreditar. O vosso senhor Purgon, por exemplo, não vê fineza; é um homem de todo médico, da cabeça aos pés; um homem que acredita em suas regras mais do que todas as demonstrações da matemática, e que acharia um crime querer verificá-las; que não vê nada de oculto na medicina, nada de duvidoso, nada de difícil, e que, com uma impetuosidade de prevenção, uma rigidez de confiança, uma brutalidade e senso comum, fornece a torto e a direito purgantes e sangrias e não imagina nada além. [...] É a nossa inquietude, a nossa impaciência, que tudo estraga, e quase todos os homens morrem de seus remédios, e não de sua doença. (ATO III, CENA III)
    Publicando a obra, Molière emite um grupo de alarme: a medicina está se enterrando no palavratório. E o autor vai mais longe, chega mesmo à negação da própria medicina. E esta negação se origina da sua experiência com médicos antiéticos que lhe extorquiam dinheiro prometendo saúde numa época em que o diagnóstico de tuberculose equivalia a uma sentença de morte. 

    Nos últimos dias de vida, vendo que a tuberculose apenas progredia e tirava-lhe o fôlego, Molière concluiu que não se curam os doentes do corpo, mas tão só os maníacos; suporta-se; conforma-se; ou melhor, ri-se deles. 

    O último ato da vida do autor foi numa noite de inverno. Menosprezando os conselhos dos médicos que lhe diziam para ficar em repouso e não ir ao teatro, Molière foi representar o obidiente hipocondríaco Argan em sua sua famosa peça "O Doente Imaginário" em 17 de fevereiro de 1673. Recitando os versos, ele apresentou hemoptise no palco. Em seguida, enquanto a plateia delirava em aplausos, foi tomado por uma convulsão e levado pra casa, onde morreu às 22h da mesma noite. 

    O grande escritor e artista cômico que sonhou ser um ator de tragédias, representou alegria para os outros e fez de sua própria vida a tragédia que tanto queria representar. Não é surpreendente que o mestre da dissimulação e duplo sentido tenha encerrado a trajetória num momento em que encenava um falso doente. 




    Fonte: http://medicineisart.blogspot.com.br/2012/09/o-doente-imaginario-de-moliere.html

    quarta-feira, 13 de julho de 2016

    O Que É o SUS: e-book interativo

    Do Portal da Fiocruz.

    A luta pelo direito à saúde e pela consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) tem se expressado a partir da articulação de trabalhadores das áreas da saúde, pesquisadores e militantes dos movimentos sociais nas últimas décadas. O livro O Que É o SUS - um dos títulos mais procurados da Editora Fiocruz, já tendo sido reimpresso cinco vezes - busca esclarecer o que é, o que não é, o que faz, o que deve fazer e o que pode fazer o SUS. Pela importância do tema e da obra, O Que É o SUS foi selecionado para se transformar no primeiro e-book interativo da Editora Fiocruz, no âmbito do primeiro edital da Faperj especialmente dedicado às editoras universitárias. O objetivo do projeto não era mudar o suporte do papel para a tela, mas oferecer uma nova experiência de leitura, onde vídeos, áudios, galerias de fotos, infográficos e outros recursos ora complementassem, ora substituíssem partes do texto original, criando uma nova textualidade eletrônica. O resultado é fruto de uma construção coletiva e, antes, do consentimento do autor, o professor da Ufba Jairnilson Silva Paim, que, generosamente, seguiu "o exemplo de João Ubaldo Ribeiro de não interferir na transformação de seus livros em filmes, novelas ou mini-séries, pois, além de outras linguagens, na realidade, tais iniciativas expressam novas criações", nas palavras do próprio sanitarista. Uma nova criação que, assim como o livro de 2009, busca contribuir para a consolidação, o fortalecimento e a expansão do SUS. 
    Acesso aberto | 93 páginas
    Autores: Jairnilson Silva Paim e outros
    ISBN: 978-85-7541-453-8. E-book interativo: 2015 (edição impressa: 2009). Apoio: Faperj.
    Fonte: http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/o-que-e-o-sus-e-book-interativo

    terça-feira, 28 de junho de 2016

    Editora Fiocruz tem mais de 80 livros para você baixar de graça

    Do site CATRACA LIVRE

     

    A editora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) oferece mais de 80 livros para download gratuito por meio do Portal SciELO Livros. Os interessados em pesquisar e estudar sobre saúde devem acessar o link e consultar as publicações e autores. 


    Há títulos como "Recursos humanos em saúde no Mercosul"; "Os médicos no Brasil: um retrato da realidade"; "Sistemas de saúde: continuidades e mudanças"; e muitos outros. Clique aqui e confira!

    Fonte: https://catracalivre.com.br/geral/livro/indicacao/editora-fiocruz-tem-mais-de-80-livros-para-voce-baixar-de-graca/

    sábado, 12 de março de 2016

    Livro: As Bases para a Dispensação Racional de Medicamentos para Farmacêuticos

    Sinopse da livraria Cultura

    'As Bases para a Dispensação Racional de Medicamentos para Farmacêuticos' reuniu docentes e farmacêuticos para que pudessem identificar e sintetizar as competências consideradas necessárias ao incremento desta prática profissional. Os apontamentos descritos nesta obra visam alicerçar os farmacêuticos para que atuem com maior qualidade, de forma mais custo-efetiva e segura. Para tanto, foram elencados conteúdos que sinalizam para a necessidade do farmacêutico aprofundar seus conhecimentos, a fim de promover mais racionalidade à Dispensação, tais como - semiologia aplicada à farmácia, farmacoterapia, educação em saúde, entre outros. Ademais, o livro pretende mostrar a necessidade do farmacêutico investir no desenvolvimento de habilidades, como as de comunicação e de administração de medicamentos, que podem facilitar a prática e aumentar a amplitude das relações com pacientes, familiares e equipe de saúde.

    Fonte: http://www.livrariacultura.com.br/p/bases-da-dispensacao-racional-de-medicamentos-30231694

    segunda-feira, 14 de setembro de 2015

    Coleção sobre o SUS disponível para download.


    Título Original: COLEÇÃO SOBRE O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE ESTÁ DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD

    Com o objetivo de valorizar e implementar o Sistema Único de Saúde (SUS), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) lançou a coleção Para Entender a Gestão do SUS 2015. Ela é composta de quatro livros: A Gestão do SUS; A Atenção Primária e as Redes de Atenção à Saúde; Alternativas de Gerência de Unidades Públicas de Saúde; e Direito à Saúde; e traz temas atuais e estratégicos para a gestão do SUS. A coleção está em acesso aberto e, além do computador, ela pode ser baixada em tablets ou smartphones.

    A Gestão do SUS aborda a legislação estruturante do sistema e aborda informações atualizadas a respeito da sua gestão e planejamento com base no Decreto n. 7.508/2011 e sobre seu financiamento, previsto na Lei n. 141/2012 e na Emenda Constitucional n. 86. 

    Já A Atenção Primária e as Redes de Atenção à Saúde apresenta as questões relativas à transição epidemiológica no Brasil e a importância da implantação das Redes de Atenção à Saúde. Ressalta ainda o papel da Atenção Primária à Saúde na operacionalização das redes e descreve o atual processo de implantação. 

    Alternativas de Gerência de Unidades Públicas de Saúde discorre sobre os modelos de gerência da Administração Pública Brasileira, a Lei n. 13.019/2014 e um levantamento feito nos estados sobre os modelos de gerência de unidades públicas de saúde. 

    O quarto e último livro Direito à Saúde apresenta temas relacionados ao direito à saúde, à legislação brasileira, o sistema sanitário e suas interfaces com o sistema de justiça e os impactos do fenômeno da judicialização da saúde no SUS. 

    Acesse aqui a coleção em:

    ou



    Esta coleção também encontra-se disponível na BVS Brasil.

    Fonte: Espaço colaborativo BVS Brasil.
    Disponível em: http://ecos-brasil.bvs.br/tiki-read_article.php?articleId=465


    quarta-feira, 15 de julho de 2015

    2a edição do livro "Fundamentos para o Uso Racional de Medicamentos"

    O professor Moacyr Luiz Aizenstein, do departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas (IBC) da USP, lançou em junho a segunda edição de seu livro Fundamentos para o Uso Racional de Medicamentos.
    O livro possui uma abordagem multidisciplinar e é dirigido a estudantes e profissionais da área de saúde: farmacêuticos, enfermeiros, médicos, biomédicos e dentistas.
    A nova edição conta com novos capítulos como “A Farmacogenômica e o Uso Racional de Medicamentos” e “Uso Racional de Medicamentos em pacientes obesos”. O livro foi publicado de forma independente e pode ser adquirido pela internet.
    Para mais informações:  comunicao@icb.usp.br 

    Fonte: Agência USP de notícias - http://www.usp.br/agen/?p=214000

    segunda-feira, 18 de maio de 2015

    "Uso racional de medicamentos na pediatria : doenças na infância 1".

    Disponível em: http://hdl.handle.net/10482/18112


    Autores: Patrícia Medeiros de Souza, Felipe Ferreira, Cátia Barbosa Cruz.


    Neste primeiro volume estão organizadas as bulas referentes à deficiência do hormônio de crescimento, enurese noturna, hiperplasia adrenal congênita, hipertireoidismo, hipotireoidismo, obesidade, puberdade precoce central e déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), assim como as instruções para leitura e interpretação dos textos e ilustrações das bulas.

    Referência: 

    SOUZA, Patrícia Medeiros de; FERREIRA, Felipe; CRUZ, Cátia Barbosa (Org.). Uso racional de medicamentos na pediatria: doenças na infância 1. Brasília: UnB/HUB, 2015.


    Para acessar a publicação, clique aqui.


    Fonte: Repositório Institucional - Universidade de Brasília
    http://repositorio.unb.br/handle/10482/18112

    terça-feira, 28 de abril de 2015

    Conhecimento sobre plantas do cerrado é reunido em publicação.

    Publicado no site CORREIO 24h - Por Carmen Vasconcelos (carmen.vasconcelos@redebahia.com.br)

    Livro terá receitas de moradores da região de Caetité e integra o programa 'Território do Saber'



    O aposentado Domingos Rodrigues Araújo ,74, mais conhecido como Dominguinhos da Torre, é um homem simples, que não frequentou a escola e, no entanto, sua sabedoria sobre chás, banhos, xaropes e unguentos faz dele guardião de um saber que remonta as origens da medicina e das ciências da saúde. Em Igaporã, cidade próxima de Caetité (802 quilômetros de Salvador), ele é muito procurado por quem precisa tratar bronquites, pedra nos rins, sinusites, entre outras doenças. “Dia desses, o irmão do dono da farmácia veio me procurar para preparar um remédio para as dores nos rins. Catei capim lanceta e quebra-pedra, preparei o chá e ele colocou as pedras pra fora”, conta.  
    Para cuidar das bronquites, ele ensina que nada é melhor que o Olho de Coqueiro de Raposa; alcaçuz, imburana e gengibre compõem um xarope imbatível para curar a gripe; infusão de alecrim trata sinusites e dores de cabeça. 
    Domingos e outros nove moradores da região são os personagens do livro “Plantas Medicinais, Saberes Tradicionais”, que integra o Programa Território do Saber, desenvolvido pelo Grupo Renova em parceria com a Universidade do Estado da Bahia. 
    De acordo com o diretor de Sustentabilidade e de Comunicação da Renova Energia, Ney Maron, a ideia surgiu em 2012 como uma das condicionantes impostas pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), autarquia da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), que é o órgão executor da Política Ambiental do Estado da Bahia, para implantação do Complexo Eólico Alto Sertão I, que produz energia na região da Serra Geral(alto sertão do sudoeste). 
    “Durante as reuniões públicas realizadas na comunidade, percebemos que havia por parte daquela população muita preocupação com o patrimônio biológico que estava sendo perdido por conta das queimadas e do processo de transição da sociedade rural para as cidades”, conta Maron. A proposta de resgatar os saberes foi então transformado em dois produtos: o livro e uma cartilha que serão distribuídas nas escolas, bibliotecas e entre os agentes de saúde da região. “Só preservamos o que conhecemos e essas publicações pretendem trazer visibilidade e contribuir para a preservação desse conhecimento ancestral”, completa.
    Usos 
    A médica naturalista Jimile Oliveira, responsável pela consultoria à publicação, lembra que a fitoterapia caseira e antiga precisa ser feita de modo sistematizado e com alguns cuidados da chamada Fitoterapia Racional, que busca agregar o conhecimento científico e popular.
    “Nossos antepassados viveram em contextos e ambientes muito mais saudáveis e seguros do que esse mundo em que vivemos agora, por isso mesmo não poderíamos apenas copiar os sistemas, métodos e processos dessa medicina popular, sob o risco de ineficácia e, consequentemente, descrédito”, ressalta a médica.
    Jimile destaca que, para o manuseio e preparos com plantas, é importante observar cuidados como não fazer coletas de plantas medicinais perto das margens de rios ou córregos poluídos ou em esgotos, assim como na beira das estradas. “As substâncias tóxicas desprendidas da fumaça dos carros compromete essas plantas”, esclarece. A médica também lembra que ao comprar plantas, é importante observar o estado de conservação delas, descartando se houver mofo, insetos, resíduos ou sujeiras. 
    “A utilização da fitoterapia é recomendada pelo Ministério da Saúde por meio de uma relação de plantas estudadas, com suas indicações, preparos e dosagens detalhadas e as pessoas podem saber mais através do site da Agência de Vigilância Sanitária(www.anvisa.gov.br)” , diz a consultora. 
    A médica naturalista destaca que os diversos remédios naturais possuem uso específico e prazo de validade. “Os chás, por exemplo, devem ser utilizados em até 24 horas depois de prontos”, ensina. Nas macerações – que são feitas com qualquer parte da planta e não vai ao fogo – feitas com água, por exemplo, o consumo não deve ser feito depois de 12 horas do preparo em virtude da formação de bactérias no meio aquoso.
    No livro, além da ricas histórias dos 10 guardiões do saber, é possível conhecer ainda as propriedades de plantas do Cerrado como a aroeira, angico, barbatimão, goiaba, manacá, jatobá, jenipapo, juazeiro, jenipapo, mangaba, matruz, pequi, quebra-pedra,umbu, unha d’anta, urucum, entre tantos outros exemplares biológicos.

    Disponível em: http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/conhecimento-sobre-plantas-do-cerrado-e-reunido-em-publicacao/?cHash=23c0f426fd20cfbc6704631299efdb12

    segunda-feira, 27 de abril de 2015

    Lançado o guia "Assistência Farmacêutica e o Controle Social".

    Título original: CAFSUS lança o guia "Assistência Farmacêutica e o Controle Social"
    Disponível em: http://www.crf-pr.org.br/site/noticia/visualizar/id/5786/CAFSUS-lanca-o-guia-Assistencia-Farmaceutica-e-o-Controle-Social


    A Assistência Farmacêutica tem caráter transversal no Sistema Único de Saúde (SUS), que se materializa por sua inserção em várias áreas do sistema, iniciando-se na atenção primária, de responsabilidade dos municípios, sendo contemplada também nos atendimentos de maior complexidade e custo.

    Tem também um caráter assistencial, incluindo, além de medicamentos, a promoção da saúde e atividades preventivas, como ocorre nos programas de imunização (soros e vacinas) ofertados à toda a população.

    Sabe-se que o uso inadequado dos medicamentos representa um enorme peso ao sistema; dados estatísticos apontam que quase um terço das internações por intoxicações no país ocorrem por medicamentos. Este uso inadequado é também causa de mortes e perda de qualidade de vida, afetando negativamente indivíduos, famílias e a sociedade como um todo.

    A AF representa um grande custo financeiro e social ao sistema público de saúde, custo este que aumenta à medida que cresce o nível de complexidade, exige-se profissionais qualificados, tanto para a gestão como para as atividades assistenciais, onde se incluem a dispensação dos medicamentos e o acompanhamento de seu uso.

    O SUS é um sistema em permanente construção coletiva; a qualificação da AF certamente contribuirá na melhoria da qualidade dos serviços farmacêuticos prestados à população usuária do sistema, com reflexos importantes na qualidade da saúde da população paranaense.

    Na expectativa de realização da 15ª Conferência Nacional de Saúde, esta cartilha tem como propósito contribuir para a discussão preparatória às conferências municipais e estadual de saúde, bem como para a realização de seminários específicos sobre Política Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica.

    Arnaldo Zubioli
    Presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná