sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Cartinha de um farmacêutico para o Papai Noel

Amigo meu pediu para postar o texto abaixo:
Confesso que não gosto muito desse período de festas. Desde que me lembro por gente, todo o Natal me causa tristeza. Só me vem a cabeça as famílias que não conseguem participar do impulso consumista que assola boa parte da população. Claro que me lembro do aniversário de Cristo e era bom estar em família....mas sempre fico triste, não tem jeito!
Este ano, tentei superar isso e fazer um pouco mais para mudar a situação de alguém. Busco fazer isso durante o ano inteiro, mas não custava nada participar de outra forma. Vi no jornal local que o correio disponibilizava cartas enviadas ao Papai-Noel (que aliás, existe...foi a coca-cola que nos apresentou). Pensei: “É isso!”. Munido de boas intenções me desloquei até a agência dos correios. Na porta, encontrei um rapaz, aparentando ter uns 25 anos. Em suas mãos, uma carta endereçada ao velho Noel. Depois de uma rápida explicação de minha disposição consegui levar a carta comigo. Chegando em cassa abri o envelope e passei a ler aquelas mal traçadas linhas...
“Querido Papai Noel,
Tudo bem? Bom, não sou de escrever muito, mas resolvi tentar mais uma vez esse ano me comunicar com o senhor. Não sei se o senhor se lembra, mas escrevi cartinhas endereçadas a você dos meus 6 anos até os 13, mais ou menos. Não posso reclamar, afinal de contas, o senhor se esforçou. Uma vez pedi um cachorro e ganhei um lindo quadro com um Dalmata pintado. Outra vez pedi um uma bicicleta...ganhei uma joelheira com um bilhete escrito pelo senhor: “Aos poucos ela chega”. Numa última tentativa, pedi um vídeo game e ganhei um saquinho com 10 fichas de fliperama.
Sabe, hoje sou farmacêutico. Fiz a faculdade com alguma dificuldade, mas consegui me formar. É uma profissão linda, sempre admirei, mas acho que precisa melhorar algumas coisas. Estou quase me frustrando. Por isso, gostaria por meio desta, de pedir algumas coisas para o senhor:
- Faça com que o piso salarial melhore. Paguei muito caro para me formar e o salário não ajuda muito. Poderia fazer ser aprovado o Projeto de Lei que cria um piso salarial para a minha categoria.
- Faça com que o Projeto de Lei que transforma a Farmácia em Estabelecimento de Saúde seja aprovado.
- Faça com que haja maior reconhecimento social de minha profissão. Muitos não sabem exatamente o que faz um farmacêutico.
- Peço que o Projeto de Lei que dá a profissão farmacêutica a jornada máxima de 30 horas semanais também seja aprovado.
- Peço que haja condições dignas de trabalho para o profissional. Que nós tenhamos, de fato, condições de exercer a nossa profissão.
Bom, era isso. Agradeço desde já e fico no aguardo.”

A cartinha me comoveu. Depois de muito pensar, respondi a carta, como se Papai Noel fosse...
“Prezado farmacêutico,
Sua profissão é linda de fato. Sabe, se existem problemas hoje, eles já foram maiores no passado. Tem idéia de como se pode melhorar? Vou te ajudar...
- Filie-se ao sindicato dos farmacêuticos do seu estado e participe.
- Participe das atividades organizadas pelos Conselhos Profissionais e pelas Associações Farmacêuticas.
- Não esqueça de quem mereceu seu voto nas eleições, isso ajuda a cobrar deles. Ou seja, participe como cidadão efetivamente.
Ou seja, não aguarde...FAÇA!
Esse pode ser um bom começo....
Abraços.”

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Homenagem a quatro farmacêuticos

Apesar da pouca idade, 39 anos (com aparência de 38), pude acompanhar diversos avanços da sociedade. Saí do telefone público (vulgo orelhão) e cheguei ao celular. Saí do fliperama e hoje jogo Playstation. Tive Educação Moral e Cívica (EMC) e Organização Social e Política Brasileira (OSPB) na escola e hoje sabemos que tudo isso era oriundo da ditadura militar. Mas nada disso me dá mais orgulho de ver o quanto avançamos na assistência farmacêutica. Falo isso sem medo de errar. Sei que há muito por fazer: melhores condições de trabalho aos farmacêuticos que atuam no setor público e privado, melhor remuneração, uma graduação que atenda as demandas da sociedade são alguns dos desafios. Não são poucos os obstáculos, mas já provamos que é possível fazer o sonho se tornar realidade!
Sou de uma geração de farmacêuticos que faziam a faculdade de farmácia em 3 anos (a bioquímica era opcional). Num tempo em que farmacêuticos presentes em drogarias eram uma quimera, pois a constatação se apresentava como lenda. Mesmo assim lutamos. Remamos contra a maré e seguimos ao pé da letra um poema de Bertold Brecht intitulado “Nada é impossível de mudar”:
"Desconfiai do mais trivial ,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar."
Bertold Brecht

Com esse espírito, quatro farmacêuticos se dispuseram a dirigir o Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF), da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégico do Ministério da Saúde. Instituído em 2003, no início do primeiro mandato do Governo Lula,  o DAF tinha e tem como princípio a defesa da assistência farmacêutica. Nesses 7 anos, Norberto Rech, Dirceu Barbano, Manoel Roberto e José Miguel cumpriram um papel fundamental na condução do Departamento, enquanto diretores. Tenho a honra de conhecer a todos e poder chamá-los de “amigos de luta”. Digo isso pois todos se formaram, principalmente, nas batalhas encaminhadas por algumas de nossas entidades farmacêuticas. Entre muitas atribuições destes lutadores, gostaria de citar algumas: Norberto Rech foi presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos (FENAFAR), Dirceu Barbano foi presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, Manoel Roberto foi diretor do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo e Conselheiro Federal pelo mesmo Estado e José Miguel foi presidente do CRF-SC e Conselheiro Federal pelo mesmo Estado.
Tive o prazer de estar na comissão organizadora do V Fórum Nacional de Assistência Farmacêutica, que ocorreu nos dias 14 e 15 de dezembro de 2010, organizada pelo DAF. Neste evento, os 4 farmacêuticos estiveram presentes numa mesa, moderada pela Célia Chaves, atual presidente da FENAFAR, falando sobre a linha do tempo da assistência farmacêutica de 2003 a 2010. Foi uma das cenas mais marcantes de minha vida. Ver os meus companheiros falando a uma platéia respeitável, me fez pensar: “Nossa, como valeu a pena acreditar”.
Essa é uma pequena homenagem a essas ilustres representações da categoria farmacêutica. Obrigado pela oportunidade de constatar o quanto vale a pena lutar.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Exame de proficiência é um bom critério de avaliação?

Recebi da Silvia Amaral Pereira (@silvinha_amaral), Bacharel em Direito, o texto abaixo. Publico-o na íntegra por ser este um tema de interesse de toda a sociedade, mas principalmente das profissões envolvidas no assunto. Lembro-me que não faz muito tempo, este assunto foi tratada pelos órgão de classe da profissão farmacêutica. Evito meus comentários...por isso, deixo os meus 2 ou 3 leitores opinarem.

"A internet bomba com manchetes que abordam a decisão do Desembargador Vladimir Souza Carvalho, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), que concedeu uma liminar na última quinta-feira, considerando inconstitucional o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
De acordo com a decisão,  os profissionais formados em Direito que procuraram a Justiça, têm direito de exercer a profissão, mesmo sem a aprovação no exame da Ordem. Essa decisão vem causando inúmeras reações de todos os segmentos do direito.
Para muitos essa é uma decisão controversa, pois apostam que o exame tem o objetivo de filtrar e mensurar a capacidade do recém formado de atuar na profissão, avaliando inclusive, a qualidade de ensino das universidades. O presidente Nacional da OAB, Dr.Ophir Cavalcante, é um dos mais veementes defensores desta tese, acrescentando inclusive que para a OAB seria interessante o ingresso de vários profissionais em seu quadro, mas que prefere ao invés de quantidade, qualidade e que outros conselhos de classe vêm tentando copiar o modelo do exame de proficiência: Medicina, Contabilistas e Engenheiros.
Outros vibram com tal decisão, por entender que o exame da OAB fere a Constituição Federal, bem como o Principio da Isonomia,  que de fato não serve como balizador de competência profissional, e por fim, que esta é a única profissão em que o acadêmico permanece cinco anos em uma universidade, e depois de aprovado por uma Instituição de Ensino devidamente reconhecida pelo MEC, não pode atuar, necessitando da aprovação aleatória do órgão da categoria.
Colocados aqui os dois lados da moeda, preciso externar minha opinião. O papel do operador do direito na sociedade sempre foi visto como diferenciado, basta resgatar a Lei do Império de 11/08/1827 que instituía que aquele que cursasse 05 anos do curso teria o título de doutor, (prática utilizada até os dias de hoje), a terminologia utilizada no meio jurídico, antes o latim, agora o famoso juridiques.
Como o tema muito me interessa, decidi buscar o máximo de opiniões divulgadas na internet e o que li me deixou extremamente frustrada, pois estamos diante de uma decisão extremamente polemica e que merece muito debate, no entanto, a maioria dos contrários ouvidos são profissionais que se beneficiam do exame (donos de cursinhos preparatórios). Ninguém foi procurar um bacharel, um reitor de universidade ou um jurista isento de qualquer beneficio próprio para discutir o assunto.
Um fato que não se pode deixar de analisar é o baixo índice de aprovação no último exame: 105.315 candidatos inscritos, 47 mil  aprovados para a segunda fase, sendo que apenas 12.614 (12%) passaram. Será que este é um problema de ensino, ou as provas aplicadas não são coerentes? Quem mesmo avalia a segunda fase? A letra da lei é uma, mas a interpretação da mesma, como sabemos, cabe a quem a lê e a aplica. Os recursos analisados pela OAB quando negados, não são fundamentados, por quê? Porque quem passa na primeira fase e reprova na segunda tem que refazer as duas, pagando mais uma vez a taxa de R$ 200,00 (valor da ultima)? A pessoa já não provou que tem conhecimento na primeira? Será que não deveria refazer somente a que reprovou?
Não sou absolutamente contra a realização do exame, desde que esse tenha outra formatação e finalidade. Digo isso por acreditar não ser papel da OAB avaliar Instituições de Ensino, e tão pouco, alegar que o aumento de cursos de direito no país inserem no mercado profissionais despreparados, Cabe a ela sim abrir o debate e questionar essas ações, até porque a OAB está sempre envolvida em debates de questões nacionais, mesmo quando não são de sua alçada.
Está na hora de acabar com essa pseudo idolatria pelo operador do direito, pois somos profissionais como outro qualquer. Freqüentamos a universidade por cinco anos, sofrendo todas as pressões, angustias, cobranças e dificuldades como todos, mas agora, depois de formados não podemos exercer a profissão que escolhemos e nos preparamos. Isso ocorre não por falta de capacidade, mas por decisão do órgão da categoria, que em suas provas exigem que tenhamos não apenas conhecimentos essenciais para atuar na profissão, mas principalmente de memorização, pois em suas provas, de 100 questões, precisamos decorar os Códigos, para respondê-las, coisa que pouquíssimos profissionais atuantes conseguem.
Essa ainda é uma longa discussão, mas fico feliz por saber que ainda existem Desembargadores que conseguem visualizar a situação sem amarras ou pensamentos tendenciosos, apenas decidem analisando a letra da lei."

Imagem extraída de:

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Dicas de filmes para profissionais de saúde parte III - O retorno

Tentando dar minha contribuição aos que estão com o fim de semana livre, ou mesmo aos que receberam aquele convite o qual denominamos "Indian Program" (vulgarmente chamado de Programa de Índio) que você está próximo de recusar, seguem novas dicas de filmes. Vale salientar que não vi todos os filmes que estou postando desde a "parte I". Tenho pesquisado mas também recebido sugestões, como foi o caso da amiga de twitter @lucieneamaral. Destaco também que não sou o que pode ser chamado de ´"cinéfilo", por isso, as sinopses são extraídas de sites, os quais cito ao final da postagem. Com esta postagem já são 15 filmes os indicados. Para ver as outras dicas acesse:

http://marcoaureliofarma.blogspot.com/search/label/Dicas%20de%20filmes

Aguardo seus comentários, sugestões...enfim, espero que curtam.



AS INVASÕES BÁRBARAS.

"À beira da morte e com dificuldades em aceitar seu passado, Rémy (Rémy Girard) busca encontrar a paz. Para tanto recebe a ajuda de Sébastien (Stéphane Rousseau), seu filho ausente, sua ex-mulher e velhos  amigos."


UMA CHANCE PARA VIVER.
 "EUA - O Dr. Dennis Slamon trabalha no menor laboratório da UCLA (Universidade da California, Los Angeles), tem o menor orçamento e nenhum estudante da área de ciências se candidata como seu assistente. O cientista se esforça demais e é pouco valorizado, mas tem o apoio da esposa e acredita no que faz. Dr. Slamon está desenvolvendo uma droga experimental para o tratamento do câncer da mama. Herceptin é um anticorpo produzido nas células e, em doses maciças, o médico acredita que possa ser uma terapia não tóxica para 25% das mulheres com diagnóstico de câncer da mama.

Mas o laboratório Genentech teme prejuízos, corta verbas e pensa interromper o financiamento da pesquisa. Quando tudo parece perdido, Lilly Tartikoff, esposa de um antigo paciente do dr. Dennis, se oferece para levantar fundos entre os amigos. Ao encontrar Ronald Perelman, executivo da Revlon, ela se apresenta e pede uma chance para falar sobre a pesquisa com o Herceptin. Começará aí uma generosa parceria.

"Uma Chance para Viver" foi produzido para a televisão, tendo Renée Zellwwegger como produtora executiva. Sua maior amiga também foi curada por Dennis Slamon. Este é um filme simples, com bom elenco e momentos emocionantes, especialmente para quem tem ou teve pessoas queridas em luta contra o câncer. Acho que, hoje em dia, isso inclui todos nós."

 

O TIGRE E A NEVE.

"O poeta e professor universitário Attilo De Giovanni (Roberto Benigni) vive num mundo distante da realidade, em meio aos sonhos de conquistar a mulher que ama. Em 2003, logo depois de lançar o livro de poesia "O Tigre e a Neve", a realidade do mundo finalmente o atinge quando descobre que a mulher de seus sonhos foi ferida num dos primeiros bombardeios americanos sobre o Iraque. Ele consegue achá-la em Bagdá e se envolve então em inúmeras dificuldades para conseguir encontrar, em uma cidade destruída, os medicamentos de que ela precisa." 

WIT, UMA LIÇÃO DE VIDA.

"É um filme norte-americano para televisão dirigido por Mike Nichols em 2001 .Conta a história de uma professora universitária de literatura (Emma Thompson) acometida por um câncer de ovário em estágio avançado. Sempre uma profissional muito rígida, ela muda suas perspectivas e o modo como encara a vida ao descobrir a doença."





Como eu disse, as sinopses foram extraídas dos sites abaixo:







domingo, 12 de dezembro de 2010

Vaselina mata...é só isso?

     Não tenho a menor disposição de apontar verdades. A grande virtude de uma opinião é simplesmente emitir um pensamento sobre algo. Respeitar as opiniões contrárias, ouvir e ser ouvido, são partes fundamentais de uma simples troca de idéias. Por isso, gostaria de conversar sobre algo que aconteceu nesta semana, recheada com notícias boas e ruins (não necessariamente nesta mesma ordem). Entre as que causaram raiva, surpresa e indignação, estava a notícia de uma menina que faleceu em virtude de uma aplicação de vaselina em sua veia. Obviamente que o fato não foi intencional, mas a conseqüência foi fatal. O fato se deu no Hospital São Luiz Gonzaga, ligado à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. A menina Stephanie dos Santos Teixeira, de 12 anos, foi a vítima.
     O falecimento de qualquer pessoa deve ser averiguado, mesmo que por motivos naturais. Agora, a morte prematura de uma criança, cujo diagnóstico foi “virose”, no dia 3 de dezembro de 2010, tendo sido prescritos medicamentos e soro fisiológico, sendo que a pequena vítima recebeu vaselina no lugar do soro, merece debate maior. Ela só foi parar no hospital porque tinha vômito e diarréia.  O fato precisa despertar em todos nós a devida indignação, mas mais do que isso, a abertura de uma discussão que amplia a avaliação sobre a responsabilidade. Num caso como esse é muito comum buscarmos o culpado ou culpada. Perfeito, penalizemos a auxiliar de enfermagem que já responde por crime culposo. Achamos o “mordomo”? Tenho dúvidas...
     Em primeiro lugar, para propiciar o início da discussão, quero lembrar a Portaria 316/77, que previa não haver necessidade da presença de farmacêuticos em “pequenas unidades hospitalares”, definidas como aquelas com menos de 200 leitos. Tal Portaria trouxe graves consequências ao que defendemos por assistência farmacêutica. É fato que sem farmacêutico não existe assistência farmacêutica plena, já o inverso, talvez seja possível. Ter farmacêutico simplesmente não resolve a situação. Sem estrutura, sem vontade política tanto do profissional quanto do administrador do estabelecimento, sem empenho dos atores envolvidos, pouco se faz. Tarda a revogação desta Portaria, como tarda a discussão de que não basta estar presente...tem que participar!
     Em segundo lugar, chamo a discussão sobre quem é, de fato, o responsável pelo paciente. O médico que diagnostica? O porteiro que recebe o paciente? A família que deve estar atenta aos primeiros sintomas? O farmacêutico que dispensa? Os profissionais da enfermagem que têm relação direta na aplicação dos medicamentos? Bom, penso que todos. Como diz o ditado: “somos lados da mesma moeda”.
     Caso não tenhamos neste fato o motivador de uma grande discussão sobre a plenitude da assistência farmacêutica, tida como um “conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletivo tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional...” (Res. 338/04 do Conselho Nacional de Saúde), não sei o que mais possa despertar o debate. Não deixemos que o falecimento dessa pequena inocente seja mais um caso de “erro”. Vamos avaliar por todos os aspectos isso tudo: desde a semelhança dos frascos de medicamentos até a participação efetiva dos pais ou cuidadores durante uma internação.  Como a humanização interfere nisso tudo?
     Bom, indignados vamos dormir...mas só isso basta????

Em tempo, quase coloquei como foto da postagem, a imagem da pequena Stephanie. Não consegui, pois não achei nenhuma foto dela  na qual estivesse triste, além de achar apelativo. Foto dela sorrindo? Não é assim que ela vê o que aconteceu. Por isso, insiro a foto acima, encontrada no site:http://www.hotfrog.com.br/Empresas/Dra-Neuza-Alves-de-O-Dias/Erro-medico-Advogado-pr-x-ao-Metr-Rep-blica-S-o-Paulo-56039