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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

CFF pede rigor na apuração da conduta do médico que insultou farmacêutico.

Após tomar conhecimento do caso em que um médico no Maranhão insultou um profissional farmacêutico, através de um receituário, o Conselho Federal de Farmácia encaminhou ofício ao Conselho Federal de Medicina, solicitando "rigor na apuração da conduta antiética praticada".

O assunto, que dominou as redes sociais no dia de ontem, foi pauta dos jornais e programas televisivos, ganhando enorme repercussão.

Este humilde blog ontem fez a divulgação: "Se não entendo a letra na receita, não dispenso..."



Veja abaixo os ofícios encaminhados pelo Conselho Federal de Farmácia:




Saiba mais no site do CFF: 
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=3192&titulo=CFF+pede+rigor+na+puni%C3%A7%C3%A3o+de+ato+anti-%C3%A9tico+de+m%C3%A9dico+contra+farmac%C3%AAutico+no+Maranh%C3%A3o

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Min.Saúde publica recomendações sobre uso abusivo de medicamentos na infância.

Por Cristiane Madeira Ximenes, com colaboração de Rubens Bias Pinto

Brasil é o segundo maior mercado consumidor de Ritalina do mundo.
As Coordenações Gerais de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, Saúde dos Adolescentes e dos Jovens e a Coordenação de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde divulgaram nesta quinta-feira (01/10) uma recomendação para que Estados e Municípios publiquem protocolos de dispensação de metilfenidato, cujo nome comercial é Ritalina ou Concerta, seguindo recomendações nacionais e internacionais para prevenir a excessiva medicalização de crianças e adolescentes.
A medida foi tomada diante da tendência de compreensão de dificuldades de aprendizagem como transtornos biológicos a serem medicados, do aumento intenso no consumo de metilfenidato e dos riscos associados ao consumo desse medicamento.
Segundo manifesto do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, articulação de entidades acadêmicas e da sociedade civil, o Brasil vive um processo crescente de medicalização, entendido como o processo que transforma, artificialmente, questões não médicas em problemas médicos.
Dados expostos na recomendação do Ministério da Saúde indicam que o Brasil se tornou o segundo mercado mundial no consumo do metilfenidato, com cerca de 2.000.000 de caixas vendidas no ano de 2010, e apontam para um aumento de consumo de 775% nos últimos 10 anos no Brasil.
Segundo o documento, as estimativas de prevalência de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças e adolescentes no Brasil são bastante discordantes, com valores de 0,9% a 26,8%. O TDAH não pode ser confirmado por nenhum exame laboratorial ou de imagem, o que gera, inclusive, questionamentos quanto a sua existência enquanto diagnóstico clínico. Os custos anuais de tratamento, segundo estudo publicado em 2014, variam de R$ 375,40 até R$4.955,38.
Experiências das Prefeituras de São Paulo (Portaria nº 986/2014) e Campinas/SP mostram como a publicação de protocolos pode contribuir para a diminuição da prescrição excessiva do medicamento.
Por fim, a medida segue orientação da 26ª Reunião de Altas Autoridades em Direitos Humanos (RAADH) do MERCOSUL, realizada em 6 de julho, em Brasília, que afirmou a importância de garantir o direito de crianças e adolescentes a não serem excessivamente medicados e recomendou o estabelecimento de diretrizes e protocolos clínicos.
Fonte:
O conteúdo completo pode ser acessado no link:



quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Evento debate relação do médico com a indústria.

Do site SAUDEJUR


A necessidade de encontrar soluções para que médicos não prescrevam tratamentos beneficiando-se de vantagens financeiras, levou o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) a realizar o Seminário: A relação entre os médicos e a indústria farmacêutica, de equipamentos, órteses e próteses, na subsede da Vila Mariana, proporcionando uma discussão ampla e isenta de preconceitos ou discriminações com todos os setores presentes.

De acordo com o presidente do Cremesp, Bráulio Luna Filho, essa é uma preocupação do Conselho há mais de 5 anos. “Realizamos estudos científicos sobre o tema, além de diversas reuniões com representantes das entidades envolvidas, indústria farmacêutica, hospitais públicos e privados”, contou Luna Filho.

“Nos últimos meses repercutem nos noticiários, denúncias sobre esse relacionamento entre médicos e as empresas, o que acaba manchando a imagem da categoria junto à sociedade”, relatou Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), presente na mesa de abertura do seminário.

Esse relacionamento deveria pautar-se exclusivamente em questões técnicas, mas muitas vezes isso não ocorre, devido a incentivos constantes da indústria, e quem acaba pagando por isso são os pacientes, segundo Éder Gatti Fernandes, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo (Simesp).

Porém, para José Roberto Baratella, presidente da Academia de Medicina de São Paulo, o suporte que a indústria oferece aos eventos científicos é importante. Segundo ele, na década de 1970, junto com colegas e com o apoio da indústria, divulgou o Suporte Nutricional Pediátrico, e essa atividade foi extremamente benéfica, salvando muitas crianças. “A corrupção existe, mas cabe à legislação regulamentar essa relação, combatendo o uso de propinas e punindo tanto o médico, quanto a indústria”, resumiu Baratella.

O mercado

Durante a palestra Perspectivas do Mercado de OPME: Existe crise?, o representante da Unimed do Brasil e da Comissão de Órteses e Próteses da Unimed, Otto Cézar Barbosa Júnior, apresentou o atual cenário financeiro das empresas de saúde suplementar. De acordo com Barbosa, quando se comparam as receitas e as despesas das operadoras, apenas as de grande porte continuam com saldo positivo. As operadoras de médio e pequeno porte ficam com valores zerados ou apresentam déficits.

“Uma importante parcela dos custos das internações hospitalares é a aquisição de órteses e próteses, sendo essa a despesa que mais cresce”, definiu Barbosa, alegando que isso ocorre porque existe uma alta carga tributária sobre importações, constantes evoluções tecnológicas que não acompanham a abrangência das tabelas, e preços que diferem nas regiões do País, variando até 1.000%, além da inexistência do papel de regulamentação das OPME’s, por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Barbosa destacou que os hospitais possuem grande influência no relacionamento entre o médico e a indústria, pois também realizam a compra e venda desses equipamentos, com uma margem de lucro que fica entre 10 e 30%. “Dentro do centro cirúrgico tem funcionário das distribuidoras de órteses e próteses oferecendo seus produtos. E eles estão ali, pois pagam ao hospital uma taxa, conhecida como ‘taxa de rolha’”, relatou.

Segundo ele, para a resolução dos problemas é necessário implantar um novo modelo assistencial na Saúde Suplementar, criar políticas regulatórias, padronizar nomenclaturas, protocolos e normas de uso das OPME’s, definir um órgão responsável e o estabelecer critérios para aferição de qualidade dos produtos utilizados.

A visão dos fabricantes

“Órteses e próteses são equipamentos externos, utilizados em deficiências físicas”, ressaltou Peter Kuhn, vice-presidente da Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (Abotec). Ele destaca que não há nenhum apoio no Brasil para a categoria, pois a profissão sequer é reconhecida. “Temos o contato com o médico, porém sofremos um preconceito maior, pois muitas vezes ortesistas e protesistas são vistos como mecânicos”, contou.

A existência de produtos com cada vez maior qualidade é um dos pontos essenciais para Kuhn, pois o paciente merece ter os melhores equipamentos, mas a tabela SUS, que não é alterada há 10 anos, não permite a aquisição de produtos melhores, e o paciente acaba ficando com os mais simples. Segundo ele, em Brasília não há movimentação para a regulamentação do setor, o que é prejudicial para todos.

“Não há como negar que existem jogadas que estimulam os médicos ter preferências, mas a Abotec faz o seu trabalho visando pacientes deficientes físicos”, destacou Kuhn, relatando que no Brasil os gastos com órteses e próteses são muito inferiores aos que são gastos em países mais desenvolvidos.
A visão dos gestores da Saúde

José Grillo Neto, representante da Unimed Fesp, ressaltou que esse é uma questão com o qual o setor convive há muito tempo. “O problema não está na fábrica, mas no médico corruptível, nos hospitais, nos distribuidores e na Anvisa. A corrupção é algo cultural”, observou Neto. “Essa questão não se limita à ortopedia, outras especialidades médicas também passam por isso”, lembrou David Uip, Secretário de Estado da Saúde, ao relatar que se o homem for corrupto, por consequência, a instituição será corrupta. Uip garantiu que o Estado de São Paulo irá solucionar o problema e que logo será deflagrada uma grande operação onde serão responsabilizados fabricantes, funcionários de instituições e médicos. “Essa grande operação envolve várias cidades do Estado e muitos médicos”, contou.

Uma das medidas que o secretário pretende adotar no Estado é que o médico não prescreva terapias que não estão disponíveis, sem apresentar nome, CRM e justificativa. Uip contou que recentemente assinou um decreto para que os hospitais estaduais que prescreverem o que não está acordado tenham que arcar com os custos correspondentes.

Durante as perguntas da plateia, muitos médicos apontaram a má remuneração paga pela tabela SUS como um dos fatores que levaram à criação desse mercado paralelo de pagamento de comissões. Porém, para Neto, é uma questão de caráter e não de oportunidade.

A diretora segunda secretária do Cremesp, Silvia Helena Rondina Mateus, destacou que por mais que os honorários médicos fossem maiores, nunca seriam próximos aos valores pagos nas propinas oferecidas pelos distribuidores, e que uma coisa não justifica a outra. Silvia garantiu que o Cremesp vai receber todas as denúncias apresentadas pelos presentes.

Ricardo Bastos, membro do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), destacou que há 25 anos aconteceu um Congresso no seu Estado sobre as mesmas diretrizes e com representantes de todos os setores, mas não havia interesse em resolver o problema, e que hoje, enfim, todos querem resolver.

*Informações do Cremesp




quarta-feira, 19 de agosto de 2015

MT: Relação Estadual de Medicamentos facilitará acesso do cidadão.


Disponível no site da Secretaria Estadual de Saúde do Mato Grosso.

Otimizar recurso público, estimular o uso racional de medicamentos e proporcionar aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) remédios seguros e eficazes são os objetivos da Relação Estadual de Medicamentos Essenciais (Resme 2015). A medida, regulamentada pela Portaria 140, dia 06 de agosto de 2015, representa um marco na gestão da saúde em Mato Grosso.
A Resme é a relação dos medicamentos que devem ser disponibilizados gratuitamente, em todo o estado, no âmbito do SUS. A lista expressa o compromisso com a disponibilização dos remédios selecionados nos preceitos técnico-científicos de acordo com as prioridades da população. Segundo o secretário de Estado de Saúde, Marco Bertulio, a Resme dá celeridade e equidade ao processo, para que não haja mais implicações na programação e aquisição medicamentos, o que hoje aumenta o volume de processos judiciais.
Bertulio destaca ainda que Relação Estadual é um esforço técnico, científico e de gestão que contribui para a permanente qualificação do cuidado em saúde e deverá elevar a confiança da sociedade no SUS. "A relação deve ser o instrumento mestre para as ações de planejamento, seleção de medicamentos e de organização da assistência farmacêutica no âmbito do SUS no estado".
A medida foi motivada pela Portaria 172/2010, revogada por não estabelecer um rol de medicamentos, o que dificultava a programação, aquisição e, consequentemente, o acesso do paciente. Além disso, a medida atendia uma demanda individual em detrimento de uma coletiva.
Outro exemplo que evidenciava a necessidade de adequação do sistema para melhorar o acesso das pessoas aos medicamentos é que desde 2010, quando foi publicada a Portaria 172, houve aumento de demandas judiciais em vez de redução, que era o objetivo da publicação.
Equipe Técnica
O trabalho de pesquisa vem sendo desenvolvido desde 2013 pela Comissão Permanente de Farmácia e Terapêutica da Secretaria de Estado de Saúde. A equipe multiprofissional é composta por 30 pessoas, entre membros de entidades de classe, do Conselho Estadual de Saúde e outros.
Foram realizadas apresentações para conhecimento do resultado da síntese e a construção da Resme aos membros e diretoria dos Conselhos Regionais de Medicina, Farmácia e Enfermagem, à Comissão Intergestora Tripartite (CIB), ao Conselho Estadual de Saúde e às Subcomissões do Conselho Estadual de Saúde: Medicamentos e Ambulatorial.
Para a vice-presidente da Comissão Permanente de Farmácia e Terapêutica, Kelli Carneiro de Freitas Nakata, manter a atual gestão de distribuição de medicamentos com base na Portaria 172/2010 dificultaria o trabalho, por que hoje não há uma lista pré-fixada de programação e aquisição. Ela explica ainda que nem sempre o medicamento da portaria representa a melhor alternativa terapêutica para uma determinada doença.
"Por não haver uma lista há implicações na programação e aquisição o que aumenta o volume de processos. Se um paciente precisar de um medicamento para diabetes, apenas ele terá o direito de receber e não todo paciente que tem o mesmo problema de saúde. É liberado para quem solicita e ainda precisa ser aprovado. Isso vem na contramão do SUS", concluiu a vice-presidente.
A Resme 2015 está disponível no site da Secretaria de Estado de Saúde.
Para acessar a RESME clique aqui!

Disponível em: http://www.saude.mt.gov.br/noticia/4048

quarta-feira, 15 de julho de 2015

2a edição do livro "Fundamentos para o Uso Racional de Medicamentos"

O professor Moacyr Luiz Aizenstein, do departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas (IBC) da USP, lançou em junho a segunda edição de seu livro Fundamentos para o Uso Racional de Medicamentos.
O livro possui uma abordagem multidisciplinar e é dirigido a estudantes e profissionais da área de saúde: farmacêuticos, enfermeiros, médicos, biomédicos e dentistas.
A nova edição conta com novos capítulos como “A Farmacogenômica e o Uso Racional de Medicamentos” e “Uso Racional de Medicamentos em pacientes obesos”. O livro foi publicado de forma independente e pode ser adquirido pela internet.
Para mais informações:  comunicao@icb.usp.br 

Fonte: Agência USP de notícias - http://www.usp.br/agen/?p=214000

terça-feira, 16 de junho de 2015

Farmacêuticos do MS encontram jeito para decifrar receitas médicas

Fonte: Bom dia Brasil - Edição de 16/06/2015
Disponível em: http://glo.bo/1BfLVEN


Matéria divulgada hoje no Bom dia Brasil mostra como farmacêuticos estão utilizando de ferramentas para a compreensão de receitas médicas.





quarta-feira, 10 de junho de 2015

Erros de diagnóstico aumentam uso incorreto de antibióticos

DO SITE: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

Já se sabia que a prescrição excessiva de antibióticos pelos médicos é uma das razões do desenvolvimento da resistência das bactérias a esses medicamentos.
Mais recentemente, descobriu-se que um tratamento agressivo contra infecções pode dar o resultado inverso.
Agora, uma equipe de médicos da Universidade de Minnesota (EUA) está chamando a atenção para um outro problema relacionado à resistência das bactérias aos antibióticos: os diagnósticos incorretos.
Erros de diagnóstico
Os pesquisadores realizaram um estudo retrospectivo avaliando centenas de casos de internação para examinar os diagnósticos iniciais da doença, cada um sendo então categorizado como correto, indeterminado, incorreto, ou um sinal ou sintoma consistente com uma doença infecciosa, em vez de uma síndrome ou doença específica.
A seguir, eles determinaram se o tratamento receitado pelo médico foi apropriado em cada caso.
A equipe descobriu que 95% dos pacientes com um diagnóstico incorreto ou indeterminado, ou com um sintoma identificado, mas nenhum diagnóstico feito, receberam antibióticos inadequados.
Em comparação, apenas 38% dos pacientes que receberam um diagnóstico correto receberam antibióticos incorretamente, ainda que isto, por si só, seja um número extremamente elevado.
Erros demais
Os pesquisadores descobriram ainda que, em geral, apenas 58% dos pacientes receberam um diagnóstico correto, indicando que erros de diagnóstico foram mais prevalentes neste estudo do que em estudos anteriores não relacionados ao uso de antimicrobianos.
Os diagnósticos incorretos mais comuns foram pneumonia, cistite, infecções renais e urossepse (infecção do trato urinário).
Segundo a equipe, os diagnósticos incorretos estão aumentando o risco do uso incorreto dos antibióticos, reduzindo as chances de recuperação dos pacientes, diminuindo a eficácia antimicrobiana dos medicamentos e aumentando os custos de saúde.
"As terapias antibióticas são usadas por aproximadamente 56% dos pacientes internados em hospitais norte-americanos, mas mostraram-se inadequados em quase metade dos casos, e muitas dessas falhas estão relacionadas com diagnósticos imprecisos," disse Greg Filice, coordenador da equipe.
"Os resultados sugerem que os programas de gestão de antimicrobianos poderiam ser mais impactantes se fossem projetados para ajudar os médicos a fazerem diagnósticos iniciais precisos e mostrar quando os antibióticos podem ser receitados com segurança," acrescentou.

O estudo foi publicado na revista médica Infection Control & Hospital Epidemiology.

Disponível em: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=erros-diagnostico-aumentam-uso-incorreto-antibioticos&id=10620&nl=sit

segunda-feira, 8 de junho de 2015

PLS propõe ampliar venda de medicamentos isentos de prescrição para outros estabelecimentos.

Tramita na Comissão de Assuntos Sociais – CAS do Senado Federal, o PLS 284/2015, de autoria do Senador Romero Jucá. O PLS sugere alterações na Lei 5991/73 “para ampliar os estabelecimentos de dispensação dos medicamentos isentos de prescrição médica – MIPs”. De acordo com o Projeto, lojas de conveniência, drugstores e minimercados, conceito inserido na Lei a partir da referida propositura, poderão comercializar os medicamentos isentos de prescrição.

Abaixo a íntegra do PLS e a justificação apresentada pelo autor. O PLS está na Comissão aguardando designação do relator.


PROJETO DE LEI DO SENADO Nº , DE 2015

Altera a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e Correlatos, e dá outras   Providências, para ampliar os estabelecimentos de dispensação dos medicamentos isentos de prescrição médica - MIPs.


O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º Acresça-se os incisos XXI e XXII ao art. 4º da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que passa a vigorar acrescidos da seguinte redação:

 “Art. 4º -........................................................................................

XXI – Minimercado: estabelecimento ou lanchonete com, no máximo, 5 (cinco) guichês, caixas, ou “checkouts”, que comercializa, mediante auto-serviço ou não, grande variedade de mercadorias, em especial produtos alimentícios em geral e produtos de higiene e limpeza.

XXII – Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs): medicamento aprovado por autoridade sanitária para tratamento de sintomas e males menores, disponíveis sem prescrição ou receita médica devido a sua segurança e eficácia, comercializado mediante auto-serviço;” (NR)

Art. 2º Acresça-se o §3º ao art. 5º da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que passa a vigorar acrescido da seguinte redação:

“Art. 5º - ......................................................................................

§3º O comércio de MIPs também poderá ser efetuado por lojas de conveniência, “drugstores”, e minimercados. (NR)

Art. 3º Altera o parágrafo único do art. 6º da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 6º ......................................................................................

Parágrafo único. A dispensação de MIPs também é permitida:

       I- Estabelecimentos hoteleiros e similares, para atendimento exclusivo aos seus usuários; e  
        II- lojas de conveniência, “dugstores” e minimercados.” (NR) 



Art. 4º Esta Lei entra em vigor após decorridos cento e oitenta dias de sua publicação oficial.

JUSTIFICAÇÃO

Trata-se de proposta com objetivo de alterar a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências, no que se refere a comercialização de medicamentos isentos de prescrição médica.

Importante lembrar que a garantia de acesso da população a medicamentos é de grande relevância em termos de saúde pública. A rede de distribuição de medicamentos no varejo, contudo, tem baixa capilaridade, principalmente em municípios que concentram população de menor renda e os situados em regiões afastadas dos grandes centros urbanos.

Conforme números obtidos no site: www.imshealth.com, do total de 5.565 municípios brasileiros 5%, ou seja, 246 municípios não possuem sequer uma farmácia; 17% (ou 697) possuem uma única farmácia; 955 possuem 2(duas) farmácias; 668 possuem 3(três) farmácias; enfim 2.566 municípios (46%) possuem até 3 farmácias. Esse projeto traz o grande benefício de aumentarmos o acesso da população aos Medicamentos Isentos de Prescrição Médica- MIPs, principalmente em regiões de baixo número de farmácias.

Além disso, essa baixa capilaridade varejista cria verdadeiros monopólios. Isso possibilita que em determinadas regiões do País se efetuem vendas de medicamentos pelo preço máximo autorizado, enquanto que em outras, onde a concorrência é mais acentuada, os mesmos medicamentos sejam comercializados com descontos expressivos.

Assim, no intuito de contribuir com os esforços de democratização do acesso à saúde, o presente projeto de lei autoriza os minimercados, armazéns e empórios, lojas de conveniência, “drugstores”, e estabelecimentos similares, que existem em abundância em todo o território nacional, a comercializarem os MIPs, ampliando de forma significativa a rede de distribuição varejista desses produtos e proporcionando um melhor atendimento à população, além de possibilitar uma redução do preço ao consumidor, em vista do aumento da concorrência.

Contudo, ciente dos riscos da automedicação, propomos que tal autorização se restrinja apenas aos medicamentos anódinos, aprovado por autoridade sanitária para tratamento de sintomas e males menores, disponíveis sem prescrição ou receita médica que são produtos consolidados no mercado, cujos riscos e efeitos foram estudados ao longo de um grande período de tempo e cuja segurança e eficácia são comprovadas, medicamentos esses que a venda já é permitida em estabelecimentos hoteleiros e similares na mesma lei.

 Ainda, cumpre esclarecer que os referidos estabelecimentos em questão possuem licença e alvará de funcionamento, submetidos as autoridade sanitárias, de modo que possuem estrutura e preparo para comercialização dos MIPs.

Não se trata de inovação e sim de seguir uma tendência mundial, uma vez que muitos países já comercializam os MIPs em além das farmácias e a experiência comprova que não apresentaram aumento de casos de intoxicação. Dentre esses, podemos citar: Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, Portugal, Itália, Dinamarca, Noruega, Suécia, Alemanha, Holanda, Hungria, México, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador e Guatemala. Experiência global demonstra elevada segurança para MIPs na venda em canais alternativos. Pela relevância da medida proposta, conclamamos a todos para prestar apoio à aprovação do projeto de lei ora apresentado.


Sala das Sessões,


Senador ROMERO JUCÁ

Fonte: http://www.senado.leg.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=121209

sexta-feira, 5 de junho de 2015

AGU confirma exigência de perícia para SUS fornecer medicamento de alto custo.

Fonte: www.agu.gov.br


A Advocacia-Geral da União (AGU) impediu que o Sistema Único de Saúde (SUS) fosse obrigado a fornecer medicamento de alto custo que não possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a uma paciente que acionou a Justiça para obter o remédio. No caso, foi demonstrado que a autora da ação não comprovou, em nenhum momento, que o tratamento oferecido pela rede pública era ineficaz.

O processo solicitava o fornecimento do remédio Lomitapide, utilizado no tratamento de hipercolesterolemia familiar. A paciente alegou que a substância é reconhecida pela comunidade científica e médica especializada como a única eficaz no tratamento da doença. Argumentou, ainda, que a Lei nº 9.782/99, que criou a Anvisa, permite a dispensa de registro de medicamentos adquiridos por organismos multilaterais internacionais para uso pelo Ministério da Saúde.

A 20ª Vara Federal do Distrito Federal negou o pedido de liminar para que a União fosse obrigada a fornecer o remédio. A autora então interpôs recurso para tentar reverter a decisão, mas a Procuradoria-Regional da União da 1ª Região (PRU1) atuou para manter o entendimento da primeira instância. A unidade da AGU destacou que o juiz, com base nas provas juntadas aos autos, concluiu que não foram evidenciadas as alegações de risco de dano necessárias ao deferimento de liminar.

Os advogados da União sustentaram, ainda, a ausência de prova de que o medicamento fornecido pelo SUS para tratamento da doença não tinha eficácia. "Assim, não há razão para desconsiderar a política pública de saúde instituída pelo Estado para tratamento da moléstia", afirmaram eles na defesa escrita apresentada contra o recurso.

A procuradoria defendeu, também, que seria indispensável para o fornecimento de qualquer medicação de alto custo que a autora apresentasse perícia técnica demonstrando a ineficácia de medicamentos disponibilizados pelo SUS.

O desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) que analisou o pedido da paciente concordou com os argumentos da AGU e negou provimento ao recurso. A decisão observou que não houve a demonstração de "inexistência, no mercado, de outras substâncias congêneres ou até mesmo genéricas que pudessem igualmente combater com eficiência a doença".

A PRU1 é unidade da Procuradoria-Geral da União, órgão da AGU.

Ref.: Agravo de Instrumento nº 0073839-39.2013.4.01.0000/DF - TRF1.

Disponível em: http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/321774

segunda-feira, 18 de maio de 2015

"Uso racional de medicamentos na pediatria : doenças na infância 1".

Disponível em: http://hdl.handle.net/10482/18112


Autores: Patrícia Medeiros de Souza, Felipe Ferreira, Cátia Barbosa Cruz.


Neste primeiro volume estão organizadas as bulas referentes à deficiência do hormônio de crescimento, enurese noturna, hiperplasia adrenal congênita, hipertireoidismo, hipotireoidismo, obesidade, puberdade precoce central e déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), assim como as instruções para leitura e interpretação dos textos e ilustrações das bulas.

Referência: 

SOUZA, Patrícia Medeiros de; FERREIRA, Felipe; CRUZ, Cátia Barbosa (Org.). Uso racional de medicamentos na pediatria: doenças na infância 1. Brasília: UnB/HUB, 2015.


Para acessar a publicação, clique aqui.


Fonte: Repositório Institucional - Universidade de Brasília
http://repositorio.unb.br/handle/10482/18112

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Atividades lembram o dia nacional pelo uso racional de medicamentos.

Dia 05 de maio é o dia nacional pelo uso racional de medicamentos. Sabe o motivo? Veja no blog do Marco Aurélio, na postagem Porque 05 de maio é dia nacional da Campanha Pelo Uso Racional de Medicamentos? http://marcoaureliofarma.blogspot.com.br/2013/05/porque-05-de-maio-e-dia-nacional-da.html


O Brasil inteiro está se mobilizando. Abaixo, algumas das atividades previstas para este ano:

Seminário Baiano sobre Uso Racional de Medicamentos: No dia 05 de maio é comemorado o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, para evidenciar essa data, o CRF-BA promoverá o I Seminário Baiano sobre Uso Racional de Medicamentos. O evento será voltado para profissionais de saúde e estudantes, e tem como objetivo principal conscientizar os profissionais de saúde sobre seu papel em relação ao Uso Racional de Medicamentos.


No dia 05 de maio, a Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP estará no calçadão, no centro de Ribeirão Preto, das 9 às 17 horas, realizando atividades da Campanha Nacional pelo Uso Racional de Medicamentos. A Campanha é organizada pelos alunos do Centro Acadêmico Lourenço Roselino. Acesse: http://www.ribeirao.usp.br/?p=1985


Uso racional de medicamentos é tema de campanha em Sinop: Um projeto de extensão da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Sinop, está abordando o tema “Uso racional de medicamentos”. Acadêmicos e docentes da instituição estão percorrendo postos de saúde do município, conscientizando a população quanto aos riscos do mau uso dos remédios. No sábado (9), uma tenda será montada na praça Plínio Callegaro, no centro, onde os idealizadores tirarão dúvidas da comunidade sobre o tema. O evento é coordenado pelo curso de Farmácia da UFMT e faz parte também de uma mobilização nacional, conhecida como “Campanha 5 de maio”. Acesse: http://www.sonoticias.com.br/noticia/geral/uso-racional-de-medicamentos-e-tema-de-campanha-em-sinop


Correr fora do centro do Recife é sempre uma atração a parte para nós corredores. E a cada ano que passa, essa tendência aumenta, com corridas sendo realizadas em outros bairro do Recife e até mesmo em outras cidades da região metropolitana, tão organizadas quanto as realizadas na Rua da Aurora, Forte do Brum ou Cais da Alfândega. E no próximo dia 9 de maio, será realizada uma destas corridas longe do Centro do Recife. Trata-se da “1ª Corrida e Caminhada Pelo Uso Racional de Medicamentos”, um evento idealizado para alertar o uso racional de medicamentos, informando a população para que viva de modo mais consciente com sua saúde. E nada melhor do que mostrar isso a nós corredores, que sempre nos preocupamos com a saúde e acabamos nos excedendo até demais, fazendo uso de corredores fazem uso de suplementos e termogênicos sem acompanhamento de um profissional de educação física ou nutricionista. Acesse: http://blog.pernambucorunning.com.br/?p=575


Por ocasião do Dia Nacional pelo Uso Racional de Medicamentos, comemorado em 5 de maio, o CRF-SC realizará a partir da próxima semana, em parceria com universidades e instituições, diversas atividades de rua e debates para orientar e conscientizar a população. Nas atividades de rua, conhecidas como "Farmacêutico Presente", serão oferecidos serviços gratuitos por profissionais farmacêuticos voluntários, como aferição de pressão arterial e glicemia. Também serão distribuídos folders e panfletos orientativos. Acesse: http://crfsc.org.br/nv/index.php?option=com_content&view=article&id=3361:campanha-urm-2015&catid=39:agenda


Acontece nesta terça-feira em Palmas, sul do Paraná, a Campanha pelo Uso Racional de Medicamentos, alusiva ao Dia Nacional pelo Uso Correto de Medicamentos, em 05 de maio. Estudantes e professores do Curso de Farmácia do Instituto Federal, campus Palmas, Vigilância Sanitária, com o apoio do CRF (Conselho Regional de Farmácia), do Paraná, estarão desenvolvendo uma série de atividades na Praça Bom Jesus, a partir das 08h00 da manhã até 15h00, sem intervalo para o almoço. Acesse: http://www.rbj.com.br/geral/campanha-pelo-uso-racional-de-medicamentos-em-palmas-2-5600.html

Muitas outras atividades estarão ocorrendo. Procure onde ocorrerá em sua cidade e participe!


quarta-feira, 4 de março de 2015

Relatório da ONU aponta que 75% da população mundial não têm acesso a remédios contra a dor.

Cerca de 5,5 bilhões de pessoas ainda têm pouco ou nenhum acesso a medicamentos contendo drogas como como codeína e morfina, deixando 75% da população mundial sem acesso a tratamento adequado para aliviar a dor, afirmou, nesta terça-feira (03), a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE), sediada em Viena (Áustria), no seu Relatório Anual de 2014, lançado hoje.  O relatório diz ainda que cerca de 92% da morfina utilizada em todo o mundo é consumida por apenas 17% da população mundial, que vive principalmente nos Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental, Austrália e Nova Zelândia.
O documento lembra também que no último ano houve um aumento de 11% no número de novas substâncias psicoativas, com 388 substâncias únicas identificadas em 2014, em comparação com 348 no ano anterior. A extensão do uso de NPS em nível mundial ilustra a natureza dinâmica do problema destas drogas.
De acordo com a a JIFE, também houve um aumento de 66% no consumo mundial de metilfenidato, um estimulante usado principalmente no tratamento de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Isto pode ser atribuído a vários fatores como o aumento do número de pacientes com ADHD; uma ampliação da faixa etária da população susceptível de receber o tratamento e falta de diretrizes de prescrição adequados adicionado à práticas de marketing fortes e influentes. Somente nos Estados Unidos, 11% dos jovens entre 4 e 17 anos tinham sido diagnosticados com TDAH. Na Alemanha, o número de diagnósticos de TDAH aumentou 42% em crianças e adolescentes com menos de 19 anos de idade, entre 2006 e 2011.

Fonte: CANAL SAÚDE - FIOCRUZ - 
Disponível em: http://www.canal.fiocruz.br/destaque/index.php?id=2117

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Livro: Fundamentos para o Uso Racional de Medicamentos

Livro: Fundamentos Para o Uso Racional de Medicamentos

O Uso Racional de Medicamentos é um instrumento importante que utiliza a medicina baseada em evidencias na prevenção, manutenção e recuperação da saúde e contribui para a melhora da qualidade e da expectativa de vida da população. Este livro é dedicado a estudantes e profissionais da área da saúde interessados em conhecer e aplicar na prática diária o Uso Racional de Medicamentos. 

Fonte da apresentação e imagem: http://www.fnac.pt/Fundamentos-Para-o-Uso-Racional-de-Medicamentos-Moacyr-Luiz-Aizenstein/a665318

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Em Rondônia, PL institui a semana de promoção do Uso Racional de Medicamentos.

Título original: Deputados aprovam projeto sobre conscientização e combate à automedicação.

Foi aprovado na Assembleia Legislativa, em primeira e segunda votação o projeto de lei nº 1028/2013, de autoria do deputado Cláudio Carvalho (PT), que institui a Semana de Promoção do Uso Racional dos Medicamentos e Combate à Automedicação no âmbito do Estado de Rondônia, que deverá ser realizada nos dias 19 a 25 de setembro. O projeto teve parecer favorável em plenário do deputado Kaká Mendonça (PTB).

Conforme o projeto, a Semana de Promoção do Uso Racional dos Medicamentos e Combate à Automedicação deverá ser desenvolvida pelo Poder Executivo, na rede pública de ensino e de saúde, podendo ocorrer os seguintes eventos: palestras de esclarecimento para a população; propaganda em rádio e TV; distribuição de folhetos informativos e explicativos pela autarquia de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/RO).

O projeto determina que esses eventos não devem ficar limitados à Semana de Promoção do Uso Racional dos Medicamentos e Combate à Automedicação, podendo ser realizados a qualquer tempo. O Poder Executivo poderá firmar convênios e parcerias com entidades afins e deverá divulgar na Semana de Promoção do Uso Racional dos Medicamentos e Combate à Automedicação a importância do usuário do medicamento obter orientação com o profissional farmacêutico no ato da dispensação dos medicamentos. 

O deputado explicou que o projeto de lei surgiu em decorrência de pedidos feitos pela Federação Interestadual dos Farmacêuticos (Feifar/RO), com o objetivo de conscientizar a população sobre os cuidados que se deve ter ao tomar qualquer medicamento, com utilização racional.


Fonte:DECOM


Extraído de: http://www.jornalrondoniavip.com.br/noticia/deputados-aprovam-projeto-sobre-conscientizacao-e-combate-a-automedicacao,geral,9969.html


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Projeto institui a semana estadual do uso racional de medicamentos no RS.


Título Original: Projeto sobre Uso Racional de Medicamentos avança na Assembleia


De autoria do deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), o projeto de lei 53/2014, que institui, no Rio Grande do Sul, a Semana Estadual do Uso Racional de Medicamentos, deve ser votado nas próximas semanas, no plenário da Assembleia Legislativa. O projeto recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta terça (18). O relatório, elaborado pelo deputado Dr. Basegio (PDT), recebeu nove votos favoráveis e nenhum contrário. “Não há inconstitucionalidade na matéria e a justificativa do projeto traz números preocupantes. Na qualidade de médico, tenho conhecimento sobre os problemas que a automedicação e o uso descontrolado de medicamentos trazem para a saúde humana”, afirmou o relator.
A proposta de Valdeci prevê que a Semana Estadual pelo Uso Racional de Medicamentos no Estado seja promovida, anualmente, na data entre 05 e 11 de maio. “Os estudos da Organização Mundial da Saúde apontam que mais da metade dos pacientes não usa corretamente os medicamentos ministrados, o que traz riscos à saúde humana”, ressaltou Valdeci, que acompanhou pessoalmente a votação da matéria na CCJ.
Calendário – Durante a reunião do Colégio de Líderes do Parlamento Gaúcho, que aconteceu no final da manhã desta terça, Valdecu pediu a publicação da matéria na pauta de votações. Como todas as bancadas concordaram com a solicitação, o projeto tem chances de ser apreciado pelo conjunto dos deputados na semana que vem. “Temos convicção que o projeto deverá ser aprovado por unanimidade”, disse Valdeci, que elaborou a proposta a partir de reuniões com o Conselho Regional de Farmácia (CRF-RS) e com o Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Rio Grande do Sul (SINDIFARS).

(texto e foto: Tiago Machado) - Fonte: http://valdecioliveira.com.br/?p=10135

 Veja abaixo a íntegra do Projeto e a Justificativa

Projeto de Lei nº 53 /2014
Deputado(a) Valdeci Oliveira
Institui no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul, a Semana Estadual do Uso Racional de Medicamentos.
Art. 1.º Fica instituída a Semana Estadual do Uso Racional de Medicamentos, a ser realizada, anualmente, no período de 05 à 11 de maio.
Art. 2.º A Semana Estadual do Uso Racional de Medicamentos tem como finalidade a conscientização da população gaúcha, dos profissionais de saúde e das empresas de propaganda sobre o uso racional do medicamento e os riscos da automedicação.
Parágrafo único. Nesta semana serão desenvolvidas ações para conscientizar sobre o Uso Racional de Medicamentos e incentivar estudos e experiências inovadoras nesta área.
Art. 3.º Esta data passa a integrar o Calendário Oficial de Eventos do Estado do Rio Grande doSul.
Art. 4.º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em Deputado(a) Valdeci Oliveira
JUSTIFICATIVA
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (Nairóbi, Quênia, 1985), entende-se que há uso racional de medicamentos quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade.
O uso racional de medicamentos pressupõe que os usuários e profissionais de saúde busquem opções adequadas e com menor custo, quando possível, de tratamentos conforme as condições clínicas de cada indivíduo, que devem ser avaliadas pelo médico ou outro profissional de saúde habilitado.
O uso não racional de medicamentos é um problema mundial: Uso excessivo faz com que, a cada ano, novos produtos sejam lançados, sem que isso necessariamente redunde em proporcional melhora no estado geral de saúde dos consumidores.
Estudo francês revela que de 508 novos produtos farmacêuticos lançados entre 1975 e 1984, 70% não ofereciam vantagens terapêuticas.
Avaliação da FDA De 348 novos medicamentos comercializados entre 1981 e 1988, só 3% representaram uma contribuição importante em relação aos tratamentos já existentes.
Por que promover o uso racional de medicamentos?
• 15% da população mundial consomem mais de 90% do que é produzido pelas indústrias farmacêuticas.
• 25-70% do gasto em saúde nos países em desenvolvimento correspondem a gastos com medicamentos, comparativamente a menos de 15% nos países desenvolvidos.
• 50-70% das consultas médicas geram uma prescrição medicamentosa.
• 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou usados inadequadamente.
• Somente 50 % dos pacientes, em média, tomam corretamente seus medicamentos.
Outra preocupação que justifica o uso racional de medicamentos são os prejuízos advindos derreações adversas:
• Ocorrência em 10-20% pacientes hospitalizados;
• Responsáveis por 1,7-6,0% das admissões;
• 1,5-35% durante a internação (26% em hospital universitário brasileiro);
• Quarta causa estimada de morte em serviços de urgência nos EUA;
• Aumento significativo de tempo de internação, custos hospitalares e individuais;
• Alertas mínimos ou ausentes sobre sua ocorrência em propaganda de medicamentos;
• Falsa ideia de segurança: condiciona o profissional de saúde a buscar outras causas para as manifestações apresentadas (“cascata da prescrição”)
Além da prescrição racional por parte dos profissionais da saúde é necessário evitar que a população faça automedicação porque a automedicação pode causar graves danos à saúde, a pessoa pode utilizar o produto errado, ou na quantidade errada. Todo medicamento, até o mais simples, pode causar reações adversas dependendo de cada organismo. Usá-los de forma errada pode mascarar alguma doença ou até fazer com que ela se torne ainda mais grave.

Ao apresentar este Projeto de Lei que tem como objetivo a conscientização da sociedade acerca do uso racional de medicamentos esperamos contribuir para cuidado com saúde da população gaúcha e preservação da vida.