Com o tema: "Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública, patrimônio do Povo Brasileiro", ocorrerá neste ano a 14a Conferência Nacional de Saúde. Momento maior para a construção do SUS, com seus diversos atores, não há! Momento ímpar para a sociedade brasileira, que poderá discutir os rumos de nosso sistema de saúde. A história tem demonstrado o quanto este espaço democrático de discussão tem sido fundamental para a garantia do acesso universal a saúde! Alguns até não acreditam que isso possa ocorrer. Países de outros continentes aprendem conosco como é possível construir um sistema, cujas bases se dão numa elaboração coletiva.
O que o farmacêutico tem a ver com isso? Devemos participar pelo simples fato de estarmos inseridos na linha de cuidados da saúde? Temos que participar do processo pelo fato da assistência farmacêutica estar inserida neste contexto? Bom, penso que é muito mais do que isso. Como já demonstrei em outra postagem, o SUS é bem avaliado pela população e devemos lutar para que ele se eftive a cada dia! O acesso gratuito a medicamentos está em segundo lugar na boa avaliação da população acerca do nosso sistema de saúde.Nos últimos anos tivemos a oportunidade de ver o quanto é possível construir políticas que dão certo, exemplo disso é a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Nunca na história deste País (acho que alguém já disse isso) tivemos a possibilidade de pactuar indicadores que demonstram o quanto temos acertado no encaminhamento de algumas ações.
O grande desafio do povo brasileiro, amamentado nos seios da luta, das disputas, da construção solidária de ações universais, está na busca da melhoria das condições de vida de toda a sociedade. É verdade que não temos guerras (atualmente), terrremotos, maremotos...mas também é verdade que temos lutas de classes, lutas de gêneros, combates oriundos da homofobia, entre tantas outras disputas que se dão no âmbito do preconceito e do pouco tempo de democracia que vivemos no último período! É desafio posto lutarmos. Lutarmos contra o preconceito, contra o benefício de poucos em detrimento do mal causado a muitos, contra a homofobia, xenofobia, contra o capitalismo sangrento, a ira contra Nordestinos, negros....não faltam lutas. Mas nos orgulhemos de termos apenas uma língua, a pluralidade de raças, credos, opções sexuais. Defendamos pobres e ricos, mães solteiras e casadas e aos nascidos em berços de ouro, prata ou bronze!
Farmacêuticos(as) têm uma tarefa no próximo período: colocar a assistência farmacêutica num patamar maior do que a contagem de comprimidos distribuídos. Não temos mais que contar em quantas Prefeituras atuamos, mas nas condições de trabalho em que podemos atuar. Não apenas no número de pacientes atendidos, mas no número de adesões a tratamentos que consquistamos. Não devemos ter nossos indicadores galgadados apenas no número de formados, mas no número de formadores. O grande desafio não é mais contarmos "quantos", mas "quais", "como" e principalmente, "porque". Estudantes estão no mesmo patamar de importância...."mostra a tua cara".
O desafio está dado. Profissionais farmacêuticos foram chamados a defender um direito Constitucional. Entidades como a FENAFAR e a Escola de Farmacêuticos organizarão atividades nas quais devemos participar. A ENEFAR constrói a sua pauta e os estudantes estão convocados. A Conferência de Saúde está aí! E você...onde está?
Em breve, novas postagens sobre o tema!
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