domingo, 6 de março de 2011

Farmacêuticos conversam com o Ministro da Saúde.

A Federação Nacional dos Farmacêuticos esteve em audiência com o Ministro da Saúde Alexandre Padilha, no dia 03 de março. Entidade reconhecida pela sua luta em prol da categoria farmacêutica, foi representada por diversos diretores. Na ocasião, entregaram ao Ministro Padilha duas cartas onde estavam presentes os principais anseios da categoria farmacêutica, as quais reproduzo abaixo. Ambas foram assinadas pela farmacêutica Célia Chaves, presidenta da FENAFAR:

CARTA 1

Brasília, 03 de Março de 2011.

Excelentíssimo Doutor Alexandre Padilha
Digníssimo Ministro da Saúde

A Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) tem a honra de cumprimentar Vossa Excelência pela sua assunção ao Ministério da Saúde e ao mesmo tempo, desejar profícua gestão à frente dessa importante pasta ministerial.

A Fenafar, entidade representativa da categoria farmacêutica em nível nacional foi fundada em 25 de outubro de 1974 e conta, atualmente, com 15 sindicatos filiados. No País, somos 130 mil profissionais sendo que a maioria trabalha em farmácias e drogarias.

A trajetória da Federação é marcada por duas lutas que se complementam e integram: a defesa da saúde pública que nos últimos anos se materializa na defesa do SUS – Sistema Único de Saúde e a luta pela valorização do farmacêutico, resgatando o seu papel social como profissional de saúde.

Sob o escopo de algumas diretrizes de ação, temos desenvolvido campanhas de valorização da saúde do povo brasileiro. Conferir à farmácia o status de estabelecimento de saúde, já que a dispensação de medicamentos é uma atividade de interesse social e não apenas um comércio lucrativo é uma luta de toda a sociedade. Portanto, encontra-se na ordem do dia empreender todos os esforços possíveis para que o Projeto de Lei 4385/1994, substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor, que dispõe da farmácia como estabelecimento de saúde, entre na pauta de votação da Câmara dos Deputados.

Somado as medidas que o Ministério vem tomando ao longo do tempo para a estruturação da Assistência Farmacêutica, a aprovação do Projeto de Lei constitui-se em importante anteparo para que projetos como Farmácia Popular possam de fato significar um fortalecimento do SUS e não o contrário, um possível desvirtuamento, ameaça real que precisa ser enfrentada.

Aproveitamos a oportunidade para manifestar o apoio da Fenafar à decisão do governo em investir numa produção nacional de medicamentos. No que tange a profissão farmacêutica e seu produto mais expressivo “o edicamento” como bem que salva vidas – A Fenafar faz uso deste instrumento para denunciar a Lei de Propriedade Industrial vigente no País– Lei nº 9.279/96 que instituiu o mecanismo de concessão de patentes pipeline. Esse instrumento impede o acesso da opulação a medicamentos e entrava o processo de produção de novos fármacos uma vez que ferem os princípios constitucionais de proteção à propriedade intelectual, da supremacia do interesse social e da busca do desenvolvimento tecnológico e econômico do País (art.5º, XXIX). Violando assim a Constituição Federal ao ferir o direito adquirido da coletividade (art.5º XXXVI); o devido processo legal substantivo (art.5º, LIV) e o rincípio da igualdade de todos perante a lei (art.5º, caput). Uma ação direta de inconstitucionalidade, a partir de denúncia da Fenafar e da Rebrip, está em curso no upremo Tribunal Federal.

Esperamos contar com o apoio de Vossa Excelência em mais esta luta.
Em consonância a estas frentes a Fenafar tem desenvolvido amplas ações pelo uso racional de medicamentos e pela proibição da propaganda de medicamentos.
Essas são algumas das principais lutas desenvolvidas pela Fenafar no momento, para as quais solicitamos o apoio do Ministério, no sentido de avançarmos no rumo da onstrução efetiva de uma Política Nacional de Assistência Farmacêutica.

A Fenafar compreende que o diálogo entre as entidades do movimento social e
governo é elemento indissociável para a construção de uma sociedade mais democrática, e contamos estabelecer esse relacionamento com o Ministério, preservando nossa ndependência, no intuito de contribuir para o avanço dos debates e da elaboração das políticas de saúde do nosso País.

CARTA 2

Brasília, 3 de março de 2011.
   
Excelentíssimo Doutor Alexandre Padilha
Digníssimo Ministro da Saúde

A Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar, por ocasião deste primeiro encontro formal com o Ministério da Saúde neste início de novo governo, vem expor outro assunto que certamente será objeto de sua atenção proximamente.

Trata-se da revisão da Portaria 648/06 que estabelece a Política Nacional de Atenção Básica. Em seu inciso III do item 3 (que trata dos recursos humanos necessários nas Unidades Básicas de Saúde) não há previsão do profissional farmacêutico. Entretanto, no inciso VIII do mesmo item há a previsão da dispensação dos medicamentos pactuados nacionalmente.

Vossa Excelência é sabedor que uma das maiores despesas em saúde é com os medicamentos, portanto, parece-nos ilógico permitir que este insumo tão importante para o restabelecimento da saúde do povo brasileiro e tão caro aos cofres públicos tenha nas Unidades Básicas de Saúde um tratamento não condizente com esta situação.

Assim sendo, a Fenafar reivindica de Vossa Excelência a inclusão do profissional farmacêutico na equipe multiprofissional necessária para um atendimento de qualidade ao usuário do SUS. Esta medida trará a médio e longo prazo uma efetiva melhoria no processo de dispensação de medicamentos contribuindo para a garantia do acesso e de seu uso racional que resultará na diminuição dos problemas decorrentes do seu inadequado. Como resultado dessas ações teremos além da melhoria das condições de saúde uma efetiva economia direta e indireta, seja pela melhoria do processo de dispensação seja pela redução dos atendimentos e do uso de mais medicamentos decorrentes do uso inadequado dos mesmos.

Colocamo-nos a disposição para contribuir nesta elaboração.


Informações extraídas de: http://www.fenafar.org.br/

sábado, 5 de março de 2011

Morre Alberto Granado, farmacêutico amigo de Che Guevara!

     Faço mais uma postagem em homenagem a um farmacêutico. Dedico a ele a “Comenda do Blog do Marco Aurélio”. Com certeza é o título mais simples que recebeu, mas de grande orgulho para mim. Fã reconhecido de Che, tenho em Alberto Granado um dos motivadores do ímpeto revolucionário de Ernesto Guevara. Não quero falar apenas por mim, mas pelo o que está disponível em alguns sites...

“A imprensa oficial de Cuba anunciou neste sábado a morte do bioquímico argentino Alberto Granado, aos 88 anos. Amigo de Ernesto Che Guevara, ele acompanhou o líder guerrilheiro em uma viagem de motocicleta em vários países da América Latina no início da década de 1950. A história ganhou notoriedade em 2005, quando foi adaptada pelo cineasta brasileiro Walter Salles no filme "Diários de motocicleta".

O contato com as populações dos locais por onde passou teria despertado o engajamento político de Che...

Granado morava em Cuba desde 1961, após ser convidado pelo líder guerrilheiro. A televisão estatal da ilha informou que ele será cremado e suas cinzas serão espalhadas pelo país, além da Argentina e da Venezuela. As causas da morte não foram divulgadas.”

http://www.sidneyrezende.com/noticia/123758+alberto+granado+companheiro+de+che+guevara+em+viagem+de+moto+morre+em+cuba

Milton Ribeiro disse... (http://sul21.com.br/jornal/2011/03/morre-alberto-granado-companheiro-de-che-nas-viagens-de-moto-pela-america/)

“Alberto Granado, amigo e companheiro de Ernesto Che Guevara em suas viagens de motocicleta pela América do Sul, morreu neste sábado em Havana aos 88 anos.
Granado, nascido em 8 de agosto de 1922 em Córdoba (Argentina) e estabelecido em Cuba desde 1961, morreu de causas naturais, explicou seu filho Alberto Granado. A televisão estatal cubana definiu Granado como um “fiel amigo de Cuba” e detalhou que, segundo sua vontade, será cremado neste sábado em Havana e suas cinzas serão espalhadas por Cuba, Argentina e Venezuela.

Amigo de infância de Che Guevara, realizou com o amigo em 1952 a viagem de motocicleta pela América do Sul que despertou a consciência política do médico Ernesto Che Guevara.
Sobre “La Poderosa”, a moto de Granado, os dois percorreram juntos boa parte do Cone Sul até que, nove meses depois, se separaram na Venezuela. A viagem foi transposta ao cinema em 2004 por Walter Salles no filme Diários de Motocicleta, protagonizado pelo mexicano Gael García Bernal, no papel de Che, e pelo argentino Rodrigo de la Serna, como Alberto Granado.
Após essa viagem, Granado retornou à Argentina para trabalhar como bioquímico, mas, após o triunfo da revolução cubana, Che o convidou para ir a Havana e, um ano depois, ele decidiu ficar na ilha com sua esposa e filhos. Em 2008, Alberto Granado viajou à Argentina para participar das comemorações do 80º aniversário de nascimento de Che Guevara na cidade de Rosário. Sua última viagem ao exterior foi ao Equador há alguns meses.”

Dicas de filmes para profissionais de saúde - Parte V

     Em pleno sábado de carnaval, escrevo mais uma postagem para o blog, voltada para os que ficaram em casa, seja por opção ou por estarem monetariamente impossibilitados de deslocamentos com mais de 2 km de suas residências (vulgarmente conhecidos como "duros"). Dicas de filmes para profissionais de saúde, com destaque para o primeiro filme. Espero que curtam. Caso queiram ver as outras dicas, desça a barra de rolagem e observe a parte direita do blog. Veja em "Marcadores" o tema  "Dicas de filmes". Clique e veja as outras postagens.


Diários de motocicleta-
“Che Guevara (Gael García Bernal) era um jovem estudante de Medicina que, em 1952, decide viajar pela América do Sul com seu amigo Alberto Granado (Rodrigo de la Serna). A viagem é realizada em uma moto, que acaba quebrando após 8 meses. Eles então passam a seguir viagem através de caronas e caminhadas, sempre conhecendo novos lugares. Porém, quando chegam a Machu Pichu, a dupla conhece uma colônia de leprosos e passam a questionar a validade do progresso econômico da região, que privilegia apenas uma pequena parte da população.”
Obs do Blogueiro: Além de ser fã de Che, vale a pena ver o filme pelo fato de Alberto Granado, seu amigo de viagem, ser farmacêutico, falecido neste dia 5 de março, aos 88 anos.
Medo da Verdade (Gone Baby Gone)-
“Dois detetives particulares são designados para investigar o misterioso desaparecimento da pequena Amanda McCready (Madeline O'Brien). Quando começam as buscas eles descobrem que nada no caso é o que parece ser. Em última instância, os dois terão de arriscar a sua própria amizade e tudo o que têm de mais valioso - as suas relações afetivas, suas saúdes mentais e até mesmo as suas próprias vidas - para encontrar a verdade sobre a menina desaparecida.”

Linha Mortal (Flatliners)-

“Estudantes de Medicina fazem experiências com a vida após a morte, provocando a morte clínica com a ajuda dos colegas. Cada um tenta ficar do "outro lado" o maior tempo possível, até que o experimento gera uma inesperada conseqüência.”



Sinopses extraídas de:


Imagem extraída de:



segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Os "Dez Mais" entre os medicamentos indutores de violência

Ethan A. Huff (NaturalNews, 15/01/2011) | em 21/02/2011.

O Institute for Safe Medication Practices (ISMP) publicou recentemente um estudo publicado na revista "PLoS One" destacando as piores prescrições medicamentosas, ligadas a crimes, aquelas que levam o paciente a tornarem-se violentos. Entre os dez mais (Top Dez) perigosos estão os antidepressivos Pristiq® (desvenlafaxina), Paxil® (paroxetina) e Prozac® (fluoxetina).

Preocupações sobre os efeitos colaterais extremamente negativos de antidepressivos muitos populares e dos antipsicóticos têm vindo a aumentar, uma vez que estas drogas não só causam graves problemas de saúde para os usuários, mas também representam uma ameaça significativa para a sociedade. O relatório do ISMP aponta que, de acordo com a Food and Drug Administration (FDA) e seu Sistema de Comunicado de Eventos Adversos (Adverse Event Reporting System), medicamentos muitos populares estão relacionadas até mesmo com homicídios.

A maioria das drogas no top dez dos mais perigosos são antidepressivas, mas também estão incluídos medicamentos para insônia, drogas para o Distúrbio de Déficit de Atenção e Hiperatividade (DDAH), uma droga para a malária e um medicamento antifumo.

Conforme publicado na revista “Time”, a lista dos dez mais é a seguinte:

10º. Desvenlafaxine (Pristiq®) - Um antidepressivo que afeta a serotonina e a noradrenalina. Esse medicamento oferece 7,9 vezes mais chances de ser associada com a violência do que outras drogas.

9º. Venlafaxina (Efexor®) - Um antidepressivo que trata transtornos de ansiedade. A droga tem 8,3 vezes mais probabilidade de estar associado à violência do que outras drogas.

8º. Fluvoxamina (Luvox®) – É uma droga inibidora da recaptação da serotonina (ISRS) que tem 8,4 vezes mais probabilidade de estar associado à violência do que outras drogas.

7º. Triazolam (Halcion®) – É um medicamento benzodiazepínico para a insônia que tem 8,7 vezes mais probabilidade de estar associado à violência do que outras drogas.

6º. Atomoxetine (Strattera®) - Uma droga para DDAH que tem 9 vezes mais probabilidade de estar associado à violência do que outras drogas

5º. Mefloquine (Lariam®) - Um medicamento contra a malária que tem 9,5 vezes mais probabilidade de estar associado à violência do que outras drogas.

4º. Anfetaminas – É uma classe geral de drogas para DDAH com 9,6 vezes mais probabilidade de estar associado à violência do que outras drogas.

3º. Paroxetina (Paxil®) - Um antidepressivo (ISRS) que tem 10,3 vezes mais chances de ser associado com a violência do que outras drogas. Também está ligado a graves sintomas de abstinência e defeitos em recém-nascidos.

2º. Fluoxetina (Prozac®) - Um medicamento antidepressivo ISRS popular que tem 10,9 vezes mais chances de ser associada com a violência do que outras drogas.

1º. Vareniclina (Champix®) – É um medicamento antitabaco que apresenta chocantes 18 vezes mais probabilidades de estar associado à violência do que outras drogas.

Observações: 1) No Brasil as anfetaminas mais comuns para DDHA incluem a Ritalina®.

2) O Champix® é vendido no Brasil com esse mesmo nome comercial.

3) O Strattera® é vendido no Brasil com esse mesmo nome comercial.

4) O triazolam (Halcion®) já foi proibido temporariamente no Brasil, e permanece proibido em países como o Reino Unido. 5) No Brasil o mefloquine é vendido sob o nome de Lariamar®. Fontes para esse artigo incluem:

http://healthland.time.com/2011/01/07/top-ten-legal-drugs-linked-to-violence/

Original: https://webmail.saude.gov.br/redir.aspx?C=e188ebc720ee4e4191cb7eed4807c3d6&URL=http%3a%2f%2fwww.naturalnews.com%2f031017_violence_prescription_drugs.html%23ixzz1B6V0uSJS

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Receitas que matam

No Jornal O GLOBO de hoje (27/02/2011), no caderno "Ciência", página 51, saiu a seguinte matéria:

Metade das prescrições apresentam erros. Falta treinamentos para médicos.

Um cp/vo/8/8. O que parece uma difícil equação ou código indecifrável é, na verdade, a informação mais importante de uma receita médica: um comprimido via oral de oito em oito horas. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que mais de 50% dos medicamentos que circulam no mundo foram receitados, vendidos ou preparados de forma inadequada. Em grande parte esse índice se deve ao fato de que muitos médicos não sabem receitar e orientar seus pacientes. Das quase 170 faculdades de medicina no país, poucas cobram dos alunos a disciplina Uso Racional de Medicamentos (URM). A falta de critério e a má orientação quanto à utilização de remédios, associada ao hábito de automedicação no país, aumentam as chances de mais doenças e internações.

Na semana em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discutiu a proibição de emagrecedores, o problema do mau uso de remédios chama mais atenção. De acordo com a OMS, 50% das pessoas no planeta usam fármacos de forma errada. Só nos EUA, esses erros são responsáveis por 4% dos óbitos e 5% a 7% das internações. No Brasil, eles causam 30,7% das intoxicações e 19,7% dos óbitos, segundo o Ministério da Saúde.

- Medicamento não é bem de consumo. É insumo, é necessidade. Portanto, a produção e a comercialização deles não podem seguir as regras de comércio de bens de consumo. Esta lógica perversa precisa ser invertida urgentemente, caso contrário estamos perdidos - alerta Thaís Helena Abrahão Thomaz Queluz, titular do Departamento de Clínica Médica da Universidade Estadual Paulista, que instituiu na unidade de Botucatu o curso obrigatório de URM.

Esta iniciativa pioneira chamou a atenção do Ministério da Saúde, que está financiando a educação à distância sobre o tema e oferece prêmio para os melhores projetos voltados à promoção do URM. Entre problemas encontrados em receitas estão rasuras, letra ilegível, uso de abreviaturas, falta de explicação sobre os efeitos do medicamento e erros quanto à posologia. Thaís diz que médicos, dentistas e veterinários aprendem a prescrever como se seguissem uma "receita de bolo", no ambulatório, na enfermaria, com o médico de plantão. O que é um erro.

- Não fazem isso por má fé, mas por despreparo e pouco conhecimento sobre o uso racional dos remédios - afirma. - E fatores como pouca informação e falta de questionamento por parte dos pacientes, pressão da indústria farmacêutica oferecendo vantagens (30% do orçamento dos laboratórios são destinados à publicidade), falhas em fiscalização e vigilância contribuem para agravar.

Medicina baseada em evidências
Ela lembra que usar medicamento não é normal. Dois terços das consultas resultam em prescrições e as reações adversas aumentam com quatro ou mais drogas:

- Qualquer medicamento causa efeito em todo o organismo. Nem sempre um medicamento novo é melhor do que outro já no mercado há tempo. Os médicos deveriam estar preparados para buscar informações seguras e confiáveis sobre as drogas - afirma.

José Miguel Nascimento Júnior, diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, diz que o órgão está preocupado com o problema e que tem investido na educação de prescritores e farmacêuticos, especialmente dentro dos hospitais. Esses profissionais devem levar em conta a medicina baseada em evidências, diz.

- Não é na indústria farmacêutica que eles vão se atualizar, nem no Google. Precisam buscar referências em bancos de dados, em literatura especializada. Já o paciente deve esclarecer todas as dúvidas com seu médico e farmacêutico; exija a presença dele.

Desiré Carlos Callegari, primeiro-secretario do Conselho Federal de Medicina, também defende o uso racional. Ele diz que uma medida importante é a digitalização das receitas e a implantação do prontuário eletrônico. O próprio Código de Ética Médica diz que receitas e prontuários ilegíveis podem ser usados em denúncia e processo.

- Uma receita bem escrita, clara, é uma forma de o profissional se proteger em casos de problemas com pacientes - diz.

Fonte: O Globo - Antonio Marinho