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sexta-feira, 2 de março de 2012

Secretário SCTIE-MS, Carlos Gadelha, fala do "Saúde não tem preço" e sobre assistência farmacêutica.

Na última quinta-feira (1o. de março de 2012), o Secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, participou do programa "CENAS DO BRASIL". O programa "fez um balanço dos programas Farmácia Popular e Saúde Não Tem Preço, que completou 1 ano em fevereiro, beneficiando quase 8 milhões de pessoas com a distribuição de medicamentos gratuitos para o tratamento de diabetes e hipertensão". Além do Secretário Gadelha, participou do debate o farmacêutico da Universidade de Brasília (UnB), Bruno Gedon. 

"A EMPRESA BRASIL DE COMUNICAÇÃO – EBC foi criada para suprir uma lacuna no sistema brasileiro de radiodifusão com o objetivo de implantar e gerir os canais públicos, aqueles que, por sua independência editorial, distinguem-se dos canais estatais ou governamentais." Enquanto uma TV pública, "ao iniciar suas transmissões, em 2 de dezembro de 2007, a TV Brasil veio atender à antiga aspiração da sociedade brasileira por uma televisão pública nacional, independente e democrática.
Na entrevista, Gadelha abordou o primeiro ano do "Saúde Não Tem Preço", apresentando o sucesso da ação dentro do Programa Farmácia Popular, mas destacou as demais ações do Governo na garantia da Assistência Farmacêutica enquanto direito do cidadão. Tratou dos investimentos feitos na atenção básica, nos programas estratégicos e no componente especializado da assistência farmacêutica. Comentou também sobre a importânca do profisisonal farmacêutico no contexto da saúde, demonstrando o papel estratégico do medicamento, mas principalmente, o direito do usuário a uma correta orientação sobre o uso racional de medicamentos.
Enfim, essa é uma das entrevistas que devem servir como aula nos cursos de graduação sobre as ações desempenhadas pelo Ministério da Saúde.Recomendo não apenas pelo seu conteúdo abrangente, apesar dos 58 minutos disponíveis para tal, mas pela mensagem emitida pelo Secretário Gadelha de que o "SUS seja visto como patrimônio do povo brasilieiro". Devemos nos orgulhar do Programa Farmácia Popular, mas também pelo programa de vacinação, pelo acesso aos medicamentos antiretrovirais, oncológicos, entre outros.
Veja o vídeo:
Para saber mais sobre a EBC, visite: http://www.ebc.com.br/

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Relatório final da 14a Conf. Saúde divulgado. Assist. Farm. presente....

Controle social em ação....



Foi divulgado o Relatório Final da 14ª Conferência Nacional de Saúde, no site do Conselho Nacional de Saúde. Não deixe de ler atentamente o que foi aprovado. Ele está disponível no http://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2012/relatorio/26_jan_relatorio_final_site.pdf
Esse relatório é o resultado final de um processo que organizou milhares de batalhadores do SUS.
Abaixo, destaco as propostas que foram aprovadas sobre a assistência farmacêutica. Aqui não estão presentes as propostas aprovadas através das Moções, por isso, não deixe de ler o relatório final.

Farmacêuticos e profissionais da saúde envolvidos com o tema, vamos a luta para implementar o que foi aprovado no momento máximo do controle social...
1.    Fortalecer o controle social autônomo, paritário, democrático e deliberativo em todas as agências de fiscalização para a defesa dos direitos da cidadania e do bem comum, legitimando os Conselhos de Saúde como espaços estratégicos de gestão participativa para pactuação e estabelecimento de compromissos entre a gestão pública, os trabalhadores e os usuários, visando o desenvolvimento e qualificação dos serviços e das políticas públicas de saúde, como política de governança, impactando na melhoria da qualidade de vida da população, com fiscalização dos prestadores de serviços contratados/conveniados quanto à efetiva disponibilização dos procedimentos, medicamentos e insumos necessários ao tratamento de usuários do SUS sob sua responsabilidade, com acesso irrestrito, nos termos da lei, a todas as informações necessárias sobre os serviços de saúde, incluindo média e alta complexidade e pesquisas de opinião pública com usuários e trabalhadores, dando publicidade adequada aos resultados.
2.    Implantar um Sistema Nacional de Regulação do SUS, que garanta a ampliação do acesso para todos, de acordo com o princípio da equidade e que
3.    induza uma Programação Pactuada e Integrada -PPI viva, com a disponibilização mais adequada dos procedimentos de baixa oferta, a redução do tempo de resposta mediante critérios de risco e o acesso aos procedimentos especializados, insumos, medicamentos, dispositivos e equipamentos, de acordo com a necessidade e a demanda, em tempo adequado, com fluxos pactuados entre os serviços e devidamente divulgados, mediante a adoção de protocolos clínicos baseados nas melhores práticas.
4.    Ampliar os recursos para assistência farmacêutica incluindo os fitoterápicos com financiamento das três esferas de governo, de forma a garantir atendimento humanizado e digno aos usuários de medicamentos nas farmácias.
5.    Isentar de recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sobre a compra de medicamentos para todos os serviços de saúde que atendam 100% SUS.
6.   Inserir o programa de Assistência Farmacêutica e acompanhamento farmacoterapêutico no SUS, realizado pelo farmacêutico como mecanismo de acompanhamento e avaliação da terapêutica, em particular em grupos de atenção especial à saúde, como idosos, crianças, pacientes portadores de doenças crônico-degenerativas, infecto-contagiosas e transtornos mentais, visando ao uso racional de medicamentos.
7.    Incluir protetor solar e labial nas listas de medicamentos fornecidos na atenção básica gratuitamente, e garantir sua utilização como Equipamento de Proteção Individual (EPI) para todos os trabalhadores da saúde.
8.    Ampliar a política de Assistência Farmacêutica compreendendo seus componentes: básico, estratégico e excepcional, revisando e ampliando o rol de medicamentos tanto nas farmácias públicas quanto no programa Farmácia Popular.
9.    Restringir a veiculação de propaganda de bebidas alcoólicas e medicamentos em todos os meios de comunicação, além de isentar ou reduzir os impostos na compra de medicamentos, veículos, equipamentos e insumos para a saúde (SUS).
10. Manter informações atualizadas para os usuários nas unidades de forma visível, constando escala de serviços e trabalho desta unidade, que contemplem fluxo e funcionamento, relação de medicamentos das farmácias da rede e divulgação das farmácias populares.

11. Criar mecanismo para que os municípios sejam ressarcidos das despesas originadas pela judicialização, quando se referir a medicamentos ou procedimentos de responsabilidade do Estado e/ou do Ministério da Saúde.
12. Revisar a Legislação que trata da transferência de recursos por Bloco de Financiamento, permitindo o remanejamento dos mesmos entre os Blocos: Assistência Farmacêutica, Vigilância em Saúde e Atenção Básica, de acordo com as necessidades locais.
13. Implantar, nos Municípios da Região Amazônica, a Farmácia Popular, Serviço de Urgência e Emergência a fim de atender as Comunidades Ribeirinhas, do Campo e da Floresta.
14. Adotar política de ampliação para novos serviços de saúde nos municípios, reformulando as portarias que dificultam a implantação de novas equipes de saúde da família e serviços como CAPS, Farmácia Popular, NASF devido a limitação do quantitativo populacional, ou seja, que reveja os critérios populacionais para      descentralizar esses serviços para toda população, principalmente para município de pequeno porte.
15. Divulgar nos principais meios de comunicação (rádio, TV, jornais locais) e nas próprias unidades de saúde (cartazes, banners, protocolos, informativos) sobre a localização, os fluxos e serviços disponíveis no SUS, o que é atenção básica, urgência, emergência e pronto atendimento, suas competências e atuação dos Conselhos de Saúde, Estratégia de Saúde da Família e outros programas federais entre eles a farmácia popular.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Projetos de Lei que farmacêuticos devem acompanhar...

PL 2431/2011

De autoria do Deputado Felipe Bornier (PSD-RJ – segundo site da Câmara), o Projeto de Lei proíbe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária de vetar a produção e comercialização dos anorexígenos: sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol. A ANVISA proibiu a comercialização dos referidos produtos (RDC 52/11). Acesse o PL:
http://www.poderesaude.com.br/portal/images/stories/PL_2431_20111.pdf

PL 6492/2006

De autoria da Senadora Sandra Rosado (PSB-RN) sugere exatamente o contrário, ou seja, que a ANVISA proíba, tal qual foi feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Saiba mais acessando o site: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=311499


PL 6435/2005

De autoria da Deputada Federal Farmacêutica Alice Portugal (PCdoB-BA), o referido Projeto de Lei “Dispõe sobre o âmbito da profissão farmacêutica no País e dá outras providências”. Ele altera a Lei nº 10.205, de 2001, atribuindo, também, ao profissional Farmacêutico as atividades hemoterápicas; revoga o § 2º, do artigo 334, do Decreto-Lei nº 5.452, de 1943. Para ter acesso ao referido Projeto: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=310447

PL 7354/2006

Na mesma linha do Projeto citado acima, o Deputado Federal Nelson Marquezelli (PTB/SP) apresentou o referido PL que altera a Lei nº 10.205, de 2001, atribuindo, também, ao profissional Químico as atividades hemoterápicas e revoga os Decretos nºs 20.377, de 1931 e 20.931, de 1932. Este PL foi apensado ao Projeto de Lei citado acima. Para Saber mais sobre a proposta, acesse: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=330545


PL 4768/2009

De autoria do Deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), o Projeto sugere que haja a comemoração do “Dia Nacional da Indústria Farmacêutica”. Quer saber mais?

PL 2459/11

Apresentado pelo Deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), o Projeto foi originalmente apresentado pela ex-Deputada Federal Vanessa Grazziotin (PCdoB – AM), hoje Senadora Federal. O mesmo projeto já foi apresentado pela colega farmacêutica no Senado Federal (PLS 62/2011). (http://www.crf-ba.org.br/)


Veja outros Projetos de Lei já divulgados neste Blog:

http://marcoaureliofarma.blogspot.com/2011/08/alguns-pls-de-interesse-dos.html



Pesquisas ocultam dados importantes sobre novos remédios.

Por THIAGO FERNANDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA




"As pesquisas clínicas que servem de base para aprovar novos remédios e para que os médicos escolham como tratar seus pacientes omitem dados que poderiam mudar suas conclusões. Em sua mais recente edição, o periódico "British Medical Journal" analisa a falta de dados relevantes em artigos sobre pesquisas feitas com seres humanos. O editorial da revista classifica essa falha como uma das mais graves violações éticas do processo de formação de conhecimento sobre novos medicamentos.

Em uma série de análises sobre o tema, o "BMJ" mostra que a omissão de informações muda o resultado de estudos que vão servir para aprovar novas drogas. Isto é, um remédio é avaliado como mais ou menos eficaz, dependendo dos dados do estudo. Um dos levantamentos revisou o resultado de 41 estudos sobre novas drogas. Os autores refizeram as conclusões dos testes, incluindo dados de pacientes do grupo inicial de estudo, mas que, por qualquer razão, haviam sido excluídos da análise final. Em 93% dos casos, o resultado encontrado pelo novo estudo foi diferente do original. Os pesquisadores, por exemplo, mostraram que uma droga contra Alzheimer, a galantamina, foi menos eficaz quando todas informações colhidas nos estudos originais foram consideradas.

Muitas vezes, estudos excluem pacientes por terem idade avançada ou sintomas não relacionados à doença estudada. Tudo isso torna a pesquisa e suas conclusões mais distantes da vida real. "A maioria dos médicos acredita que o sistema regulatório aplicado a pesquisas em humanos garante que as descobertas sejam relevantes e confiáveis. É um choque ver que isso está longe da realidade", diz a revista.

O principal responsável pelo problema é o "viés de publicação", como é conhecida a tendência de pesquisadores de selecionar só dados que corroborem sua hipótese, e não os que a negam ou sejam inconclusivos. "Mesmo subconscientemente, o pesquisador pode ser induzido a encontrar resultados que estejam de acordo com suas expectativas", afirma o reumatologista Marcelo Schafranski.

Uma das formas de combater esse viés é a exigência de que as pesquisas sejam registradas em bancos de dados de acesso público em que ficam disponíveis todas as informações sobre o estudo.

No Brasil, só há um banco desse tipo. O Rebec (Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos) é gerido pela Fundação Oswaldo Cruz e resultado de uma parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde. "O registro dá transparência à pesquisa. Qualquer pessoa tem informações sobre o estudo", diz o coordenador do Rebec, Josué Laguardia.

Criado há pouco mais de um ano e com inscrição voluntária, o sistema tem 77 pesquisas cadastradas. Para Laguardia, essa preocupação com a transparência dos dados ainda não é muito disseminada no país. E só o registro não é garantia contra as distorções. "Dependemos da ética individual do pesquisador", afirma."



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1031780-pesquisas-ocultam-dados-importantes-sobre-novos-remedios.shtml

sábado, 3 de dezembro de 2011

Assistência Farmacêutica na 14a Conferência Nacional de Saúde.

Estamos em plena 14a Conferência Nacional de Saúde - CNS. Propostas foram apresentadas nos diversos municípios, que chegaram às Conferências Estaduais de Saúde. Algumas delas chegaram na Conferência Nacional de Saúde. Nos dias 02 e 03/12, os 17 grupos de trabalho constituídos na Conferência Nacional apreciarão tais propostas. Algumas delas referem-se ao profissional farmacêutico de forma direta ou indireta. No dia 04/12, último dia da CNS, serão votadas as propostas que constarão no relatório final da referida conferência. Abaixo, destaco as propostas referetes à assistência farmacêutica, que constam do relatório consolidado que está sendo aprecidado pelos quase 4.000 delegados à Conferência Nacional de Saúde:

 - Revisar a Legislação que trata da transferência de recursos por Bloco de Financiamento, permitindo o remanejamento dos mesmos entre os Blocos: Assistência Farmacêutica, Vigilância em Saúde e Atenção Básica,de acordo com as necessidades locais.

- Ampliar os recursos para a Assistência Farmacêutica incluindo os fitoterápicos com financiamento das três esferas de governo de forma a garantir atendimento humanizado e digno aos usuários de medicamentos nas farmácias.

 - Adotar a carga horária máxima de 30h semanais para a enfermagem e para todas as categorias profissionais que compõem o Sistema Único de Saúde.

- Adotar política de ampliação para novos serviços de saúde nos municípios, reformulando as Portarias que dificultam a implantação de novas equipes de saúde da família e serviços como CAP´S, Farmácia Popular, NASF devido a limitação do quantitativo popularciona, ou seja, rever os critérios populacionais para descentralizar esses serviços para toda a população principalmente para Município de pequeno porte da Amazônia.

 - Ampliar os recursos para assistência farmacêutica incluindo os fitoterápicos com financiamento das três esferas de governo, de forma a garantir atendimento humanizado e digno aos usuários de medicamentos nas farmácias.

 - Implantar nos Municípios da Região Amazônica a Farmácia Popular, Serviço de Urgência e Emergência a fim de atender as Comunidades Ribeirinhas, do Campo e da Floresta.

 - Inserir o programa de Assistência Farmacêutica e acompanhamento farmacoterapêutico no SUS, realizado pelo farmacêutico como mecanismo de acompanhamento e avaliação da terapêutica, em particular em grupos de atenção especial à saúde, como idosos, crianças, pacientes portadores de doenças crônico-degenerativas, infecto-contagiosas e transtornos mentais, visando ao uso racional de medicamentos.

 -  Modificar a equipe mínima da Estratégia de Saúde da Família, com a inclusão de novas categorias profissionais como: fisioterapeutas, educadores físicos, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, e agentes de endemias.

 - Ampliar a política de assistência farmacêutica compreendendo seus componentes: básico, estratégico e excepcional, revisando e ampliando o rol de medicamentos tanto nas farmácias públicas quanto no programa Farmácia Popular.

 -  Implantar a Política Nacional de Praticas Integrativas e Complementares no SUS, ofertando novas pratica integrativas e complementares nos serviços de atenção básica, considerando as praticas já existente e as articulações com os equipamentos e movimentos sociais do território.

 - Restringir a veiculação de propaganda de bebidas alcoólicas e medicamentos em todos os meios de comunicação, além de isentar ou reduzir os impostos na compra de medicamentos, veículos, equipamentos e insumos para a saúde (SUS).

 - Manter informações atualizadas para os usuários nas unidades de forma visível, constando escala de serviços e trabalho desta unidade, que contemplem fluxo e funcionamento, relação de medicamentos das farmácias da rede e divulgação das farmácias populares.

 - Criar mecanismo para que os municípios sejam ressarcidos das despesas originadas pela judicializacão, quando se referir a medicamentos ou procedimentos da responsabilidade do Estado e/ou do Ministério da Saúde.

- Divulgar nos principais meios de comunicação (rádio, tv, jornais locais) e nas próprias unidades de saúde (cartazes, banners, protocolos, informativos) sobre a localização, os fluxos e serviços disponíveis no SUS, o que é atenção básica, urgência, emergência e pronto atendimento, suas competências e atuação dos Conselhos de Saúde, Estratégia de Saúde da Família e outros programas federais, entre eles a farmácia popular.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Processo desenvolvido no Brasil permite produzir genérico de quimioterápico

Pesquisa busca reverter processo habitual em que princípios ativos vêm do exterior, sendo apenas formulados e embalados no Brasil

Mais um genérico poderá ser produzido no Brasil. Desta vez, os pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos (INCT-Inofar) conseguiram desenvolver, em escala de laboratório, um novo modo para produzir o genérico do quimioterápico sunitinibe. Este fármaco, indicado na terapêutica contra o câncer de estômago, intestino e rim, é o princípio ativo do Sutent - o medicamento fabricado pela Pfizer -, cuja patente foi depositada no Brasil em 2005.

"Estamos adiantando o processo para que empresas brasileiras que se interessem pelo trabalho possam também fazer a adaptação de seu processo produtivo", fala Angelo da Cunha Pinto, Cientista do Nosso Estado, da Faperj, e orientador da pesquisa conduzida por Bárbara Vasconcellos da Silva, no Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que foi bolsista de doutorado nota 10 e de pós-doutorado da Faperj.

A importância do trabalho se revela em vários níveis. Segundo Cunha Pinto, a pesquisa traçou um rota alternativa às 472 patentes já registradas no mundo para o sunitinibe. "Como existem diferentes opções para se chegar à síntese de uma determinada substância, fizemos modificações de reagentes e condições de reação, procurando alternativas eficientes e de custo mais baixo quando comparado à rota original.", explica Bárbara.

O  projeto foi bem-sucedido e pode-se atribuir este sucesso à larga experiência do grupo de pesquisa na síntese de análogos da isatina, um núcleo que faz parte da estrutura química do sunitinibe. "Há mais de vinte anos, o professor Angelo vem trabalhando com a isatina, uma molécula sinteticamente versátil, cujos derivados possuem várias propriedades farmacológicas, como antiviral, antiinflamatória, anticonvulsivante e antitumoral, entre outras", fala Bárbara.

A nova rota de síntese traz as vantagens de encurtar o processo de produção, já que pula uma das etapas; e de ter sido simplificada, não exigindo reações que envolvam alta pressão. "Usamos catalisadores que permitem, por exemplo, condições de reação à temperatura ambiente. Tudo isso se adapta melhor à estrutura da indústria nacional", explica Cunha Pinto.

Igualmente importante é o fato de que a nova rota de síntese também possibilitou um aumento no rendimento final, de 4% a 5%. "Pode parecer pouco, mas levando-se em consideração todas as etapas, isso equivale a um significativo aumento no rendimento total, especialmente em termos de indústria", argumenta Cunha Pinto. "Em cada etapa de reação, nossos rendimentos foram iguais ou superiores aos descritos nas patentes", acrescenta Bárbara.

Cunha Pinto pondera ainda que, atualmente, a produção de medicamentos no Brasil é feita principalmente a partir da importação de princípios ativos da China, Índia e Coréia, que aqui são formulados e embalados. "Nossas pesquisas no INCT-Inofar estão justamente procurando reverter esse caminho. Vimos demonstrando que nossos pesquisadores conseguiram desenvolver, em curto espaço de tempo, novas sínteses de moléculas ligadas à indústria farmacêutica", anima-se Cunha Pinto, referindo-se não apenas ao sunitinibe como também à atorvastatina, o princípio ativo de um dos medicamentos para redução do colesterol mais consumidos mundialmente.

Indicado como quimioterápico eficaz para certos tipos de câncer de intestino, estômago e rim - alguns dos quais que até algum tempo atrás não tinham tratamento -, o sunitinibe é mais bem tolerado pelos pacientes e pode ser administrado por via oral, facilitando o tratamento. Sua atuação no organismo acontece em duas frentes: ataca diretamente as células tumorais e impede o crescimento de novos vasos sanguíneos que alimentam o tumor e favorecem seu crescimento.

Atualmente, o alto custo do medicamento, de cerca de R$ 11 mil uma caixa com 28 comprimidos, torna seu uso restrito a uma pequena parte da população. "Possibilitar a produção de um genérico nacional do sunitinibe, a custos mais baixos, permitirá que o medicamento possa passar a integrar a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e estar acessível a um amplo número de pacientes", anima-se Cunha Pinto. Para o pesquisador, tudo isso atesta a competência brasileira na área dos genéricos.



Fonte: http://www.isaude.net/pt-BR

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Patentes de medicamentos em discussão na ONU.

Acompanhamos na última semana a participação brasileira na 51ª Reunião do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Washington, Estados Unidos. Evento da mais alta importância, o Brasil, através da Presidenta Dilma e dos Ministros que a acompanharam, tiveram papel de destaque, para o incômodo de muitos. É preciso lembrar que essa é a primeira vez em que uma mulher discursa na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A participação do Brasil causou elogios, inclusive por parte da oposição. É notória a liderança que nosso país exerce em diversos assuntos, entre eles, a saúde.

Entre os assuntos abordados, a patente de medicamentos ocupou papel destacado. Sobre o tema, a Presidenta Dilma disse: “O Brasil respeita seus compromissos em matéria de propriedade intelectual, mas estamos convencidos de que as flexibilidades são indispensáveis para políticas que garantam o direito à saúde”.

O Ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, defendeu  uma ação internacional integrada contra as doenças crônicas não transmissíveis, que provocam 63% das mortes no mundo, e pelo acesso universal a medicamentos. O Ministro defendeu a flexibilização das patentes dos medicamentos destinados às doenças crônicas não transmissíveis. Segundo o site do DCI "Padilha acrescentou que a adoção de uma espécie de banco de preços, comparando o valor cobrado por medicamentos estrangeiros e nacionais, levou o governo a economizar R$ 600 milhões."


Fontes:
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/09/na-onu-dilma-defende-flexibilizacao-das-patentes-de-medicamentos.html
 
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/dilma-abre-assembleia-geral-da-onu-em-nova-york/

domingo, 25 de setembro de 2011

Por que 25 de setembro é dia internacional dos farmacêuticos?

Hoje estamos comemorando o dia internacional dos farmacêuticos. A data foi instituída pela FIP (Federação Internacional Farmacêutica) em 2010. A FIP, segundo o site da Federação, (http://www.fip.org) ”foi criada em 1993 com um programa de bolsas e prêmios. Além dos prêmios em reconhecimento de excelência, a Fundação FIP também torna Subsídios FIP disponíveis Desenvolvimento para farmacêuticos jovens em formação ou de investigação, bolsas de viagem FIP Internacional e Bolsas FIP. Em 1997, introduziu o Prêmio Jovem Apresentador Poster, que são dadas a um número de pessoas que apresentaram resumos para o Congresso FIP, que foram rastreados e aprovados por um ou outro secretário do científico ou profissional.”

O site diz ainda que “O Conselho da FIP (Federação Internacional Farmacêutica) instituiu, por meio de votação realizada, no dia 28 de agosto de 2010 (sábado), 25 de setembro como o Dia Internacional dos Farmacêuticos. A decisão visa a dar uma unidade entre a categoria, no mundo inteiro.”

Vasculhei pela internet para saber o porquê da escolha do dia 25 de setembro. Queria saber o que ocorreu nesta data para que merecesse ser a data comemorativa dos farmacêuticos de todo o mundo, mas não encontrei. Vários sites e blogs elogiaram a iniciativa, mas não encontrei a resposta que buscava. Seja por ignorância ou por pouca divulgação, não sei o porque do dia 25 de setembro. Encontrei que nesta data, comemora-se o dia do rádio e que “o rádio foi patenteado pelo cientista e inventor italiano Guglielmo (Guilherme) Marconi, no início do século 20.” Descobri ainda que “a primeira transmissão radiofônica no Brasil aconteceu no dia 7 de setembro de 1922, por ocasião do centenário da independência”. Descobri também que nesta data, em 1957, “nove estudantes afro-americanos entram na escola secundária Central só para brancos, em Little Rock, no Arkansas, protegidos por guardas fortemente armados.” Além disso, em 1926, “Henry Ford, Presidente da empresa norte-americana Ford, reduziu a semana laboral de seis para cinco dias por semana e para as oito horas diárias.” Nesta mesma data, em 1991, Fernando Collor instituiu o horário de verão. Bom, fatos curiosos mas que não me disseram do porque do dia 25 de setembro.

Como este humilde blogueiro (cuja humildade também o faz assumir que talvez não seja tão blogueiro assim) não tem problemas em assumir sua ignorância publicamente peço ajuda para quem souber o porque desta data. Quem souber, favor enviar seu comentário.

Fonte:

http://educacao.uol.com.br/datas-comemorativas/ult1688u52.jhtm

http://www.canaldehistoria.pt/hoyenhistoria

http://pt.wikipedia.org/wiki/25_de_setembro



terça-feira, 20 de setembro de 2011

"Saúde não tem preço" em discurso na ONU!

Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, na abertura da Reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis - Nova Iorque/EUA em 19/09/2011

Fonte: http://www2.planalto.gov.br/imprensa/discursos/discurso-da-presidenta-da-republica-dilma-rousseff-na-abertura-da-reuniao-de-alto-nivel-sobre-doencas-cronicas-nao-transmissiveis-nova-iorque-eua/view



"Senhor Presidente,Senhoras e senhores chefes de Estado e de Governo,

Gostaria de congratular a Organização das Nações Unidas e a Organização Mundial da Saúde pela realização desta Reunião de Alto Nível sobre as Doenças Crônicas Não Transmissíveis. O êxito obtido nas reuniões anteriores é um estímulo para avançarmos na Agenda Global da Saúde. Neste momento, nossa pauta se estrutura em função das pessoas que sofrem de doenças como hipertensão, diabetes, câncer e doenças respiratórias.  A principal causa de nossa determinação e empenho para reduzi-las são as perdas de vida precoces e o sofrimento das pessoas e seus familiares. No meu país, 72% das causas não violentas de óbito entre pessoas com menos de 70 anos são por essas doenças.

Senhor Presidente,
O Brasil defende o acesso aos medicamentos como parte do direito humano à Saúde. Sabemos que é elemento estratégico para a inclusão social, para a busca da equidade e para o fortalecimento dos sistemas públicos de Saúde. Uma das primeiras medidas do meu governo foi aumentar o acesso a medicamentos para os pacientes hipertensos e diabéticos no Sistema Único de Saúde. Estamos garantindo medicamentos gratuitos para essas doenças, especificamente diabetes e hipertensão. O programa Saúde não tem Preço distribui tais medicamentos gratuitamente por meio de parceria com mais de 20 mil farmácias públicas e privadas.

Senhor Presidente,
A defesa pelo acesso a medicamentos e a promoção à prevenção à Saúde devem caminhar juntas. O Brasil respeita seus compromissos em matéria de propriedade intelectual, mas estamos convencidos de que as flexibilidades previstas no Acordo TRIPs da OMC, na Declaração de Doha, sobre TRIPs e saúde pública, e na Estratégia Global sobre Saúde Pública são indispensáveis para políticas que garantam o direito à Saúde.

Senhor Presidente,
No Brasil, estamos intensificando o combate aos fatores de risco com maior influência no aparecimento das doenças crônicas, a saber: o tabagismo, o consumo abusivo de álcool, a inatividade física e a alimentação não saudável.Estamos promovendo a reformulação dos espaços urbanos nas grandes cidades brasileiras, e o programa Academia da Saúde prevê a criação de 4 mil novos espaços para atividade física orientada. O governo brasileiro vem também tomando medidas para garantir alimentação mais adequada com incentivo ao aleitamento materno, à rotulagem dos alimentos e ao Programa de Alimentação nas Escolas [Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)]. Outra iniciativa do meu governo foram acordos voluntários com a indústria alimentar para a eliminação das gorduras trans e para a redução do sódio.Queremos avançar ainda mais no combate ao tabagismo com a implementação plena dos artigos da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.A saúde da mulher é uma prioridade do meu governo. Estamos fortemente empenhados na redução da mortalidade infantil, pelo câncer de mama, o mais frequente, e pelo câncer do colo do útero, que ainda é um grave problema na região das mais vulneráveis do norte do meu país.  Assim, estamos facilitando o acesso aos exames preventivos, melhorando a qualidade das mamografias e ampliando o tratamento para as vítimas do câncer.

Senhor Presidente,
Esta reunião de Chefes de Estado de todo o mundo deve produzir passos decisivos para a redução das doenças crônicas não transmissíveis. A incidência desproporcional dessas doenças entre os mais pobres demonstra a necessidade de respostas integrais ao nosso problema. É fundamental que haja coordenação entre as políticas de saúde e aquelas destinadas a lidar com os determinantes sócio-econômicos dessas enfermidades. A importância central do tema para o Brasil e para o mundo levou meu país a promover, em conjunto com a OMS – a Organização Mundial de Saúde, a Conferência Mundial de Saúde, a conferência mundial sobre os determinantes sociais da Saúde.

Convido a todos os presentes para comparecerem a essa Conferência, que será realizada nos dias 19 e 21 de outubro de 2011, no Rio de Janeiro.Muito obrigada."

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Farmacêuticas que nos orgulham!

Mulheres, farmacêuticas e combativas. Essas são algumas das formas com as quais poderia me referenciar às duas personaliades citadas nesta postagem. Mas é só isso? Não! Formadas na luta, são  representantes da população brasileira no Congresso Nacional. Motivo de orgulho para os profissionais farmacêutios (e para os que não são também), essas guerreiras comunistas são exemplos do quanto a política deve ser respeitada e acompanhada. Esse humilde Blog presta uma pequena homenagem à duas mulheres que merecem nosso respeito. E é bom demais saber que são FARMACÊUTICAS!

SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN -  "A história de uma vida pública não se constrói da noite para o dia. Para chegar ao patamar em que se encontra hoje, vista em todo o Brasil como uma política ética, honesta, moderna, determinada e corajosa Vanessa Grazziotin travou uma luta sem tréguas durante 32 anos. Uma trajetória que começou nos anos 70, em plena ditadura militar. Se aqueles eram os anos de chumbo, também eram os anos rebeldes e foi lá que, cabelos ao vento, esta catarinense que veio com a família para Manaus aos 15 anos, começou a militar nos movimentos estudantis, sob a bandeira do PCdoB. Muito precisava ser feito para que o Brasil saísse das trevas e retornasse ao Estado do Direito. Muito precisaria ser feito para tirar o Amazonas da condição de “porto de lenha”. E Vanessa começou a trabalhar cedo. Foi aprovada no vestibular para o curso de Farmácia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), onde iniciou a militância no Centro Acadêmico. Em 1982, depois de uma campanha histórica, se elegeu presidente do Diretório Central dos Estudantes, sendo a primeira mulher a conquistar tal façanha. Como líder estudantil – sob o signo da União Nacional dos estudantes (UNE) – lutou pela manutenção do ensino público e gratuito, democratização das Universidades, restaurante universitário e pelo direito á meia passagem estudantil. A cada nova vitória, a trincheira de luta de Vanessa se ampliava ainda mais. Na ordem dia estavam também os desafios em nível nacional, como a luta pelos Direitos da Mulher, a defesa dos  Direitos Humanos, a Causa Indígena,  a Defesa da Floresta, a campanha pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita, as Diretas Já. Vanessa abraçou cada uma dessas bandeiras, se doando por completo. Foi assim ao assumir a diretoria da Associação Profissional dos Professores do Amazonas (APPAM), onde fez história na defesa de melhores condições de trabalho para a sua categoria de Professores. Mas era preciso avançar mais, buscar novas tribunas para continuar a luta. E Vanessa se elegeu em 1988 vereadora de Manaus pelo PCdoB. Foi a segunda mais votada com 4.231 votos.  O feito seria repetido em 1992 quando foi reeleita com 4.231 votos. Em 1996 conquista nas urnas seus terceiro mandato de vereadora, com 16.465 votos. Mas a Câmara Municipal começou a ficar pequena para os horizontes que ela vislumbrava. Em 1998 é eleita a deputada federal mais votada em Manaus e a terceira mais votada no Amazonas. O País começava a descobrir quem era aquela parlamentar que lutava sem trégua em defesa das causas populares. Em 2002, Vanessa dá mais um importante passo em sua carreira vitoriosa, se reelegendo com a segunda maior votação proporcional do país. Foram quase 200 mil votos. Hoje, com o pé na estrada em busca de novo desafio, a parlamentar comunista  está iniciando seu primeiro mandato de Senadora. São 32 anos militando no mesmo partido. Três décadas dedicadas à defesa dos interesses do povo do Amazonas. Toda uma vida lutando  por uma sociedade mais justa."

Imagem extraída de: http://nota10.org.br/curso/ 


DEPUTADA ALICE MAZZUCO PORTUGAL -  "Brasileira, mãe, nascida em Salvador em 16 de maio de 1959, iniciou sua militância política na luta contra o regime autoritário, no seio do movimento estudantil, com sucessivas eleições para o Diretório Acadêmico Ferreira Gomes, da Faculdade de Farmácia da UFBA, entre os anos de 1977 a 1981 e para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da mesma universidade. Teve importante participação na reconstrução da UNE – União Nacional dos Estudantes. Filia-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em 1979. Após a sua formação como Farmacêutica Bioquímica, foi aprovada por concurso para o Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da mesma universidade. Militante sindical de destaque, foi diretora da ASSUFBA, FASUBRA e da Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores. Em 1995, eleita deputada estadual pelo PCdoB, para o período de 1995 a 1998, obteve 14.059 votos. Recebeu neste período todos os troféus conferidos pelo Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa da Bahia aos parlamentares que se destacaram. Foi galhardeada com o Troféu Ruy Barbosa como “Melhor Parlamentar da Legislatura”. Reeleita para o parlamento baiano com 27.675 votos para o período de 1999 a 2002, destacou-se como Líder do Bloco da Oposição, mais uma vez premiada pelo Comitê de Imprensa nos anos de 1999 e 2000. Foi titular da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa da Bahia, com atuação destacada em defesa da escola pública e dos profissionais do ensino. Participou durante os dois mandatos de diversas comissões temáticas como a presidência da Comissão Especial de Defesa dos Direitos da Mulher, por dois anos consecutivos, realizando neste período o I e II “Encontro sobre Mulher e Política na Bahia”. Na Assembleia Legislativa, Alice exige a abertura de diversas CPI´s, como as que investigam as fraudes no SUS e Fundef, a extinção do IAPSEB, as irregularidades do Planserv, o rombo do SAC e prostituição infanto-juvenil na Bahia. Denuncia os processos de privatização da Coelba, do Baneb, de hospitais públicos e a extinção da Bahiafarma. Propõe a recriação da Fundação Baiana de Amparo à Pesquisa (FAPESB), a criação do Conselho Estadual do Direito da Mulher. Rebela-se contra toda opressão aos negros, índios e mulheres. Representa com altivez a luta dos professores, estudantes, profissionais de saúde, das mulheres e servidores públicos. Em 2002, Alice Portugal foi eleita deputada federal com 121.043 votos, a terceira maior votação de Salvador e a décima maior votação do estado. Na Câmara dos Deputados, Alice Portugal integrou as Comissões Permanentes de Educação, Cultura e Desporto e de Políticas Públicas para a Juventude, de Trabalho, Administração e Serviço Público; Turismo e Desporto e a CPI contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. Reeleita em 2006 passa a integrar, como titular, a Comissão de Educação e Cultura e a suplência da Comissão de Seguridade Social e Família. A atuação da parlamentar priorizou os projetos relacionados à educação e à saúde, aos direitos dos trabalhadores, ao fortalecimento do serviço público, além dos direitos da mulher. Foi coordenadora da bancada feminina, num período em que se consagraram direitos importantes como percentuais de participação feminina na atividade política dos partidos e no funcionamento da Câmara dos Deputados com o reconhecimento da coordenadoria da bancada feminina. Em 2010, após ser incluída entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), reelegeu-se para sua terceira legislatura com 101.588 votos. Em Salvador, conquistou a sexta maior votação entre os deputados federais 46.115 votos, sendo a única mulher eleita para representar a Bahia na Câmara Federal. Atualmente é 3º vice-presidente da Comissão de Educação e Cultura e titular da Comissão Especial que analisa o II Plano Nacional de Educação, membro suplente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviços Públicos e presidenta da Frente Parlamentar da Polícia Rodoviária Federal, dirigente da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público e também da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, e das Frentes de Defesa da Educação e dos Hospitais Universitários e da Cultura, dentre outras."

domingo, 21 de agosto de 2011

Publicações sobre assistência farmacêutica.

Os livros indicados abaixo são publicações do Departamento de Assistência Farmacêuticia e Insumos Estratégicos (DAF), da Secretaria de Ciências Tecnológicas e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. As apresentações foram elaboradas pelo Dr. José Miguel, diretor do DAF.

Diretrizes para estruturação de farmácias no âmbito do SUS


"Nos últimos anos, a estruturação da Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde (SUS) vem sendo considerada uma estratégia para o aumento e a qualificação do acesso da população aos medicamentos essenciais.

Nesse sentido, em janeiro de 2008, o Ministério da Saúde (MS), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) assinaram Nota Técnica Conjunta, que trata da qualificação da Assistência Farmacêutica. O documento ressalta que o acesso no contexto do uso racional e seguro não pode estar restrito ao produto medicamento, mas também, por meio de articulação das ações inseridas na Assistência Farmacêutica e envolvendo, ao mesmo tempo, o acesso a todo o conjunto de ações de atenção à saúde.

Dessa forma, consideramos fundamental que as Unidades de Saúde disponham de farmácias com infraestrutura física, recursos humanos e materiais que permitam a integração dos serviços e o desenvolvimento das ações de Assistência Farmacêutica de forma integral e eficiente, permitindo a garantia da qualidade dos medicamentos, o atendimento humanizado e a efetiva implementação de ações capazes de promover a melhoria das condições de assistência à saúde.

O presente trabalho tem por objetivo orientar a concepção e a estruturação de farmácias no âmbito do SUS. É destinado aos gestores do sistema de saúde, farmacêuticos e demais profissionais, a fim de suprir a lacuna deixada nos documentos e normas técnicas produzidos até então pelo sistema de saúde brasileiro no que diz respeito à constituição e estruturação das farmácias do SUS.

Além das orientações relativas à estruturação das farmácias, esse documento aponta diretrizes para elaboração do Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, visando à qualificação da Assistência Farmacêutica.

As orientações propostas foram elaboradas pelo Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF/SCTIE/MS) que contou com a colaboração de gestores estaduais da Assistência Farmacêutica, de representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e dos Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), que fizeram suas contribuições durante o III Fórum Nacional de Gestores da Assistência Farmacêutica, realizado em Brasília nos dias 2 e 3 de dezembro de 2008."

Acesse a publicação em:

Da excepcionalidade às linhas de cuidado: o componente especializado da Assistência Farmacêutica


"...A construção do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica – CEAF ocorreu de forma articulada com a revisão do Componente Básico da Assistência Farmacêutica e da RENAME. Esse trabalho articulado qualificou o elenco de medicamentos dos dois Componentes, na medida em que foram excluídas as sobreposições e realizadas incorporações de medicamentos para garantir a integralidade do tratamento medicamentoso na forma de linhas de cuidado, definidas nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para as doenças inseridas no CEAF.

Ao considerar a importância da interrelação entre os Componentes da Assistência Farmacêutica e os mecanismos para a promoção do uso racional dos medicamentos, como a RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, foi possível considerar os tratamentos dos agravos inseridos no CEAF na forma de linhas de cuidado. Assim, ao observar o tratamento do agravo em todas as suas dimensões e, por se tratarem, geralmente, de doenças crônicas, muitas vezes, a linha de cuidado inicia-se na atenção básica, onde a RENAME tornou- se uma ferramenta importante como estratégia racional para a definição dos medicamentos a serem disponibilizados no âmbito do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.

O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica foi construído a partir da necessidade da ampliação do acesso aos medicamentos e da necessidade da ampliação de cobertura do tratamento medicamentoso para outras doenças importantes do ponto de vista clínico-epidemiológico. Ao estudar essas demandas, o Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos – DAF atuou de forma inovadora, no sentido de analisar criticamente as demandas existentes na Comissão de Incorporação de Tecnologias - CITEC/MS; as demandas decorrentes do processo de judicialização, as demandas das entidades; instituições da sociedade civil e do setor produtivo; as demandas requeridas pelos gestores estaduais e municipais; e das demandas do próprio DAF já que dispunhamos de uma série de avaliações sobre as necessidades de reorganizar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, de corrigir as distorções existentes no Componente de Medicamentos de Dispensação Excepcional – CMDE, visando aperfeiçoar a gestão desse que é o maior Componente da Assistência Farmacêutica em volume de recursos financeiros.

O DAF entende que o CEAF é apenas um estágio no estabelecimento de políticas públicas de acesso a medicamentos no SUS. Muitos outros desafios ainda deverão ser superados, tais como a fragmentação na forma como se dá o acesso a medicamentos no SUS, particularmente no campo da oncologia.

Por fim, consideramos que o CEAF é uma obra em constante aperfeiçoamento; porém, desde sua criação, ele mudou o paradigma na forma com que se estruturavam os Componentes da Assistência Farmacêutica, trazendo maior interrelação entre eles e tornou-se uma resposta clara para aqueles que operacionalizam o SUS e para os que operam as normas do direito, pois se constitui em um avanço formidável na forma e meio de prover acesso aos medicamentos e aos serviços de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde."

Acesse a publicação em:

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Alguns PL´s de interesse dos farmacêuticos

Profissionais farmacêuticos devem acompanhar o que acontece no Congresso Nacional. Abaixo, três Projetos de Lei de interesse da categoria e a sua situação. Não deixe de acompanhá-los...

PL 5359/2009 - Dispõe sobre o exercício da profissão farmacêutica e do piso salarial profissional da categoria, e dá outras providências.

O Projeto, de autoria do Deputado Mauro Nazif (PSB/RO), revoga dispositivos do Decreto nº 20.377, de 1931. Este Projeto, que se encontra na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados,  prevê um piso salarial para os farmacêuticos de R$ 4.650,00. No dia 17/08/2011, o PL foi devolvido ao Relator, Dep. Dr. Paulo César (PR-RJ).

PLS 62/2011 - Altera a Lei nº 5.991/73, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências.

O Projeto de Lei está no Senado, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e é de autoria da Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). O PLS acrescenta  o parágrafo 4º ao artigo 15 da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, para determinar que as Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde, que dispõem de farmácias, drogarias ou dispensários de medicamentos, mantenham profissional farmacêutico habilitado e inscrito nos respectivos Conselhos Regionais de Farmácia, em seus quadros. No dia 17/08/2011 o Presidente da Comissão, Senador Jayme Campos (DEM-MT), designou a Senadora Ana Amélia (PP-RS), relatora da matéria.

PL 2511/2007 - Altera a Lei nº 9.279 de 14 de maio de 1996 que "Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial".

De autoria do Deputado Fernando Coruja (PPS-SC), o Projeto "Estabelece que não são patenteáveis a indicação terapêutica de produtos e processos farmacêuticos." Tramitando na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC ), foi retirado de pauta de Ofício, no dia 17/08/2011.
Saiba mais em: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=378654

PL 3171/2000 - Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da Saúde), dispondo sobre o ressarcimento, pelo Sistema Único de Saúde, dos gastos com medicamentos de uso contínuo não disponíveis na rede local do Sistema.


Oriundo do Senado, cujo autor é o Sen, Arlindo Porto (PTB-MG), o Projeto "Atribui à direção municipal do SUS a competência para ressarcimento aos usuários as despesas com medicamentos de uso contínuo que não foram encontrados nas farmácias da rede pública ou conveniadas." No dia 10/08/2011, foi retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes.
Saiba mais em http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=19211




Imagem extraída de:

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Eventos Farmacêuticos...

Seminário de Assistência Farmacêutica da Bahia e Fórum de Educação Farmacêutica da Bahia
https://sites.google.com/a/inaf.org.br/comaf/ 



12/08/2011

14-18h I Fórum de Educação Farmacêutica da Bahia

•Dra. Mana Helena (ABENFAR), Dr. Luiz Henrique Costa (OPAS), Dr. Paulo Arrais (UFC), Dra. Ângela Pontes (UFBA), Dr. Pedro Prates (UEFS)

19h Mesa de Abertura do evento: "A constituição da Assistência farmacêutica como parte integrante da estrutura do governo federal: avanços e desafios" - Dr. Marco Aurélio Pereira (SCTIE/MS)
◦Coordenação: Dr. Altamiro José Santos (Presidente do CFRBA)

13/08/2011

8h Mesa-redonda: Atuação do Ministério da Saúde, ANVISA e OPAS na Promoção do Uso Racional de Medicamento

•Atuação do Ministério da Saúde - Dr. Marco Aurélio Pereira (SCTIE/MS)
•Atuação da ANVISA - Dra. Maria José Delgado (ANVISA)
•Atuação da OPAS - Dr. Christopher Rerat (UTMTO/OPAS)
◦Debatedor: Dr. Luiz Henrique Costa (OPAS)

10:30 Mesa-redonda: "A efetivação dos componentes da Assistência Farmacêutica pelas esferas de governo"

•O financiamento federal e as linhas de cuidado para integralidade - Dr.Alvimar Botega (SCTIE/MS)
•O financiamento estadual: perspectivas e desafios - Dr Lindemberg Costa (SESAB) (a confirmar)
•O financiamento municipal: demandas e necessidades - Dr Ariel Resende (COMAF/CRFBA)
•As demandas judiciais de insumos da Assistência Farmacêutica - Dra Itana Viana (MP-BA) (a confirmar)

14:00 Mesa-redonda: Planejamento, gestão e avaliação da Assistência Farmacêutica Municipal

•Planejamento da ASF municipal - Dra Rute A Casas Garcia (SMS/PMRP-SP)
•Gestão da ASF municipal - Dra Maria do Carmo Lessa (UFBA)
•Avaliação da ASF municipal - Dr Francisco Pacheco (FTC)
◦Debatedora: Maria de Fátima Gargur (COMAF/CRFBA)

16:00 Mesa redonda: A gestão informatizada da Assistência Farmacêutica

• SIGAF - Sistema Informatizado de Gestão da Assistência Farmacêutica do Estado da Bahia - Dr Lindemberg Assunção (SESAB) (a confirmar)
•Hórus - Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica - Dr Suetônio Queiroz (SCTIE/MS)
•Novos parâmetros de gestão de insumos da Assistência farmacêutica - Dr Clóvis Reis (COMAF/CRFBA)


I FÓRUM NACIONAL SOBRE SERVIÇOS FARMACÊUTICOS EM HOSPITAIS

25 agosto (manhã)

8h30 – Credenciamento com café de recepção
9h - Mesa de Abertura
9h30- Conferência de Abertura – Dr. José Luis Poveda - Presidente da Sociedade Espanhola de Farmacêuticos Hospitalares – Tema (Evolução da Farmácia Hospitalar na Espanha).
10h - Histórico e antecedentes da Farmácia Hospitalar Brasileira – Dr. José Miguel do Nascimento Júnior – Diretor do DAF/SCTIE/MS.
10h30 - Apresentação das experiências exitosas

Eixo estratégico - Gestão da farmácia hospitalar e da informação

10h 30min – Dr. Antônio Carlos Moreira Lemos - Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos – UFBA - GESTÃO, GESTÃO DA INFORMAÇÃO, ENSINO, PESQUISA E EDUCAÇÃO PERMANENTE
11h – Dr. Hugo Ribeiro Junior – Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos – UFBA -A INSERÇÃO DOS SERVIÇOS DE FARMACIA NAS ATIVIDADES DE CUIDADO AO PACIENTE
11h30 – Ir. Rosamaria OSB - Hospital São Vicente de Paulo – Barbalha (CE) GESTÃO E GESTÃO DA INFORMAÇÃO
12h – Perguntas por escrito e respostas dos palestrantes

25 agosto (tarde)

Apresentação das experiências exitosas

14h - Dr. Joabe de Lima - Hospital Arquidiocesano Cônsul Renaux – Brusque SC –GESTÃO

Eixo estratégico - Cuidado e segurança do paciente

14h30 - Dr. Antônio Pazin Filho – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP – SEGURANÇA DO PACIENTE – GERENCIAMENTO DE RISCOS
15h - Dra. Cleide Harue Maluvayshi - Hospital da Criança de São Paulo – SEGURANÇA DO PACIENTE – SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO POR DOSE UNITÁRIA
15h30 – Dra. Mônica Aparecida Costa – Hospital Risoleta Tolentino Neves - ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA AO PACIENTE EM ALTA HOSPITALAR E RECONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA.

16h – café

Eixo estratégico - Processo de trabalho (Infraestrutura física, tecnológica e recursos humanos)

16h30min – Palestrante a confirmar - PROCESSO DE TRABALHO (INFRAESTRUTURA FÍSICA TECNOLÓGICA E RECURSOS HUMANOS) E EDUCAÇÃO PERMANENTE
17h – Perguntas por escrito e respostas dos palestrantes

26 agosto (manhã)


Apresentação das experiências exitosas

Eixo estratégico - Ensino, pesquisa e educação permanente em saúde

9h – Dra. Maria do Carmo de Lima Mendes Lobato - Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará - FSCMPA NPT E QUIMIOTERAPIA
9h30min - Dra. Vânia Mari Salvi Andrzejevski - Hospital filantrópico – município grande – Curitiba - Hospital Erasto Gaertner – (Eugenie) – QUIMIOTERAPIA, ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO E ENSINO
10h – Dra. Martha Lima da Silva – PROCESSO DE TRABALHO
10h30min - Hospital gestão federal – Grupo Hospitalar Conceição (GHC) – Porto Alegre
11h – Perguntas por escrito e respostas dos palestrantes

26 agosto (tarde)

14h - Plenária final
16h - Encerramento

domingo, 31 de julho de 2011

Propostas farmacêuticas para a Conferência de Saúde!

Neste ano teremos a 14a Conferência Nacional de Saúde, com o tema:  "Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública, patrimônio do Povo Brasileiro". Momento único para avaliarmos a atual situação do SUS e discutirmos propostas de avanços para sua efetivação. Talvez não haja na história mundial um momento de maior envolvimento da sociedade em torno do tema saúde. Neste sentido, a profissão farmacêutica não poderia deixar de participar, não apenas pela condição de ser uma das profissões da saúde, mas pelo exercício de sua cidadania.

A Escola Nacional dos Farmacêuticos, de forma ousada e acertada, propôs reunir os farmacêuticos de todo o País através de Encontros Regionais dos Farmacêuticos, preparatório à Conferência. Esse econtros contam com o apoio de alguns sindicatos de farmacêuticos. Conselhos, FENAFAR, OPAS, Ministério da Saúde, entre outros. Outras entidades poderiam contribuir, mas algumas optaram por se omitir, ou realizar eventos pontuais, de repercussão pequena, de forma desatrelada do grande movimento do "controle social" que está em curso. 

Esta postagem tem o objetivo de, além de parabenizar a diretoria da Escola Nacional dos Farmacêuticos, assim como a Federação Nacional dos Farmacêuticos, divulgar os relatórios gerados pelos Encontros já realizados. O primeiro encontro ocorreu em Porto Alegre e reunião profissionais da região Sul do País. O segundo encontro, o da região Sudeste, ocorreu em São Paulo, no início do mês de Julho. Muitas propostas foram apresentadas e devem servir de subsídio para as Conferências Estaduais que se iniciarão. Temos o dever de divulgá-las.

O relatório final do Encontro da Região Sul pode ser acessado em:

O relatório final do Encontro da Região Sudeste pode ser acessado em:

Nos dias 29 e 30 de julho aconteceu o Encontro da Região Norte, em Manaus-AM. Em breve o relatório estará a disposição. Mantenha-se informado através da página da Escola: http://www.escoladosfarmaceuticos.org.br/

Em agosto ocorrerá o Encontro da Região Centro-Oeste e em Setembro, o da Região Nordeste. Ajude a divulgar e planeje-se para participar. Não deixe passar a oportunidade de cumprir um importante papel social. Depois não adianta reclamar.

domingo, 24 de julho de 2011

Ministros da Saúde do BRICS e o acesso a medicamentos.

First meeting of BRICS health ministers brings new leadership to global health



Universal access to medicines was a key topic of discussion at a meeting today of health ministers from Brazil, Russia, India, China and South Africa (BRICS) in Beijing, China. The meeting, hosted by the Government of China, aimed to identify opportunities for BRICS countries to promote wider access to affordable, quality-assured medicines, with a view to reaching the Millennium Development Goals and other public health challenges. «Access to affordable medicines is a fundamental element to bring health services to scale, especially for the poor» — Chen Zhu, China’s Health Minister.

“The five BRICS countries are bringing a new voice, a new perspective and new solutions to today’s global challenges,” said UNAIDS Executive Director Michel Sidibé, who participated in the First BRICS Health Ministers’ Meeting, together with WHO Director-General Margaret Chan. “It is a voice with incredible economic, technological and innovative strength behind it and, at the same time, a voice intimately connected to the needs and interests of the developing world,” he added. Brazil, Russia, India, China and South Africa are home to 40% of the global population and nearly one third of all people living with HIV in the world. While the five BRICS countries have made significant progress in expanding HIV prevention and treatment services for their populations, the goal of universal access remains a critical challenge: In four of five BRICS countries, for example, only one third of people who need HIV treatment are receiving it.

A “Beijing Declaration,” issued on 11 July and signed by ministers of health from the five BRICS countries, underscored the importance of technology transfer among the BRICS countries, as well as with other developing countries, to enhance their capacity to produce affordable medicines and commodities. The Declaration also emphasized the critical role of generic medicines in expanding access to antiretroviral medicines for all. By signing the Declaration, leaders committed to working together to preserve the provisions contained in the Doha Declaration on TRIPS and Public Health—provisions that allow for countries to overcome intellectual property rights restrictions on medicines in the interest of public health.

“Access to affordable medicines is a fundamental element to bring health services to scale, especially for the poor,” said Chen Zhu, China’s Health Minister. The five BRICS countries face similar health challenges, including a double burden of communicable and non-communicable diseases, inequitable access to health services and growing health care costs. Through collective action and influence, the BRICS coalition promises to deliver cost-effective, equitable and sustainable solutions for global health. L to R: Director-General of WHO Margaret Chan, Minister of Health and Family Welfare India Ghulam Nabi Azad, Minister of Health Brazil Alexandre Padilha, Minister of Health China Chen Zhu, Deputy Minister of Health and Social Development Russia Veronika Skvortsova, Minister of Health South Africa Aaron Motsoaledi, UNAIDS Executive Director Michel Sidibé. Credit: UNAIDS.

Extraído de:


domingo, 17 de julho de 2011

Brasil, Índia e os medicamentos...

Publico duas notícias recebidas nesta semana. Fiz questão de colocar as duas numa mesma postagem para que avaliemos a importância da pesquisa e desenvolvimento em medicamentos. Além disso, vale para nos fazer pensar que os avanços de um País se baseiam, principalmente, em qual visão de participação do Estado se pautam as ações. Essa é a prova de que medicamento é um assunto de soberania nacional...

ONU: milhões morrerão se Índia parar de produzir drogas anti-Aids


(Publicado na uol em 05/07 - http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2011/07/05/onumilhoes-morrerao-se-india-parar-de-produzir-drogas-anti-aids.jhtm)

Por Nita Bhalla


NOVA DÉLHI (Reuters) - Milhões de pessoas que dependem de medicamentos genéricos para o tratamento do HIV/Aids morrerão se a Índia deixar de produzi-los em decorrência de um acordo comercial com a União Europeia, alertou na terça-feira o diretor do Unaids, programa da ONU para o combate à doença.
UE e Índia negociam atualmente um tratado de livre comércio que, segundo ativistas, irá restringir a capacidade indiana de produzir medicamentos antirretrovirais genéricos, a preços reduzidos.
"A Índia deve resistir a retirar qualquer flexibilidade, porque qualquer acordo comercial que leve a Índia a não ser capaz de produzir será terrível para o resto do mundo", disse Michel Sidibe, diretor-executivo do Unaids.
"Milhões de pessoas morrerão se a Índia não conseguir produzir, e a África será a mais afetada. Para mim, é uma questão de vida ou morte", disse ele à Reuters, acrescentando que cerca de 86 por cento das pessoas em tratamento recebem medicamentos produzidos na Índia.
O acordo UE-Índia inclui medidas que podem retardar ou restringir a concorrência por parte dos medicamentos genéricos, ao prorrogar patentes, exigir exclusividade de dados e endurecer os controles alfandegários.
Tais condições podem causar um aumento no custo dos tratamentos com antirretrovirais indianos, limitar as opções de dosagem e retardar o acesso a medicamentos mais novos e melhores, segundo um relatório divulgado pela ONU em setembro do ano passado.
Na opinião de Sidibe, o acordo comercial iria reverter os avanços obtidos nos últimos anos para melhorar a vida de pacientes soropositivos em países pobres.
O malinês afirmou que os líderes africanos estão pedindo à Índia que dedique mais atenção aos riscos de qualquer acordo comercial que dificulte a produção de medicamentos genéricos.
"Não é um bolsão de pessoas ricas no mundo desenvolvido que será privado das drogas, serão os mais necessitados, os mais pobres."

Anvisa deve criar gerência específica para inovação


"Publicado em 30 de Junho de 2011 em http://inovacaotecnologica.org.br/noticias_detalhe.php?id=18437)

Atualmente, uma das principais reclamações das indústrias farmacêuticas no País é a demora por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na regulação de produtos. Porém, a agência governamental se posiciona sobre o assunto de forma positiva. Dirceu Barbano, diretor-presidente da agência, deixou claro que a instituição quer estimular as empresas a inovar. Essa demanda foi uma das conclusões do IV ENIFarMed, em 2010, e tem sido uma das frentes de atuação do IPD-Farma. "É possível estruturar um procedimento específico para produtos inovadores no Brasil. Um dos papéis do registro sanitário é, principalmente, estimular as empresas a encontrar caminhos para inovação. No campo farmacêutico, o importante é o descobrimento e pesquisa de novas moléculas e, com isso, o regulatório acaba tendo pouco impacto nessa capacidade", explica Dirceu.

Por outro lado, a criação de um procedimento específico está longe de ser uma estratégia consensual partilhada por todos os participantes da cadeia produtiva farmacêutica. Márcio Falci, diretor de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Biolab, é contrário a um processo específico. "A Anvisa tem problemas sérios de gestão, tem pessoal qualificado, mas mal alocado e sem a vivência de indústria. Não consigo conceber, por exemplo, a área de pesquisa clínica sem médico, bem como na área de produtos genéricos, sem estudos de bioequivalência. Os procedimentos específicos, pelo histórico nacional, somente iriam criar mais necessidade de pessoal, novas regras e, no fim, o resultado seria ruim. Além disso, inovação, quando em seu sentido amplo, pode assumir ao menos três significados: primeiro, ser produto novo para a empresa, mas não para o país e, nesse caso, um produto similar seria inovador para a empresa; segundo, o produto inovador para o país, mas não para o mundo; e, por fim, mundialmente inovador. Só por essas considerações, seriam criadas restrições que, no processo de inovação, não devem ser criadas", explicou Márcio, expressando sua opinião e não da Biolab.

Quanto aos produtos que estão na fila da agência para a regulação, Dirceu Barbano foi claro ao afirmar que "os produtos similares e genéricos, assim como os de referência, terão seus registros em ordem até 2014. Isso é importante para manter as empresas estimuladas para novas buscas, porém com esses produtos que já são conhecidos, pois os novos demandam mais tempo". Por outro lado, de acordo com Márcio Falci, para que haja agilidade precisa haver mudanças. "É possível admitir que, bem gerenciado o processo de registro, desde que os documentos preencham os requisitos legais, seja resolvido de seis a oito meses. Um ponto de importância no processo deveria ser analisado de acordo com a legislação vigente no dia do protocolo do pedido. É comum a mudança de regras no meio do caminho, o que gera atrasos e exigências não necessárias", complementa com base em sua opinião própria.

Com relação a existir uma interação entre indústria e Anvisa para agilizar os processos, Falci é incisivo ao afirmar que a Anvisa nunca aceita as sugestões da indústria e, segundo ele, os técnicos da agência não têm vivência de indústria em sua grande maioria. "A causa é gerada por uma legislação antiquada, criada no tempo da ditadura militar com nacionalismo xenófobo e partindo do princípio de que a inovação tecnológica não se faz no país, mas se compra. Com esse tipo de raciocínio, a legislação tentou ser protetora do brasileiro que não poderia ser usado como cobaia das multinacionais. Por exemplo, se por uma necessidade de negócio uma empresa desenvolver um produto fora do Brasil e não for o mesmo registrado naquele que seria o país de origem (que não o Brasil), esse produto não será aceito para registro no país. Por isso mesmo, não se exige que empresas multinacionais que estudaram seu produto fora do Brasil realizem ensaio clínico no Brasil para registro. Não se leva em consideração o risco que se expõe a nossa população uma vez que o produto não foi aqui estudado", complementa Falci.

De acordo com Dirceu Barbano, para agilizar os processos de registro, a Anvisa criará uma gerência específica para a análise de produtos de interesse brasileiro e para acompanhar a produção e a movimentação desses produtos amparando essa regulamentação. Com relação a prazos para que este processo mais ágil tenha início, Barbano afirmou que até junho de 2011 terá início um novo procedimento para esse tipo de produto, além de estar disponível, também dentro desse período, o processo eletrônico que facilitará o registro.

(Fonte: Revista IPD-Farma - Edição 3)