A maioria dos
brasileiros procura o Sistema Único de Saúde (SUS) quando apresenta algum
problema de saúde, foi o que mostrou a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada
pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e divulgada nesta terça-feira (3).
Segundo o
levantamento, 71,1% dos brasileiros foram a estabelecimentos públicos de
saúde para serem atendidos. Deste total, 47,9% escolheram as Unidades
Básicas de Saúde (UBS) como porta de entrada aos serviços do SUS. Além
disso, 82,6% das pessoas que se internaram em hospitais públicos, por 24 horas
ou mais, avaliaram o atendimento recebido como bom ou muito bom.
O estudo revelou
também que os medicamentos fornecidos gratuitamente pelo governo federal chegam
à parcela da população que mais precisa. De acordo com os dados, 64,4% das
pessoas atendidas (exceto o serviço de marcação de consulta) receberam
prescrição de medicamento, sendo que 82,5% delas tiveram acesso a todos as
medicações e 92,4% obtiveram a pelo menos uma.
Além disso, 41,4% das pessoas que receberam medicação não tinham
instrução ou não concluíram o ensino fundamental e 72,3% se declaram ser negras
ou pardas. Cerca de 33,2% dos usuários receberam os medicamentos no próprio
serviço público e 21,9% utilizaram o Programa Farmácia Popular.
“Com a apropriação qualificada da pesquisa, iremos perseguir um modelo
de acesso que resolve o problema do cidadão. Os vários números levantados
também demonstram que estamos atendendo objetivamente e de forma igualitária a
todos, além de permitir desconstruir a imagem criada no Brasil de que o SUS não
atende a população”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Expansão
do Programa Saúde da Família
Os números também demonstram a expansão da cobertura da estratégia Saúde
da Família. Ao todo, 112,5 milhões de brasileiros participam do programa, o
equivalente a 56,2% da população.
Levando em
consideração os resultados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios/IBGE) de 2008, o programa abrangia 96,5 milhões de pessoas. Isto
significa que, nos últimos cinco anos, o programa passou a atender mais 16
milhões de pessoas.
Assim como a
política de distribuição de medicamentos, o Saúde da Família alcança,
sobretudo, cidadãos de baixa escolaridade. Em nível regional, o Nordeste
(64,7%) e o Sul (56,2%) tem o maior número de domicílios cadastrados no
Saúde da Família.
Essa expansão
do programa é consequência do aumento de recursos investidos na saúde. Entre
2010 e 2014, os investimentos federais na atenção básica mais que dobraram
(106%), chegando a R$ 20 bilhões no ano passado.
No mesmo
período, houve um crescimento de 19,8% do total de equipes, passando de 31.660
para 37.944.
Cresce o
número de pessoas atendidas
Entre as 30,7
milhões de pessoas que procuraram algum atendimento de saúde nas duas últimas
semanas anteriores à pesquisa, 97% conseguiram atendimento, sendo que 95,3%
foram atendidos na primeira vez em que procuraram os serviços.
Apenas 3% não conseguiram atendimento. Desta parcela, 38,8% alegaram não
ter médico atendendo, 32,7% não conseguiram vaga ou pegar senha.
Conheça os serviços
Mais Procurados
Depois das
Unidades Básicas de Saúde, os serviços públicos mais procurados pela população
são os de emergências, como as Unidades de Pronto Atendimento Público ou
Emergência de Hospital Público (11,3%).
Na sequência, está a
busca por hospitais e serviços especializados. Cerca 10,1% da população vão até
um Hospital Público ou Ambulatório quando tem um problema de saúde e 1,8% vai
aos Centros de Especialidades e Policlínicas Públicas.
Já os consultórios e clínicas particulares atraem 20,6% dos brasileiros
e 4,9% buscam emergências privadas.
Entenda a
pesquisa
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) foi feita em 64 mil domicílios
de 1.600 municípios do país, entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014.
O
estudo é considerado o mais completo de saúde do Brasil e traz dados inéditos
sobre vários aspectos, entre eles, acidente no trânsito, acesso aos
serviços de saúde (atendimento e medicamentos) e violência.
Disponível em: http://www2.planalto.gov.br/noticias/2015/06/sus-e-referencia-para-a-maioria-dos-brasileiros-mostra-pesquisa
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