Com a crônica abaixo não há o que dizer. Meu glorioso Botafogo presta uma grande homenagem às mulheres alvinegras.
"Como definir as diferenças entre as mulheres: todas tão originais, tão únicas, a despeito de tão parecidas em seus atributos. Difícil definir o que sentimos por elas e o que elas verdadeiramente são. Nosso limitado ponto de vista masculino navega quase servil ao sabor dos seus olhares, dos seus afagos, das suas indiferenças, dos seus cuidados e de sua impaciência com nossas reconhecidas limitações. Nem me refiro àquelas mulheres à moda antiga, que cumpriam um compreensível (pelas circunstâncias), mas desproporcional papel coadjuvante em nossa pobre sociedade patriarcal. Refiro-me à mulher de hoje que acumula aos seus atributos ancestrais de protetora, os de líder, de cidadã plena, de presidenta, por exemplo.
Em meio a um alvoroço de qualidades deliciosas, quando tudo se projeta parecido, surge um inquestionável diferenciador, que destaca um grupo de mulheres da outra parte, maioria, mas sem o tempero e a luz desse grupo: o das mulheres com estrela, as torcedoras alvinegras.
São médicas, mães, arquitetas, filhas, operárias, avós, donas de casa, estudantes, executivas, netas, mulheres de estrela, enfim. As alvinegras contam, através de suas façanhas, parte importante da história do clube, e cada vez mais, participam do dia a dia da arte do torcer.
Talvez ainda sejam um pouco mais contidas no estádio, com certeza mais compreensivas com as dificuldades, mais eufóricas na vitória e se recuperem mais rápido nos tropeços. Entendem cada vez mais do jogo e discutem com propriedade: tática, formação, posicionamento e interpretação de lances. São as novas craques da resenha. A tal intuição feminina - batismo machista de uma faceta da inteligência própria e exclusiva do sexo feminino - voltou-se, definitivamente, para a bola e, no caso das mulheres alvinegras, para a nossa estrela.
Não somos mais solitários no campo, competimos por espaço à frente das telas da vida, para rever o lance duvidoso e gritamos acasalados pelo nosso Glorioso. O poeta disse:, “Feliz da criatura que tem por guia e emblema uma estrela”, e nós parodiamos: “Feliz do time que tem em sua torcida uma constelação de mulheres”. FELIZ DIA INTERNACIONAL (DA MULHER ALVINEGRA)"
Botafogo de Futebol e Regatas
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