terça-feira, 24 de novembro de 2015

CHILE: Farmacia Popular - una invitación a repensar el rol del Estado

DO SITE: THE CLINIC

La experiencia de Recoleta es un golpe al corazón del modelo neoliberal. La reducción del precio de los medicamentos generará -cuando se extienda esta experiencia- un impacto concreto, material, en la calidad de vida de cientos de miles de familias. Y lo hará con un paradigma alternativo.

En su famoso ensayo “La Competencia como Proceso de Descubrimiento”, el economista austríaco Friedric Von Hayek -uno de los padres del pensamiento neoliberal-, concluye afirmando que “sería fatal que las sociedades permitiesen que la voluntad colectiva dirija los esfuerzos de los individuos; el poder del gobierno, en cambio, debiera confinarse a defender a los individuos de las presiones de la sociedad”.
Hayek ve en la libre competencia de productores privados, que interactúan mediante precios no regulados, la manera más efectiva para resolver el problema de la producción y asignación de bienes. Cualquier otra forma sería descartable. El rol del Estado, por lo tanto, se reduce a asegurar las condiciones para la libre competencia: especialmente, garantizar el derecho a la propiedad. Cuanto mucho, entregar uno que otro subsidio que permita crear mercados donde no los hay, o incentivar la misma competencia entre privados.
Esta concepción, hecha modelo económico a sangre y fuego en nuestro país, nos rige hasta el día de hoy.
El altísimo impacto y visibilidad pública de la iniciativa de Farmacia Popular de la Municipalidad de Recoleta reside justamente allí. Pone en cuestión la base sobre la que se sustenta el modelo neoliberal: que el mercado es, en todos los casos, el mejor asignador de bienes. Lo hace en un sector olvidado en el debate público pero de altísimo impacto para todas las familias: la salud y, específicamente, los medicamentos. Y generando un impacto altísimo en la calidad de vida de miles, para quienes el gasto en medicamentos significa una proporción muy elevada de su presupuesto.
La Farmacia Popular nos recordó que el mercado de los fármacos -como casi todos en Chile-, está en extremo concentrado y posee una serie de características que lo alejan del ideal de “competencia como proceso de descubrimiento”. Por el contrario, el poder de mercado de laboratorios y farmacias, la integración vertical y la desregulación, terminan generando una solución de mercado ineficiente -en que el precio de los medicamentos está muy por sobre su costo económico-, y absolutamente indeseable desde el punto de vista distributivo -transfiriendo recursos en forma de rentas monopólicas desde los usuarios a los dueños de farmacias y laboratorios-.
El impacto en precio de la Farmacia Popular es sobresaliente: muchos medicamentos cuestan una décima parte, e incluso menos, que en las farmacias tradicionales. Esta reducción se logra principalmente mediante tres canales.
Primero, compra a través de la Central de Abastecimiento del Sistema Nacional de Salud (CENABAST), que utiliza el poder negociador del Estado para obtener precios de costo relativamente competitivos desde los laboratorios. Así, termina con buena parte de las rentas monopólicas que obtienen éstos, constituyendo una transferencia de recursos desde los laboratorios a los usuarios.
Segundo, no obtiene márgenes sobre los precios de costo, como lo hacen las farmacias. Estas últimas, valiéndose de la concentración de mercado, ponen sobreprecios que les permiten hacerse, al igual que los laboratorios, de rentas monopólicas. Así, se transfieren recursos desde los dueños de las farmacias a los usuarios.
Tercero, utiliza un modelo de gestión que reduce los costos operacionales. Funciona por encargo y en horarios limitados, reduciendo costos de inventario y de funcionamiento.

De esta manera, la Farmacia Popular resulta mucho más eficiente y más equitativa desde el punto de vista distributivo, que la solución a la que llega el mercado a través de la libre competencia.

Lo que relegitima esta experiencia es, por lo tanto, la posibilidad de pensar un modelo distinto. Un nuevo rol del Estado en la economía, más allá incluso de la noción de “asegurar derechos”: involucrarse en la cadena productiva -en este caso en la distribución-, no necesariamente introduce “distorsiones”, como nos han repetido incansablemente. Puede generar justamente lo contrario.
La experiencia de Recoleta es un golpe al corazón del modelo neoliberal. La reducción del precio de los medicamentos generará -cuando se extienda esta experiencia- un impacto concreto, material, en la calidad de vida de cientos de miles de familias. Y lo hará con un paradigma alternativo.
¿Por qué no cambiar el sistema de salud completo? ¿Por qué seguir permitiendo el lucro en educación? ¿Por qué un puñado de transnacionales se apropia de nuestro cobre?
Las cosas se pueden hacer distinto que como nos han enseñado los últimos 40 años. La Farmacia Popular lo demuestra.
*Nicolás Bohme es Economista de la Universidad de Chile
 Fonte: http://www.theclinic.cl/2015/11/23/farmacia-popular-una-invitacion-a-repensar-el-rol-del-estado/


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

OMS: aumento da resistência aos antibióticos é perigo para a saúde mundial.

Do Site: EBC - Agência Brasil

O aumento da resistência aos antibióticos representa “um imenso perigo para a saúde mundial”, disse hoje (16) a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, na apresentação da primeira pesquisa sobre o tema. A OMS inicia a Semana Mundial para o Bom Uso dos Antibióticos.

A resistência, acrescentou Margaret Chan, “atinge níveis perigosamente elevados em todas as partes do mundo”.

A pesquisa, publicada hoje em Genebra, revela que todas as pessoas podem um dia ser afetadas por uma infecção resistente a esses medicamentos. O problema ocorre quando as bactérias evoluem e se tornam resistentes aos remédios usados para combater as infecções. Entre as causas estão o consumo excessivo de antibióticos e a sua má utilização.

Perto de metade (44%) das pessoas que participaram do levantamento, realizado pela organização em 12 países, acha que a resistência é um problema das pessoas que abusam desses remédios.

Dois terços dos entrevistados consideram que não existe qualquer risco de resistência aos antibióticos nas pessoas que utilizam corretamente o tratamento prescrito.
“Na verdade, qualquer pessoa pode, a qualquer momento e em qualquer país, sofrer uma infecção resistente aos antibióticos”, lembrou a organização.

Edição: Juliana Andrade


Acesse aqui o documento WHO multi-country survey reveals widespread public misunderstanding about antibiotic resistance - (OMS - levantamento em vários países revela incompreensão pública generalizada sobre a resistência aos antibióticos)

Fonte da matéria: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2015-11/oms-aumento-da-resistencia-aos-antibioticos-e-perigo-para-saude

TJ-SP proíbe fornecimento de fosfoetanolamina contra o câncer.



Do SITE EBC - Agência Brasil

Título Original: Tribunal de Justiça de SP proíbe fornecimento de substância contra o câncer.


Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou a suspensão do fornecimento da substância fosfoetalonamina a portadores de câncer.
A ação foi interposta pelo governo do estado contra a decisão que autorizava o fornecimento. O argumento do governo estadual é de que, por não se tratar de medicamento, a “substância tem efeitos desconhecidos nos seres humanos”. Outra argumentação é que, não sendo medicamento, não possui registro perante a autoridade sanitária.
O desembargador Sérgio Rui declarou, no julgamento, não ser prudente a liberação da fosfoetalonamina sem as necessárias pesquisas científicas. A substância foi produzida no Instituto de Química de São Carlos (IQSC), da Universidade de São Paulo (USP), mas não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A fosfoetanolamina sintética foi estudada pelo professor Gilberto Orivaldo Chierice, hoje aposentado, quando integrava o Grupo de Química Analítica e Tecnologia de Polímeros da USP.
Em junho de 2014, a USP proibiu a produção de qualquer tipo de substância que não tenha registro, caso da fosfoetalonamina sintética. O instituto editou portaria determinando que “tais tipos de substâncias só poderão ser produzidas e distribuídas pelos pesquisadores do IQSC mediante a prévia apresentação das devidas licenças e dos registros expedidos pelos órgãos competentes determinados na legislação [do Ministério da Saúde e da Anvisa]”. De acordo com a instituição, desde a edição da medida, não foram apresentados registros ou licenças que permitissem a produção das cápsulas para uso como medicamento. Desde então, pacientes que tinham conhecimento das pesquisas passaram a recorrer à Justiça para ter acesso à fosfoetanolamina sintética.
*Informações da Agência Brasil

Fonte: http://www.ebc.com.br/noticias/2015/11/tribunal-de-justica-de-sp-proibe-fornecimento-de-substancia-contra-o-cancer

Países do Mercosul farão compra conjunta de medicamentos.


DO SITE DA EBC - Agência Brasil.

Países do Mercosul agora podem fazer compra conjunta de remédios estratégicos, depois de acordo assinado por ministros da Saúde na 11ª reunião do Conselho de Ministros da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), no Uruguai. O acordo, firmado nessa sexta-feira (11), prevê também a criação de um banco de preços de medicamentos para que os países tenham maior poder de negociação.

A medida pretende baratear o custo dos produtos pela compra em escala. Segundo o Ministério da Saúde, os valores cobrados pela indústria farmacêutica variam até cinco vezes dependendo do volume de aquisição do país. A primeira compra pelo acordo, programada para outubro, será de um grupo de medicamentos para o tratamento de hepatite C e de Aids.

Cada país elegeu seus medicamentos prioritários para compra e, diante do acordo, definiram conjuntamente os remédios que serão adquiridos nas duas compras em bloco já previstas.  Além do Brasil, são signatários do acordo a Argentina, o Paraguai, o Uruguai, a Bolívia, a Venezuela, o Chile, o Equador e o Suriname.

O banco de preços do Mercosul vai reunir detalhes sobre as compras de medicamentos e equipamentos feitas pelos ministérios da Saúde da América do Sul. O sistema de informações terá dados como preços das últimas compras, quantitativos, fornecedores, entre outros. banco de preços do governo brasileiro servirá de modelo para a base de dados regional.  A ideia é que quando os países forem fazer acordos isolados com a indústria, tenham em mãos os valores negociados com outros países.



Edição: Luana Lourenço

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-09/paises-do-mercosul-fazem-acordo-para-diminuir-custos-de-remedios-estrategicos

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Propagandas de medicamentos ficam proibidas por lei em SC.

Do site G1

Santa Catarina não pode mais veicular propagandas de medicamentos em meios de comunicação desde terça-feira (10). A determinação, publicada em lei no Diário Oficial do Estado, é contestada pela Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), que diz que a determinação fere um direito do consumidor à informação e ao acesso à saúde.
O projeto lei, que tramitava desde 2011 na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), é de autoria do deputado Antônio Aguiar (PMDB). Ele alega que, por ser médico, sempre foi contra a propaganda de remédios em veículos de massa, pois o 'cidadão comum pode utilizar de forma equivocada informações que possam induzir a automedicação'.
Ainda como projeto de lei, o governador Raimundo Colombo vetou integralmente o projeto. Segundo a Procuradoria Geral do Estado (PGE), não cabia a Assembleia Legislativa decidir sobra assuntos relacionados à veiculação em meios de comunicação, de âmbito de legislação da União.
No dia 27 de outubro, o veto do governador foi derrubado com 30 votos e uma abstenção em sessão no plenário. Os deputados alegaram que cabe ao legislativo estadual aprovar leis ligadas ao consumo dos catarinenses. Com isso, o governador teve que sancionar a lei nº 16.751.
Abimip contesta
Em nota, a vice-presidente Executiva da Abimip, Marli Sileci, informou que a entidade está em contato com diversos órgãos governamentais envolvidos na decisão para 'entender o cenário e buscar a melhor solução para o assunto'.
A associação diz que 'sem propaganda, não existe medicamento sem prescrição, já que é através dela que o consumidor tem a oportunidade de tomar conhecimento da existência de seus benefícios', mas que a propaganda deve ser 'honesta, ética e informativa'.
Procurada, a PGE diz que já havia se posicionado durante a tramitação do projeto e, até a publicação desta matéria, não iria contestar juridicamente a aprovação.

FONTE: G1 Santa Catarina

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Paraguay se encamina hacia la elaboración del Plan de Resistencia a los Antimicrobianos.


DO SITE: ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE

Asunción, 10 de Noviembre de 2015 (OPS/OMS). 

Durante el 10° Congreso Paraguayo de Infectología la Organización Panamericana de la Salud (OPS/OMS) presentó una conferencia magistral sobre Resistencia Antimicrobiana. La experta Pilar Ramón Pardo, asesora regional para la Resistencia a los Antimicrobianos, compartió importante información acerca del Plan Mundial de Resistencia Antimicrobiana, cuya meta es que los Estados miembros adopten medidas para asegurar la capacidad de prevenir y tratar enfermedades infecciosas a través del uso responsable y racional de medicamentos eficaces, seguros, accesibles y asequibles de calidad garantizada. Con frecuencia, se alertó que las infecciones causadas por microorganismos resistentes no responden al tratamiento ordinario, lo que da lugar a una enfermedad prolongada y a mayor riesgo de defunción.
En cuanto al plan de acción global y regional sobre la Resistencia a los Antimicrobianos, la experta refirió que: “este plan posibilitará que se haga práctico y accesible el objetivo fundamental de contener la resistencia a los antimicrobianos y que, en consecuencia, exista un tratamiento antibiótico eficaz para las múltiples enfermedades infecciosas”.
Para ello, Paraguay como el resto de los países debe elaborar un plan multisectorial que, según la experta “debe involucrar al sector de agricultura, ganadería, consumidores y salud”. Actualmente, continuó la Dra. Ramón “Paraguay cuenta con una buena capacidad de laboratorios de microbiología para detectar patógenos resistentes, una buena red de médicos prescriptores, infectólogos y especialistas, así como una buena relación con los distintos sectores. Esta fortaleza le permitirá elaborar el plan y luego monitorear el impacto del mismo” añadió.
“La sociedad entera deberá tomar conciencia acerca del problema de la resistencia a los antimicrobianos y acerca de que los ciudadanos y ciudadanas también tienen algo que hacer, como por ejemplo cumplir con las medidas de higiene y de prevención de enfermedades, mantener sus calendarios de vacunación en regla  y tomar sus antibióticos de manera juiciosa, si es que llegan a necesitarlos en algún momento” afirmó.
Semana mundial de sensibilización sobre los antibióticos 2015. La primera Semana mundial de sensibilización sobre los antibióticos se celebrará del 16 al 22 de noviembre de 2015. La campaña tiene por objeto fomentar la sensibilización sobre la resistencia mundial a los antibióticos y alentar las mejores prácticas entre el público en general, los profesionales de la salud y las instancias normativas para evitar que la resistencia a los antibióticos siga manifestándose y propagándose.
En la 68.ª Asamblea Mundial de la Salud, celebrada en mayo de 2015, se refrendó un plan de acción mundial para afrontar el creciente problema de la resistencia a los antibióticos y otros medicamentos antimicrobianos. Uno de los principales objetivos del plan es mejorar la sensibilización y los conocimientos en materia de resistencia a los antimicrobianos mediante programas eficaces de comunicación, educación y capacitación.

FONTE: http://www.paho.org/par/index.php?option=com_content&view=article&id=1477:2015-11-10-11-36-30&Itemid=258

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Investigação: médicos estariam prescrevendo medicamentos sem aprovação da Anvisa para beneficiar fabricante.

Do site: G1

Título oficial: Polícia investiga médicos por compra irregular de remédio de alto custo.

A Polícia Civil investiga 14 médicos suspeitos de participar de compras irregulares de remédios de alto custo. O esquema pode ter desviado R$ 40 milhões em dois anos do estado de São Paulo. Nesta segunda-feira (9), 14 mandados de busca e apreensão foram expedidos para buscar provas nos consultórios dos médicos na capital paulista e no interior do estado.
Segundo o SPTV, os médicos estariam receitando o medicamento Lomitapida, indicado para tratamentos raros de colesterol e que não é aprovado pela Anvisa, para pacientes que nem precisariam do remédio só para atender os interesses do fabricante. Ao menos 33 pacientes estavam sendo feito de cobaias sem que soubessem.
Ainda de acordo com o SPTV, os médicos teriam iludido os juízes para liberar o remédio para cada paciente. O medicamento é usado em poucos casos nos Estados Unidos.
Outros estados como Minas Gerais e Espírito Santo também podem ter caído no golpe de médicos.
A Corregedoria do estado disse que vai pedir ao Conselho Regional de Medicina que também apure a conduta dos 14 médicos. E vai pedir à agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos (FDA) que investigue a conduta do laboratório.
ASSISTA O VÍDEO, CLIQUE AQUI
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/11/policia-investiga-medicos-por-compra-irregular-de-remedio-de-alto-custo.html

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

MS qualifica servidores para reduzir tempo de execução de auditorias no Programa Farmácia Popular


Do site do Ministério da Saúde 

Título Original: MS QUALIFICA SERVIDORES PARA REDUZIR TEMPO DE EXECUÇÃO DE AUDITORIAS NO PROGRAMA FARMÁCIA POPULAR


O Departamento Nacional de Auditoria do Sistena Único de Saúde (Denasus), por meio das Coordenações de Planejamento e Operacionalização (COPLAO) e da de Sistema de Informação (COSIN), em parceria com um grupo de servidores dos Serviços de Auditoria (SEAUDs) de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Brasília, desenvolveram uma nova ferramenta para auditar farmácias e drogarias credenciadas no Programa Farmácia Popular do Brasil.
A iniciativa teve como objetivo melhorar o controle das auditorias realizadas e reduzir o tempo de sua execução, além de esclarecer as dúvidas mais frequentes nesses procedimentos. “Esse treinamento mostrou a excelência desta nova versão da ferramenta, que deu mais rapidez e segurança à análise dos dados das farmácias auditadas”, avaliou a auditora Lena Hatsek.
A 'Capacitação de Auditores, na Ferramenta em Access para auditar Farmácia/Drogaria credenciada no Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB) foi realizada no Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Rio Grande do Sul, no final de outubro. O curso foi ministrado pelo servidor do SEAUD/SC, o farmacêutico Anderson Martins, e contou com a participação de grande parte dos auditores do SEAUD/RS.
Para a auditora Matilde Nascimento, a capacitação treinamento vai melhorar a qualidade da análise dos dados, como, por exemplo, a seleção dos medicamentos, a definição dos cupons e receitas, e a evolução dos pagamentos feitos pelo Fundo Nacional de Saúde. "Isso trará mais efetividade na finalização das auditorias realizadas nos estabelecimentos credenciados no Programa Farmácia Popular do Brasil”, afirmou.

 Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sgep/sgep-noticias/20473-ms-qualifica-servidores-para-reduzir-tempo-de-execucao-de-auditorias-no-programa-farmacia-popular

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Conselho Regional de Farmácia autua a USP por produção de fosfoetanolamina


Da GLOBONEWS







O Conselho Regional de Farmácia publicou em seu site uma nota explicativa: "CRF-SP justifica na mídia autuação ao laboratório da USP de São Carlos" . Clique aqui e veja a matéria 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Relatório OMS: Informe mundial sobre envelhecimento e saúde.

Do site: FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO - BOLETIM DE POLÍTICA SOCIAL

TÍTULO ORIGINAL: Envelhecimento saudável: relatório da OMS discute respostas às mudanças demográficas no mundo


"Segundo relatório recém lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), hoje a maioria das pessoas pode esperar viver até os 60 anos ou mais, o que, combinado à queda acentuada nas taxas de fertilidade, levam ao rápido envelhecimento das populações em todo o mundo. Contudo, a amplitude das oportunidades que surgem com o aumento da longevidade dependerá muito de sua saúde. Essas questões exigem estratégias de políticas públicas para preparar os países para as mudanças demográficas em curso e garantir o envelhecimento saudável.

Um dos desafios a essa questão, segundo o relatório, é que muitas percepções e suposições são baseadas em estereótipos ultrapassados e ainda é necessário combater a discriminação etária. O relatório propõe o envelhecimento saudável como uma perspectiva que integre as políticas de Estado (referindo-se às políticas de transporte, habitação, trabalho, proteção social, informação e comunicação, bem como serviços de saúde e cuidados de longo prazo) e com a preparação ao longo da vida para atingir uma velhice saudável e com autonomia.

Segundo o relatório, o ritmo de envelhecimento da população, em muitos países, é bem maior do que no passado: a figura abaixo mostra, por exemplo, que enquanto a França teve em torno de 150 anos para se adaptar ao aumento de 10% para 20% de sua população de mais de 60 anos, países como o Brasil, China e Índia farão a mesma transição em um período de 20 anos.

O relatório ainda cita como exemplos os programas brasileiros Saúde da Família e Farmácia Popular (nacionais) e o projeto de planos de cuidados personalizados para idosos na Rocinha (Rio de Janeiro – RJ) como exemplo de boas práticas."

Clique aqui para ter acesso ao relatório.

Fontes:
http://novo.fpabramo.org.br/content/fpa-informa-pol%C3%ADtica-social-234
http://www.who.int/en/

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Projeto de Lei em GO obriga receitas médicas digitalizadas.


Do site: JORNAL OPÇÃO - GO

TÍTULO ORIGINAL: 

Deputado cria lei que obriga receitas médicas digitalizadas


"O deputado estadual Lissauer Vieira (PSD) criou um projeto de lei que obriga que os receituários médicos sejam digitalizados. Além disso, deverão apresentar o carimbo do profissional e sua assinatura. A lei valerá para todos os hospitais públicos e privados de todo o estado.
Segundo o deputado, a legislação atual não garante que as receitas sejam legíveis, o que pode causar sérios problemas ao paciente. Para Lissauer, o projeto n° 2647/15 é uma maneira de tentar impedir que erros de interpretação das receitas, causados pelas letras muitas vezes ilegíveis dos profissionais, acarretem danos ao usuário do remédio". 
Para ter acesso ao Projeto, clique aqui e busque o PROCESSO 2015002647
 Fonte: 
http://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/deputado-cria-obriga-receitas-medicas-digitalizadas-42159/
http://al.go.leg.br/deputado/processos/id/2108

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

CSSF realizará audiência sobre Fosfoetanolamina.

Foi aprovado no dia 14 de outubro, na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, o Requerimento 228/2015, de autoria do Deputado Adelmo Leão, solicitando a " a realização de Audiência Pública visando a discussão sobre os efeitos da Fosfoetanolamina no tratamento do Câncer". O requerimento aprovado foi Subscrito pelos Deputados Odorico Monteiro, Leandre e Carmen Zanotto.

A audiência está marcada para o dia 29 de outubro.




Fonte: 

http://www.oncoguia.org.br/conteudo/legislativo-agendada-audiencia-para-fosfoetanolamina-sintetica/8350/191/
http://www2.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2017415

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Fórum Nac. do Ciclo de Debates em Vig. Sanitária: Vagas abertas!

A Anvisa abriu cem vagas para a participação no Fórum Nacional do Ciclo de Debates em Vigilância Sanitária que acontecerá em Brasília, de 21 a 23 de outubro, no Hotel Imperial. Os interessados nestas vagas abertas devem custear todas as suas despesas de participação no evento. As inscrições podem ser feitas até a meia-noite do dia 19 de outubro pelo e-mail, forum.nacional@anvisa.gov.br.Os interessados devem informar seu nome, telefone de contato e instituição a qual pertencem.
Fonte:  http://www.blog.saude.gov.br/promocao-da-saude/50266-a-anvisa-abriu-cem-vagas-para-a-participacao-no-forum-nacional-do-ciclo-de-debates-em-vigilancia-sanitaria

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

TCU promove Diálogo Público sobre judicialização da saúde no Brasil.

O Tribunal de Contas da União (TCU) promoveu, na quinta-feira da próxima semana  o Diálogo Público “Judicialização da Saúde no Brasil”, com o objetivo de: "fomentar o debate sobre a busca da concretização do direito à saúde e do acesso a bens e serviços de saúde por meio de ações junto ao Poder Judiciário". 
Os Diálogos Públicos são eventos promovidos pelo Tribunal de Contas da União com o objetivo de trocar informações e conhecimentos com a sociedade, o Congresso Nacional e os gestores públicos.
Segundo o site do TCU: "Além de realizar este Diálogo Público, o Tribunal de Contas da União pretende, por meio de auditoria operacional, identificar o perfil, o volume e o impacto das ações judiciais na área da saúde pública, bem como verificar a atuação do Ministério da Saúde e de outros órgãos e entidades na mitigação desses efeitos negativos da judicialização da saúde nos orçamentos e no acesso dos usuários do sistema".
O Ministro Ministro Marcelo Castro e  Secretário da SCTIE/MS,  Adriano Massuda, participaram da atividade.
Abaixo, o vídeo do evento:




Fontes: 
http://portal.tcu.gov.br/imprensa/noticias/tcu-promove-dialogo-publico-sobre-judicializacao-da-saude-no-brasil.htm
https://www.youtube.com/watch?v=U6JzSEBXFH8

Portaria institui GT de Assistência Farmacêutica em pediatria.



PORTARIA No- 62, DE 15 DE OUTUBRO DE 2015
Institui Grupo de Trabalho de Assistência Farmacêutica em pediatria.


O SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS, no uso de suas atribuições legais, e

Considerando o artigo 227 da Constituição Federal de 1988, que define como dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, a efetivação de seus direitos, reafirmado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre a proteção integral;

Considerando a Portaria GM/MS n.º 1.459, de 24 de junho de 2011, que institui no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha, que consiste numa rede de cuidados que visa assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis;

Considerando a Portaria GM/MS n.º 399, de 22 de fevereiro de 2006, que aprova as Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde 2006;

Considerando a Resolução n.º 338, de 6 de maio de 2004, do Conselho Nacional de Saúde, que aprovou a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, com definição de seus princípios e eixos estratégicos;

Considerando a Portaria n.º 1.130, de 5 de agosto de 2015 que institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);

Considerando a Portaria GM/MS n.º 1, de abril de 2013, que Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), com a definição da necessidade de se desenvolver estratégias, produtos e ações direcionadas aos gestores, profissionais e usuários da saúde
sobre segurança do paciente;

Considerando a necessidade de promover a integralidade da atenção e cuidado da criança, na perspectiva da melhoria de sua qualidade de vida e redução da morbimortalidade na infância no País;

Considerando a importância da promoção de medidas que garantam o uso seguro e racional de medicamentos; e Considerando a importância de estabelecer diretrizes que garantam melhorias na gestão de modo que as instituições operem com maior eficiência e qualidade, resolve:

Art. 1º Instituir Grupo de Trabalho com a finalidade de identificar as necessidades de medicamentos em formas farmacêuticas adequadas a população pediátrica e propor diretrizes e estratégias para disponibilização dos mesmos.

§ 1º O Grupo de Trabalho de que trata este artigo será composto pelos representantes (titular e suplente) das áreas e entidades abaixo relacionadas, atuando sob a coordenação do primeiro:

I. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF/SCTIE/MS);
II. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde (DGITS/SCTIE/MS);
III. Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde (DECIIS/SCTIE/MS);
IV. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES/SAS/MS);
V. Departamento de Atenção Hospitalar e Urgência (DAHU/SAS/MS);
VI. Departamento de Atenção Especializada e Temática (DAET/SAS/MS);
VII. Departamento de Gestão da Saúde Indígena (DGESI/SESAI/MS);
VIII. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA);
IX. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS);
X. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp);
XI. Grupo de Pesquisa em Melhores Medicamentos para Crianças (MeMeCri) da Universidade Federal do Ceará (UFC);
XII. Instituto para Práticas Seguras no Uso dos Medicamentos (ISMP Brasil).

§ 2º Para a execução do trabalho deverão ser observados os diferentes níveis de complexidade da assistência prestada e a incorporação tecnológica existente.

§ 3º As funções dos membros do Grupo não serão remuneradas e o seu exercício será considerado de relevância pública.

Art. 2º O Grupo de Trabalho terá prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, prorrogáveis por igual período, a contar da publicação desta Portaria, para apresentar relatório com o diagnóstico das necessidades e com as diretrizes e estratégias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.


ADRIANO MASSUDA

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

USP: Fosfoetanolamina não é remédio!



Título Original: USP DIVULGA COMUNICADO SOBRE A SUBSTÂNCIA FOSFOETANOLAMINA

Do site da USP 

Os fatos sobre a fosfoetanolamina

Fosfoetanolamina não é remédio

A Universidade de São Paulo (USP) foi envolvida, nos últimos meses, na polêmica do uso de uma substância química, a fosfoetanolamina, anunciada como cura para diversos tipos de cânceres. Por liminares judiciais, a Universidade foi obrigada a fornecer o produto para os que a solicitam. Em respeito aos doentes e seus familiares, a USP esclarece:
Essa substância não é remédio. Ela foi estudada na USP como um produto químico e não existe demonstração cabal de que tenha ação efetiva contra a doença: a USP não desenvolveu estudos sobre a ação do produto nos seres vivos, muito menos estudos clínicos controlados em humanos. Não há registro e autorização de uso dessa substância pela Anvisa e, portanto, ela não pode ser classificada como medicamento, tanto que não tem bula.
Além disso, não foi respeitada a exigência de que a entrega de medicamentos deve ser sempre feita de acordo com prescrição assinada por médico em pleno gozo de licença para a prática da medicina. Cabe ao médico assumir a responsabilidade legal, profissional e ética pela prescrição, pelo uso e efeitos colaterais – que, nesse caso, ainda não são conhecidos de forma conclusiva – e pelo acompanhamento do paciente.
Portanto, não se trata de detalhe burocrático o produto não estar registrado como remédio – ele não foi estudado para esse fim e não são conhecidas as consequências de seu uso.
É compreensível a angústia de pacientes e familiares acometidos de doença grave. Nessas situações, não é incomum o recurso a fórmulas mágicas, poções milagrosas ou abordagens inertes. Não raro essas condutas podem ser deletérias, levando o interessado a abandonar tratamentos que, de fato, podem ser efetivos ou trazer algum alívio. Nessas condições, pacientes e seus familiares aflitos se convertem em alvo fácil de exploradores oportunistas.
A USP não é uma indústria química ou farmacêutica. Não tem condições de produzir a substância em larga escala, para atender às centenas de liminares judiciais que recebeu nas últimas semanas. Mais ainda, a produção da substância em pauta, por ser artesanal, não atende aos requisitos nacionais e internacionais para a fabricação de medicamentos.
Por fim, alertamos que a substância fosfoetanolamina está disponível no mercado, produzida por indústrias químicas, e pode ser adquirida em grandes quantidades pelas autoridades públicas. Não há, pois, nenhuma justificativa para obrigar a USP a produzi-la sem garantia de qualidade.
Os mandados judiciais serão cumpridos, dentro da capacidade da Universidade. Ao mesmo tempo, a USP está verificando o possível envolvimento de docentes ou funcionários na difusão desse tipo de informação incorreta. Estuda, ainda, a possibilidade de denunciar, ao Ministério Público, os profissionais que estão se beneficiando do desespero e da fragilidade das famílias e dos pacientes.
Nada disso exclui, porém, que estudos clínicos suplementares possam ser desenvolvidos no âmbito desta Universidade, essencialmente dedicada à pesquisa e à ciência.
Fonte: http://www5.usp.br/99485/usp-divulga-comunicado-sobre-a-substancia-fosfoetanolamina/

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Ritalina, uma perigosa "facilidade" para os pais.

Publicado em CARTA CAPITAL 

A busca por soluções fáceis, o diagnóstico equivocado e a incompreensão dos pais acerca da agitação natural das crianças elevou o Brasil ao posto de segundo maior consumidor de Ritalina do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos.

O dado, do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos, é alarmante. Ritalina é o nome comercial do metilfenidato, medicação que promete tratar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, ou TDAH, e os principais consumidores da droga tarja preta são crianças e adolescentes.

Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de 8% a 12% das crianças no mundo foram diagnosticadas com TDAH, e a suspeita dos pais de que os filhos tenham o transtorno é o principal motivo que os leva aos médicos. Em 2010 foram vendidas 2,1 milhões de caixas de metilfenidato. Em 2013, foram 2,6 milhões.

Para conversar sobre o uso indiscriminado de Ritalina e sua consequências, CartaCapital entrevistou Wagner Ranña, médico psiquiatra com experiência em saúde mental da infância e docente do Sedes Sapietiae, um instituto dedicado à saúde mental, à educação e à filosofia.

CartaCapital: O Brasil é o segundo maior consumidor de Ritalina do mundo. A que se deve isso?

Wagner Ranña: No Brasil, a rede voltada para assistência aos problemas de saúde mental da criança e do adolescente é muito precária -- o que não é privilégio do Brasil, este problema afeta a quase todos os países. As crianças com dificuldades de comportamento, agitadas e irrequietas são vistas como doentes pelos profissionais da psiquiatria biológica e da neurociência, e então eles receitam remédios. Como consequência, temos um número elevadíssimo de crianças recebendo medicação, mas sem se discutir se a ela é mesmo necessária ou se é a melhor forma de cuidado.

Na visão do nosso grupo de trabalho no Sedes Sapientiae, que tem um histórico no cuidado com a saúde mental da criança, é de tentar entender o sofrimento psíquico e os problemas de comportamento. E não ver isso de pronto como um problema, porque a maioria são só crianças agitadas. E, no mundo da rapidez, ironicamente, elas são colocadas como doentes. Estamos desperdiçando jovens que poderiam ser sujeitos muito ágeis, como atletas e músicos.

CC: Há efeitos colaterais no uso do remédio?

WR: Além de causar dependência, a Ritalina provoca muitos outros efeitos colaterais: as crianças emagrecem, têm insônia, podem ter dor de cabeça e enurese [incontinência urinária]. E, apesar de sua fama, não tenho uma experiência de eficácia da droga, mesmo em casos em que ela deveria ser usada. Percebo que o trabalho de terapia, de orientação e cuidado real com a criança dá muito mais resultado.

Começamos a passar para a criança a cultura de que um comprimido resolve tudo na vida, de que não existe mais solução pelo pensamento, pela conversa, pelo afeto e pela compreensão. O mundo todo é agitado, as pessoas são desatenciosas umas com as outras, e as crianças é que acabam tachadas de hiperativas.

Outra coisa, as crianças falam assim para mim: “eu sou um TDAH” ou “eu sou o da Ritalina”. Elas se colocam nesse lugar de alguém doente, com um déficit. A vida deles vira isso.
Tratar com drogas as crianças agitadas ou com dificuldade de aprendizagem é deixar de questionar o método de ensino, o consenso da escola, e a subjetividade da criança diante do aprendizado. É uma atitude muito imediatista.

CC: E quais são as alternativas ao tratamento com a droga?

WR: Tenho visto muitas crianças que, por trás da agitação, estão submetidas a uma violência, um abuso, ou a uma situação psicopedagógica não adequada. Colocar tudo como sendo um problema do cérebro da criança é muito antiético, é não levar em conta sofrimentos e as necessidades que ela está expressando.

Por exemplo, outro dia atendi uma menina que a mãe dizia ser hiperativa e precisava de Ritalina. Em cinco minutos de conversa descobri que ela tinha vivido uma situação em que o pai tentou matar a mãe. Essa criança estava angustiada, não era hiperatividade.
É claro que cada caso é um caso, há crianças realmente hiperativas e que precisam de um cuidado. Ainda assim têm muitas medicadas de maneira incorreta. E estamos vivendo uma epidemia de transtornos, ou supostos transtornos. Então além dessa medicalização excessiva, há uma falta de projetos terapêuticos para o sofrimento psíquico na infância, que é grande. Isso facilita a medicalização da infância, pois sem equipes treinadas é mais fácil só dar o remédio.

CC: Há quem exagere ou finja sintomas para conseguir a receita?

WR: Sou totalmente contrário o uso de questionários com pontos para o diagnóstico de sofrimento psíquicos [como fazem muitos psiquiatras]. Isso não é ver a criança eticamente. E os adolescentes podem fingir mesmo, porque querem tomar Ritalina para ter um bom desempenho na prova, ter mais energia para estudar.

A Ritalina é uma anfetamina associada a drogas com ação na atividade cerebral. A cocaína e as anfetaminas são consumidas por atletas que querem mais rapidez, pelos executivos que querem ficar acordados para trabalhar mais, pelos motoristas que querem fazer uma viagem e não dormir. É um verdadeiro doping.

Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/ritalina-uma-perigosa-facilidade-para-pais-8006.html


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Parabéns ao povo nordestino!

Este humilde blog parabeniza ao povo nordestino pelo seu dia...aliás, não só pelo dia, mas pela alegria, pelo carinho com que recebem os visitantes,  pelo humor incomparável, pelas belas terras e lindas festas. Parabéns pelos filhos que deram a esta nação, pela contribuição com o crescimento de nosso país, pela garra. Parabéns por serem quem são!