quinta-feira, 8 de março de 2012

A homenagem e reconhecimento de uma irmã...

Faz um tempo que fiz uma postagem criando a "Comenda de Mérito do Blog", a partir da Comenda que recebi de "Mérito Farmacêutico" do Conselho Federal de Farmácia, por indicação do Conselheiro Federal de SP a época, Dr. Ely Saranz Camargo. A idéia era a de compartilhar com muitos outros que mereciam tal homenagem. Não me ouso em achar que isso bastaria no reconhecimento de pessoas as quais respeito e que desejo que fossem homenageadas.Mesmo assim gostaria de dedicar essa humilde homenagem para um grande amigo.
O texto abaixo foi feito para uma pessoa a quem conheci em minha vida e que respeito muito: Daniel Gomes. Posso dizer que quase sou da família, fruto de uma semelhança física, acusada pela sua própria mãe, Dona Jô! Tenho muitas histórias com esse amigo. Dirigimos o PCdoB de Santos, participamos de processos eleitorias, enfim, é um "irmão" comunista e batalhador pela justiça social.
A irmã do Daniel, Alessandra Gomes, me comoveu. O seu texto, publicado no facebook,  é auto explicativo sobre o que tem sido a conquista desse meu camarada. Fiz questão de compartilhar não pelas belas palavras escritas pela Alê, mas pelo reconhecimento de um camarada de luta. Parabéns Alê pelo texto e parabéns Daniel....tu és um vencedor! Parabéns por mais essa conquista em sua vida!

"Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida... se comparando até ao dia em que fui mãe... A sua luta vem de muito, muito tempo mesmo... O menino que saia cedo pra empacotar compras na SAB, que trazia pra casa as delícias da padaria ganhadas no final do dia como recompensa. O menino que engraxava sapatos... Que se aventurou, desde muito cedo, em todas as áreas possíveis e imagináveis, marceneiro, pedreiro, atendente de farmacia... aí, eis que aquele adolecente, indiguinado com as injustiças e desigualdade social no mundo, se encontrou no PC do B... gremio estudantil, Ujs, UEE, Diretório academico, dirigente do PC do B e mais uma infidade de outros, formaram o caráter solido desse ser incrível. Honestidade, honra fazem parte sim do seu vocabulário. Dentro da família é referencia absoluta... Filho, neto, irmão, pai, marido, tio sempre no afã de acertar e acolher. Hoje dizer parabéns parece tão pouco pra alguém que lutou tanto  na vida... Hoje meu irmão é um GRADUADO. Nosso orgulho, nosso exemplo... te amamos Sr Sociólogo Daniel Gomes... O seu lado fenix me diz que não para por aí... beijos da irmã mais orgulhosa do mundo!!!! Ale"

Toda mulher é uma estrela!

Com a crônica abaixo não há o que dizer. Meu glorioso Botafogo presta uma grande homenagem às mulheres alvinegras.

"Como definir as diferenças entre as mulheres: todas tão originais, tão únicas, a despeito de tão parecidas em seus atributos. Difícil definir o que sentimos por elas e o que elas verdadeiramente são. Nosso limitado ponto de vista masculino navega quase servil ao sabor dos seus olhares, dos seus afagos, das suas indiferenças, dos seus cuidados e de sua impaciência com nossas reconhecidas limitações. Nem me refiro àquelas mulheres à moda antiga, que cumpriam um compreensível (pelas circunstâncias), mas desproporcional papel coadjuvante em nossa pobre sociedade patriarcal. Refiro-me à mulher de hoje que acumula aos seus atributos ancestrais de protetora, os de líder, de cidadã plena, de presidenta, por exemplo.
Em meio a um alvoroço de qualidades deliciosas, quando tudo se projeta parecido, surge um inquestionável diferenciador, que destaca um grupo de mulheres da outra parte, maioria, mas sem o tempero e a luz desse grupo: o das mulheres com estrela, as torcedoras alvinegras.
São médicas, mães, arquitetas, filhas, operárias, avós, donas de casa, estudantes, executivas, netas, mulheres de estrela, enfim. As alvinegras contam, através de suas façanhas, parte importante da história do clube, e cada vez mais, participam do dia a dia da arte do torcer.
Talvez ainda sejam um pouco mais contidas no estádio, com certeza mais compreensivas com as dificuldades, mais eufóricas na vitória e se recuperem mais rápido nos tropeços. Entendem cada vez mais do jogo e discutem com propriedade: tática, formação, posicionamento e interpretação de lances. São as novas craques da resenha. A tal intuição feminina - batismo machista de uma faceta da inteligência própria e exclusiva do sexo feminino - voltou-se, definitivamente, para a bola e, no caso das mulheres alvinegras, para a nossa estrela.
Não somos mais solitários no campo, competimos por espaço à frente das telas da vida, para rever o lance duvidoso e gritamos acasalados pelo nosso Glorioso. O poeta disse:, “Feliz da criatura que tem por guia e emblema uma estrela”, e nós parodiamos: “Feliz do time que tem em sua torcida uma constelação de mulheres”. FELIZ DIA INTERNACIONAL (DA MULHER ALVINEGRA)"

Botafogo de Futebol e Regatas

Texto e imagem extraídos de:

Parabéns mulheres. Viva Rosa Luxemburgo e Elza Monnerat...

Em 2011 fiz uma homenagem ao Dia Internacional das Mulheres na postagem intitulada:
"8 de março, Dia Internacional da Mulher. Avançamos na luta de gêneros?
 ( http://marcoaureliofarma.blogspot.com/search/label/Dia%20internacional%20da%20mulher)

Chegamos em 2012 e continuamos perguntando: Há o que comemorar? Não só por ser um otimista, tenho claro que temos sim o que comemorar. Em primeiro lugar, como já disse em outras postagens, elegemos o fato de termos uma mulher como primeira Presidenta do Brasil.

Neste ano optei por homenagear algumas mulheres que foram expressões da história. Começo por Rosa Luxemburgo, cuja biografia pode ser vista a partir do que foi  contado no site: http://pensador.uol.com.br/autor/rosa_luxemburgo/

"Rosa Luxemburgo (Róża Luksemburg em polaco; 5 de Março, 1870 - 15 de Janeiro, 1919) líder política e filósofa. Foi uma das principais revolucionárias marxistas do século XIX. Participou na fundação do grupo de tendência marxista que viria a tornar-se, mais tarde, o Partido Comunista Alemão. Foi assassinada brutalmente e teve seu corpo jogado em um Rio na Alemanha."

Disse ela:

"No meio das trevas, sorrio à vida, como se conhecesse a fórmula mágica que transforma o mal e a tristeza em claridade e em felicidade. Então, procuro uma razão para esta alegria, não a acho e não posso deixar de rir de mim mesma. Creio que a própria vida é o único segredo."

"Há todo um velho mundo ainda por destruir e todo um novo mundo a construir. Mas nós conseguiremos, jovens amigos, não é verdade?"

E quero homenagear Elza Monnerat. Augusto Buonicore publicou no site: http://grabois.org.br/portal/cdm/revista.int.php?id_sessao=33&id_publicacao=27&id_indice=489,
uma resenha do livro "Coração Vermelho", feita por Verônica Bercht,  sobre a vida de Elza Monnerat:

"Desde início uma pergunta se coloca: Por que Elza? Não foi a principal, ou uma das principais dirigentes, nem foi a grande liderança popular do Partido Comunista no Brasil. Não exerceu cargos no parlamento e nem se caracterizou como grande oradora. Tímida, não gostava de falar nem mesmo em reuniões partidárias. Em situações normais o nome desta mulher extraordinária não constaria da lista de ícones da esquerda revolucionária brasileira. Então, repito, por que Elza?

O livro de Verônica Bercht é uma resposta esclarecedora a esta questão. Porque são pessoas como ela que constituem os alicerces de sustentação de todas organizações revolucionárias e da própria construção do socialismo renovado. Por isso mesmo são imprescindíveis e devem ser melhor conhecidas.

Elza, aos 88 anos, é um exemplo de militante comunista. Entrou para o Partido em 1945 e nele, por vários anos se dedicou às tarefas cotidianas de todo ativista de base. Alguns anos depois passou a ter uma função de maior responsabilidade partidária atuando junto à comissão de finanças do comitê regional do Distrito Federal. Naquela época a jovem Elza já demonstrava a sua ousadia ao escalar o Morro Dois Irmãos, no Rio de Janeiro, para pichar o nome de Stálin. Inscrição que coube ao tempo apagar.

Elza é uma mulher de princípios. No final da década de 1950, se opôs aos desvios reformistas da direção nacional do PCB. Quando foram encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral um novo programa e estatuto, com os quais criava-se, na verdade, um novo partido, ela foi uma das pessoas que se rebelaram e assinaram a Carta dos 100. Em seguida, rompeu com a direção liquidacionista do PCB e participou da Conferência Extraordinária que reorganizou o PC do Brasil, em 1962, passando a compor, pela primeira vez, a direção nacional do Partido. Na direção ajudou, como revisora, no processo de elaboração do jornal A Classe Operária.

Após o golpe militar de 1964 passou a ser a responsável pela montagem dos aparelhos nos quais se reuniam os membros do Comitê Central. Era ela que buscava e levava os dirigentes para as reuniões clandestinas. A partir de 1967 ela se dedica à montagem da guerrilha na região do Araguaia. Dona Maria, como era conhecida ali, caminhava por quilômetros à fio ao lado de outras guerrilheiras mais jovens.
Elza é, acima de tudo, uma mulher de coragem. Sua primeira e única prisão se deu em dezembro de 1976, quando já estava com 63 anos, durante a queda da Lapa. Foi presa cumprindo mais uma vez a tarefa de conduzir os membros do Comitê Central para longe do aparelho partidário. Não deu sossego aos seus captores: ainda quando era conduzida ao DOI-Codi, encapuzada e cercada de policiais, gritava “Abaixo a ditadura”. Os policiais tiveram dificuldade para fazê-la calar-se. Ela queria que as pessoas que estivessem passando soubessem que ali estava uma militante revolucionária que não se rendia.

Durante o tempo em que permaneceu aprisionada foi torturada e se comportou de maneira exemplar.

Anos depois de sua prisão continuou a dar trabalho à ditadura, participando de uma greve de fome patrocinada pelos presos políticos brasileiros. Ela só seria libertada em 31 de agosto de 1979, após a anistia. A imagem que ficou de sua libertação era de uma senhora magra, de cabelos brancos, utilizando uma calça jeans e trazendo um indisfarçável sorriso nos lábios, o sorriso de uma pessoa vitoriosa.

Durante todos estes anos, Elza nunca esteve no centro do palco, mas estava lá, participando das principais cenas. Ela esteve presente em todos os momentos decisivos da vida do PCdoB. João Amazonas afirmou sobre Elza: “E ela impregnada desse sentimento (de amor e dedicação ao partido e ao povo) realizou tarefas que foram importantíssimas para a sobrevivência do Partido”. Diante da questão “por que Elza?”, responderia: “Porque ela é o exemplo de uma revolucionária”.

Numa época marcada pela ofensiva política e ideológica do neoliberalismo, na qual predominam valores anti-sociais como o individualismo, o egoísmo – a lógica do cada um por si – a biografia de Elza é uma demonstração inequívoca de que uma nova humanidade é possível e que os poderosos de plantão, apesar das aparências, não são invencíveis. O exemplo de vida de Elza e seu sorriso de criança são poderosos aríetes contra os muros já apodrecidos dessa ordem injusta do capital.

Por tudo isso, este livro de Verônica Bercht é essencial não só para quem deseja conhecer a vida dessa mulher extraordinária, mas também para aqueles que desejam conhecer melhor a história de luta do povo brasileiro."
Parabéns à mulheres....


domingo, 4 de março de 2012

Luciana Scotti, farmacêutica e exemplo para todos nós.

Pude conhecer história enquanto presidente do sindicato dos farmacêuticos de SP. Divulgamos seu primeiro livro, na época,  através de nossa revista. Nesta ocasião tive a oportunidade de contato com seus familiares, em virtude da grande quantidade de profissionais que queriam entrar em contato com a autora, a partir da reportagem feita. A história dessa farmacêutica foi divulgada através de diversos meios de comunicãção. Luciana Scotti é um exemplo de persistência para todos nós, farmacêuticos ou não.
Em seu site, está divulgada sua biografia:
"Farmacêutica formada pela USP, trabalhava na empresa Colgate Palmolive, quando aos 22 anos sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), que a deixou muda e tetraplégica. Desafiou os prognósticos médicos e escreveu, ao longo de três anos, digitando com um único dedo em um lap-top, Sem Asas ao Amanhecer (Editora O Nome da Rosa). Obra que descreve entre diversos assuntos, sua saga pelos hospitais, os preconceitos e a moralidade social que teve de enfrentar, a impotência diante dos diagnósticos médicos. Sua luta pela vida, e suas histórias de amor, lembranças de menina e de mulher. São palavras soletradas, engasgadas, ora revoltadas e tristes, ora plenamente poéticas e emocionantes.
Hoje aos 30 anos, cursa mestrado em farmácia na USP e pretende escrever mais um livro. Ao se conectar a Internet, criou asas. A voz de seu coração pode ser ouvida com a plenitude dos sentidos. Fez novos amigos, aos quais dedica um carinho todo especial."

Neste humilde Blog quero divulgar um dos  livros dessa colega de profissão: "Sem Asas ao Amanhecer". As informãções e imagens  abaixo foram extraídas do site: http://lscotti.atspace.com/livros.htm.

"Sem asas ao amanhecer"

"No auge de sua beleza e juventude, em plena descoberta de ser mulher, profissional e independente, Luciana foi tomada de surpresa pelo destino. Aos 22 anos, saudável, alegre e sonhadora, foi acometida por uma trombose cerebral (AVC). Permaneceu meses inconsciente, diante da morte, até acordar do sono profundo e enfrentar na vida real o pesadelo de se ver muda e tetraplégica. O belo pássaro, que aprendia a voar, perdeu suas asas repentinamente.

Culpa de quem? Do destino? De uma vida desregrada? De negligência médica? Conseqüência do uso de pílula anticoncepcional? Até hoje restam dúvidas sobre as causas de sua trombose. Dúvidas, no entanto, não há quanto à sede de vida de Luciana.

Sem mais poder falar e se movimentar, Luciana revela neste livro todo o seu sofrimento, sua saga pelos hospitais, os preconceitos e a moralidade social que teve de enfrentar, a impotência diante dos diagnósticos médicos, sua luta pela vida, suas histórias de amor, suas lembranças de menina e de mulher, e sua esperança em ter novamente um futuro. São palavras, segundo ela própria, soletradas, engasgadas, ora revoltadas e tristes, ora plenamente poéticas e emocionantes. São palavras dedilhadas ao longo de três anos, com o único movimento que lhe restou em uma das mãos."
"Após 9 anos depois do AVC e 5 anos após o lançamento do seu primeiro livro Sem Asas ao Amanhecer,chegamos na sua décima edição. Foi um grande sucesso no mercado da literatura nacional. Nas suas palavras, Luciana transmite amarguras, desilusões, revoltas, coisas engraçadas e consegue mostrar o valor da vida...Coisas que só uma jovem que ficou muda e tetraplégica é capaz de sentir.
Mas como estará Luciana agora? Será que continuou a viver ou se abalou com a terrível tragédia que a atingiu na plenitude dos seus 22 anos? Descubra nesta nova edição do Sem asas ao amanhecer que é atualizado com um álbum de fotos de Luciana."
A autora já escreveu outros livros. Confiram no site:

sexta-feira, 2 de março de 2012

Secretário SCTIE-MS, Carlos Gadelha, fala do "Saúde não tem preço" e sobre assistência farmacêutica.

Na última quinta-feira (1o. de março de 2012), o Secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, participou do programa "CENAS DO BRASIL". O programa "fez um balanço dos programas Farmácia Popular e Saúde Não Tem Preço, que completou 1 ano em fevereiro, beneficiando quase 8 milhões de pessoas com a distribuição de medicamentos gratuitos para o tratamento de diabetes e hipertensão". Além do Secretário Gadelha, participou do debate o farmacêutico da Universidade de Brasília (UnB), Bruno Gedon. 

"A EMPRESA BRASIL DE COMUNICAÇÃO – EBC foi criada para suprir uma lacuna no sistema brasileiro de radiodifusão com o objetivo de implantar e gerir os canais públicos, aqueles que, por sua independência editorial, distinguem-se dos canais estatais ou governamentais." Enquanto uma TV pública, "ao iniciar suas transmissões, em 2 de dezembro de 2007, a TV Brasil veio atender à antiga aspiração da sociedade brasileira por uma televisão pública nacional, independente e democrática.
Na entrevista, Gadelha abordou o primeiro ano do "Saúde Não Tem Preço", apresentando o sucesso da ação dentro do Programa Farmácia Popular, mas destacou as demais ações do Governo na garantia da Assistência Farmacêutica enquanto direito do cidadão. Tratou dos investimentos feitos na atenção básica, nos programas estratégicos e no componente especializado da assistência farmacêutica. Comentou também sobre a importânca do profisisonal farmacêutico no contexto da saúde, demonstrando o papel estratégico do medicamento, mas principalmente, o direito do usuário a uma correta orientação sobre o uso racional de medicamentos.
Enfim, essa é uma das entrevistas que devem servir como aula nos cursos de graduação sobre as ações desempenhadas pelo Ministério da Saúde.Recomendo não apenas pelo seu conteúdo abrangente, apesar dos 58 minutos disponíveis para tal, mas pela mensagem emitida pelo Secretário Gadelha de que o "SUS seja visto como patrimônio do povo brasilieiro". Devemos nos orgulhar do Programa Farmácia Popular, mas também pelo programa de vacinação, pelo acesso aos medicamentos antiretrovirais, oncológicos, entre outros.
Veja o vídeo:
Para saber mais sobre a EBC, visite: http://www.ebc.com.br/