domingo, 4 de maio de 2014

Sociedade mobilizada para o dia nacional pelo uso racional de medicamentos.

05 de maio é dia nacional pelo uso racional de medicamentos. Você sabe qual o motivo? Não? Quem manou não ler o que este Blog publicou em 02 de maio de 2013? Bem, meus 2 ou 3 leitores sabem, pois leram a postagem intitulada “Por que 05 de maio é dia nacional da Campanha Pelo Uso Racional de Medicamentos?¨ (http://marcoaureliofarma.blogspot.com.br/2013/05/porque-05-de-maio-e-dia-nacional-da.html). 


Procurando saber sobre a comemoração desta data em 2014 me deparei com inúmeras atividades que ocorrerão ao longo desta semana. Confesso que tenho me surpreendido positivamente com o número de entidades que adotaram a data e passaram a promover ações relacionadas ao tema nesta data. A cada ano o número de atividades cresce. Por isso, mais do que passar informações sobre os dados acerca do uso racional de medicamentos no Brasil, preferi divulgar algumas das atividades previstas. Desde já quero me desculpar por aquelas que não foram divulgadas aqui. Também quero parabenizar aos organizadores das aqui listadas. Que estas ações passem a ser promovidas por outras profissões da saúde. Que estas ações sejam desenvolvidas todos os dias pelos profissionais da saúde. Quero divulgar algo que não foi dito aqui? Pode enviar para o email do blog: oblogdomarcoaurelio@gmail.com.

As manchetes divulgadas abaixo foram encontradas em uma rápida pesquisa pelo google. Destacamos, antes da manchete, a entidade promotora do evento:

Conselho Federal de Farmácia: CFF realiza campanha pelo uso responsável de medicamentos - http://www.cff.org.br/noticia.php?id=1882&titulo=CFF+realiza+campanha+pelo+uso+respons%C3%A1vel+de+medicamentos

CRF-RS: CRF-RS realiza ação no Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos - http://www.zulupa.com.br/noticias/saude/2014/4/13097/crf-rs-realiza-acao-no-dia-nacional-do-uso-racional-de-medicamentos

CRF-SC: Ação Farmacêutico Presente marca o Dia Nacional pelo Uso Racional dos Medicamentos - http://crfsc.org.br/nv/index.php?option=com_content&view=article&id=2588:seja-voluntario-na-acao-farmaceutico-presente&catid=37:crf-em-acao

CRF-SP: Farmacêuticos orientam a população no vão livre do Masp na segunda (5) - http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2014/05/02/farmaceuticos-orientam-a-populacao-no-vao-livre-do-masp-na-segunda-5.htm

CRF-TO: CRF-TO e curso de Farmácia do CEULP/Ulbra realizam atividades de alerta contra a automedicação - http://surgiu.com.br/noticia/150607/crf-to-e-curso-de-farmacia-do-ceulpulbra-realizam-atividades-de-alerta-contra-a-automedicacao.html

Federação Nacional dos Farmacêuticos – FENAFAR: “Uso Racional de Medicamentos: Campanha abordará Medicalização Infantil” - http://www.fenafar.org.br/fenafar/todos-os-artigos/item/7658-uso-racional-de-medicamentos-campanha-abordar%C3%A1-medicaliza%C3%A7%C3%A3o-infantil

Prefeitura de Pinhais/PR: “Vigilância Sanitária faz teatro alertando sobre uso racional de medicamentos” -  http://www.pinhais.pr.gov.br/News7content8255.shtml

Secretaria de Saúde de Alagoas: Sesau abre inscrições para o II Seminário Multiprofissional sobre Uso Racional de Medicamentos - http://www.tribunadosertao.com.br/2014/04/sesau-abre-inscricoes-para-o-ii-seminario-multiprofissional-sobre-uso-racional-de-medicamentos/

Secretaria de Saúde de Sergipe: Divisa participa da Campanha Nacional pelo Uso Racional de Medicamentos - http://www.saude.se.gov.br/index.php?act=leitura&codigo=10857

Secretaria de Saúde do Ceará: “Sesa orienta em 4 praças sobre uso racional de medicamentos” - http://www.saude.ce.gov.br/index.php/noticias/46413-sesa-orienta-em-5-pracas-sobre-uso-racional-de-medicamentos

Universidade Estadual de Maringá: “Cafes orienta sobre uso racional de medicamentos” - http://www.informativo.uem.br/novo/index.php/informativos-2014/364-informativo-1086/8228-cafes-orienta-sobre-uso-racional-de-medicamentos
Universidade Estadual de Ponta Grossa: Farmácia, da UEPG, conscientiza sobre riscos da automedicação - http://www.plantaodacidade.com.br/novo/noticia/5056

Universidade Federal de Pernambuco: Campanha de alunos de Farmácia divulga o uso racional de medicamentos - http://www.ufpe.br/agencia/index.php?option=com_content&view=article&id=49525:campanha-de-alunos-de-farmacia-divulga-o-uso-racional-de-medicamentos&catid=34&Itemid=72

Universidade Luterana do Brasil: Farmácia participa de ação sobre uso racional de medicamento - http://www.ulbra.br/imprensa/noticia/ensino-superior/5668/farmacia-participa-de-acao-sobre-uso-racional-de-medicamento/#sthash.dmUtitvW.dpuf 

sábado, 3 de maio de 2014

Para a ignorância não há remédio

Doenças como o sarampo ressurgem por causa do movimento antivacinação. Por Eduardo Graça, de Nova York.


por Eduardo Graça — publicado no site CARTA CAPITAL 30/04/2014 02:33, última modificação 30/04/2014 04:09



Jeremiah mitchell vive em Tulsa, a segunda maior cidade de Oklahoma. A criança de 10 anos acaba de aparecer na primeira página do segundo jornal de maior circulação nos Estados Unidos, debruçado sobre seu iPad, que controla com os cotovelos. Em uma segunda imagem, a mãe o ajuda a colocar suas próteses. As pernas também foram amputadas depois de ele ser diagnosticado com meningite, aos 6 anos, quando cursava o jardim de infância. Outras cinco crianças de sua escola foram infectadas e duas morreram. O caso de Mitchell tornou-se emblemático na denúncia, pelo governo Barack Obama, do crescimento do movimento antivacina no país, estimulado por grupos religiosos e conservadores. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, a decisão de não vacinar crianças em idade escolar é fator crucial para o reaparecimento de doenças até poucos anos restritas aos arquivos médicos, entre elas a própria meningite, o sarampo e a coqueluche.
Há 14 anos o sarampo foi oficialmente erradicado nos EUA. De acordo com o CDC, neste ano crianças serão, porém, infectadas três vezes mais pela doença do que em 2009. Quase 5% dos alunos de jardins de infância de Idaho, Illinois, Michigan, Oregon e Vermont não foram vacinados no ano passado, sob alegação de “razões de crença pessoal” dos pais. Um surto de sarampo nos últimos dois anos no Texas, na Califórnia e em Nova York deveu-se, afirma Washington, ao número expressivo de crianças não vacinadas aptas a viajar pelo país.
Diretora de imunização do CDC, Anne Schuchat veio a público lembrar que a decisão de não vacinar crianças, cara à noção de direito individual do cidadão americano, afeta invariavelmente o bem-estar de toda a população. “Não queremos que crianças nos dias de hoje morram de sarampo nos EUA. Mas nesse cenário diria ser quase inevitável isso não acontecer.” O país teve 189 casos registrados de sarampo em 2013 (ante 55 no ano anterior), 24.231 de coqueluche (com 91 casos fatais) e 480 de meningite (com 75 mortes). Até abril, 115 casos de sarampo foram confirmados neste ano.
O movimento antivacina, estimulado pela crença de que as inoculações obrigatórias seriam responsáveis pelo crescimento exponencial de casos de autismo nos Estados Unidos, não se restringe aos grotões em estados sulistas do chamado Cinturão da Bíblia. Em 2008, uma explosão de sarampo em San Diego surpreendeu as autoridades: em vários bairros da cidade de pouco mais de 1 milhão de habitantes, 20% das crianças em idade escolar simplesmente não foram vacinadas contra a doença. O mesmo se repetiu em 2014 no distrito de Orange, localizado ao sul de Los Angeles, a maior metrópole da Califórnia. No ano passado, um jovem judeu ortodoxo de 17 anos, não vacinado por razões religiosas, foi apontado como a primeira peça do quebra-cabeça montado pelos médicos do Brooklyn, distrito mais populoso de Nova York, para entender o aumento impressionante de casos de sarampo na cidade.
Em um país profundamente dividido ideologicamente, o combate duro aos alarmes dados pelo CDC preocupam, mas não surpreendem. Presidente do Centro de Informação Nacional para a Vacinação, ONG sem fins lucrativos, Barbara Loe Fisher é das mais arraigadas defensoras do direito de os pais decidirem se querem vacinar os filhos. “Os questionamentos em relação à vacinação obrigatória são legítimos, especialmente quando sabemos que 10% das crianças vacinadas no jardim de infância tornam-se asmáticas e uma em cada 50 são diagnosticadas com autismo. Por que é que nos EUA os cidadãos devem ser coagidos a tomar todas as vacinas recomendadas pelo governo quando no Canadá, no Japão e na Comunidade Europeia eles são livres para escolher o que acham ser o melhor para suas famílias?”
Desde 1986, quando o Congresso passou, durante o governo Reagan, o Ato Nacional de Proteção à Vacinação para Crianças, os grandes laboratórios e os médicos contam com uma rede de proteção legal contra processos centrados em possíveis malefícios causados por vacinas.
No Brasil, também neste mês, seis adolescentes tiveram reações – como dor muscular, cefaleia e náusea – à primeira dose da vacina contra o HPV no Rio Grande do Sul. A reação levantou dúvidas sobre a qualidade dos lotes de vacina produzidos no País. Nas redes sociais, o estudo realizado em 1998 por um médico britânico, com 12 pacientes, a ligar o autismo à vacinação obrigatória, reapareceu com destaque em fóruns de discussão. Tal estudo foi considerado fraudulento pelas autoridades médicas do Reino Unido poucos anos depois de publicado e seu autor, Andrew Wakefield, perdeu o registro médico. Nos EUA, desde então e apesar da comprovada fraude acadêmica, 17 estados modificaram sua legislação e permitiram aos pais “isenção por motivos filosóficos e/ou religiosos” da obrigatoriedade da vacinação.
Do outro lado da conversa, Michaela Mitchell, a mãe de Jeremiah, conta que em 12 horas ele deixou de ser um menino obcecado por andar de bicicleta pelas ruas de Tulsa para retornar à sua casa, depois de ficar em coma, “tal qual uma múmia”. Ela tornou-se uma das faces mais visíveis nos EUA da luta contra a possibilidade de jardins de infância como os frequentados por seu filho optarem pela não exigência de comprovação da vacina, comum em Oklahoma: “Eu disse que ele tinha todo o direito de ter raiva pelo que aconteceu. E que, a partir de agora, teríamos de fazer tudo de modo diferente”.
No debate em torno da obrigatoriedade da vacinação, os dois lados parecem concordar em ao menos um aspecto: as crianças pagam o maior preço na oposição entre a liberdade individual e a proteção da saúde pública.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/796/para-a-ignorancia-nao-ha-remedio-4486.html

sábado, 26 de abril de 2014

De farmacêutico, todo mundo tem um pouco!

É muito comum buscarmos saber sobre quais foram os grandes vultos da profissão que escolhemos por exercer. Sentimos orgulho em saber que grandes personalidades optaram pela mesma área de atuação que nós, mesmo que não a tenha exercido na plenitude, Interessante também podermos contar a história daqueles que não ficaram tão famosos, mas que tiveram condutas que merecem nosso respeito. No meu caso essa busca tem sido o motivo de muito das minhas pesquisas e leituras. Muitas eu já contei nesse humilde espaço, como a do farmacêutico e poeta Carlos Drummond, também sobre Tiradentes e sua botica, além da canonização de José de Anchieta, o primeiro boticário do Piratininga. Também apresentamos a história de Alberto Granado, farmacêutico amigo de Che Guevara, além da relação do carnaval com a saúde e com a profissão farmacêutica.

Em minhas pesquisas tenho descoberto algumas curiosidades que me levaram ao título desta postagem: “De farmacêutico, todos têm um pouco”. Contando-as para pessoas próximas fui caçoado. Perguntaram se minha tese é de que o mundo poderia ser dividido em dois grupos: os que foram farmacêuticos e os que não foram. Claro que não é isso, mas começo a concluir, com um enorme tom de exagero, que muitas personalidades cruzaram ao longo de suas vidas com a história da profissão farmacêutica, direta ou indiretamente. Vamos ver alguns casos?

Agatha Christie publicou mais de 80 livros, tendo vendido mais de 1 trilhão de cópias em todo o mundo. É considerada a maior escritora de romances policiais. Qual seria sua relação com a profissão farmacêutica? Conta a história que Agatha Christie, durante a primeira grande guerra, alistou-se como voluntária no Exército da Cruz Vermelha. Em alguns sites encontramos que ela se alistou como farmacêutica e outros dizem que foi como enfermeira. Os que dizem que a escritora trabalhou como farmacêutica, alegam que vem desta experiência o grande conhecimento sobre venenos, informações que foram usadas em alguns de seus livros. Pesquisando um pouco mais encontramos que Agatha havia se matriculado em curso de enfermagem, antes da guerra, e teve como professor um famoso farmacêutico na cidade, que serviu de inspiração para o livro “O Cavalo Amarelo”. Bom, tendo atuado como farmacêutica ou como aluna de um farmacêutico, a relação está estabelecida.

O escritor colombiano Gabriel García Márquez, falecido recentemente, era filho de farmacêutico. Seu pai, Gabriel Eligio García, tornou-se farmacêutico logo depois do nascimento de Gabo. Ou seja, o escritor não foi farmacêutico, mas era filho de um.

CAPTAIN MORGAN é uma famosa marca de rum atualmente comercializada em mais de 75 países. Conta a história, segundo o Blog Mundo das Marcas,  que Sam Bronfman, executivo de uma companhia de bebidas canadense chamada Seagram, foi levado ao Caribe atraído por uma nova oportunidade comercial, o rum com especiarias. Acabou adquirindo a destilaria Long Pond, do governo Jamaicano. Também adquiriu as tradicionais receitas de rum com especiarias, de dois farmacêuticos da cidade de Kingston, conhecidos como os irmãos Levy. Em resumo, o sucesso da marca se deve também aos dois farmacêuticos.

Bom, apresentamos aqui algumas histórias. Sei que temos muitas por descobrir e conto com o auxílio dos meus 3 ou 4 leitores. Aliás, assim como temos apresentado as dicas de filmes, vamos apresentar novas histórias como dicas de farmacêuticos, ou quase, que ficaram, ou deveriam ficar, famosos.



Fontes:


sábado, 19 de abril de 2014

Tiradentes, Inconfidentes e suas boticas.

No dia 21 de abril de 2014 comemoraremos os 54 anos de Brasília e lembraremos dos 222 anos da morte de Joaquim José da Silvia Xavier – conhecido como Tiradentes. Este Blog, nesta breve homenagem, não tentará falar sobre a importância do mártir e líder da Inconfidência Mineira, pois isso está presente na mente de todos os brasileiros que se orgulham da história de nosso país. Além de aprendermos sobre ele nos bancos escolares, diversos sites já contam essa importante passagem com muito mais propriedade do que poderíamos tratar aqui.

Motivado pela importância de resgatarmos os momentos históricos fundamentais da construção da democracia no Brasil, aproveitei a data para relembrar do nosso patrono cívico. É fato que este Blog prima por tentar apresentar fatos históricos a partir de sua relação com a história da saúde e, se possível, com a história da profissão farmacêutica. E com este espírito que queremos destacar a Inconfidência Mineira a partir de pontos que alguns não conhecem. Creio que muitos sabem do que iremos tratar principalmente os mineiros, conhecidos pelo espírito cívico e pelo orgulho em contar a história da linda Minas Gerais.

Para os que não sabem, além de tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político, Tiradentes também aprendeu atividades farmacêuticas, pois foi sócio de uma Botica em Vila Rica. Como é de conhecimento geral, sua alcunha se deu em virtude de sua relação com a profissão de dentista. Foi sob a tutela de um primo cirurgião (alguns sites destacam que ficou sob a tutela de um padrinho), após o falecimento de sua mãe, em 1767 e de seu pai em 1769, quando tinha 11 anos de idade, Joaquim acabou por se dedicar ao exercício da profissão do primo. Entre as atividades desenvolvidas, Tiradentes também tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica - hoje Ouro Preto. Para facilitar a sua localização, destaco o que disse o site www.pousadaemouropreto.com.br. Ele diz que a Ponte do Rosário é “também chamada de Ponte do Caquende, por estar construída sobre o córrego de mesmo nome”. Diz ainda que sua localização ficaria na hoje conhecida Rua Bernardo Guimarães. Segundo o site www.e-biografias.net, Joaquim “se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o apelido de Tiradentes”.  

Vale destacar que Tiradentes foi o único inconfidente condenado à morte. Os demais tiveram outras penalidades. Diz o site www.revistadehistoria.com.br : “Dos condenados ao degredo na costa africana oriental, Salvador Carvalho do Amaral Gurgel, o mais jovem entre os inconfidentes, foi o último a morrer, aos 50 anos, em 1812. Depois de atuar como cirurgião e de ocupar o cargo de vereador da vila de Inhambane, Gurgel seria transferido, em 1804, para o regimento de infantaria da Ilha de Moçambique, como cirurgião-mor. Em Inhambane deixaria fama entre a gente humilde, porque fabricava medicamentos na botica do regimento e os distribuía entre os pobres, sem cobrar nada”.

Óbvio que não se busca aqui criar uma relação entre a Inconfidência e a profissão farmacêutica, mas que o espírito corporativo fala alto quando estabelece uma ponte com o passado de nossa profissão, isso é verdade. Bom, fica mais uma destaque de uma parte de nossa história.

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