terça-feira, 5 de abril de 2011

Advogado de SP conversa com farmacêuticos sobre salários!

Recebi o texto abaixo, a pedido, de um advogado que conheço de muitas lutas, as quais lutamos muito. Enquanto presidente do sindicato dos farmacêuticos no Estado de São Paulo, pude ter no Dr. Fábio um aliado na luta por melhores condições de trabalho para os profissionais farmacêuticos. Reproduzo na íntegra seu texto escrito para este humilde blog. Parabéns Fábio, parabéns Sinfar-SP e a toda sua diretoria...

"Piso salarial? Reajuste salarial? Remuneração de horas extras? Dia do farmacêutico? Onde nasceram estas garantias? Por que os reajustes salariais são baixos? O que o Sindicato faz por nós farmacêuticos?



Com certeza você farmacêutico já pensou ou se perguntou sobre isso.

E também acho que em algum momento já disse: “O Sindicato só sabe cobrar”.

Espero que ao final do texto algumas destas questões sejam respondidas e fique mais claro qual a papel do Sindicato e qual o papel dos Farmacêuticos no processo de negociação coletiva.

O Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (SINFAR-SP), que anunciou sua Campanha Salarial 2011 para os farmacêuticos que trabalham em drogarias, farmácias e distribuidoras em todo Estado de São Paulo, prevê assembléias em 17 (dezessete) localidades diferentes (veja em www.sinfar.org.br) e informou que a participação de todos os farmacêuticos é imprescindível.

Você deve pensar: “todo ano a mesma história, ano passado informou que era importante a participação dos farmacêuticos, bla, bla, bla e “no final o Sindicato só conseguiu 6,4% de reajuste e o piso ainda é muito baixo”.

“O que tem de diferente esse ano para que eu deva participar”?

Uma notícia não muito boa: “A partir do dia 30 de junho os farmacêuticos não possuem nenhum direito da Convenção Coletiva, esqueçam o piso salarial, o dia do farmacêutico, o reajuste salarial, os auxílios previstos na norma coletiva”.

O que muitos costumam chamar de Dissídio, aqui vamos chamar de Convenção Coletiva de Trabalho é uma norma com direitos, deveres, garantias, todas com vigência de um ano, no caso do comércio varejista e atacadista de 1º de julho a 30 de junho do ano seguinte.

De onde vem essa Convenção Coletiva?

Antes de dizer quem é o pai da criança é preciso voltar ao momento da sua concepção. Dois ou três meses de terminar a vigência da Norma Coletiva o Sindicato convoca sua categoria para discutir e deliberar a Pauta de Reivindicações.


É nas assembléias que a Pauta de Reivindicações é aprovada por todos os farmacêuticos presentes, cabe ao Departamento Jurídico do Sindicato elaborar uma Minuta de Pauta e discutir com os farmacêuticos a definitiva Pauta.


“O que tem nesta Pauta de Reivindicações definida em assembléia e pelos farmacêuticos”?


A Pauta de Reivindicações deve expressar a vontade da categoria, citamos o reajuste de salário, o piso salarial, garantias ligadas ao exercício profissional, enfim os benefícios/garantias, cabe ao sindicato formatar todas as idéias e submetê-las ao Sindicato Patronal.


"Sindicato Patronal. O que é isso?”


Sim, os patrões também têm Sindicato. No caso é o sindicato que representa a atividade econômica de determinado setor, para citar o caso concreto, o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos. Assim como em nosso caso o Sindicato Patronal também realiza assembléias, convocando os proprietários de farmácias, drogarias, distribuidoras, desde as pequenas até as grandes redes são representadas neste sindicato. A Pauta de Reivindicação da Categoria é analisada pelo Sindicato Patronal que, certamente, diverge dos pedidos efetuados pelos farmacêuticos e oferecem uma contraproposta.


Em posse da Pauta de Reivindicação e da Contraproposta Patronal, têm se uma série de reuniões e debates entre os Sindicatos, claro que “cada um puxa a sardinha para a sua brasa”. Ao final, consentindo ambos, é assinada a Convenção Coletiva de Trabalho com vigência de um ano (no outro ano todo procedimento é renovado e assim por diante).


Nesta hora alguns vão pensar:


“Qual a importância de participar das assembléias que vão aprovar a Pauta de Reivindicação se no final das contas a Convenção é um acordo entre dois Sindicatos?”


Aqui vão alguns dos muitos motivos:


1 – Lembra que eu disse lá atrás que antes da Pauta o Departamento Jurídico elabora uma Minuta com assuntos inerentes à categoria para a discussão?


Esta Minuta deve ser discutida, aperfeiçoada e deliberada pelos farmacêuticos. A Pauta deve ser construída pelos anseios da categoria, somente um farmacêutico que atua no comércio varejista conhece as peculiaridades desta atividade, sua opinião e, mais que isso, sua decisão é fundamental para a confecção da Pauta, cabe ao Sindicato ser apenas um porta voz desta decisão.


2 – Tá bom, todos participaram e a Pauta está perfeita – requeremos um piso adequado à complexidade do nosso trabalho, jornada de trabalho de 30 horas, etc. Mas porque devo participar das assembléias se no final da conta a palavra final é do Sindicato?


A mesma assembléia da Pauta de Reivindicações propõe que farmacêuticos sejam indicados para acompanhar todo o processo de negociação, nas reuniões no sindicato patronal, em todas as tomadas de decisões. Estes farmacêuticos, quando participarem dos atos de negociação, tem o dia abonado e estabilidade no emprego.


3 – Como iremos convencer o Sindicato Patronal a concordar com o nosso pedido.


Já vou dizendo que a tarefa não é das mais fáceis. Há uma única chance: Mostrar representatividade e força na negociação. Exemplo: Temos cerca de 20.000 farmacêuticos trabalhando em drogarias, farmácias e distribuidoras (é um exemplo, não sei ao certo este número) se a Pauta de Reivindicações é tomada por 20 (vinte) farmacêuticos esta negociação com o Sindicato Patronal será certamente espinhosa. O poder de reivindicação está diretamente ligado à representatividade, disto não tenham dúvida.


4 – Ok. Suponhamos que tudo isso que eu disse seja verdade, porque no ano passado o reajuste foi tão “mixuruco”, “míseros 6,4%”. Todo esse processo para chegar a isso?


Lembramos: se este processo não tivesse acontecido o reajuste seria 0% e não teríamos nenhum garantia ou direito “a mais” do que previsto na CLT. 6,4% foi pouco? O piso de R$ 1800,00 é baixo? Sim, evidente. O piso salarial aplicado na região de SP – de R$ 1.800,00 está muito longe de atender a complexidade da atividade farmacêutica, com toda gama de responsabilidades.


Ano passado, os Bancários que tem data base próxima da nossa (mês de agosto – alcançaram 1% a mais na negociação comparado aos farmacêuticos) – pequeno detalhe: “pressionaram os bancos com 15 dias de greve para obter um reajuste de 7,4%”. Sem um dia de paralisação e com a escassa participação dos farmacêuticos chegamos a um percentual muito parecido.


Assim, aqui desfaz a lenda que 6,4% foi um reajuste “insignificante” Para saber o quanto foi satisfatório o reajuste – estabelecemos um simples parâmetro: “qual o percentual acima da inflação?” - Simples Exemplo se a inflação medida pelo IBGE em um ano foi de 10% e o reajuste da categoria foi de 8% - ele foi péssimo, não conseguiu sequer alcançar a inflação. Ele deve, minimamente, reajustar a inflação e satisfatoriamente algo acima dela.


Ano passado o reajuste foi cerca de 2% acima da inflação e ainda foi maior considerando que o piso foi reajustado de R$ 1.685.00 para R$ 1.800,00.


5 – Então todos participamos e no final o piso salarial será de R$ 5.000,00 – Certo?


Gostaríamos que sim, mas não há nenhum fórmula para “dobrar “ salário de um ano para outro. Como vimos é um processo lento e gradativo, mas se interrompido, criará um prejuízo futuro de difícil reparação. Também não há fórmula mágica. O progresso depende única e exclusivamente da categoria.


Por fim, lembro a todos que novamente inicíamos do zero, manter os benefícios conseguidos ao longo de muito tempo, aperfeiçoar outros e ter o salário reajustado depende da atuação conjunta do Sindicato e dos farmacêuticos, não há outra fórmula !

Agradeço ao Marco Aurélio pelo espaço, como advogado e coordenador do departamento jurídico do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, gostaria muito de debater com os farmacêuticos os temas de interesse da categoria.


A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la
Eduardo Galeano


Abraço a todos e o SINFAR-SP e seu Departamento Jurídico estão à disposição.


Fabio Angelini
Coordenador Depto. Jurídico SINFAR-SP"

sábado, 2 de abril de 2011

Médico fala sobre Uso Racional de Medicamentos

O texto abaixo foi recebido por email, enviado pelo amigo e entrevistado, José Augusto Cabral de Barros. A entrevista foi publicada, segundo o autor, na revista do CREMESP (Edição 279 - 3/2011).


“Há uma crença exagerada e equivocada no poder dos fármacos”

Autor dos livros “Os fármacos na atualidade: Antigos e novos desafios”, “Políticas farmacêuticas: A serviço dos interesses da saúde?”, “Propaganda de medicamentos: Atentado à saúde?” e de inúmeros artigos e crônicas sobre os motivos e consequências do uso que se faz dos medicamentos, o médico José Augusto Cabral de Barros analisa, nesta entrevista ao Jornal do Cremesp, o crescente e preocupante processo de medicalização existente na sociedade brasileira, discutindo a promoção do uso racional de medicamentos, a ética da produção científica e a regulação sanitária de medicamentos. Além de doutor em Epidemiologia e mestre em Medicina Preventiva, foi professor dos departamentos de Medicina Social e de Saúde Coletiva, respectivamente, da Universidade Federal de Pernambuco e da Federal de Juiz de Fora.

Em que consiste o uso racional de medicamentos?

Segundo preceitua a própria Organização Mundial de Saúde, ocorre o uso racional dos medicamentos quando os pacientes recebem a medicação adequada às suas necessidades clínicas, nas doses correspondentes a suas características individuais, durante o tempo necessário e ao menor custo possível, para eles e para a comunidade.

Qual o papel do médico nessa estratégia?

O médico é, legalmente, na equipe dos profissionais que cuidam da saúde, o responsável pela prescrição dos medicamentos. A ascendência e lugar por ele ocupados – mesmo que se detecte uma busca crescente de alternativas não alopáticas – faz com que a receita tenha, ainda, larga proeminência, influenciando, inclusive, a chamada automedicação, pois o conteúdo da mesma com frequência provém de uma prescrição precedente e/ou que é passada adiante.

A que fatores atribui o aumento do consumo de remédios por parte da população?

Influenciam no fenômeno a crença exagerada e equivocada no poder dos fármacos, transformados em pílula mágica; as atividades, com muitos instrumentos na sua implementação, da propaganda; e a hegemonia do modelo biomédico ou carte¬siano na formação e práticas médicas. A divulgação científica de pretensas novidades terapêuticas – veiculadas pela internet, revistas de grande circulação, programas de TV e rádio etc. – têm também, em larga medida, contribuído para esse cenário.

Quais os efeitos nos pacientes e as consequências no sistema de saúde?

O êxito e a qualidade da farmacoterapêutica poderão estar comprometidas, com impacto na morbi-mortalidade; podem ocorrer dispêndios de ordem econômica em medicamentos supérfluos ou desnecessários, além do risco de ampliação de efeitos indesejáveis ou mesmo tóxicos.

O médico deve ter uma postura mais crítica em relação a isso?

Na escola médica, tem sido hegemônica a ênfase no modelo biomédico de interpretação do fenômeno saúde/doença. Nesse contexto, os componentes biológicos do processo são hiperdimen-sionados, com excessiva intromissão da tecnologia diagnóstico-terapêutica. A lógica de mercado, por sua vez, reforça essa visão, no interesse de multiplicar as vendas e os lucros consequentes. Os profissionais têm se deixado levar por brindes da mais variada natureza (do patrocínio de viagens a congressos; amostras grátis; e mesmo algumas “miçangas” do tipo canetas, blocos de receituário etc.).

O que pode ser feito para mudar essa realidade?

Urge, pois, uma reorientação que contemple reforma na grade curricular (com inclusão de conteúdos de farmacoepidemiologia) e institucionalização de alternativas de atualização e formação continuada, contrários ao viés mercantil que advém dos produtores, a que os médicos têm estado reféns.

Há uma política de regulação sanitária de medicamentos no país?

A normatização mais ampla e, teoricamente, consistente, se encontra na Portaria 3916, de 30/10/1998, com diretrizes e estratégias de controle explicitamente visando o uso racional de medicamentos. As regras para monitorar e as estratégias promocionais, no entanto, são descumpridas a olhos vistos, e as punições à violação das mesmas – se e quando existem sob a forma de multas – são pouco eficazes.

Qual a importância da definição de listas de medicamentos essenciais?

Estas listas de medicamentos essenciais são de extrema importância para racionalizar a prescrição e para a efetividade, ou seja, a obtenção dos resultados esperados, e eficiência, que diz respeito aos custos envolvidos nos programas de assistência farmacêutica oficiais, ajudando a ampliar a cobertura. A lista é um dos componentes dos chamados Programas de Medicamentos Essenciais, propostos e estimulados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desde meados dos anos 70 – a partir, sobretudo, de Conferência realizada em Nairobi –, e dos quais constam, igualmente, a existência de um sistema de famarcovigilância, um programa de medicamentos genéricos, a disponibilidade de um formulário terapêutico e de informações isentas do viés mercadológico para todos os profissionais que lidem com medicamentos. Vale ressaltar ser esse último tópico, o único ainda não existente no Brasil.

Quais os princípios éticos que os pesquisadores devem observar?

Devem se ater, rigorosamente, aos resultados de suas pesquisas, de fato encontrados nos ensaios clínicos, não permitindo, sob nenhum pretexto, que os mesmos sejam manipulados pelas empresas farmacêuticas e seus departamentos de marketing. É preocupante considerar o fato de que, cada vez mais, em especial nos Estados Unidos, os mencionados ensaios venham sendo realizados por empresas privadas, criadas com o fim precípuo de implementar pesquisas, sob contrato dos produtores.

Como a universidade tem lidado com a crescente intromissão da indústria nos espaços acadêmicos?

Após muito tempo de inteira passividade e submissão à intromissão da indústria farmacêutica nos espaços acadêmicos – particularmente nos Estados Unidos –, têm sido tomadas algumas iniciativas para cercear ou controlar a atividade de seus representantes, que visitam consultórios.

No Brasil, a recomendação do Congresso da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), em 2006, não vem tendo o impacto desejável, sendo exceção a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, que tomou medidas restritas em relação a esse “agente de vendas”, assim como introduziu disciplina sobre uso racional dos medicamentos para alunos do 5º período do curso.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Senadores que podem garantir as 30 horas para farmacêuticos!

     Agora está em suas, nossas, dos outros e de quem mais quiser, mãos. A lista abaixo relaciona quais os Senadores fazem parte da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. Nesta comissão está o Projeto de Lei que define as 30 horas como jornada máxima para os profissionais farmacêuticos. O relator é o Senador Ignácio Arruda (PCdoB-CE). Quer apoiar o PL que define 30 horas como jornada máxima para os profissionais farmacêuticos? Contate seu Senador. Telefone, email, sinal de fumaça...todas as formas de contato valem a pena. Não espere, faça. Não torça, lute.


Segue a lista....


Jorge Viana PT AC S Rui Carneiro, gab. 01 (61) 3303-6366/3303 (61) 3303-6374 jorgeviana.acre@senador.gov.br


Fernando Collor PTB AL S Anexo I, 13º andar, salas 01 a 06 (61) 3303-5783/5786 (61) 3303-5789 fernando.collor@senador.gov.br

Benedito Lira PP AL S Teotônio Vilela, gab. 02 (61) 3303-6144 (61) 3303-6152 benedito.lira@senador.gov.br

Vanessa Grazziotin PCdoB AM T Alexandre Costa, gab 05 (61) 3303-6726 (61) 3303-6734 vanessa.grazziotin@senadora.gov.br

Eduardo Braga PMDB AM T Anexo I,12º andar, sala 01 a 06 (61) 3303-6230 (61) 3303-6233 eduardo.braga@senador.gov.br

Randolfe Rodrigues PSOL AP S Teotônio Vilela, gab. 17 (61) 3303-6568 (61) 3303-6574 randolfe.rodrigues@senador.gov.br

Lidice da Mata PSB BA T Teotônio Vilela, gab. 15 (61) 3303-6408/6417 (61) 3303-6414 lidice.mata@senadora.gov.br

Inácio Arruda PCdoB CE S Filinto Muller, gab. 07 (61) 3303-5791/5793 (61) 3303-5798 inacioarruda@senador.gov.br

José Pimentel PT CE S Filinto Muller, gab.13 (61) 3303-6390/6391 (61)3303-6394 gab.josepimentel@senado.gov.br

Eunicio Oliveira PMDB CE T Teotônio Vilela, gab. 07 (61) 3303-6245 (61) 3303-6253 eunicio.oliveira@senador.gov.br

Gim Argello PTB DF S Anexo I, 14º andar, gab. 04 (61) 3303-1161/1547 (61) 3303-1650 gim.argello@senador.gov.br

Demóstenes Torres DEM GO T Filinto Muller, gab.10 (61) 3303-2091 (61) 3303-2964 demostenes.torres@senador.gov.br

Cyro Miranda PSDB GO T Tancredo Neves, gab. 51 (61) 3303-1962 (61) 3303-1877 cyro.miranda@senador.gov.br

Lobão Filho PMDB MA T Tancredo Neves, gab. 54 (61) 3303-2311 a 2314 (61) 3303-2755 lobaofilho@senador.gov.br

Aécio Neves PSDB MG S Anexo I, 11º andar, salas 01 a 06 (61) 3303-6049/6050 (61) 3303-6051 aecio.neves@senador.gov.br

Clésio Andrade PR MG T Filinto Muller, gab. 02 (61) 3303-4621 (61)3303-2746 clesio.andrade@senador.gov.br

Waldernir Monka PMDB MS S Alexandre Costa, gab. 07 (61) 3303 - 6767 / 6768 (61) 3303-6774 waldemir.moka@senador.gov.br

Pedro Taques PDT MT S Afonso Arinos, gab. 04 (61) 3303-6550 (61) 3303-6554 pedrotaques@senador.gov.br

Delcidio do Amaral PT MS T Afonso Arinos, gab. 08 (61) 3303-2452 (61) 3303-1926 delcidio.amaral@senador.gov.br

Jayme Campos DEM MT S Afonso Arinos, gab. 11 (61) 3303-4061/1048 (61) 3303-2973 jayme.campos@senador.gov.br

Blairo Maggi PR MT S Anexo I,19º andar, salas 01 a 06 (61) 3303-6167 (61) 3303-6172 blairomaggi@senador.gov.br

Flexa Ribeiro PSDB PA T Alexandre Costa, gab 01 (61) 3303-2342 (61) 3303-2731 flexaribeiro@senador.gov.br

Marinor Brito PSOL PA T Tancredo Neves, gab. 49 (61) 3303-6486 (61) 3303-6494 marinorbrito@senadora.gov.br

Wilson Santiago PMDB PB S Filinto Muller, gab.10 (61) 3303-9006 (61) 3303-9014 wilson.santiago@senador.gov.br

Vital do Rêgo PMDB PB S Teotônio Vilela, gab. 22 (61) 3303-6747 (61) 3303-6753 vital.rego@senador.gov.br

Armando Monteiro PTB PE T Afonso Arinos, gab. 01 (61) 3303 6124/ 6125 (61) 3303 6132 armando.monteiro@senador.gov.br

Humberto Costa PT PE T Filinto Muller, gab. 01 (61) 3303-6285 (61) 3303 6293 humberto.costa@senador.gov.br

Wellington Dias PT PI S Afonso Arinos, gab. 06 (61) 3303 9049/9050 (61) 3303 9048 wellington.dias@senador.gov.br

Ciro Nogueira PP PI S Teotônio Vilela, gab. 01 (61) 3303-6185 / 6187 (61) 3303-6192 ciro.nogueira@senador.gov.br

João Vicente Claudino PTB PI T Teotônio Vilela, Gab. 06 (61) 3303-2415/4847/3055 (61) 3303-2967 j.v.claudino@senador.gov.br

Alvaro Dias PSDB PR S Nilo Coelho, gab.10 (61) 3303-4059/4060 (61) 3303-2941 alvarodias@senador.gov.br

Roberto Requião PMDB PR T Teotônio Vilela, gab. 18 (61) 3303-6623/6624 (61) 3303-6628 roberto.requiao@senador.gov.br

Gleisi Hoffmann PT PR T Teotônio Vilela, gab. 23 (61) 3303-6271 (61) 3303-6273 gleisi@senadora.gov.br

Lindbergh Farias PT RJ T Afonso Arinos, gab. 02 (61) 3303-6426 (61) 3303-6434 lindbergh.farias@senador.gov.br

Francisco Dornelles PP RJ T Teotônio Vilela, gab. 11 (61)-3303-4229 (61) 3303-2896 francisco.dornelles@senador.gov.br

José Agripino DEM RN T Dinarte Mariz, gab.03 61) 3303-2361/2362 (61) 3303-1816 jose.agripino@senador.gov.br

Ivo Cassol PP RO T Anexo I,16º andar, salas 01 a 06 ivo.cassol@senador.gov.br

Acir Gurgacz PDT RO T Teotônio Vilela, gab. 19 (61) 3303-3132/1057 61) 3303-1343 acir@senador.gov.br

Valdir Raupp PMDB RO T Teotônio Vilela, gab. 25 (61) 3303-2252/2253 (61) 3303-2853 valdir.raupp@senador.gov.br

Angela Portela PT RR S Afonso Arinos, gab. 10 (61) 3303.6103 / 6104 (61) 3303.6111 angela.portela@senadora.gov.br

Romero Jucá PMDB RR S Afonso Arinos, gab. 12 (61) 3303-2111 (61) 3303-1653 romero.juca@senador.gov.br

Ana Amélia PP RS S Afonso Arinos, gab. 07 (61) 3303 6083/6084 (061) 3303.6091 ana.amelia@senadora.gov.br

Paulo Bauer PSDB SC S Afonso Arinos, gab. 05 (61) 3303-6529 (61) 3303-6535 paulobauer@senador.gov.br

Luiz Henrique PMDB SC T Nilo Coelho, gab.04 (61) 3303-6446/6447 (61) 3303-6454 luizhenrique@senador.gov.br

Casildo Maldaner PMDB SC T Teotônio Vilela, gab. 14 (61) 3303-4206-07 (61) 3303-1822 casildomaldaner@senador.gov.br

Anotonio Carlos Valadares PSB SE S Teotônio Vilela, gab. 12 (61) 3303-2201 (61) 3303-1786 antoniocarlosvaladares@senador.gov.br

Aloysio Nunes PSDB SP T Anexo I, 9º andar, salas 01 a 06 (61) 3303-6063/6064 (61) 3303-6071 aloysionunes.ferreira@senador.gov.br

Marta Suplicy PT SP S Dinarte Mariz, gab.01 (61) 3303-6510 (61) 3303-6515 martasuplicy@senadora.gov.br

Vicentinho Alves PR TO S Filinto Muller, gab. 04 (61) 3303 - 6467/6470 (61) 3303 6474 vicentinho.alves@senador.gov.br

Kátia Abreu DEM TO S Teotônio Vilela, gab. 04 (61) 3303-2464 /2708 (61) 3303-2990 katia.abreu@senadora.gov.br

João Ribeiro PR TO T Teotônio Vilela, gab. 05 (61) 3303-2163/2164 (61) 3303-1848 joaoribeiro@senador.gov.br

Vale a pena investir em educação!

Sob o título Educação, o "negócio da China", Fábio Barbosa (administrador de empresas, é presidente do conselho de administração do Banco Santander) faz uma análise, com a qual concordo, do quanto vale o investimento em Educação. Esse texto foi publicado na Folha de São Paulo, no dia 27/03/2011.



A crescente eficiência da China é alicerçada em vultosos investimentos na qualidade da educação






A CHINA já é uma superpotência e o mundo já mudou em razão disso. A novidade é que vem mais por aí e as implicações políticas e culturais disso marcarão o século 21.

O crescente apetite da China por matérias-primas, petróleo e alimentos elevou substancialmente o preço desses bens e, em muitos casos, isso beneficiou, e bastante, a economia brasileira.

Em outros setores, o impacto causado pelos chineses é negativo para o Brasil, por conta da competitividade de seus produtos manufaturados. Temos que nos preparar para lidar com essa realidade, trabalhar as questões ligadas ao "custo Brasil" e acelerar as negociações, pois o fenômeno China veio para ficar.

Muitas vezes ouço previsões de que o modelo chinês não se sustentará e várias razões que aparentemente fazem sentido são apresentadas para suportar esse argumento.

Possível bolha imobiliária, qualidade dos ativos dos bancos, migração rural, demanda por maior abertura democrática etc. estão frequentemente na lista dos alertas feitos repetidamente nos últimos muitos anos. O fato, porém, é que a economia chinesa cresceu a uma média de 9% anuais nos últimos 34 anos -e há 33 anos os economistas ocidentais dizem que esse crescimento não vai perdurar!

Esse erro de avaliação sugere que temos um frágil conhecimento do que acontece na China. Não pretendo aqui ter respostas definitivas sobre o processo de desenvolvimento chinês, mas sim chamar a atenção para alguns aspectos e mitos.

O primeiro destaque que faço é sobre a percepção que se tem de que a China só cresce na faixa litorânea ou nas zonas ligadas à exportação.

Há poucos anos, viajei pelo interior da China para regiões pouco visitadas por turistas estrangeiros e pude ver quão abrangente é a mudança que ocorre em todo o país. Claro que de forma desigual, mas ainda assim é comum encontrar aeroportos, estradas, banda larga e hotéis modernos e de bom nível. O mercado interno chinês é gigantesco, e um exemplo é que neste ano a China deverá produzir perto de 16 milhões de veículos (o Brasil produziu 3,6 milhões em 2010), tornando-se o maior produtor mundial, e quase tudo para consumo interno.

O segundo ponto tem a ver com os produtos chineses, muitas vezes associados a menor qualidade. Isso está mudando. Empresários comprovam a evolução por conta dos equipamentos industriais de alta tecnologia que compram da China.

Assim como seus vizinhos Japão e Coreia do Sul, que entraram no mercado global com produtos de baixo valor agregado e rapidamente migraram para produtos de alta qualidade, a China avança rapidamente.

Mas o que realmente parece dar sustentação a essa arrancada da economia chinesa é o salto na educação. Os chineses estão estrategicamente investindo nos seus jovens.

Alguns dados: há cerca de 130 mil chineses em cursos de pós-graduação nos EUA; há mais de 300 milhões de crianças aprendendo inglês na China; quatro universidades chinesas apareceram no recente ranking das cem melhores do mundo (nenhuma brasileira, a propósito).

Xangai apareceu em 1º lugar num relatório divulgado pela OCDE em que o Brasil ficou em 53º lugar. Um caminhar pelas ruas de Boston ou de Oxford comprovará o tanto que há de estudantes nesses locais, assim como se pode passear por Pequim, ou uma cidade do interior, e testemunhar que a garotada já sabe arranhar bem o seu inglês.

Portanto, o que acontece na China não me parece algo passageiro ou fruto de uma estratégia apenas focada em subsídios ou distorção cambial. A crescente eficiência da China está sendo alicerçada com vultosos investimentos na qualidade da educação em todos os níveis.

Podemos continuar a protestar e a tomar medidas protecionistas de curto prazo contra os produtos chineses. Até concordo que, em alguns casos, isso é necessário, mas estou convencido de que seria mais útil devotarmos nossa energia para aumentar a eficiência de nossa economia e, sobretudo, transformar nossos níveis de educação.

Ou seja, hoje, o tal "negócio da China" parece ser mesmo o investimento na educação. Vamos seguir essa onda!

terça-feira, 29 de março de 2011

José de Alencar - Falece um escoteiro!

Alguns dos meus 2 ou 3 leitores sabem o quanto sou grato ao Movimento Escoteiro, pois dediquei parte dos melhores anos de minha vida sob seus ensinamentos. Fui Lobinho e Escoteiro no Grupo Escoteiro Martim Afonso em Niterói-RJ. Também fui  Sênior, Pioneiro e sub-chefe Sênior no Grupo Escoteiro Morvan Dias Figueiredo em Santos-SP. Quero fazer algumas postagens sobre isso, mas hoje quero reproduzir nota emitida pela União dos Escoteiros do Brasil (UEB) em seu site: http://www.escoteiros.org.br/ , sobre o falecimento do Vice-Presidente José de Alencar. Vendo o vídeo de Lula emocionado falando sobre a perda, chorei. A nota abaixo, me emocionou muito....

"Os Escoteiros do Brasil registram o profundo pesar pelo falecimento do escoteiro e ex-Vice-Presidente da República, José Alencar, ocorrida no dia 29 de março, vítima de um câncer contra o qual lutava desde 1997.
Nascido em 1931, José Alencar foi o 11º filho de um total de 15 do casal Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva. O ex-vice-presidente nasceu em um povoado às margens de Muriaé, no interior de Minas Gerais, e desde sua infância foi um empreendedor, trabalhando a partir dos sete anos de idade.

Aos 12 anos ingressou no Escotismo, cujas atividades sempre lembrou com carinho, reconhecendo repetidas vezes a contribuição do Escotismo em sua formação, afirmando, inclusive, que somente suportou enfrentar dolorosos momentos da doença, porque "O Escoteiro tem fibra, é alegre e sorri nas desventuras", fazendo constantemente menção aos valores propostos pela Lei Escoteira.

No final do ano de 2010 A União dos Escoteiros do Brasil concedeu ao então vice-presidente Jose Alencar a Medalha de Gratidão – Grau Ouro da UEB, bem como uma placa alusiva a todas as referências elogiosas que fazia ao Movimento Escoteiro. Naquela oportunidade o escoteiro José Alencar emocionou-se ao receber o Lenço da UEB das mãos de uma lobinha e uma escoteira, e fez um relato cheio de recordações de sua vida escoteira.

A UEB lamenta a perda de um homem que serve de exemplo, tanto por sua missão política como suas ações nos empreendimentos particulares, e que, principalmente, deu exemplo de dignidade ao Brasil e ao Mundo por ocasião dos momentos difíceis de sua vida, como um verdadeiro escoteiro.

Estamos certos de que José Alencar já está no Grande Acampamento, junto a Deus, recompensado por sua vida dedicada ao serviço ao próximo e amor à Pátria."

Bom, como brasileiro só tenho a agradecer ao exemplo de vida de um guerreiro. José de Alencar, esteja em paz! Sempre Alerta!