domingo, 10 de janeiro de 2021

Quando chegar meu dia de tomar a vacina contra a COVID-19...

Vou acordar cedo e fazer uma oração. Agradecer à Deus e aos envolvidos(as). Agradecer ao SUS, pesquisadores(as), à ciência e cientistas, servidores(as)....todo mundo.
Possivelmente vou chorar!
Vou tomar banho, vestir minha melhor roupa, minha máscara mais nova, botar perfume e um sorriso no rosto. Vou sair de cabeça erguida e pensando num novo momento.
Vou chegar no posto de saúde antes do horário.
Vou me oferecer para ajudar a organizar a fila, com distanciamento. Vou dizer oi pra todo mundo...e vou chorar de novo.
Vou pensar em todas as vidas perdidas para a COVID-19, que não tiveram a oportunidade de se vacinar. Vou pensar em quem não pode se vacinar, e por eles(as) também, devemos nos vacinar.
Quando ouvir meu nome, vou olhar para o céu e orar de novo...agradecer por ter podido chegar neste momento. Pegar meu santinho de São Judas, apertar contra o peito e seguir. Lembrar de Oswaldo Cruz, Chagas, Sabin...tanta gente.
Vou esticar meu braço, sorrir como nunca sorri antes e, pela primeira vez, não vou fechar os olhos! Quero ver a aplicação da vacina em mim! Se puder, vou pedir pra alguém tirar uma foto...e vou pedir a seringa de lembrança, como fazia quando era pequeno.
Vou agradecer aos profissionais de saúde  que lá estiverem...e a quem me vacinou. Vou chorar de novo.
Voltarei pra rua...talvez eu grite de alegria, pule ou simplesmente feche os olhos e diga pra mim mesmo: Consegui! Estou vacinado!


quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Gratidão ao Butantan e todos(as) os(as) envolvidos(as)!

No dia em que vivemos mais um luto, pois passamos das 200 mil vidas perdidas para a COVID-19 no Brasil, uma notícia nos traz esperança:  temos vacina!
Os resultados dos testes clínicos da vacina do Butantan demonstram 100% de eficácia em casos graves e moderados, e nenhum dos imunizados precisou de internação hospitalar. 78% de eficácia em casos leves.
Agora, hora de ter gratidão.
Gratidão ao SUS.
Gratidão à Ciência Brasileira e aos que acreditam nela.
Gratidão ao Butantan, suas pesquisadoras e pesquisadores. Aos servidores e servidoras, que desenvolveram das atividades mais simples até as mais complexas.
Gratidão aos voluntários e voluntárias que se colocaram à disposição para os testes.
E principalmente...gratidão aos que tomarão a vacina!!!!!

sábado, 2 de janeiro de 2021

02/01/2021 - Dia do(a) Sanitarista e 101 anos da criação do Departamento Nacional de Saúde Pública.

 


No dia 02 de janeiro de 1839, o fotógrafo francês Louis Daguerre tirou a primeira foto da Lua. No mesmo dia, em 1959, a União Soviética lançou a primeira nave rumo à lua. Este dia poderia ficar marcado pela sua relação com o satélite natural que orbita a Terra, mas destacamos o que ocorreu no Brasil. Em 1920, também no dia 02 de janeiro, foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública - DNSP, por meio do Decreto-Legislativo 3.987. Articulado por Carlos Chaga, é considerado por muitos o primeiro código sanitário do Brasil, que este ano completa 100 anos. 

A norma, que objetivava reorganizar os serviços de saúde pública, cria o DNSP subordinado diretamente ao Ministro da Justiça e Negócios Interiores, compreendendo:

"os serviços de hygiene no Districto Federal que deverão abranger a prophylaxia geral e especifica das doenças transmissiveis, a execução de providencias de natureza, aggressiva ou defensiva, as que tiverem por fim a hygiene domiciliaria, a policia sanitaria das habitações privadas e collectivas, das fabricas, das officinas, dos collegios, dos estabelecimentos commerciaes e industriaes, dos hospitaes, casas de saude, maternidade, matadouros, mercados, logares ou logradouros publicos, hoteis, restaurantes e a fiscalização dos generos alimenticios;
b)serviços sanitarios dos portos maritimos e fluviaes;
c)a prophylaxia rural no Districto Federal, nos Estados e no Territorio do Acre;
d)o estudo da natureza, etiologia, tratamento e prophylaxia das doenças transmissiveis, bem como quaesquer pesquizas scientificas que interessem a Saude Publica;
c)fornecimento de sôros, vaccinas, e de outros productos etiologicos que se destinem ao combate de epidemias em quaesquer regiões do paiz, e a fiscalização do preparo daqueles productos em institutos e laboratorios particulares;
f)fornecimentos dos medicamentos officiaes de accôrdo com o decreto n. 13.159, de 28 de agosto de 1918, por intermedio do Instituto Oswaldo Cruz;
g)o exame chimico dos generos alimenticios de procedencia nacional e dos estrangeiros importados para o consumo.
h)a inspecção medica de immigrantes e de outros passageiros que se destinem aos portos da Republica;
i)assistencia aos morpheticos e aos doentes que, no Districto Federal, pela natureza da molestia, devam ser isolados;
j)a organização' das estatisticas demograplio-sanitarias e a publicação dos boletins respectivos;
k)o serviço de fiscalização dos esgotos e o da construcção de novas rêdes no Districto Federal;
l)a fiscalização de productos pharmaceuticos de sôros, vaccinas e quaesquer outros productos biologicos, expostos á venda;
m)a organização do Codigo Sanitario, que será submettido á approvação do Congresso Nacional; Art. 2º O director do Departamento Nacional do Saude Publica será livremente nomeado pelo Presidente da Republica dentre os medicos de reconhecido saber, podendo servir em commissão, cabendo-lhe a superintendencia dos serviços sanitarios federaes no Brasil."

Destaco o que determina o art. 13, em seus parágrafos 2º e 3º:

§ 2º Aos falsificadores de medicamentos, serão impostas, além das penas que possam estar previstas no Codigo Penal para os assassinos por envenenamento, as multas que o regulamento para esse fim baixado imponha, não devendo nunca serem inferiores a cinco contos de réis (5:000$000) .

§ 3º São inaffiançaveis os crimes previstos neste artigo, devendo ser apprehendidos o inutilizados, pela autoridade competente, todos os stocks, quer de generos, quer de medicamentos falsificados.

Sobre essa história, recomendamos a leitura da postagem feita pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), intitulada Dia da e do Sanitarista: fortalecendo a Saúde Coletiva e o SUS . Sugerimos também a leitura da matéria intitulada Dia 02 de janeiro: orgulho se ser sanitarista. 

Fica o parabéns e o reconhecimento aos profissionais que se dedicaram e se dedicam em trabalhar na construção e defesa da saúde coletiva, das políticas sociais em saúde, e em especial aos jovens sanitaristas.


Fonte:


quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

O que desejar para 2021?

 


Depois de um longo período ausente, retomamos as atividades do nosso Blog. Os 2 ou 3 leitores deste humilde espaço até reclamaram (não muito) pela falta de postagens, mas sem êxito. E nada como um ano novo para renovar as esperanças, as promessas e aceitar novos desafios. E este será um deles.

Falando sobre o ano que se avizinha, no qual entraremos em poucas horas, o que esperar? Lendo e ouvindo relatos de australianos(as) e neozelandeses, que já vivem "no ano que vem", nada expressivo ocorreu. Por outro lado, a Organização Mundial de Saúde aponta que a crise humanitária de 2021 será pior que a segunda guerra mundial, estimando que 235 milhões de pessoas precisarão de ajuda. Já se anuncia a 3ª onda da COVID-19, além de sua variante, já encontrada no Brasil. Das mensagens que estou recebendo de desejos de um bom ano novo, muitas destacam que "não será um ano fácil", premonizam que "deve ser tudo muito mais difícil", ou que "não podemos achar que já vivemos o pior". 

Bom, o otimismo nunca me foi uma característica. Não imagino sempre que tudo dará certo...muito pelo contrário. Nunca fiz coro com os que achavam que a pandemia transformaria a sociedade. Sempre pensei que quem é bom até poderia melhorar, mas os ruins conseguiriam piorar, afinal de contas, é uma pandemia e não um milagre. Assim, estou tendo muita dificuldade em imaginar o que esperar do período que se inicia após a meia noite.

Então tudo está perdido? Não, e podemos buscar mudar as coisas, afinal "ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro". De minha parte, enviarei mensagens de 'Feliz Ano Novo", não dizendo que 2021 tenda a ser ruim, mas fortalecer que devemos estar preparados (as) para tudo, inclusive para coisas boas. Mais do que preparados (as), devemos lutar por isso. Podemos sim iniciar o ano, comendo uvas verdes, trocando folhas de louro, estourando champagne, enfim, fazendo o que achamos que deva ser feito para atrair boas vibrações. Porém, para o restante do ano, temos a tarefa de lutar, e não apenas desejar. Temos que  zelar pela correta informação, pela garantia de direitos e a defesa de um mundo sem desigualdades. E lembrar que a pandemia continua.
Para isso, comecei organizando uma lista dos meus desejos para o ano que se aproxima:

- Desejo que o SUS seja respeitado, defendido e fortalecido todos os dias.
- Desejo que as pessoas usem máscaras corretamente, não se aglomerem e mantenham, sempre que possível, o distanciamento.
- Que a ciência seja respeitada!
- Que tenhamos vacina para todos e todas..e que as pessoas tomem a vacina, seja ela de onde for. Não apenas para se protegerem, mas para proteger também os que não podem se vacinar.
- Desejo que profissionais de saúde, que estão na frente de batalha, tenham força para continuarem fazendo tudo que estão fazendo, com reconhecimento do seu trabalho.
- Que o espírito de coletividade se sobreponha aos sentimentos individualistas. Que o "eu" seja substituído por "nós".
- E que neste ano, famílias e amigos possam se encontrar, ...e possam se beijar e se abraçar em breve.

Lista feita, agora vou ver qual a cor da roupa necessária  para que meus desejos sejam alcançados. E a partir de amanhã, pensar no que precisamos fazer para que tudo isso aconteça...

Feliz ano novo!!!!

Ah!!!!  E desejo também você  continue sendo um(a) leitor(a) do Blog.

Fonte:


quarta-feira, 20 de novembro de 2019

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Com. de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica do CNS plajeja ações.

DO SITE DA ENSP/FIOCRUZ


A Comissão Intersetorial de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica (Cictaf), do Conselho Nacional de Saúde (CNS), reuniu-se na segunda-feira (18/11), com a intenção de definir seu planejamento estratégico para 2020. Na programação, Jorge Bermudez, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz e membro do Painel de Alto Nível do Secretário-geral das Nações Unidas em Acesso a Medicamentos, discorreu sobre o tema "Apresentação da Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica no contexto atual da saúde pública". O encontro, que também discute as ações realizadas pela comissão entre 2015 e 2018, segue nesta terça-feira.
 
Bermudez foi convidado a participar da primeira reunião da Comissão após a 16ª Conferência Nacional de Saúde. Em sua apresentação, reforçou a importância do Relatório da Conferência, cujo lançamento ocorreu em sessão do Conselho, na Fiocruz, no último dia 7 de novembro. Lembrou, ainda, da iniciativa conjunta do Conselho Nacional de Saúde, Fiocruz e Escola Nacional dos Farmacêuticos, em 2018, que realizou dez seminários regionais em Manaus, Curitiba, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, Rio de Janeiro, Belém e Ribeirão Preto. “As atividades, que mobilizaram mais de 600 pessoas entre gestores, usuários e profissionais de saúde, encerraram o ciclo com um Simpósio Nacional na Fiocruz, que publicou a Carta do Rio de Janeiro no formato de contribuição à Conferência Nacional de Saúde, em dezembro 2018”, detalhou o pesquisador. 
 
O chefe do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica da ENSP abordou também a necessidade de ter como referência a Constituição de 1988 (a Saúde como direito de todos e dever do Estado), as consequências nefastas da EC-95/2016 para a Saúde, Educação e C&T, a importância do Complexo Econômico-Industrial da Saúde e referências internacionais, entre elas a Agenda 2030, as recomendações do Painel de Alto Nível do Secretário-geral das Nações Unidas em acesso a medicamentos e o relatório da Comissão Lancet em Medicamentos Essenciais para a Cobertura Universal de Saúde. 
 
Ao falar em política industrial, Bermudez lembrou das conferências de Ciência, Tecnologia e Inovação, das conferências nacionais de Ciência, ecnologia e Inovação em Saúde e da 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica, realizada em 2003.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Homenageados por apoiarem a venda de MIPS em supermercados.



No dia 12 de novembro ocorreu , na sede da  Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), um jantar em homenagem ao dia nacional do supermercado. A data é uma homenagem ao Decreto de Lei nº 7.208 de 12 de novembro de 68, que regulamentou a profissão de supermercadista no Brasil, oficializando assim a  atividade profissional dos responsáveis pelos supermercados.

O jantar também homenageou a Associação Brasileira de Supermercados - ABRAS pelos seus 51 anos, completados no dia 11 de novembro. A entidade, criada em 1968, representa "cerca de 90 mil lojas, com um faturamento de mais de R$ 356 bilhões e responsáveis por 90% de todo alimento comercializado no País".

Na ocasião, diversas personalidades foram homenageadas. Dentre elas, "o senador Sérgio Petecão e o deputado Glaustin da Fokus receberam o reconhecimento da ABRAS pelo suporte ao trabalho da entidade nacional no desenvolvimento sustentável do setor, e pela compreensão da relevância econômica e social do varejo alimentar, principalmente pelo engajamento na Câmara e no Senado da liberação da venda de medicamentos isentos de prescrição (Mips) nos supermercados".

O Senador Petecão (PSD/AC) é autor do PLS 5455/19, já comentado neste humilde blog na postagem intitulada: "E mais um Projeto propõe que se venda medicamentos fora das farmácias e drogarias!" (https://marcoaureliofarma.blogspot.com/2019/10/e-mais-um-projeto-propoe-que-se-venda.html). Em sua rede social, disse o Senador: "Fui homenageado pela Abras por ter abraçado a causa da permissão da venda de medicamentos isentos de prescrição médica em supermercados, armazéns, lojas de conveniência e drugstore".

Já o Deputado Glaustin da Fokus (PSC/GO) é autor do PL 1774/19. Assim como o PL apresentado no Senado, o Projeto apresentado na Câmara sugere que os mediamentos isentos de presrição possam ser, também, comercializados em supermercados e estabelecimentos similares. 

Em matéria divulgada no site da ABRAS, a entidade justifica a homenagem aos parlamentares: 

"A noite foi marcada ainda pela defesa de uma das pautas prioritárias da ABRAS, que é a venda dos medicamentos isentos de prescrição (Mips), nos supermercados. Em seu discurso, o presidente da ABRAS, João Sanzovo Neto, frisou a responsabilidade na comercialização dos produtos no país. "A segurança é e sempre foi uma prioridade em todos os aspectos que envolvem a venda dos mips no setor. Jamais apoiaríamos qualquer medida que colocasse em risco a saúde dos brasileiros". Sanzovo destacou ainda que, no passado (1994 a 1995), os supermercados venderam os Mips e, de acordo com pesquisa à época, o preço de muitos medicamentos baixou até 35%. "O fim de reserva de mercado trará modernidade para o país e nos colocará em igualdade com muitos países onde a venda dos Mips já é uma realidade."

O senador Sérgio Petecão e o deputado Galustin da Fokus, que estavam no evento, são os responsáveis pela pauta dos Mips, na Câmara e no Senado. 

Petecão, que é autor do Projeto de Lei 5455/2019, que visa a venda de medicamentos sem prescrição (Mips) nos supermercados, em seu discurso no evento ressaltou a preocupação em proporcionar medicamentos seguros, principalmente para a população de seu estado, o Acre, que vive em regiões isoladas e sem farmácias, e que geralmente possui um mercadinho.



Em seu pronunciamento, Gaustin da Fokus falou do Projeto de Lei 1774/19, apresentado na Câmara, que também autoriza a venda dos medicamentos seguros nos supermercados e outros estabelecimentos. "Esse PL 1774 é um dos meus projetos de maior relevância social, porque vai beneficiar quem realmente importa: a população. Se aprovada, a nova lei vai facilitar o acesso a medicamentos em lugares onde não existe farmácia, mas há uma porta de supermercado sempre aberta, além de indiscutivelmente reduzir o preço dos remédios para os consumidores."

Presente no evento também o secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre da Costa. Segundo a matéria publicada no site da ABRAS, o Secretário "se mostrou interessado em estudar melhor a venda dos medicamentos seguros no autosserviço, ressaltando a importância da pauta em facilitar o dia a dia da população". 

Ou seja, a luta continua e não é fácil. A venda de medicamentos em supermercados, que sempre está na nossa pauta,  passa a ser assunto, também, do Ministério da Economia, apesar de ter impacto na saúde pública. 




terça-feira, 29 de outubro de 2019

Lançado o resultado da pesquisa sobre os Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil.

Foi lançado hoje, no Conselho Federal de Farmácia, o Relatório com a pesquisa feita sobre os 18 Laboratório Farmacêuticos Oficiais do Brasil.

Este Relatório é fruto de uma parceria entre o Conselho Federal de Farmácia e a Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil - ALFOB.

Este humilde Blog esteve presente. Vale a pena ler, estudar e divulgar.....para que possamos defender nossos laboratórios oficiais! 

Para ter acesso ao Relatório, CLIQUE AQUI  ou acesse:
http://www.cff.org.br/userfiles/file/LFOBs%20Versa%CC%83o%20Digital.pdf