sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Basta de preconceito contra o medicamento genérico...

Acaba de sair uma pesquisa da CNI-IBOPE, a qual comentei neste humilde Blog, (http://marcoaureliofarma.blogspot.com/2012/01/pesquisa-avalia-satisfacao-da-populacao.html) que apresenta um dado interessante: 82% da população acredita, integralmente ou parcialmente, que os medicamentos genéricos são tão bons quanto os medicamentos de marca. Talvez a manchete não lhe tenha causado tanto impacto como casuou em mim, que acompanho a implantação dos genéricos no Brasil desde 1999.

Para falar sobre tal interesse no resultado da pesquisa , prefiro lembrar algumas manchetes sobre os genéricos no Brasil que contam uma breve história de sua trajetória:

24 de abril de 2001 – O então Ministro da Saúde, José Serra, presente no lançamento de 12 medicamentos genéricos do Laboratório Cristália, dizia que: “os médicos ainda resistem em receitar o medicamento genérico”. Essa matéria pode ser acessada no endereço: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2404200127.htm

21 de maio de 2002 – Matéria na Folha de São Paulo afirma que 34 fabricantes produziam medicamentos genéricos no Brasil, detendo 5,5% do mercado de medicamentos. A ANVISA apontava que estes chegavam a custar 45% a menos do que os medicamentos de marca, considerando os 426 medicamentos genéricos que existiam no mercado. A mesma matéria diz que mais de 90% dos entrevistados conheciam os medicamentos genéricos, mas apenas 15% dos médicos prescreviam tais medicamentos, conforme pode ser acessado em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2105200221.htm

08 de setembro de 2002 – Pesquisa DATAFOLHA encomendada pelo laboratório EUROFARMA atestava que, entre os entrevistados, “69% confiam da mesma forma nos medicamentos de marca e nos medicamentos genéricos”. Essa informação pode ser acessada no site: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0809200226.htm

05 de agosto de 2003 – A Secretaria de Direito Econômico (SDE) recomendou a condenação dos 20 maiores laboratórios farmacêuticos do País por tentativa de formação de cartel (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0508200324.htm). Segundo documentos obtidos pelo CRF-DF, os referidos laboratórios buscavam atestar que não existia qualidade suficiente nos medicamentos genéricos.
Poderia citar muitos outros fatos que demonstravam o preconceito que havia contra os medicamentos genéricos. Para comprovar isso, basta avaliar que a palavra “genérico”  passou a ser sinônimo de algo ruim. Já pensou nisso? Quantas pessoas não falam: “Não é tão bom assim, é um genérico”. Ou ainda: “Compra da marca y...é um genérico, mas é bom”. Por isso lanço a campanha: Genérico não é sinônimo de algo ruim. Enquanto profissionais de saúde devemos combater isso.

Hoje, considerando o número de laboratórios produtores, medicamentos produzidos, aumento da confiança da população e ampliação de participação no mercado podemos constatar que os genéricos estão se consolidando a cada dia.


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