domingo, 16 de outubro de 2011

Os "pequenos" e a tecnologia!

Em outras postagens cometei sobre o quanto evoluímos nos últimos anos. É assustador lembrar que faz pouco tempo, alguns de nós não possuíamos telefone (e quem os possuia, declarava junto a receita federal)  sendo que hoje, temos de 2 a 3 celulares. Praticamente todos os brasileiros estão se falando por pequenos aparelhos móveis, que além disso, ainda servem de rádio FM, fotografam e são nossas agendas. Se considerarmos o tempo tecnológico em que isso aconteceu, podemos julgar que foi mais veloz do que nossa imaginação. O desenho dos Jetsons estão quase por se tornar uma realidade. O filme "2001, uma odisséia no espaço" errou por pouco no prazo em que os computadores poderiam dominar o mundo. Quando nos lembramos do "bug do milênio", podemos dizer que faltou pouco para o criador ser dominado pela criatura. Enfim, esse é um mundo real que pode ser antecipado e previsto pelo virtual.
Não sou um saudosista e nem retrógrado. Tento acompanhar os movimentos modernos. Faz pouco tempo que achei que furar a orelha e fazer uma tatuagem poderiam me deslocar automaticamente para um mundo moderno. Estava errado. Os novos tempos obrigam com que convivamos com a modernidade da forma mais natural. considerando que estamos em uma era cibernética, tecnologicamente avançada e não podemos lutar contra isso...temos que buscar acompanhar a evolução. Engraçado imaginar que hoje convivemos com 3 gerações completamente diferentes do ponto de vista do contato com a tecnologia. Uma nunca teve contato com isso, como nossos avós. A segunda, até teve algum contato, mas com máquinas enormes, com os primórdios dos computadores, seus disquetes e em linguagem que hoje não mais existe. Uma terceira já nasceu no meio do avanço citado.  Lembro-me de que quando foi implantado o voto através da urna eletrônica, e não faz muito tempo,  uma matéria jornalística mostrou um brasileiro que, em toda sua vida, nunca havia apertado um botão. Fosse de um elevador, de um telefone digial, sua digital nunca seria encontrada em nenhum aparelho. Ouvi ainda duas  histórias que demonstram como vive a atual geração:
- Uma amiga minha, mãe de um pequeno de 7 anos de idade, ao terminar a leitura de um livro, como o faz toda noite, ao fechá-lo o garoto gritou: "Mãe, salva, salva para não perder a página". Não lhe veio à cabeça a possibilidade de "marcar" a página onde sua mãe havia parado...ele queria que ela a salvasse, linguagem típica dos computadores.
- Outra amiga comentou que soube de uma criança que, para mudar o canal da TV, largara o controle remoto, símbolo de avanço tecnológico para minha geração e correu para a tela. Postou-se a frente do aparalho e passou a esfregar o dedo na tela, buscando mudar o canal como se faz com o Tablet. Corria seu dedinho na tela aguardando a mudança do canal.
- Em uma palestra sobre a necessidade de nos aproximarmos dos jovens e passarmos a falar sua linguagem, ouvi a história de um tio que recebendo seu sobrinho em caso, o pequeno, com seus 9 anos de idade, abriu um armário antigo e encontrou um LP. Puxou o estranho objeto para fora, olhou com atenção e perguntou ao tio: "O que é isso?". "É um disco", ele lhe respondeu. "E para que serve?", continuou o garoto! "Serve para tocar música...ele possui algumas músicas". O garoto olhou-o novamente, virou o objeto de um lado e de outro e comentou: "Deve caber muita música nele, né?". O guri tem a lógica de que, se um CD, com seu pequeno tamanho, consegue dispor de tantas melodias, imagina uma "bolacha" daquele tamanho! E ainda possui música nos seus dois lados.
Posto isso apenas para pensarmos....

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