quarta-feira, 5 de março de 2014

3 anos da morte do bioquímico Alberto Granado, amigo de Che Guevara.

Neste dia 05 de março de 2014 completa 3 anos da morte de Alberto Granado, bioquímico argentino, amigo de Che Guevara, que com ele fez uma viagem por boa parte do cone sul, contada no filme “Diário de motocicleta”.

No dia de sua morte, este humilde divulgou o fato sob o título “Morre Alberto Granado,
farmacêutico amigo de Che Guevara”. 
Para ver a postagem, acesse: http://marcoaureliofarma.blogspot.com.br/2011/03/morre-alberto-granado-farmaceutico.html .

Em sua homenagem, publicamos aqui uma matéria publicada no Guia do Estudante – venturas na História para viajar no tempo. A matéria pode ser acessada em: http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/alberto-granado-garupa-che-434763.shtml

 

Por Celso Miranda | 01/08/2006 

“Aos 29 anos de idade, Alberto teve a idéia de viajar de moto pela América do Sul, partindo de Córdoba, na Argentina, rumo ao norte. Ele tinha a moto e a vontade. Faltava um companheiro para a aventura. Alberto convidou um jovem com quem jogava rúgbi e com quem compartilhava o gosto pela aventura e pela medicina: Ernesto Guevara. Em 29 de dezembro de 1951, os dois partiram numa “poderosa” Norton 500.

A moto ficou pelo caminho. O dinheiro acabou e eles seguiram a pé, de carona e ônibus. No Chile foram tratados como médicos famosos, na Bolívia trabalharam como ajudantes de cozinha e na Colômbia navegaram em barcos clandestinos. No Peru trataram de leprosos internados no meio da selva. Os amigos se despediram na Venezuela. Ernesto retornou à Argentina e, dois anos depois, voltaria à estrada. Conheceria Fidel Castro e se alistaria na revolução cubana. Alberto ficou, arrumou emprego, se apaixonou por Delia, com quem é casado até hoje. Mas voltariam a se encontrar em Cuba, quando Ernesto já era o Che e ministro do governo de Fidel. Alberto foi ajudar o amigo na reconstrução de Cuba. Che seguiu mundo afora, lutou na África, morreu na Bolívia, tentando semear seus ideais revolucionários. Alberto, aos 85 anos, mora em Havana, ao lado da mulher (que acompanhou toda a entrevista), das filhas e dos netos.

História – O senhor é chamado de “o amigo de sempre” de Che. Isso o incomoda ou já incomodou?
Alberto Granado – De forma nenhuma. É um orgulho. Uma lembrança muito querida, muito importante. E ainda muito viva e emocionante.
Como começou a amizade?
Conheci Ernesto quando ele tinha 14 anos. Eu tinha 20 e treinávamos num time de rúgbi, em Córdoba. Fiquei muito amigo dele e de sua família. Foi em 1942, 43...
O senhor foi preso em 1943, não é?
Sim. Foi numa passeata de estudantes e professores para protestar contra o governo e o ministro da Guerra. Foram uns três meses preso. Ernesto e os irmãos me levavam comida lá.
Che descreveu a viagem de vocês como “duas vontades dispersas estendendo-se pela América, sem saber exatamente o que procuram nem qual é sua meta”. O senhor concorda com a interpretação?
Acho-a apropriada. Mas esse relato foi feito, se não estou enganado, bem depois, quando Ernesto já tinha conhecimento do caminho que cada um de nós tomaria.
E é muito diferente da expectativa que vocês tinham antes de partir?
É claro que não tínhamos a expectativa de que aquilo fosse ter os desdobramentos que teve. Pelo menos eu não tinha. Nós falamos durante três anos sobre fazer uma grande expedição pela América Latina. Conhecer os povos e os tipos da Argentina, da Bolívia, do Peru. Eu queria comemorar meus 30 anos de uma forma especial e achávamos que a viagem seria uma oportunidade para isso.
Como uma despedida da juventude. Uma última aventura antes de arrumar um emprego, casar, ter filhos...
Mais ou menos. No fundo, talvez eu achasse que se não fosse naquela hora não seria outra. Economizei, comprei uma Norton 500 e convenci Ernesto.
Foi difícil convencê-lo?
Fuser queria fazer a viagem antes de mim. Mas tive que prometer à sua mãe e ao seu pai trazê-lo de volta para que ele se formasse.
Então o senhor não cumpriu?
Mas ele voltou e se formou no ano seguinte.
Aliás, essa história do apelido... Ernesto ficou famoso como Che. Mas o senhor só o chamava de “Fuser”. Por quê?
Ernesto passou a ser Che na época da revolução, quando o chamavam assim porque ele, como bom argentino, dizia “che” a toda hora.
Mas o senhor o chamava de Fuser.
O apelido? Fuser é do tempo do rúgbi. Acho que fui eu quem comecei a chamá-lo assim, mas não tenho certeza. Fuser vem da junção de “fu” mais “ser”. As primeiras sílabas de “furibundo” (uma referência ao jeito que ele jogava) e “Serna”, seu sobrenome materno.
E o senhor? Não tinha apelido? Como Fuser o chamava?
De “Mial”, de “mi Alberto”. E “Panzón”, quando queria me provocar.
O senhor conheceu Maradona quando ele visitou Cuba?
Sim, sim. Mas pouco. Eu queria falar de futebol, e ele só queria saber da revolução.
E, mesmo conhecendo Maradona, seu argentino favorito continua sendo Che?
(Risos) Como revolucionário, “El Che”. Como futebolista, Maradona.
Ernesto gostava de futebol, não é? Ele era bom de bola? No filme Diários de Motocicleta (do brasileiro Walter Salles) tem uma cena em que você jogam futebol. Aquilo aconteceu mesmo?
Che era goleiro e bom. Saltava na bola como poucos. O jogo de que você falou aconteceu na colônia de leprosos na Amazônia e naquele dia Che agarrou um pênalti. Ele gostava mesmo de futebol. Na viagem, em Bogotá, assistimos à partida entre Milionários e Real Madri. O Milionários tinha Di Stefano...
Que depois foi para o Real.
Isso. E depois ficamos discutindo quem era melhor, se Di Stefano ou Pederneras (Adolfo Perdeneras, meio-campista argentino, ex-River Plate, também do Milionários. Naquele jogo, Di Stefano fez dois gols e Pederneras um, e o Milionários venceu por 4 a 2.)
Qual a lembrança mais forte que o senhor guarda da viagem com Ernesto?
Foi uma época muito rica, mas o discurso de despedida do diretor do leprosário... Ainda hoje penso nele e em quando falou do sonho de criar uma América Latina soberana e unida. Foi tudo muito marcante.
Marcante para vocês dois?
Creio que sim. Acho que nos mudou a ambos. O que vimos nos tornou mais humanos, mais sensíveis às diferenças entre pobres e ricos, entre doentes e sãos, entre brancos e índios.
Vocês alguma vez chegaram a pensar em desistir?
Todos os dias. Várias vezes. Nosso dinheiro acabou, a moto quebrou, nos perdemos... Mas isso fazia parte da aventura, da descoberta.
Você ajudou os roteiristas do filme de Walter Salles. O que achou do resultado?
Eu gostei do filme. Me diverti e me emocionei com ele.
Há alguma cena muito diferente do que realmente aconteceu?
Várias, não é? Afinal é um filme e compreendo que algumas coisas precisam ser alteradas para que se consiga contar uma história. Aí, acontecimentos e mesmo personagens precisaram ser adaptados.
Por exemplo...
Você se lembra da cena em que Ernesto está fazendo aniversário e há uma festa para ele no leprosário? No filme, na noite da festa Fuser resolve atravessar o rio a nado. E atravessa. Na verdade, ele começou a atravessar, nadou uns 30 ou 40 metros, nós gritamos para ele voltar. E ele voltou.
Quer dizer que ele não atravessou o rio? Mas é uma das cenas mais marcantes, que até inspirou a música que ganhou o Oscar...
Ele atravessou, mas não foi naquela noite. Atravessou de dia, em outro dia...
Dois anos depois da primeira, Ernesto partiu em numa nova viagem, quando conheceu Fidel e acabou envolvido na revolução em Cuba. Ele não o convidou para a segunda viagem? O senhor já pensou que poderia estar lá?
Eu já estava noivo, trabalhando na Venezuela. Mas quando soube que Ernesto estava saindo para uma segunda viagem, achei que ela seria definitiva.
Como assim?
Eu achava que se a nossa viagem servira para reforçar suas convicções quanto às diferenças sociais e para torná-lo mais sensível à importância de lutar contra elas, na segunda ele iria realizar essas mudanças em que acreditava. Ele era muito fiel às suas convicções.
Em seu livro Travelling with Che Guevara (“Viajando com Che Guevara”), o senhor conta um diálogo com Ernesto sobre a necessidade de fazer uma revolução para libertar a América Latina única. E Che teria dito que não haveria revolução sem tiros...
É verdade, isso ocorreu na Bolívia, quando estivemos muito perto de pessoas muito pobres e praticamente escravizadas pelas companhias mineradoras estrangeiras. De certa forma foi uma premonição do que aconteceria a Ernesto na segunda viagem (dois anos depois, em sua segunda viagem pela América Latina, Che conheceria Fidel Castro e passaria a integrar o grupo que faria a revolução armada e tomaria o poder em Cuba).
Como foi o reencontro em Cuba?
O Che me pediu para vir para cá e ajudar na organização de hospitais, asilos. Eu vim e trabalhei para o governo cubano durante 50 anos. Agora estou aposentado.
E Che havia mudado?
Ernesto estava mais maduro, porém sua linha de conduta e tudo o que havia me dito estavam intactos. E sua capacidade, sua disposição, parecia ter se multiplicado.
Quando ele deixou Cuba para levar adiante a revolução comunista, o senhor não pensou em ir também?
Che foi para a África e depois para a Bolívia para perseguir o que ele acreditava. E ele era irredutível quanto aos seus ideais. Che servia para muita coisa. Para médico, poeta, revolucionário e para líder. E sabia que eu não serviria para ser guerrilheiro. Eu servia apenas para ser seu amigo. Eu sou apenas um trabalhador.
Quando o senhor soube que Che havia morrido, na Bolívia?
Quando a primeira notícia apareceu em Cuba ninguém queria acreditar. Mas a mim me doeu o coração. Eu senti que era verdade. Depois de um tempo, vieram algumas fotos do corpo de Ernesto e me chamaram para reconhecê-las. Foi muito triste. Porque eu sabia que era ele.
Qual o legado de Ernesto?
Ele tinha muitas qualidades. Tantas virtudes que às vezes as pessoas diziam: “Veja, para ele é fácil. Ele é o Che”. Por isso, digo às pessoas que querem tê-lo como exemplo que se mirem nas incapacidades de Che. Na sua incapacidade de mentir, sua incapacidade de aceitar algo que não tivesse feito por merecer e na sua incapacidade de deixar que outro fizesse o que ele tinha de fazer.
O mundo mudou muito desde que Mial e Fuser viajaram pela América. Como o senhor vê hoje a Cuba de seus netos?
A Cuba do futuro, a Cuba que nós queremos, é um país cada vez mais culto. Não queremos que as pessoas tenham cada vez mais calças jeans ou que possam trocar de carro a cada ano. Queremos que nossos netos sejam capazes de ser cultos. Cada vez mais tenham prazer em ler um livro. Que essa é a única forma de ser livre: sendo culto”.

 Fonte da imagem:


http://www.bestriders.com.br/diarios-de-motocicleta-morreu-alberto-granado-o-companheiro-de-che-guevara/



terça-feira, 4 de março de 2014

Uma relação entre o carnaval e a Penicilina.

Este humilde Blog teve sua primeira postagem publicada no dia 29 de maio de 2010. Desde então, passamos por quatro carnavais: o de 2011, 2012, 2013 e 2014. Sobre o carnaval de 2011, nada foi escrito neste espaço. Em 2012 fizemos duas postagens sobre o tema. A primeira postagem foi sobre uma “Breve história sobre a relação entre o carnaval e a saúde” (http://marcoaureliofarma.blogspot.com.br/2012/02/breve-historia-da-relacao-entre-o.html?spref=fb). A segunda postagem abordou o tema “Amaury Jorio, um farmacêutico no samba”. Para ver essa postagem acesse: (http://marcoaureliofarma.blogspot.com.br/2012/02/amaury-jorio-um-farmaceutico-no-samba.html). Em 2013 uma postagem falou sobre “Dois destaques farmacêuticos no carnaval de 2013” (http://marcoaureliofarma.blogspot.com.br/2013/02/dois-destaques-farmaceuticos-no.html)


Chegamos em 2014 e acabo de acompanhar a apuração das escolas de samba de São Paulo. Pela terceira vez a G.R.C.E.S. Mocidade Alegre se consagra campeã. Neste momento bateu uma dúvida: qual seria a relação entre este humilde blog ter feito três postagens sobre o carnaval e sua relação com a saúde ou profissão farmacêutica? Seria uma simples coincidência ter feito três postagens a partir de 2012 e nos mesmo período a Mocidade ter sido eleita campeã? Pensei muito, próximo de 3 minutos, e conclui que não existe a menor relação entre os fatos. Mas isso não me bastou. Acabei por procurar algo sobre a história da Escola e descobri que a mesma foi fundada em 24 de setembro de 1967. Neste momento surgia um elo entre a Mocidade e a área da saúde, ao menos no que tange a data de nascimento. O fato é que no mesmo dia 24 de setembro se comemora o aniversário de Howard Walter Florey, sendo que este nasceu em 1898 em Adelaide - Austrália, ou seja, 69 anos antes.


Imagino seu esforço neste momento em entender qual a relação que este Blog estabeleceu entre estes dois fatos, até porque você, possivelmente, não tem a menor ideia sobre quem é Howard Walter Florey. Então lhe direi: Howard Walter Florey nasceu na Austrália e em 1945, juntamente com Sir Alexander Fleming e Ernst Boris Chain, recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina "para a descoberta da penicilina e seus efeitos curativos em várias doenças infecciosas". Sir Howard Florey morreu em 21 de fevereiro de 1968.


Sobre ele, diz o site scienceheroes:

 

“Howard Walter Florey was a medical research scientist who created and oversaw the creation of the first antibiotic - penicillin. Before that time, doctors tried medicines based on mercury or arsenic, using minute quantities so they wouldn’t be toxic They didn’t work very well – the low quantity used to offset toxicity also offset their effectiveness.  Children were used to losing playmates to diphtheria, meningitis, rheumatic fever, or scarlet fever. Even in the U.S., many women giving birth developed “childbed fever” – a fatal infection developed by women soon after delivering a baby. Adults commonly died of syphilis, sepsis, or pneumonia. These dangers disappeared quite suddenly in 1942 with the advent of penicillin. Its use revolutionized medicine and can be viewed as the start of modern medicine.
Florey headed a team of British scientists that were on a journey to find a substance that could destroy bacteria with little or no side effects to the patient. They understood substances with this property were needed thanks to Louis Pasteur, who proved that invisible organisms called bacteria all around us, are the cause of many diseases. Amongst the substances they chose to study was a mold called penicillium, which had been found to have antibacterial properties – also known as an antibiotic property.


In England, Florey created and led the team that discovered penicillin, which was the chemical the mold produced that had such potent antibiotic properties. He banded together a group of scientists that were almost as diverse in their field as their personalities. Among them was Ernst Chain, a chemist, and Norman Heatley, a biologist and biochemist. The team worked towards the extraction and purification of the antibiotic, overcoming numerous excruciating scientific difficulties, all while the threat of a German invasion during World War II threatened to stop their research. Later, this monumental achievement was honored when Howard Florey, Ernst Chain, and Alexander Fleming received the Nobel Prize for Physiology and Medicine for their contributions in bringing penicillin to the world”.

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Fontes de imagem e textos:

 

http://www.mocidadealegre.com.br/index.php?id=16

http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/medicine/laureates/1945/florey-bio.html

http://www.scienceheroes.com/index.php?option=com_content&view=article&id=70&Itemid=118

https://www.adelaide.edu.au/research/our-research/strengths/history/

 


 

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Livro sobre direito sanitário e deontologia para a prática farmacêutica.

Não poderia deixar de divulgar, pela paixão que tenho pelo tema, mas principalmente pelos autores. Desejo que seja um livro lido, mas que principalmente, seus ensinamentos sejam absorvidos. Parabéns aos autores.


Direito sanitário e deontologia - Noções para a prática farmacêutica

Lorandi, Paulo Angelo; Mastroianni, Patrícia de Carvalho e Esteves, Keila Daniela Monteiro (Participação)





Sinopse (Fonte: www.culturaacademica.com.br)



Com uma abordagem eminentemente prática, esta obra traz de maneira simples e direta os principais aspectos éticos e legais que orientam as diversas atividades profissionais, servindo de arcabouço teórico para o ensino de disciplinas como Deontologia e Legislação Farmacêutica. Além disso, o livro pode fornecer aos farmacêuticos e estudantes de Farmácia um panorama sobre as exigências atuais do exercício profissional, preenchendo lacunas relevantes sobre esta temática, assim como contribuir para a apropriação crítica do conhecimento a respeito dos princípios que apoiam sua prática. 
Para fazer o download gratuito do livro, acesse:

http://www.culturaacademica.com.br/catalogo-detalhe.asp?ctl_id=368 




sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Programa Farmácia Popular é exemplo para programa Peruano.

Em Janeiro de 2013 publicamos neste Blog a notícia de que a Ministra da Saúde do Peru, Midori, avaliava a implantação do Programa Farmácia Popular em seu País.
Em dezembro de 2013 foi publicado o Decreto 1165, no Peru, que cria o Programa Farmácias Inclusivas. Este Programa se assemelha ao Programa Farmácia Popular do Brasil. A foto é da nossa visita ao Peru, com a Ministra da Saúde Midori, no Mistério da Saúde Peruano. Veja abaixo matéria publicada sobre o tema, além de ver a íntegra do Decreto. Iniciativas brasileiras sevem de exemplo para o mundo. O texto abaixo foi extraído do RPP notícias do Peru.




Farmacias inclusivas entregarán medicinas para diabetes e hipertensión

"Las farmacias y boticas inclusivas del Ministerio de Salud (Minsa) ampliarán el acceso a medicamentos esenciales a los afiliados al Seguro Integral de Salud (SIS), entregando en una primera etapa medicinas para el tratamiento de diabetes mellitus e hipertensión arterial. 

Pedro Yarasca, titular de la Dirección General de Medicamentos, Insumos y Drogas (Digemid), señaló que este mecanismo aprobado bajo Decreto Legislativo N° 1165, y parte de la Reforma del sector Salud, está en proceso de reglamentación para asegurar que los pacientes tengan un mayor acceso a los medicamentos necesarios para la atención de su salud.

Mediante este mecanismo, farmacias y boticas privadas serán contratadas a través de un proceso especial público por el Seguro Integral de Salud (SIS) para dispensar medicamentos a los afiliados que padecen estas dos enfermedades crónicas y de largo tratamiento.

Los asegurados al SIS que acudan a los establecimientos de salud públicos y que sean diagnosticados con diabetes mellitus o hipertensión arterial recibirán su primera medicación en la farmacia del centro de salud u hospital, y la siguiente entrega de medicinas (segunda vez) la podrán recibir en forma gratuita en las farmacias y boticas inclusivas con su receta médica para continuar con su tratamiento.

Yarasca indicó que en esta primera etapa la entrega de las medicinas se realizará sobre todo en farmacias y boticas ubicadas en las zonas urbano marginales de Lima.

Explicó que una farmacia o botica inclusiva es una nueva propuesta del Minsa que busca acercar la entrega de los medicamentos para enfermedades crónicas a los pacientes afiliados al Seguro Integral de Salud, a través de la red privada de farmacias y boticas.

Luego de la reglamentación, las medicinas para la diabetes y la hipertensión arterial serán entregadas por las farmacias o boticas privadas que serán contratadas por el SIS. El objetivo es asegurar la continuidad del tratamiento farmacológico para estas dos enfermedades crónicas que demandan medicación diaria".

Fonte: http://www.rpp.com.pe/2014-01-13-farmacias-inclusivas-entregaran-medicinas-para-diabetes-e-hipertension-noticia_661634.html

Veja a íntegra do Decreto Peruano:

DL N° 1165
EL PRESIDENTE DE LA REPÚBLICA POR CUANTO:
El Congreso de la República, por Ley Nº 30073, há delegado en el Poder Ejecutivo la facultad de legislar em materia de salud y fortalecimiento del Sistema Nacional de Salud, por un plazo de ciento veinte (120) días calendario;
Que, el literal b) del artículo 2º de la citada Ley autoritativa establece que la delegación compreende la facultad de legislar en materia de modernización del Sistema Nacional de Salud para optimizar la oferta de servicios integrados que otorguen efectividad y
oportunidad en las intervenciones, seguridad al paciente, calidad del servicio y capacidad de respuesta a las expectativas de los usuarios, mejorar la administración de los fondos de salud, así como mayor acceso a los medicamentos necesarios para la atención de la salud, que se realizan en el marco de lo previsto en el artículo 62º de la Constitución Política del Perú sobre la libertad de contratar;
Que, con la finalidad de contribuir a brindar uma mejor atención a los pacientes que padecen de uma enfermedad crónica, a través de un adecuado uso de los medicamentos para el cumplimiento de su tratamiento, resulta necesario dictar medidas que permitan ampliar
el acceso a medicamentos esenciales a los afi liados del Seguro Integral de Salud, a través del mecanismo de “Farmacias Inclusivas”;
De conformidad con lo establecido en el literal b) del artículo 2º de la Ley Nº 30073 y el artículo 104º de la Constitución Política del Perú;
Con el voto aprobatorio del Consejo de Ministros; y, Con cargo a dar cuenta al Congreso de la República

ESTABLECE EL MECANISMO DE“FARMACIAS INCLUSIVAS” PARA MEJORAR EL ACCESO A MEDICAMENTOS ESENCIALES A FAVOR DE LOS AFILIADOS DEL SEGURO INTEGRAL DE SALUD (SIS)

Artículo 1º.- Objeto
El presente Decreto Legislativo tiene como objeto establecer el mecanismo de “Farmacias Inclusivas”, com participación del sector privado, para la dispensación de medicamentos que permita asegurar la continuidade del tratamiento farmacológico a los a¿ liados del Seguro
Integral de Salud (SIS) afectados por determinadas enfermedades crónicas.

Artículo 2º.- Ámbito de aplicación El presente Decreto Legislativo es de aplicación al
Seguro Integral de Salud (SIS) para la atención de sus a¿ liados.

Artículo 3º.- El mecanismo de “Farmacias Inclusivas”
El mecanismo de “Farmacias Inclusivas” compreende a los establecimientos farmacéuticos privados de dispensación de medicamentos (farmacia o botica) contratados mediante proceso de selección conforme a la presente norma, a través del cual se entregan los medicamentos para determinadas enfermedadescrónicas, a favor de los asegurados del Seguro Integral de Salud (SIS). Los establecimientos comprendidos en el referido mecanismo cuentan con un distintivo otorgado por el Ministerio de Salud. Este mecanismo será implementado principalmente en zonas urbano marginales y tiene como beneficiários a los a¿ liados del Seguro Integral de Salud (SIS), preferentemente adultos y adultos mayores.

Artículo 4º.- Procedimiento de dispensación de medicamentos a través de las Farmacias Inclusivas Los asegurados del Seguro Integral de Salud (SIS) que acuden a los establecimientos de salud públicos y que son diagnosticados con determinadas enfermedades crónicas, reciben su primera medicación en la farmácia del establecimiento de salud público, teniendo luego la opción, que con su receta médica puedan recibir los medicamentos en forma gratuita a través del mecanismo de “Farmacias Inclusivas”, para continuar con su tratamiento. La dispensación de medicamentos mediante el mecanismo de “Farmacias Inclusivas” consiste en la entrega del medicamento, la orientación necesaria para el cumplimiento de su farmacoterapia e información para la conservación de los medicamentos en el hogar. El Ministerio de Salud, a propuesta de sus órganos competentes y en coordinación con el Seguro Integral de Salud (SIS), mediante Resolución Ministerial, definirá la relación de los medicamentos, en Denominación Común Internacional (DCI) a ser dispensados mediante el mecanismo de “Farmacias Inclusivas”.

Artículo 5º.- Etapas de la Implementación 1. La dispensación de medicamentos a través
del mecanismo de “Farmacias Inclusivas” se iniciará para los pacientes diagnosticados
con enfermedades crónicas de hipertensión arterial y diabetes mellitus, siendo su atención
complementaria a la oferta pública para la continuación de su tratamiento. La dispensación
de los medicamentos se realizará principalmente en las zonas urbano marginales de Lima.
2. La inclusión de enfermedades crónicas adicionales a las mencionadas en el numeral precedente, cuyos medicamentos serán dispensados a través del mecanismo de “Farmacia Inclusivas”, así como las zonas de intervención (ámbito geográfico) se dará mediante Decreto Supremo. 

Artículo 6º.- Financiamiento El ¿ nanciamiento de la dispensación de medicamentos
a través del mecanismo de “Farmacias Inclusivas”, se efectuará con cargo al Presupuesto Institucional del Seguro Integral de Salud (SIS), sin demandar mayores gastos al tesoro público. 

Artículo 7º.- Formas de pago La forma de pago a los establecimientos contratados por el mecanismo de “Farmacias Inclusivas” será mediante el reembolso por contraprestación brindada, previa verificación de la prestación por el servicio prestado. 

Artículo 8º.- Supervisión El Seguro Integral de Salud (SIS) supervisará la implementación de la presente norma. 

Artículo 9º.- Transparencia
El Ministerio de Salud publicará en el Observatorio de Precios de Productos Farmacéuticos, la relación de los establecimientos comprendidos en el mecanismo de “Farmacias Inclusivas”, así como los precios estabelecidos en los contratos suscritos por el Seguro Integral de Salud
(SIS). 

DISPOSICIONES COMPLEMENTARIA FINAL ÚNICA.- Reglamentación
El Ministerio de Salud mediante Decreto Supremo, reglamentará el presente Decreto Legislativo en un plazo no mayor de noventa (90) días contados a partir de la entrada en vigencia de la presenta norma.
El Reglamento establecerá, entre otros, los critérios y mecanismos de determinación del precio de los medicamentos.
DISPOSICIÓN COMPLEMENTARIA TRANSITORIA ÚNICA.- Procedimiento Especial de Contratación
La contratación de las Farmacias Inclusivas podrá efectuarse conforme al procedimiento especial de contratación previsto en la Quinta Disposición Complementaria Final del Decreto Legislativo que aprueba disposiciones para el fortalecimiento del Seguro Integral de Salud. La presente disposición se aplicará a los procesos convocados hasta el segundo semestre de
2016.
POR TANTO:
Mando se publique y se cumpla, dando cuenta al Congreso de la República.
Dado en la Casa de Gobierno, en Lima, a los seis días del mes de diciembre del año dos mil trece.
OLLANTA HUMALA TASSO
Presidente Constitucional de la República
LUIS MIGUEL CASTILLA RUBIO
Ministro de Economía y Finanzas
MIDORI DE HABICH ROSPIGLIOSI
Ministra de Salud






quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Seleção de farmacêutico como apoiador técnico da REBRACIM



OBJETO DA SELEÇÃO
Seleção de 01 (um) profissional especializado para prestação de serviços de consultoria individual como APOIADOR TÉCNICO NACIONAL DA REBRACIM.

 ATRIBUIÇÕES DO APOIADOR
1. Assessorar os Departamentos e Secretarias do Ministério da Saúde nas ações relativas à Assistência Farmacêutica por meio da produção de informes mensais sobre o alcance das metas estabelecidas para a Rebracim;
2. Apoiar e orientar os centros e serviços de informação sobre medicamentos, nos Estados, Municípios e Instituições de Saúde participantes da Rebracim nas ações de qualificação do serviço, prestando o suporte técnico necessário;
3. Acompanhar o desempenho dos indicadores pactuados no planejamento estratégico da Rebracim, propondo ações pró-ativas, quando qualquer uma das metas pactuadas estiver sob risco do não cumprimento;
4. Elaborar relatórios gerenciais periódicos, necessários para o monitoramento e avaliação pelo comitê gestor da Rebracim;
5. Elaborar Termos de Referência, análises e pareceres relacionados às ações de Assistência Farmacêutica e Informação sobre Medicamentos;
6. Apoiar, na condição de multiplicador, o processo de capacitação de equipes locais envolvidas na Rebracim;
8. Elaborar sob supervisão do DAF/MS modelagem dos instrumentos e métodos para o diagnóstico - visando o planejamento das ações e organização dos serviços e centros de informação sobre medicamentos.
9. Praticar os atos de gestão administrativa e técnica necessários ao desenvolvimento das atividades da rede, conforme definidos no plano de trabalho anual;
10. Assessorar o Comitê Gestor da rede nas atividades administrativas relacionadas a rede (convocações, atas de reunião, documentos institucionais, encaminhamentos, dentre outros).
11. Acompanhar a comunicação intra-red por meio do correio eletrônico ou outras mídias adotadas, a fim de registrar o funcionamento da rede;
12. Fomentar e monitorar as reuniões presenciais e/ou virtuais dos Grupos Executivos da Rebracim;
13. Monitorar e apoiar os Grupos Executivos quanto as ações e metas definidas no plano de trabalho anual de atividades da rede, recebendo e mantendo organizada toda a documentação relacionada às suas atividades;
14. Apoiar os CIM/SIM nas atividades definidas no planejamento da rede para alcance dos resultados e desenvolvimento da qualificação do seu trabalho;

 REQUISITOS TÉCNICOS E ASPECTOS OPERACIONAIS

Inscrição e Qualificações Requeridas:

O profissional deverá possuir graduação em Farmácia, com pós-graduação (Lato Sensu ou Stricto Sensu) em Assistência Farmacêutica e/ou na área da Saúde Coletiva/Pública e experiência de no mínimo 4 (quatro) anos nas ações de Assistência Farmacêutica.
Deverá ter dedicação de 40h semanais e disponibilidade para viagens.
O local da prestação de serviço será no Ministério da Saúde, Esplanada dos Ministérios Bloco G, Brasília-DF / CEP: 70058-900
A seleção será aferida com base no currículo e na experiência profissional por meio de comprovação documental e entrevista.
O profissional interessado em realizar os serviços previstos neste Termo de Referência, deverá encaminhar currículo lattes com devidas comprovações em arquivo pdf único para e-mail: rebracim@saude.gov.br informando no corpo do e-mail interesse em participar da referida seleção e atendimento aos requisitos mínimos descritos abaixo até o dia 28 de Fevereiro de 2014.
Os resultados da seleção serão divulgados via email e/ou na página da Rebracim em www.saúde.gov.br/medicamentos.

Fase A – Eliminatórias:
  1. Formação em Farmácia, com pós-graduação, em Assistência Farmacêutica e/ou na área da Saúde Coletiva/ Pública.
  2. Experiência de no mínimo 04 (três) anos nas ações de Assistência Farmacêutica e/ou Residência Multiprofissional;

Fase B – Classificatória:
  1. Análise do currículo lattes enviado, com comprovações.
Qualificação
Parâmetro
Pontuação
Doutorado na área de Assistência Farmacêutica ou Saúde Coletiva / Pública
Diploma ou comprovante de defesa de tese
12 pontos por título (máximo: 12 pontos)
Mestrado na área de Assistência Farmacêutica ou Saúde Coletiva / Pública
Diploma ou comprovante de defesa da dissertação
08 pontos por título (máximo: 8 pontos)
Residência Multiprofissional ou na área de Farmácia
Diploma ou comprovante de defesa do trabalho de conclusão
07 pontos por título (máximo: 7 pontos)
Especialização na área de Assistência Farmacêutica ou Saúde Coletiva / Pública
Diploma ou comprovante de defesa do trabalho de conclusão
04 pontos por título (máximo: 8 pontos)
Experiência em serviço ou centro de informação sobre medicamentos
Declaração da instituição especificando atribuições e experiência no serviço/centro de informação.
01 ponto a cada 6 meses de experiência (máximo: 10 pontos)
Experiência em gestão da assistência farmacêutica
Declaração da instituição especificando atribuições desenvolvidas.
01 ponto a cada ano de experiência (máximo: 5 pontos)
Experiência na área de cuidados farmacêuticos / farmácia clinica
Declaração da instituição especificando atribuições desenvolvidas.
01 ponto a cada 6 meses de experiência (máximo: 5 pontos)
Publicação Trabalhos Científicos em anais de congressos (Assistência Farmacêutica ou Saúde Coletiva / Pública)
Certificados de publicação de trabalhos
0,5 ponto por trabalho (máximo: 5 pontos)
Publicação de Artigos Científicos (Assistência Farmacêutica ou Saúde Coletiva / Pública)
Cópia do artigo publicado
1 ponto por trabalho (máximo: 5 pontos)
Publicação de livro ou capitulo de livro (Assistência Farmacêutica ou Saúde Coletiva / Pública)
Cópia da página com comprovação de autoria e identificação da publicação
 1 ponto por trabalho (máximo: 5 pontos)
Pontuação Máxima Total
70 pontos

Fase C – Classificatória:
  1. Os candidatos selecionados na etapa de avaliação de currículo passarão por entrevista com o Coordenador do Comitê Gestor da Rebracim e dois consultores do Departamento de Assistência Farmacêutica. Os mesmos deverão encaminhar quando solicitados memorial com relatos de sua história acadêmica e profissional que contribuam para melhor contextualização das atividades realizadas e motivações de trabalho.
Qualificação
Parâmetro
Pontuação
Disponibilidade para execução das atribuições, bom relacionamento interpessoal, clareza quanto as atividades que serão desenvolvidas, experiências previas e motivação para apoio na construção do SUS
Entrevista e Análise de Memorial
Máximo de 30 pontos


Pagamento:
O selecionado fará jus à bolsa mensal no valor líquido mínimo de R$ 4.988,00. A este valor poderão ou não serem incorporados dividendos de acordo com a experiência comprovada pelo profissional.

Prazo:
O prazo de trabalho será de 11 meses, respeitando prazos de renovação de projeto de colaboração com a Fiotec, com previsão de renovação para dezembro de 2014.

Supervisão e Sigilo:
Os trabalhos serão supervisionados pela área de demandante, que poderá a qualquer momento ou quando achar necessário, solicitar relatórios adicionais sobre a execução das atividades.
O contratado deverá manter sigilo acerca de seu trabalho, dos documentos e informações a que tenha acesso no cumprimento de suas obrigações. Deverá, ainda, manter uma relação profissional adequada com as autoridades federais, estaduais, municipais, do Distrito Federal e com os técnicos ou pessoas com quem venha a interagir, exercendo suas atividades com zelo e dedicação.