terça-feira, 7 de junho de 2011

Brasil também gera "patentes"!

Instituições públicas dominam ranking de patentes no Brasil




Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/05/2011



Pesquisas públicas

A Embrapa é a instituição de pesquisa não-acadêmica a que mais solicitou patentes em 18 anos no Brasil. Em seguida, vêm CPqD, IPT, Fiocruz e Centro Técnico Aeroespacial (CTA). É o que revela o estudo Instituições de Pesquisa Não-Acadêmicas Brasileiras, realizado por Jeziel da Silva Nunes e Luciana Goulart de Oliveira, pesquisadores do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

O objetivo do trabalho, que cobriu o período de 1990 a 2007, é dar visibilidade e estimular o uso da informação contida nos documentos de patentes.

Mesmo cobrindo apenas as instituições não-acadêmicas, como as universidades, a lista é dominada por entidades ligadas ao governo - apesar de sua origem acadêmica, o CPqD é uma instituição privatizada - mostrando a fraqueza das pesquisas privadas no país.

Incentivos às patentes

O estudo mostra que, nestes 18 anos, as instituições de pesquisa fizeram 673 pedidos de patentes. O número ainda é baixo na comparação com o total de solicitações (nacionais e estrangeiras). Porém, de 2000 a 2005, as solicitações de patente das instituições de pesquisa tiveram aumento de quase 70% em relação ao índice registrado no mesmo período dos anos 90, passando de 157 para 264. Tal mudança se deve, sobretudo, à criação da Lei de Propriedade Industrial, em 1996, que ampliou as possibilidades de patenteamento a campos anteriormente vetados, como produtos químicos, medicamentos e alimentos.

Outros fatores apontados como incentivadores ao aumento do número de patentes foram a Lei de Inovação, de 2004, e as ações de disseminação da propriedade intelectual, que aumentaram o interesse pelo tema no Brasil.


Maiores patenteadores

A Embrapa é o grande destaque da lista, somando 167 pedidos de patentes. Em seguida, aparecem o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), com 71, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), com 69, a Fiocruz, com 50 e o Centro Técnico Aeroespacial (CTA), com 47. Outro dado importante do estudo é o peso do setor público: entre as instituições de pesquisa com pedidos de patentes, 73,23% eram públicas e 24,96% vinham do segmento privado.


Extraído de: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=instituicoes-publicas-dominam-ranking-patentes-brasil&id=020175110526

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ministro da Saude fala dos 30 anos da luta contra a AIDS!

Luta contra Aids completa 30 anos



Pesquisas apontam avanço do vírus entre os mais jovens, cuja vulnerabilidade talvez resida no fato de não terem sofrido perdas para a Aids


A comunidade internacional, reunida nesta semana em Nova York, debate os avanços e desafios da prevenção e do tratamento da Aids no momento em que se completam três décadas de convívio com o vírus HIV.

Do pânico inicial deflagrado pela doença, cujas primeiras manifestações foram detectadas em 1981, percorremos um longo caminho ao momento atual, no qual os portadores do vírus com acesso a tratamentos adequados têm qualidade de vida e longevidade preservadas.

Essa caminhada contou, sem dúvida, com grande protagonismo e pioneirismo do Brasil, que mostra na Reunião de Alto Nível sobre Aids das Nações Unidas êxitos e disponibilidade para ajudar os demais países, sobretudo os mais pobres, a enfrentar a doença.

Além das políticas de prevenção, diagnóstico precoce e acesso universal e gratuito ao tratamento antirretroviral, eixos da ação do Ministério da Saúde, levamos à conferência nossa parceria com a sociedade na elaboração das estratégias de combate à Aids e a outras doenças sexualmente transmissíveis.

Apresentamos também a lei sancionada pela presidenta Dilma que prevê a doação de dois dólares para cada bilhete aéreo internacional à Central Internacional para Compra de Medicamentos (Unitaid), sem que haja cobrança de taxa adicional aos passageiros.

Há 20 anos, quando foram descobertas as primeiras drogas, iniciamos a oferta do tratamento pelo Sistema Único de Saúde(SUS). Há 15 anos o serviço é universal, beneficiando, hoje, 210 mil brasileiros.

Atualmente, produzimos dez dos 20 medicamentos do coquetel distribuído aos pacientes e asseguramos uma rede de monitoramento do HIV, como os exames da carga viral e do sistema imunológico.

Com o estímulo à indústria nacional e a ampliação no atendimento, o custo individual caiu 24% desde 2003. Além de adquirir os remédios diretamente, com verbas próprias, o Ministério da Saúde repassa recursos aos Estados e aos municípios para apoiá-los na distribuição aos pacientes.

Esse conjunto de medidas tem resultados expressivos. Soropositivos diagnosticados na fase inicial da doença, por terem acesso ao tratamento, têm condições de vida e longevidade semelhantes a quem não tem o vírus.

Entre as crianças, a chance de superação da barreira de cinco anos após o diagnóstico disparou de 24% para 86% entre os anos de 1983 e 2007. Já a transmissão da mãe para o bebê durante a gestação caiu 44,4% de 1999 a 2009.

Por outro lado, realizamos esforços para a prevenção da contaminação, estimulando, sobretudo, a prática do sexo seguro.

Só neste ano, distribuiremos 1,4 bilhão de preservativos, além de campanhas de conscientização e orientação. Com nossa política de redução de danos aos dependentes químicos, diminuímos o contágio por uso de drogas injetáveis de 25% no início dos anos 90 para 5,8% entre homens e 2% entre mulheres.

A eficácia de nossa sólida política preventiva é atestada pela estabilidade, ao longo da última década, da epidemia no Brasil.

A experiência brasileira nos últimos 30 anos não nos isenta de reconhecer os desafios que a luta contra a Aids ainda impõe. Pesquisas apontam avanço do vírus entre as mulheres e entre os mais jovens, cuja vulnerabilidade talvez resida no fato de não terem sido parte da geração que sofreu, com perplexidade, a perda de ídolos, parentes e amigos para a Aids.

A superação desses obstáculos deve preservar a maior de nossas conquistas: a estruturação de rede de acolhimento, sem qualquer preconceito ou juízo de valor, para quem vive com HIV.

Além de garantir a saúde, é fundamental continuarmos trabalhando pelo respeito à autoestima e à cidadania de todos.

ALEXANDRE PADILHA, 39, é ministro da Saúde.
 
Artigo publicado em 05/06/2011 na Folha de SP.
Imagem extraída de: http://asaudequetemososusquequeremos.wordpress.com/2011/02/17/ministerio-dilma-quem-e-alexandre-padilha-ministro-da-saude/

domingo, 5 de junho de 2011

A inovação no setor farmacêutico

"A inovação no setor farmacêutico"


Enviado por luisnassif, qui, 26/05/2011 - 11:25
Extraído de: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-inovacao-no-setor-farmaceutico

Da Folha


A rota da inovação no setor farmacêutico


Pesquisas que agregam melhorias e valor a produtos já existentes é um caminho trilhado com sucesso pela Índia


ROBERTO NICOLSKY -  ESPECIAL PARA A FOLHA

O acordo Trips (sobre propriedade intelectual, da Organização Mundial do Comércio, de 1994) gerou em 1996 uma lei nacional de patentes com moléculas e sínteses químicas.

Tal fato exigiu novas metas às nossas farmoquímicas e farmacêuticas, em vez da antiga rota de criar similares aos medicamentos descobertos pela pesquisa no mundo.

Dois novos rumos não excludentes se oferecem à indústria nacional.

Um desses vem da lei dos genéricos, de 1999, que são patentes vencidas tornando públicos princípios ativos de medicamentos de marca, mas que têm de ser fabricados idênticos aos originais.

Inconveniente óbvio: se devem ser idênticos, então só podem se diferenciar pelo preço, isto é, reduzindo o lucro das empresas.

Outro rumo é o da inovação tecnológica, propiciando à indústria renovação do acervo de medicamentos para evitar a obsolescência terapêutica dos velhos similares e diferenciando os produtos.

As empresas nacionais que já faziam inovações se ajustaram bem à nova exigência. Outras iniciam agora esse processo virtuoso, algumas escoradas no mercado obtido via genéricos.

Mas que inovação tecnológica é viável para a indústria nacional que se inicia nessa prática? A base da nossa política de apoio à pesquisa em universidades é tentar novas moléculas terapêuticas.

Essa rota, embora seguida desde a criação do CNPq, em 1951, jamais deu resultado e dificilmente dará, pois as exigências de ensaios clínicos são cada vez maiores.

Assim, é quase impensável uma empresa da magnitude das nossas ter experiência, capital e estrutura para bancar um medicamento com um novo princípio ativo.

Isso não tira oportunidade à indústria. Ao contrário, há exemplos de que a busca de novo princípio ativo é substituída com vantagem por inovações que agregam melhorias e valor aos produtos e processos existentes.

Exemplo disso é a Índia, cuja indústria farmacêutica cresce cerca de 20% ao ano e está estimada em US$ 25 bilhões no ano fiscal 2009/ 2010, quando era de US$ 5 bilhões em 2000/2001.

Sem novo princípio ativo, baseia-se em inúmeras inovações e notadamente em novas sínteses de genéricos. E é da Índia a maior parte dos genéricos que usamos.

A agregação de inovações tecnológicas é mais rápida, de menor risco e mais eficiente para a indústria emergente no cenário mundial.

São novos processos de síntese assim como alterações de moléculas, o chamado "mee-to" ou ainda "mee-better", associações inteligentes de dois ou mais princípios ativos num único medicamento, novas apresentações farmacêuticas, novas formulações de medicamentos, aplicações etc.

Felizmente, várias indústrias nacionais já seguem essa rota.


ROBERTO NICOLSKY é físico, professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro, diretor-geral da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec) e superintendente do Instituto de P&D em Fármacos e Medicamentos (IPD-Farma).

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Primeira indicação à imortal da ABB - Academia Brasileira de Blogueiros!

Não sou nenhum especialista em Língua Portuguesa, muito pelo contrário, mas com meus 39 anos (com carinha de 38), passei minha vida ouvindo falar da Academia Brasileira de Letras (ABL). Os seus membros, os imortais escolhidos por outros imortais, sempre me causaram forte inspiração! Pessoas imortais me faziam imaginar que este seria um templo, tal qual a "Liga da Justiça", "Thundercats"...enfim, a palavra "imortal" sempre me causou uma mistura de admiração com uma certa dose de curiosidade. Com o ensejo de buscar saber mais sobre estes "super-heróis" que representavam a escrita brasileira, visitei a definição disso em http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=536 e encontrei:

"A Academia Brasileira de Letras é uma instituição que foi fundada em 20 de julho de 1897. Composta por 40 membros efetivos e perpétuos, eleitos em votação secreta e 20 sócios correspondentes estrangeiros, tem por fim o cultivo da língua e a literatura nacional."

Desevendado o mistério joguei-me aos tempos atuais. Livros são indispensáveis para qualquer cultura, isso é fato. Mas como posso pensar nisso considerando a evolução das redes sociais? Penso nisso com base no fato de que um livro foi escrito e as redes se atualizam a cada segundo! Amo os livros, mas mais do que isso, quero respeitar os seus escritores. Porque mesmo quem escreve livros é melhor do que quem os lê? Porque não posso opinar sobre quem é meu super-herói (ou imortal)? Qual será a grande diferença de um escritor de livros e um blogueiro? Não quero julgar com isso o quão democrática é essa escolha, mas por ter 2 ou 3 leitores neste blog, me senti no direito de falar sobre isso. Que tal termos uma "Academia Brasileira de Blogueiros"? Quero competir com a ABL? De forma alguma....apenas quero homenagear alguns "blogueiros" a quem admiro.
Quero começar essa humilde homenagem com meu amigo Altamiro Borges - Jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB - Partido Comunista do Brasil, autor do livro “Sindicalismo, resistência e alternativas” (Editora Anita Garibaldi). Ele é minha primeira indicação para a ABB, enquanto autor do Blog: http://altamiroborges.blogspot.com/ . Suas postagens estão diretamente relacionadas com as atualidades políticas do Brasil. Leio sempre e muito orgulha de ter tido neste camarada, uma das minhas inspirações políticas, mas por ser um estudioso das questões sociais.

Começa aqui um longo caminho de se tentar homenagear aos que já foram chamados de "Blogueiros sujos". Heróis anônimos? Não sei, mas de fato são escritores de livros que não estão nas indicações escolares, nem estão como os mais vendidos em bibliotecas, ou mais, nem escreveram livro algum! São heróis de muitos com reconhecimento de poucos. Miro, como o chamo, deve ser o grande exemplo desta situação: merecedor de um prêmio que jamais (espero que esteja errado) será dado pela ABL, por não se enquadrar neste campo! 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Entidades são favoráveis a retirada dos anorexígenos do mercado!

A SAÚDE PÚBLICA ADVERTE:

“INIBIDORES DE APETITE” FAZEM MAL À SAÚDE



Diante da polêmica surgida em relação à proposta de resolução da Anvisa de cancelamento do registro no Brasil da sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol (substâncias utilizadas como inibidores de apetite), as instituições e entidades de saúde pública listadas abaixo se posicionam favoráveis a este cancelamento, com base em consistentes estudos científicos internacionais e na recomendação da Câmara Técnica de Medicamentos (CATEME) à Anvisa. Estes estudos revelaram ausência de benefícios à saúde a longo prazo e aumento do risco de complicações cardiovasculares em usuários destas substâncias e, por conta de seus resultados, órgãos reguladores dos EUA e Europa já cancelaram seus registros.

Ao apoiar a recomendação da CATEME, nos somamos aos que colocam a saúde da população brasileira acima dos interesses comerciais e de mercado.



Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) Sergio Arouca da Fiocruz


Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde – INCQS/Fiocruz


Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC


Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos - SOBRAVIME


Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - ABRASCO


Centro Brasileiro de Estudos da Saúde – CEBES


Associação Paulista de Saúde Pública -APSP


Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos (GPUIM) da UFCE


Departamento de Farmácia Social da Faculdade de Farmácia da UFMG


Associação Brasileira de Saúde Mental – ABRASME

Extraído de: http://www.cebes.org.br/internaEditoria.asp?idConteudo=1351&idSubCategoria=29