terça-feira, 19 de junho de 2012

Governo negocia isenção de ICMS para Farmácia Popular

Alexandre Padilha, ministro da Saúde, concedeu uma entrevista ao Valor Econômico- jornal brasileiro com enfoque em economia, finanças e negócios do Brasil – tratando sobre a negociação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e o incentivo a produção nacional de equipamentos médicos e remédios.


Preocupado com o elevado déficit da balança comercial do setor de saúde, o governo federal se empenha para estimular a produção nacional de equipamentos médicos e remédios. Em entrevista ao Valor, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, diz que está pronto para lançar mão de várias medidas para enfrentar um déficit comercial que pode atingir valor recorde de US$ 12 bilhões neste ano. O arsenal inclui uso do poder de compra do governo, promessa de isenção fiscal para os medicamentos incluídos no programa social Farmácia Popular e ampliação das exportações brasileiras de vacinas.


Padilha afirma que o país receberá investimentos de R$ 500 milhões para a construção de uma fábrica de equipamentos radioterápicos, o que reduzirá a dependência externa dessas máquinas. As gigantes Siemens, GE e Elektra disputam o mercado com a promessa de que o Ministério da Saúde será o principal comprador. O ministro também costura com os secretários estaduais de Fazenda isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os mais de cem medicamentos disponíveis no Farmácia Popular, que oferece remédio com subsídio federal.


Outra arma do Ministério da Saúde para combater o déficit comercial é ampliar a produção de vacinas com o objetivo de elevar as exportações brasileiras. A pasta comandada por Padilha também trabalha para melhorar a gestão e estancar o desperdício de recursos. Os recursos excedentes engordam o orçamento de compra de medicamentos pelo governo e ajudam a elevar a capacidade produtiva da indústria. Além disso, o governo cada vez mais aperta o cerco aos planos de saúde, cujos clientes utilizam o serviço público. De acordo com o ministro, os reembolsos das seguradoras ao Sistema Único de Saúde (SUS) saíram de uma média anual de até R$ 15 milhões entre 2003 e 2010 para algo em torno de R$ 80 milhões no ano passado. No futuro, queremos chegar a uma marca de até R$ 400 milhões por ano, projeta Padilha. A seguir, os principais trechos da entrevista.



Valor: Há uma meta para reduzir o déficit da balança comercial da saúde? Os incentivos às Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) devem ajudar?



Alexandre Padilha: Não estabelecemos meta. O ministério tem uma política para estímulo à produção nacional. Nossa preocupação é como garantir que o acesso a medicamentos e as transferências de tecnologia sejam sustentáveis. Um exemplo é a campanha de vacinação. O Brasil só tem um dos maiores programas do mundo porque 96% dessas vacinas são produzidas no país.



Valor: O que é importado?



Padilha: A injetável para pólio era importada, mas agora não mais. A da varicela, que utilizamos em grupos específicos, não é produzida no Brasil. Há algumas específicas para febre tifoide que também não são produzidas aqui. Esses são os três grandes exemplos. A HPV é importada.



Valor: O país exporta vacinas?



Padilha: Uma parte é doada, como para o Haiti. Também fazemos doação para alguns países da África ou fornecemos via fundos multilaterais existentes. O próximo passo é buscar o mercado global. A primeira iniciativa é a vacina MMR (na sigla em inglês), que inclui sarampo, caxumba e rubéola. Essa vacina é produzida no Brasil pela Fiocruz. Estamos fazendo uma aposta com a Fundação Bill e Melinda Gates, que financia a oferta internacional de vacinas para países de baixa renda. Também produziremos vacina pentavalente, incluindo numa dose de cinco doenças: DPT (difteria, caxumba e tétano), hepatite e hemófilos. Até 2015, experimentaremos a heptaBrasil. As três devem render US$ 500 mil em exportações.



Valor: Houve avanços nas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo? Quantos acordos foram fechados?



Padilha: Atingimos 34. Nas PDPs, que são parcerias público-privadas, o Ministério da Saúde define o laboratório público, a indústria privada nacional ou internacional. O ministério garante a compra centralizada desse medicamento. Temos feito PDPs para estimular outros Estados, evitando a concentração em São Paulo, Rio de Janeiro ou Minas Gerais. Além desses três Estados, temos PDPs na Bahia, em Pernambuco e Alagoas, além de parcerias no Acre para produção de camisinha. Não tem nenhum país com mais de 100 milhões de habitantes que busque o desafio de ter saúde universal para todos, como o Brasil. Um exemplo é o programa de centros de radioterapias. São 80 novos centros, com R$ 500 milhões de investimento e a maior compra pública de aceleradores lineares.



Valor: Quais os critérios para o país receber esse investimento?



Padilha: A cláusula em edital é de que a indústria produza no Brasil. São três indústrias mundiais, nenhuma na América Latina. Estamos colocando na cláusula que quem ganhar começa a produzir aqui no Brasil.



Valor: Alguém interessado? Há acordo assinado?



Padilha: Temos o termo de referência feito. Agora tem um processo de audiências públicas. São três grandes fornecedores interessados: Siemens, Elektra e GE.



Valor: Isso é sem concorrência?



Padilha: Vamos abrir um processo de concorrência. A distribuição nós já fechamos.



Valor: Pode ser em parceria com laboratório público?



Padilha: O principal modelo do processo de acelerador é ser uma empresa privada. Tem que ter transferência de tecnologia e produção no Brasil. No começo pode importar. A partir de 2015 tem que produzir aqui. Senão devolve todo o dinheiro que foi ganho na concorrência.



Valor: A área de diagnóstico tem quanto do déficit da saúde?



Padilha: Dos US$ 11 bilhões em 2011, US$ 6,5 bilhões são medicamentos e insumos fármacos e US$ 4,5 bilhões são na área de equipamentos. Nessa parte somos superavitários na área odontológica.



Valor: As empresas contam com incentivos para ajudar o governo contra o déficit?



Padilha: Aprovamos uma lei no governo Lula, que permite ter margem de preferência para produtos frutos de inovação tecnológica ou produção nacional. Qualquer produto nacional tem margem de 20% nas compras governamentais e até 25% se for fruto de inovação. Essa lei ainda tem que ser regulamentada. O primeiro decreto regulamentou equipamentos de defesa, rurais e para área da saúde (medicamentos e fármacos). A parte de equipamentos da saúde não está regulamentada. Hoje podemos aplicar essa margem, no caso de medicamentos, até o topo dela (25%), e também para remédios biotecnológicos, que o Brasil quer começar a produzir. Nós incentivamos a criação de dois grandes produtores privados (Bionovis e Orygen), com o apoio financeiro do BNDES e Finep.



Valor: Um desses grupos (Bionovis) está fechando acordo com Coreia, China e Índia para transferência de tecnologia. É permitido?



Padilha: Sim. Esse acordo é para um produto chamado Imatinib [contra câncer].



Valor: Voltando às Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo, os 34 acordos são de transferência de tecnologia pura de medicamentos? Muitos grupos não querem transferir tecnologia de drogas cujas patentes ainda não expiraram.


Padilha: São duas combinações que têm de ser feitas. O que nos interessa é passar a produzir aqui no Brasil, reduzir o déficit e consolidar plantas que passem a produzir outros medicamentos similares. Para a maior parte da indústria interessa transferir tecnologia de uma droga que está para perder patente – caso do Imatinib. Nos interessa porque passamos a produzir aqui e desenvolvemos outros produtos. Só no ano passado fizemos uma economia de R$ 1,8 bilhão com compra centralizada. Uma parte disso foi com negociação de compras, maior eficiência de gestão e também as PDPs.



Valor: Essa economia é diluída no orçamento do ministério?



Padilha: Só ampliamos o Farmácia Popular porque diminuímos o gasto. No caso das vacinas, só foi possível pela maior eficiência de gestão e economia.



Valor: Esses acordos de transferência de tecnologia são os mesmos com as estrangeiras?



Padilha: O interesse é que seja com grupos que tenham planta no Brasil ou atrair para que tenham produção aqui. Roche, Novartis, Merck, com todas elas temos conversas. Algumas participam de PDPs. O interesse deles é no mercado público grande e também no privado, que é crescente. O Brasil tem hoje 50 milhões de pessoas com convênio.



Valor: O sr. não acha que o desafio também passa por produção nacional de insumos, considerando que o país importa cerca de 80% desses produtos?



Padilha: É decisivo. As PDPs agora têm uma regra de verticalização da produção. As novas PDPs, firmadas a partir do fim do ano passado, estimulam a apresentação de propostas de verticalização da produção – desde o insumo, química fina até a produção final do remédio. Nós não temos estrutura para produtos biológicos. Precisamos começar desde o início.



Valor: Temos hoje poucos laboratórios públicos capacitados para esse tipo de inovação.



Padilha: Dos públicos, o principal hoje é o Fiocruz. Conseguimos fortalecer recentemente outros laboratórios, como Instituto Butantan, de São Paulo, Instituto Vital Brasil, do Rio, que estava parado. O Lafepe, de Pernambuco, um da Bahia que está ressuscitando, o Lifal, outro de Alagoas, pequeno ainda, e um de Minas Gerais, o da Funed, além da Tecpar do Paraná. Vamos investir até 2014 cerca de R$ 2 bilhões.



Valor: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem sido criticada pela morosidade na liberação dos registros de medicamentos. O que tem sido feito para melhorar essa imagem?



Padilha: Regulação é um outro desafio. Por isso, estabelecemos no ano passado um contrato de gestão entre Anvisa e Ministério da Saúde, que passou a presidir o conselho da agência. Criamos uma lista de produtos considerados estratégicos e passamos a exigir um rito de aprovação mais rápido que outros. O registro de uma vacina, por exemplo, tem que sair mais rápido que o de um cosmético, por exemplo. Desde então, aumentamos em 78% a quantidade de registros de medicamentos genéricos na Anvisa na comparação com o ano anterior. Outro desafio é o dos produtos biotecnológicos, fixar seus parâmetros para registro. A Anvisa acabou de mudar um conjunto de regras sobre pesquisas clínicas no país. Para produzir um medicamento é necessário um grande campo de pesquisa. Montamos uma rede para oncologia envolvendo hospitais e institutos que podem participar com pacientes, acompanhamentos e dados para o registro de pesquisas.



Valor: Conversamos com um laboratório nacional (Biolab) que firmou parceria com um indiano, mas está fazendo os estudos clínicos na França para o desenvolvimento de sua primeira molécula nacional.



Padilha: Esse também é um desafio para o setor privado porque hoje o que o setor público investe em ciência e inovação é comparado com o que investem países desenvolvidos, em termos de percentual do Produto Interno Bruto [PIB]. Ainda temos uma grande defasagem em relação a quanto o setor privado investe em pesquisa na área de saúde.



Valor: A distribuição de cada vez mais medicamentos gratuitos no Farmácia Popular pode afetar o orçamento do ministério?



Padilha: Quanto maior o acesso a medicamentos maior é o impacto de redução de custos no longo prazo. Um exemplo: colocamos no ano passado medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes no Farmácia Popular e o acesso aumentou em três vezes. Em 2012, constatamos, pela primeira vez, a queda no número de internações por diabetes no Brasil. E isso já ocorreu num prazo curto, então tanto no médio como no longo prazo vamos ter retorno em termos de custo sempre que ampliarmos o acesso a medicamentos.



Valor: Mas de onde vem o dinheiro para a ampliação de acesso?



Padilha Melhorando a gestão. O Ministério da Saúde fez um esforço para economizar R$ 1,8 bilhão no ano passado. Centralizamos as compras de medicamentos e passamos a considerar os preços internacionais até descobrir que tinha indústria que vendia mais barato na Inglaterra do que estavam vendendo para nós aqui. Negociamos com o TCU [Tribunal de Contas da União] mudanças na forma de contratação das compras de hemoderivados, que passaram a ser considerados gasto contínuo, permitindo que fechássemos contratos de mais de um ano e, logo, mais baratos. Com as PDPs também conseguimos reduzir preços no fornecimento de produtos graças à garantia do nosso poder de compra. O esforço de eficiência de gestão garantiu forte aumento do acesso a medicamentos do Farmácia Popular e ainda a inclusão, recentemente, de um novo remédio grátis no programa, contra asma.



Valor: Qual foi o critério para a escolha da gratuidade no remédio de asma?



Padilha: A gratuidade do remédio para asma foi incluída no Farmácia Popular há três semanas e já teve aumento de 27% no acesso na comparação com as semanas anteriores. A gente montou um comitê de acompanhamento [varejo, indústria e governo] do programa. De tempos em tempos, vamos analisar a inclusão de novos medicamentos. Após um ano de avaliação da gratuidade dos remédios de hipertensão e diabetes, decidimos incluir asma seguindo a mesma lógica inicial. No primeiro mês de gestão do governo da presidenta Dilma, de 1,2 milhão de pessoas que iam no Farmácia Popular todo mês, 900 mil pegavam remédios para hipertensão e diabetes, então beneficiamos o maior público. No caso da asma, trata-se da segunda maior causa de internações de criança de até seis anos no país – a primeira é internação de causas agudas, como diarreia.



Valor: Alguma perspectiva para a introdução de um quarto medicamento gratuito no programa?



Padilha: Serão sempre medicamentos de doenças crônicas, porque é o que faz sentido. A ideia principal do Farmácia Popular é ampliar o acesso ao maior número de medicamentos da maneira mais rápida possível.



Valor: O peso da tributação sobre medicamentos atrapalha a execução do programa?



Padilha: O maior peso hoje dos impostos de medicamentos é o ICMS. Há várias situações diferentes em função das regras que os Estados criam, como a substituição tributária. Nós trabalhamos para ser aprovado no âmbito do Confaz [Conselho Nacional de Política Fazendária] um acordo de isenção tributária para os medicamentos que fazem parte do Farmácia Popular.



Valor: Quando essa decisão pode sair?



Padilha: Ela está em debate. Quem leva para o conselho é o presidente do Confaz. Essa é uma reivindicação também apresentada pela indústria e pelo varejo, a isenção total do ICMS ou de redução da alíquota, chegando a 5%, 6% – hoje ela chega a 19%.



Valor: O sr. mencionou que o setor de saúde tem um papel importante para ajudar na sustentação do crescimento econômico. Estamos assistindo o governo lançar mão de várias medidas para facilitar o investimento privado. A indústria da saúde será beneficiada com alguma isenção fiscal?



Padilha: A discussão de incentivo tributário é mais ampla, passa pelo Ministério da Fazenda, pela Receita Federal. O principal incentivo é estimular a produção nacional. Para isso vamos definir a margem de preferência de compras de equipamentos médicos. Também temos o poder de compra do Ministério da Saúde. Além dos medicamentos, todo ano compramos 1,1 mil ambulâncias para o Samu para renovação de frota. Já autorizamos a liberação de R$ 800 milhões para reforma e construção de UPAs e UBSs [Unidades Básicas de Saúde] no âmbito do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. A própria expansão do acesso a medicamentos tem impacto decisivo na economia das famílias. Uma coisa interessante: tem secretário municipal de Saúde que ganha prêmio de associações comerciais, porque reduz a inadimplência local ao expandir o Programa Saúde da Família [PSF]. Afinal, quando as pessoas começam a se tratar no próprio município sobra mais dinheiro para circular na cidade, pois ela não tem mais a expectativa de deixar a cidade e gastar com remédios.



Valor: A expectativa de redução do déficit da balança comercial para este ano é de US$ 12 bilhões. Quando ele será mais baixo?



Padilha: É muito difícil fazer esse cálculo. Mas estamos ampliando o acesso, buscando ofertar mais serviços e incorporar mais tecnologia no setor. Não focamos numa meta de redução do déficit. Nosso objetivo é ampliar cada vez mais a produção nacional, sobretudo trazendo produtos de ponta para o Brasil. Os produtos biotecnológicos significam 5% de todas as unidades que o Ministério da Saúde tem que comprar, um impacto muito grande no orçamento.



Valor: A política de reembolso dos planos de saúde ao SUS está avançando?



Padilha: Em 2011, batemos o recorde de reembolso: R$ 82,8 milhões. A média anual entre 2003 e 2010 variava de R$ 10 milhões a R$ 15 milhões. Tivemos um salto ano passado, porque aprimoramos a gestão, com um novo sistema de informação na ANS. Isso permitiu identificar melhor e com maior velocidade um usuário de plano de saúde que tem usado o SUS. Além disso, o Ministério da Saúde só paga a ficha de internação pública do hospital credenciado ao SUS se o paciente tiver o número do cartão SUS – caso o paciente não tenha, um número é emitido na hora, não precisa da mídia plástica. Isso ajudará a aumentar os reembolsos ainda mais. A estimativa é que fiquem entre R$ 300 e R$ 400 milhões por ano, futuramente.



Fonte: Jornal Valor Econômico – De 19 de junho de 2012



terça-feira, 5 de junho de 2012

I CONBRAF - Cong. Brasileiro de Assist. Farmacêutica

Entre os dia 05 a 07 de julho de 2012 acontece o I CONBRAF - Congresso Brasileiro de Assistência Farmacêutica, com o tema: "Qualidade, Evidência Científica e Racionalidade na Cadeia de Medicamentos: Foco na Segurança do Usuário de Produtos e Serviços". O I CONBRAF, que vai acontecer durante a FARMABR 2012, em SP, é um evento que conta com o apoio de diversas instituições, entre elas, o Ministério da Saúde. No evento, o MS estará presente com técnicos participantes do evento, além de palestrantes. Quero parabenizar a RACINE pela iniciativa de realizar um encontro com esse propósito: reunir as farmacêuticas e farmacêuticos que atuam no serviço público, além de estudantes e profissionais que se interessam pelo assunto, para discutir um tema fundamental para a construção do SUS: a assistência farmacêutica. Considero ser um desafio buscar um encontro com essa proporção, considerando as dificuldades de reunir profissionais envolvidos com o tema. Sugiro visitarem o site http://conbraf.com.br/ e participarem do evento. Espero que nos encontremos lá!
Segue a programação....

05/Julho/2012 (Quinta-Feira)

Curso 01
9h às 18h
Avaliação de Tecnologias em Saúde
Painel 01
9h às 13h30
Experiências de Implantação do Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica no SUS (HÓRUS)
Conferência 01
15h às 17h
Assistência Farmacêutica no Contexto das Redes de Atenção à Saúde: Proposta de Integração entre Acesso, Informação e Prestação de Serviços
Palestra 01
17h30 às 18h30
Indicadores da Qualidade da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica

06/Julho/2012 (Sexta-Feira)

Curso 02
9h às 13h30
Bases Conceituais e Técnicas para a Seleção, Prescrição e Aquisição de Fitoterápicos no SUS
Workshop 01
9h às 13h30
Ferramentas de Apoio à Prescrição de Medicamentos: o Uso Racional da Evidência Científica
Oficina 01
15h às 18h30
Construindo uma Proposta de Implantação do Sistema Hórus em Serviços Municipais de Saúde
Mesa-Redonda 01
15h às 17h
Ciência, Tecnologia e Inovação no SUS: uma Agenda Estratégica
Palestra 02
17h30 às 18h30
A Lei 12401/2011 e a Criação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (CONITEC)

07/Julho/2012 (Sábado)

Painel 02
9h às 13h30
Experiências de Êxito no Âmbito do Ciclo da Assistência Farmacêutica: Escolha, Aquisição, Logística e Estruturação de Serviços de Farmácia
Painel 03
9h às 13h30
Estratégias de Capacitação de Recursos Humanos para a Assistência Farmacêutica no SUS
Conferência 02
15h às 17h
Novos Marcos Regulatórios da Assistência Farmacêutica no SUS
Palestra 03
15h às 16h
Importância da Difusão de Centros de Informação de Medicamentos no SUS
Palestra 04
16h30 às 17h30
Insulinas Análogas: Existe Justificativa para seu Uso Corrente?

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Acesso a medicamentos, por Alexandre Padilha

"Único país com mais de 100 milhões de habitantes com um sistema de saúde universal e gratuito, o Brasil mantém um dos mais complexos e completos serviços de assistência farmacêutica no mundo. No governo da presidente Dilma, garantir que todos os brasileiros tenham acesso adequado e oportuno aos remédios de que precisam é uma prioridade do Ministério da Saúde. Prova disso é que o primeiro compromisso de campanha transformado em realidade, ainda em janeiro de 2011, foi o lançamento do programa Saúde Não Tem Preço, que triplicou o acesso de diabéticos e hipertensos a 11 medicamentos de graça.


O êxito brasileiro na ampliação da oferta desses tratamentos só é possível por termos um conjunto robusto de medidas de estímulo à produção e à comercialização de medicamentos genéricos, cuja circulação no ano passado foi recorde: foram vendidos 550 milhões de unidades – 25% a mais que em 2010. A marca aprofunda o crescimento sustentado da participação dos genéricos no Brasil desde 2003. Enquanto em 2002 eles representavam 5,7% do mercado de medicamentos em unidades e 4,7% em valores, atualmente são responsáveis por 24% das unidades e por 21% do valor transacionado.


Esses avanços representam mais qualidade de vida e saúde para todos, sobretudo os doentes crônicos. No caso da diabetes, o aumento no acesso ao tratamento contribuiu para que, pela primeira vez nos últimos 10 anos, o número de internações decorrentes de complicações da doença caísse.


A celeridade no registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contribuiu para atingirmos a marca. No ano passado, conseguimos elevar em 73% o número de registros em relação a 2010, com atenção especial para as demandas do SUS.


O aumento nos registros amplia a oferta nas prateleiras, a preços até 65% menores que os itens de referência, beneficiando diretamente o consumidor. Além disso, reduz os custos do poder público, possibilitando direcionar recursos para a ampliação do elenco de medicamentos disponíveis na rede pública.

O conjunto de medidas de aprimoramento de gestão de compras farmacêuticas nos permitiu gerar, em 2011, economia de R$ 1,7 bilhão – montante que contribuiu para termos ampliado de 550 para 810 o número de itens na lista de medicamentos do SUS.

Os genéricos beneficiam também os laboratórios nacionais, que passaram a produzir os medicamentos, tornando o país mais independente em relação às exportações e contribuindo com a ampliação da nossa indústria.


Esses resultados comprovam o acerto da decisão estratégica do Ministério da Saúde de estimular empresas nacionais a fabricarem os princípios ativos, por meio de instrumentos como as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) entre laboratórios públicos e privados e da ampliação dos investimentos nos laboratórios públicos.


Atualmente, há 34 parcerias em curso, envolvendo 37 laboratórios e gerando economia anual de R$ 550 milhões por ano em compras públicas. Ainda neste ano, deverão ser consolidadas outras nove PDPs, além de 20 pelos próximos quatro anos. Essa expansão é medida estruturante para continuarmos a aumentar a oferta de medicamentos gratuitos para todos os brasileiros.


Acertamos o caminho e não permitiremos que haja retrocesso. Em 2012, estamos dando passos importantes para abrir uma nova fronteira de medicamentos genéricos biossimilares, elevando a um novo patamar os benefícios da decisão acertada, tomada pelo presidente Itamar Franco e pelo ministro Jamil Haddad, de estimular a fabricação de genéricos."



Alexandre Padilha é ministro da Saúde e Presidente do Conselho Nacional de Saúde.




Artigo publicado na seção Opinião do jornal Correio Braziliense desta segunda-feira, 4 de junho de 2012.



quinta-feira, 31 de maio de 2012

Profissionais de saúde podem acessar aos Periódicos Capes – “Saúde Baseada em Evidências”

"Criado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) o Portal Saúde Baseada em Evidências está disponível aos profissionais de saúde como compromisso do governo brasileiro, com o objetivo de aprimorar o exercício dos trabalhadores da saúde democratizando as condições de acesso, nas suas áreas de atuação, a conteúdos cientificamente fundamentados na perspectiva de melhor atender à população. Segue abaixo orientações de como profissional de saúde acessar o sistema.

Objetivo

Fornecer acesso rápido ao conhecimento científico por meio de publicações atuais e sistematicamente revisadas. As informações, providas de evidências científicas, são utilizadas para apoiar a prática clínica, como também a tomada de decisão para a gestão em saúde e qualificação do cuidado, auxiliando assim os profissionais da saúde.

Público-Alvo

Os conteúdos estão disponíveis para os profissionais de saúde vinculados ao respectivo Conselho Profissional. Terão acesso à pesquisa os profissionais das áreas de Biologia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Serviço Social.

Como acessar

Os profissionais de saúde realizam a pesquisa por meio de qualquer computador conectado a internet. Para acessar o conteúdo disponível, é necessário digitar o endereço  entrar em um dos sites habilitados - do conselho profissional ao qual está vinculado, da Capes, do Portal de Periódicos http://periodicos.saude.gov.br/   ou do Ministério da Saúde - e localizar o banner "Saúde Baseada em Evidências". Depois, basta escolher a base de dados para iniciar a pesquisa.

Suporte

A equipe do Portal de Periódicos realiza o suporte aos usuários. Os profissionais podem solicitar informações pelo e-mailperiodicos@capes.gov.br. "

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Eventos em maio para profissionais de saúde...

Mês de maio acabando e uma série de eventos ainda estão por vir. São muitas as atividades que poderíamos e deveríamos participar. Cito alguns os quais considero importantes para a participação dos profissionais de saúde:

No dia 29 de maio:

O Conselho de Autos Estudos da Câmara dos Deputados realiza o Seminário: "As patentes e o futuro da indústria nacional de fármacos". O evento acontece no Plenário 3 da Câmara dos Deputados em Brasília.  A programação será:

14h - 14:10h  abertura: Dep. Inocêncio Oliveira (Pres. do Conselho de Altos Estudos) -  Dep. Newton Lima (PT-SP)

14:10h - 14:40h palestra magna:   Ministro Padilha (Min. da Saúde) e  Ministro Ayres Britto (Supremo Tribunal Federal - STF)
                     
perguntas e respostas: 14:40h - 14:55h

15h - 17h    mesa I
15:00h - 15:15h  Otávio Brandelli (Ministro do Ministério das Relações Exteriores)
15:15h - 15:30h  Nelson Brasil (ABIFINA)
15:30h - 15:45h  André Fontes (Corregedor, Desembargador Federal - RJ)
15:45h - 16:00h   Eloísa Machado (Profa. do GVlaw - FGV)

perguntas: 16:00h - 16:10h
respostas: 16:10h - 16:30h 
intervalo: 16:30h -- 16:50h

16:50h - 19h    mesa II
16:50h - 17:05h   Dirceu Barbano (Diretor da ANVISA)
17:05h - 17:20h  Newton Silveira (Prof. de Direito da USP)
17:20h - 17:35h   Me. Pedro Barbosa (advogado e Prof. da PUC-RJ)
17:35h - 17:50h Me. Marcela Vieira (Rede Brasileira pela Integração dos Povos - REBRIP)

perguntas: 17:50h - 18:00h
respostas: 18:00h - 18:20h

18:20h - 18:30h  encerramento: Dep. Newton Lima (PT-SP)

Ainda no dia 29 de maio:

O Ministro de Estado da Educação, Aloizio Mercadante, e o Ministro de Estado da Saúde e Presidente do Conselho Nacional de Saúde, Alexandre Padilha, convidam para a solenidade de Lançamento do Portal CAPES para Acesso dos Profissionais de Saúde (Saúde Baseada em Evidências), a realizar-se no dia 29 de maio de 2012, terça-feira, às 15h30, no Auditório da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde, localizado no Setor de Embaixadas Norte, Lote 19, Brasília – DF.

Dia 30 de maio:

A Câmara dos Deputados e o Ministério da Saúde convidam para o Seminário Complexo Industrial em Saúde, que ocorre neste dia 30 de maio, às 8:30h, no Audítório Emilio Ribas (Ed. sede do Ministério da Saúde), com a seguinte programação (ainda por definir):

08h30 - ABERTURA:
Ministro da Saúde – Alexandre Padilha
Ministro da Ciência e Tecnologia – Marco Antonio Raupp
Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Fernando Damata Pimentel
Presidente da Comissão de Seguridade Social e Família – Deputado Mandetta
Secretário da SCTIE/MS – Carlos Augusto Grabois Gadelha
Secretário Executivo do MCTI - Luiz Antônio Rodrigues Elias
Presidente Fiocruz – Paulo Ernani Gadelha Vieira

 9h - Mesa 1: Panorama e potencial do Complexo Industrial em Saúde no Brasil
Coordenação: Ministério da Saúde
Palestrantes:
·  Jandira Feghali - Deputada Federal PCdoB/RJ – Presidente da Subcomissão Especial de Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde
· Carlos Augusto Grabois Gadelha - Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos/Ministério da Saúde
·  Luiz Antonio Rodrigues Elias - Secretário Executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia
·  Heloísa Regina Guimarães Menezes - Secretária de Desenvolvimento da Produção – SDP / Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
- Dirceu Brás Aparecido Barbano - Diretor-Presidente ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

11h - Mesa 2:  Perspectivas do Complexo Industrial em Saúde
Coordenação: Deputado Mandetta
Palestrantes:
- Reginaldo Arcuri - Presidente Executivo Grupo Farmabrasil
· Paulo Ernani Gadelha Vieira - Presidente Fiocruz
· Nelson Brasil - Vice Presidente ABIFINA
· Antônio Britto - Presidente Interfarma – Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa
· Luciano Coutinho - Presidente BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento
· Zich Moyses Junior - Diretor Departamento  do Complexo  Industrial e Inovação em Saúde – SCTIE / Ministério da Saúde