quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Profissionais de saúde...uni-vos!

     Já comentei neste espaço o quanto temo as propagandas, na postagem "Propagandas da minha vida". Com toda a certeza elas são importantes pela divulgação de diversos assuntos, mas muitas são temerosas pelas suas promessas. Considerando que este é um povo bom, muitos crêem no que lêem (até rimou) e acabam por direcionar seus destinos rumo ao "paraíso" prometido. A imagem abaixo foi extraída de uma palestra proferida pelo amigo Rilke Novato. Ela fala por si e demonstra o quanto a crença popular pode ser explorada.....



     O cartaz acima, descoberto num poste perto de você, explora grandes problemas da sociedade tais como "congestã e hemorróida" (SIC). Além de tudo, "resgata FGTS e cancela cartão". O final é avassalador pois fala de Fé.....
      Se não bastasse, veja a imagem abaixo:



      Esse é impagável pois mostra o quanto estamos ameaçados. Afora a linguagem coloquial, o cartaz explora algo que, na história do Brasil, fez-se um grande medicamento: as famosas "garrafadas". Imagine algo que cura de bronquite a "desgasto físico"(SIC).
      Tudo isso seria cômico se não fosse trágico. A lição disso tudo? Bom, temos muito por fazer. Profissionais de saúde, Estado, controle social....uni-vos!!!



segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dicas de filmes para profissionais de saúde parte II - A missão!

Metade dos meus 2 ou 3 leitores agradeceram por poderem ter opções de filmes que acabaram por engrandecer seus momentos de folga. Tal qual um Rubens Ewald Filho (só que sem barba e sem o mesmo talento), venho sugerir uma segunda rodada de filmes. As sinopses foram extraídas dos sites citados abaixo. As sugestões foram dadas pelas amigas: Marselle (PA) e Fernanda Junges (DF).  Ambas farmacêuticas e sintonizadas com os assuntos relacionados com a profissão farmacêutica  e com a saúde pública.
Os filmes abaixo tratam de assuntos relacionados a medicamentos e a humanização em saúde. Caso tenha alguma sugestão, não deixe de enviar.

Réquiem para um sonho:

“Uma visão frenética, perturbada e única sobre pessoas que vivem em desespero e ao mesmo tempo cheio de sonhos. Harry Goldfarb (Jared Leto) e Marion Silver (Jennifer Connelly) formam um casal apaixonado, que tem como sonho montar um pequeno negócio e viverem felizes para sempre. Porém, ambos são viciados em heroína, o que faz com que repetidamente Harry penhore a televisão de sua mãe (Ellen Burstyn), para conseguir dinheiro. Já Sara, mãe de Harry, viciada em assistir programas de TV. Até que um dia recebe um convite para participar do seu show favorito, o "Tappy Tibbons Show", que transmitido para todo o país. Para poder vestir seu vestido predileto, Sara começa a tomar pílulas de emagrecimento, receitadas por seu médico. Só que, aos poucos, Sara começa a tomar cada vez mais pílulas até se tornar uma viciada neste medicamento”.

Estamira:

“Estamira relata fielmente a vida de uma senhora tachada como louca pela família e médicos, porém de uma lucidez incrível.
Este foi o primeiro documentário do originalmente fotógrafo Marcos Prado. Vencedor de um total de 23 prêmios nacionais e internacionais conta a história de Estamira, mulher simples de vida difícil que encontra no lixão uma possibilidade de sobrevivência.
Essa senhora de 62 anos de idade renega a Deus por diversas razões e é capaz de explicar todos os fenômenos naturais e humanos de forma lúcida, eloqüente e ao mesmo tempo questionadora. Ela é uma prova de que as pessoas têm sim a capacidade de pensar e agir de forma contrária à padrão e se manterem intelectualmente ativas, embora os psicanalistas que a tratam discordem desse conceito preferindo dopá-la à ouvi-la.
Estamira não é uma mulher estudada, pelo contrário, mal sabe ler já que durante a infância passou por maus bocados que, no decorrer do documentário, servem para explicar suas “crenças” e instabilidade emocional.
A direção de Marcos Prado foi brilhante, ele não tentou dar voz à Estamira, ele simplesmente buscou uma forma de tornar visível sua existência para que servisse de exemplo nu e cru para todos aqueles que venham a se interessar por compreender o ser humano como indivíduo racional, não só emocional como estamos acostumados a ver nas telas de cinema”.

Cinema, Aspirinas e Urubus:

“Em 1942, no meio do sertão nordestino, dois homens vindos de mundos diferentes se encontram. Um deles é Johann (Peter Ketnath), alemão fugido da 2ª Guerra Mundial, que dirige um caminhão e vende aspirinas pelo interior do país. O outro é Ranulpho (João Miguel), um homem simples que sempre viveu no sertão e que, após ganhar uma carona de Johann, passa a trabalhar para ele como ajudante. Viajando de povoado em povoado, a dupla exibe filmes promocionais sobre o remédio "milagroso" para pessoas que jamais tiveram a oportunidade de ir ao cinema. Aos poucos surge entre eles uma forte amizade.”

Patch Adams - O Amor é Contagioso:
“Em 1969, após tentar se suicidar, Hunter Adams (Robin Williams) voluntariamente se interna em um sanatório. Ao ajudar outros internos, descobre que deseja ser médico, para poder ajudar as pessoas. Deste modo, sai da instituição e entra na faculdade de medicina. Seus métodos poucos convencionais causam inicialmente espanto, mas aos poucos vai conquistando todos, com exceção do reitor, que quer arrumar um motivo para expulsá-lo, apesar dele ser o primeiro da turma”.


Todos os filmes possuem sinopses extraídas dos seguites sites:


Imagem extraída de:



sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A importância da oratória...

        Em maio de 2005, escrevi um artigo para a revista "Debate Sindical", tratando do tema "a oratória como arma para a ação sindical". Fui convidado pela revista por falar demais? Não sei! Talvez tenha ajudado o fato de ministrar cursos sobre o tema. Sempre tive paixão por este assunto e penso que há um menosprezo generalizado sobre o tema. Para trazer o debate a tona, apoiado por metade dos meus 2 ou 3 leitores, resolvi reproduzir o artigo, mas sempre lembrando: O bom orador também sabe se calar!!!!! Boa leitura...


           "Inicialmente, para abordar o tema oratória e sua importância para os dirigentes sindicais, devemos entender o que esse termo significa. Aqui, vamos trabalhar com a oratória como a melhor forma de comunicação entre pessoas, podendo variar a quantidade dos receptores, mas focando em um orador. Vamos trabalhar com o conceito de oratória enquanto a “arte de falar”, como um instrumento importante no exercício da liderança e da propagação de um pensamento.
Considerando que muitos subestimam o poder exercido pela oratória, responda: Quantas vezes você pediu à alguém uma opinião sobre seu comportamento durante uma exposição?  Em que momento perguntou a si mesmo sobre o seu poder de argumentação? Quantas vezes avaliou a sua postura enquanto discursava? Quantas vezes consegui reverter opiniões devido ao seu posicionamento defendido numa exposição? Caso nunca tenha pensado nessas perguntas, provavelmente você tem utilizado a “fala” como um simples complemento de sua atividade ou como algo dispensável de uma avaliação mais aprimorada. Provavelmente não tenha medido até então o impacto que poderia causar, com algumas pequenas mudanças em seu comportamento durante um discurso.
Alguns dirigentes sindicais, minimizando o papel de uma boa oratória, exercem o “falar” como algo natural, fruto de um dom “genético” ou como resultado de uma prática tão utilizada e a tanto tempo exercida, que passa a ser desnecessário um aprimoramento técnico deste ato. Grande engano. A prática da oratória, ou do “falar”, pode trazer bons resultados em alguns aspectos. A perda do medo de falar em público acontece quando há a habitualidade desta prática. O exercício da fala melhora o vocabulário, ajuda a desinibição, reduz os temidos tremores das mãos. Mas uma prática sempre deve vir acompanhada de bons fundamentos teóricos para que esta não se torne uma arma negativa. Comparemos a oratória com um medicamento, baseado em uma máxima farmacêutica: se bem usado, traz bons resultados, sem mal utilizado, pode ser um veneno.
A oratória deve ser entendida como uma ciência que não se pauta no empirismo, nem na mera repetição dos resultados positivos. É importante avaliarmos uma série de fatores para que a fala seja feita de uma maneira correta, levando em conta quem vai receber a mensagem e em que situação isso vai ocorrer. Para começar, devemos avaliar sempre como estamos nos comportando quando exercemos a fala. Essa avaliação constante inibe alguns vícios comuns como o tom de voz inapropriado para a situação, a falta de informação quanto ao resultado obtido com a exposição, o descumprimento do tempo determinado, entre outros. Não podemos ter o mesmo comportamento num debate como teríamos em um caminhão de som na porta de uma fábrica. A empolgação usada para defender uma tese em um congresso sindical não deve ser a mesma do que quando estamos em uma mesa de negociação. O movimento excessivo das mãos pode prender mais a atenção de quem nos observa, do que o conteúdo de nossa exposição. Ler um documento previamente preparado pode dar um ar sacerdotal pouco conveniente dependendo da situação em que este for usado. Falar de improviso, algo muito habitual para lideranças sindicais, deve ser antecedido de uma avaliação do nosso conhecimento do tema e a condição dada para que seja feita a exposição. Observando o papel da oratória para o exercício da liderança e da representatividade, passamos a entender também que não necessariamente precisamos “falar”. Todos nós conhecemos pessoas que possuem a necessidade de falar o tempo todo. Devemos lembrar que o bom orador não precisa falar a todo o momento. O silêncio pode ser uma grande virtude e pode trazer melhores resultados. A preocupação com a inconveniência deve permear nossos atos a todo instante.
Existem pessoas que encantam com a sua forma de falar. Seja um político, um outro dirigente, um formador de opinião. Porém, poucos são os que avaliam o que causou a boa impressão. Devemos começar daí o nosso entendimento acerca do que venha a ser um bom orador. A observação precisa ser uma prática rotineira. É preciso aprender com as virtudes e os erros daqueles que observamos. Se considerarmos a oratória como um conjunto de atitudes que levam ao bom entendimento da mensagem enviada, devemos começar por avaliar a postura no antes, durante e depois da exposição. Não podemos no esquecer que o orador passa a ser observado desde o momento em que chega ao local, até o momento em que vai embora. Sua exposição faz parte de uma das avaliações que o público fará sobre ele.
Objetivamente, vários fatores podem criar um bom orador. Neste sentido, não devemos considerar a oratória como um grande teatro onde cumprimos um papel de ator principal, onde incorporamos um personagem, que não conseguiremos levar adiante por estar desconectado de quem verdadeiramente somos. Isso não quer dizer que podemos subestimar o conjunto do ato. Pequenas questões devem ser respondidas de maneira prévia como: Com quem falar? Onde falar? Porque falar? Estas devem dar o início da nossa avaliação para que possamos cumprir bem o papel e obtermos os resultados esperados. Se passarmos a avaliar os diversos aspectos da oratória, podemos passar a utilizá-la em diversas situações do nosso cotidiano. Muitos livros abordam as mais variadas situações de oratória. Comece por buscar quais se adaptam as situações vividas no seu dia a dia. Passe a observar outras pessoas enquanto falam. O principal é que saibamos que fomos criados com duas orelhas e uma boca. Nascemos com dois aparelhos receptores e apenas um emissor...ouvir mais e falar o necessário ainda é o grande aprendizado!"

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Talentos farmacêuticos...

Farmacêuticas e Farmacêuticos costumam ser profissionais talentosos. Dos muitos que conheço, muitos são artistas, poetas, músicos. Recebi de uma amiga, a pedido meu, o texto abaixo:



MULTIPROFISSIONAL

Tuas mãos manipuladoras criam medicamentos como arte.
Tua inteligência e sagacidade comandam empreendimentos industriais.
Estás atento aos mínimos detalhes, para garantia a exatidão de tuas análises.
Tua paixão está na academia, onde vê em teus alunos o futuro de tua profissão.
Teu carisma e tolerância fazem a diferença no contato com as pessoas.
Tua ousadia se faz presente nas atividades de gestão, pois no âmbito em que atuas é preciso ser ousado.
Tuas descobertas são a garantia de avanço tecnológico.

E espero eu que, quando necessitar de informações acerca dos medicamentos, eu receba tua orientação e atenção... FARMACÊUTICO.


Brunna Raphaelly Amaral da Silva


Tem algo pra divulgar? Mande também!

Imagem extraída de:
http://taiscristinaunfer.blogspot.com/2009/01/dia-do-farmactico.html

sábado, 27 de novembro de 2010

Um livro para farmacêuticos e estudantes

Abro o espaço para o grande amigo José Franco de Matos. Farmacêutico, dos bons, acaba de lançar o livro "Medicamentos Controlados, Pertinências e Recados". Tive a  honra de ser convidado a escrever o prefácio.
Minha história de vida profissional se confude com a deste importante quadro da profissão farmacêutica, já que foi um dos culpados pela minha entrada no movimento farmacêutico, através da Associação dos Farmacêuticos da Baixada Santista.
Orgulho de conhecê-lo, de ter me alimentado com seus conhecimentos, de desfrutar de uma grande amizade e ter escrito o prefácio deste importante instrumento de estudo para farmacêuticos e estudantes de farmácia.
Abaixo, o que diz o autor, exclusivamente para este blog, sobre sua obra!

"Vi farmacêuticos honrados, outros desalmados; vi farmacêuticos atrás de balcões, outros atrás de tostões; vi farmacêuticos imaginativos, criativos, elucidativos, outros calados, inertes, amorfos; vi farmacêuticos com soluções precisas, outros absortos; vi farmacêuticos tecerem maravilhosos textos didáticos, vi-me a salpicar de aforismos o Medicamentos Controlados, Pertinências e Recados; procurei proporcionar a interação da tríade paciente, medicamento e profissional de cuidados da saúde; do paciente - suas mazelas e o que elas pretendem dizer - do fármaco - suas características e o que ele pretende fazer - do farmacêutico - o agente de saúde, a reflexão. O medicamento está ali à sua frente, acabou de saltar da prateleira, tomou apoio no balcão e mais um impulso cairá nas mãos do paciente; um breve intervalo, mas o suficiente para o profissional refletir e exprimir condutas e palavras a quem foi procura-lo para saciar suas dores."

José Franco de Matos.