Mulheres, farmacêuticas e combativas. Essas são algumas das formas com as quais poderia me referenciar às duas personaliades citadas nesta postagem. Mas é só isso? Não! Formadas na luta, são representantes da população brasileira no Congresso Nacional. Motivo de orgulho para os profissionais farmacêutios (e para os que não são também), essas guerreiras comunistas são exemplos do quanto a política deve ser respeitada e acompanhada. Esse humilde Blog presta uma pequena homenagem à duas mulheres que merecem nosso respeito. E é bom demais saber que são FARMACÊUTICAS!
SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN - "A história de uma vida pública não se constrói da noite para o dia. Para chegar ao patamar em que se encontra hoje, vista em todo o Brasil como uma política ética, honesta, moderna, determinada e corajosa Vanessa Grazziotin travou uma luta sem tréguas durante 32 anos. Uma trajetória que começou nos anos 70, em plena ditadura militar. Se aqueles eram os anos de chumbo, também eram os anos rebeldes e foi lá que, cabelos ao vento, esta catarinense que veio com a família para Manaus aos 15 anos, começou a militar nos movimentos estudantis, sob a bandeira do PCdoB. Muito precisava ser feito para que o Brasil saísse das trevas e retornasse ao Estado do Direito. Muito precisaria ser feito para tirar o Amazonas da condição de “porto de lenha”. E Vanessa começou a trabalhar cedo. Foi aprovada no vestibular para o curso de Farmácia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), onde iniciou a militância no Centro Acadêmico. Em 1982, depois de uma campanha histórica, se elegeu presidente do Diretório Central dos Estudantes, sendo a primeira mulher a conquistar tal façanha. Como líder estudantil – sob o signo da União Nacional dos estudantes (UNE) – lutou pela manutenção do ensino público e gratuito, democratização das Universidades, restaurante universitário e pelo direito á meia passagem estudantil. A cada nova vitória, a trincheira de luta de Vanessa se ampliava ainda mais. Na ordem dia estavam também os desafios em nível nacional, como a luta pelos Direitos da Mulher, a defesa dos Direitos Humanos, a Causa Indígena, a Defesa da Floresta, a campanha pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita, as Diretas Já. Vanessa abraçou cada uma dessas bandeiras, se doando por completo. Foi assim ao assumir a diretoria da Associação Profissional dos Professores do Amazonas (APPAM), onde fez história na defesa de melhores condições de trabalho para a sua categoria de Professores. Mas era preciso avançar mais, buscar novas tribunas para continuar a luta. E Vanessa se elegeu em 1988 vereadora de Manaus pelo PCdoB. Foi a segunda mais votada com 4.231 votos. O feito seria repetido em 1992 quando foi reeleita com 4.231 votos. Em 1996 conquista nas urnas seus terceiro mandato de vereadora, com 16.465 votos. Mas a Câmara Municipal começou a ficar pequena para os horizontes que ela vislumbrava. Em 1998 é eleita a deputada federal mais votada em Manaus e a terceira mais votada no Amazonas. O País começava a descobrir quem era aquela parlamentar que lutava sem trégua em defesa das causas populares. Em 2002, Vanessa dá mais um importante passo em sua carreira vitoriosa, se reelegendo com a segunda maior votação proporcional do país. Foram quase 200 mil votos. Hoje, com o pé na estrada em busca de novo desafio, a parlamentar comunista está iniciando seu primeiro mandato de Senadora. São 32 anos militando no mesmo partido. Três décadas dedicadas à defesa dos interesses do povo do Amazonas. Toda uma vida lutando por uma sociedade mais justa."
DEPUTADA ALICE MAZZUCO PORTUGAL - "Brasileira, mãe, nascida em Salvador em 16 de maio de 1959, iniciou sua militância política na luta contra o regime autoritário, no seio do movimento estudantil, com sucessivas eleições para o Diretório Acadêmico Ferreira Gomes, da Faculdade de Farmácia da UFBA, entre os anos de 1977 a 1981 e para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da mesma universidade. Teve importante participação na reconstrução da UNE – União Nacional dos Estudantes. Filia-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em 1979. Após a sua formação como Farmacêutica Bioquímica, foi aprovada por concurso para o Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da mesma universidade. Militante sindical de destaque, foi diretora da ASSUFBA, FASUBRA e da Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores. Em 1995, eleita deputada estadual pelo PCdoB, para o período de 1995 a 1998, obteve 14.059 votos. Recebeu neste período todos os troféus conferidos pelo Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa da Bahia aos parlamentares que se destacaram. Foi galhardeada com o Troféu Ruy Barbosa como “Melhor Parlamentar da Legislatura”. Reeleita para o parlamento baiano com 27.675 votos para o período de 1999 a 2002, destacou-se como Líder do Bloco da Oposição, mais uma vez premiada pelo Comitê de Imprensa nos anos de 1999 e 2000. Foi titular da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa da Bahia, com atuação destacada em defesa da escola pública e dos profissionais do ensino. Participou durante os dois mandatos de diversas comissões temáticas como a presidência da Comissão Especial de Defesa dos Direitos da Mulher, por dois anos consecutivos, realizando neste período o I e II “Encontro sobre Mulher e Política na Bahia”. Na Assembleia Legislativa, Alice exige a abertura de diversas CPI´s, como as que investigam as fraudes no SUS e Fundef, a extinção do IAPSEB, as irregularidades do Planserv, o rombo do SAC e prostituição infanto-juvenil na Bahia. Denuncia os processos de privatização da Coelba, do Baneb, de hospitais públicos e a extinção da Bahiafarma. Propõe a recriação da Fundação Baiana de Amparo à Pesquisa (FAPESB), a criação do Conselho Estadual do Direito da Mulher. Rebela-se contra toda opressão aos negros, índios e mulheres. Representa com altivez a luta dos professores, estudantes, profissionais de saúde, das mulheres e servidores públicos. Em 2002, Alice Portugal foi eleita deputada federal com 121.043 votos, a terceira maior votação de Salvador e a décima maior votação do estado. Na Câmara dos Deputados, Alice Portugal integrou as Comissões Permanentes de Educação, Cultura e Desporto e de Políticas Públicas para a Juventude, de Trabalho, Administração e Serviço Público; Turismo e Desporto e a CPI contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. Reeleita em 2006 passa a integrar, como titular, a Comissão de Educação e Cultura e a suplência da Comissão de Seguridade Social e Família. A atuação da parlamentar priorizou os projetos relacionados à educação e à saúde, aos direitos dos trabalhadores, ao fortalecimento do serviço público, além dos direitos da mulher. Foi coordenadora da bancada feminina, num período em que se consagraram direitos importantes como percentuais de participação feminina na atividade política dos partidos e no funcionamento da Câmara dos Deputados com o reconhecimento da coordenadoria da bancada feminina. Em 2010, após ser incluída entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), reelegeu-se para sua terceira legislatura com 101.588 votos. Em Salvador, conquistou a sexta maior votação entre os deputados federais 46.115 votos, sendo a única mulher eleita para representar a Bahia na Câmara Federal. Atualmente é 3º vice-presidente da Comissão de Educação e Cultura e titular da Comissão Especial que analisa o II Plano Nacional de Educação, membro suplente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviços Públicos e presidenta da Frente Parlamentar da Polícia Rodoviária Federal, dirigente da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público e também da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, e das Frentes de Defesa da Educação e dos Hospitais Universitários e da Cultura, dentre outras."