Do site do Ministério da Saúde
Título Original: PNAUM
apresenta resultados preliminares em evento de
ciência, tecnologia e inovação
O Brasil apresenta elevados
índices de acesso a medicamentos para tratamento de doenças crônicas
prevalentes, mas precisa ampliar esse índice quanto a episódios agudos. Essa é
a principal conclusão que se obtém dos resultados preliminares da Pesquisa Nacional
Sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil
(PNAUM), apresentados no painel Resultados e avanços de pesquisas
estratégicas para o SUS no evento Ciência, Tecnologia e Inovação em
Saúde, em novembro de 2014. Sotero Serrate Mengue, professor da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, apresentou resultados da pesquisa
para hipertensão, diabetes e doença respiratória pulmonar crônica.
A PNAUM é uma iniciativa do
Ministério da Saúde em parceria com a Fundação Osvaldo Cruz, Universidade
Estadual de Campinas, Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal de
Santa Catarina, Universidade Federal de São Paulo e Universidade Federal de
Ceará e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A pesquisa teve início em
setembro de 2013 com o objetivo de avaliar o acesso, a utilização de
medicamentos e as políticas públicas de assistência farmacêutica no Brasil. A
fase de inquérito domiciliar sobre hábitos e necessidades de consumo de
medicamentos foi concluída em janeiro de 2014. O trabalho a ser concluído no
momento é o de pesquisa de serviços farmacêuticos na rede de atenção básica.
O acesso a medicamentos para
hipertensão apresentou os melhores resultados: cerca de 95% da população tem
acesso ao tratamento, com uma ligeira diferença entre as regiões do país. Esse
resultado difere pouco por classe, uma vez que 71% dos pacientes obtêm os
medicamentos de forma gratuita. A mesma ausência de diferença significativa
entre classes sociais ocorre com a diabetes, para a qual o acesso aos
medicamentos fica entre 92% (no Nordeste) e 96% (no Sudeste). Dentre os
portadores de diabetes, 77% adquirem gratuitamente os medicamentos para
tratamento.
Com relação à doença
respiratória pulmonar crônica, os resultados revelam diferenças acentuadas de
acesso entre regiões do Brasil e entre classes sociais. A região com menor
percentual de acesso total a medicamentos é Nordeste (75,1%). Na região
Centro-Oeste, esse índice sobre para 95,2%. Com relação a classes sociais,
cerca de 90% dos entrevistados de classes A e B têm acesso total aos
medicamentos; 10% têm acesso parcial, sendo zero, portanto, o índice de pessoas
sem acesso. Já nas classes D e E, 79,6% têm acesso total e 17,3%, parcial. 3,1%
de pessoas dos estratos mais baixos não têm acesso a medicamentos para
tratamento de doença respiratória pulmonar crônica.
Outro dado relevante se refere
ao acesso global a medicamentos de acordo com o número de doenças crônicas
referidas. Quanto mais doenças apresentam os pacientes, menor o acesso integral
ao tratamento.
No que se refere a medicamentos
para episódios e afecções agudas (dor, febre, infecção, gripe, resfriado,
rinite, afecções de estômago e intestino), o acesso gratuito ainda é muito
baixo. 81,2% dos medicamentos para afecções respiratórias agudas são pagos pelo
paciente; 77,9% para dor; 70,9% para febre; 63,1% para infecção; e 54,8% para
afecções gastrointestinais".
O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, apresentou durante a 2ª
Reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) de 2015 os primeiros resultados da Pesquisa Nacional
sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil.
Fonte:
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sctie/noticias-sctie/16214-pnaum-apresenta-resultados-preliminares-em-evento-de-ciencia-tecnologia-e-inovacao
https://www.youtube.com/watch?v=uwYyl-Vu8Pk
Nenhum comentário:
Postar um comentário