E chegamos no dia 8 de março de
2014. Não apenas nessa data, mas é um bom momento para fazermos um balanço do
quanto temos avançado na luta de gênero pela garantia de plenos direitos e
igualdade de oportunidades. Não tenho dúvida de que avançamos, mas essa é uma
luta permanente, não apenas das mulheres, mas de toda a sociedade. Como já
disseram, é um dia além de rosas vermelhas e bombons.
Além do balanço, vale o momento
para que sejam feitas homenagens. Homenagens
às mulheres que lutaram e lutam permanentemente, às que se foram e às que ainda
virão. Dia de parabenizar, reconhecer e mais do que isso, colocar-se ao lado
para juntos estarem na mesma trincheira. Sendo assim, este humilde blog quer
fazer sua homenagem. Temos inúmeros exemplos de trabalhadoras, donas de casa, militantes. Também existem as que por um
motivo nobre ganharam destaque na imprensa, em um único dia, e que foram
esquecidas posteriormente. Como também existem as que nunca foram citadas ou
lembradas. São Marias, Anas, Teresas, anônimas para muitos, mas fundamentais para
todos, que fazem suas duplas, triplas
jornadas, e por vezes não recebem nem ao menos um obrigado neste dia. Muitas
cujas lutas se transformaram em livros e filmes, servindo de exemplo para a
humanidade.
Neste dia 8 de março poderia citar muitos exemplos, mas escolhi um em especial por ser um tema recorrente na mídia e redes sociais. Para congratular todas as mulheres, optei por
lembrar e destacar aquelas que se ofereceram para ajudar o próximo, com o lado
mais humano de sua formação profissional. Em especial, quero falar das mulheres que
aceitaram o desafio de cuidar da saúde dos que mais precisam e se inscreveram
no Programa “Mais Médicos”. Daquelas formadas no Brasil ou fora daqui,
brasileiras e de outras nacionalidades, que se dispuseram em estar presente nos
locais distantes, onde a população raramente pode ser atendida por um
profissional médico de maneira permanente. Dignas de reconhecimento, nosso
parabéns e muito obrigado para essas bravas mulheres. Para essa postagem
vasculhei a internet para encontrar algumas histórias. As fontes de onde
retiramos as histórias encontram-se no final do texto.
Começo por parabenizar Alicia
Gell, médica cubana que veio para o Brasil na década de 90, antes do Programa
Mais Médicos, a convite do Prefeito de Itinga, no Vale do Jequitinhonha. Na
época, para visitar uma paciente, percorria um trecho de carro, até onde podia.
Após isso, caminhava “por dois quilômetros no meio do mato, atravessando
córrego, cerca, caminhos íngremes e outros obstáculos. Ali morava uma mulher de
62 anos com artrite reumatoide e um neto de 34 anos, com síndrome de down” (1).
Também parabenizo e agradeço Martha Marisela Valle Lopez, médica cubana, que chegou em
dezembro de 2013 no município de Acari, no Rio Grande do Norte para atuar pelo
Programa (2). Parabéns para a médica
brasileira Helenita Yolanda Monte de Hollanda, que trocou a medicina
privada para atuar pelo Programa em Salvador. Disse ela: “Queria dar uma
contribuição social maior do que aquela que eu dava na medicina privada” (3).
Um agradecimento também para a médica cubana Mirta Consuelo, que está atuando numa
Unidade Básica de Saúde no município pernambucano de Afogados de Ingazeira.
Dra. Mirta foi muito elogiada por uma mãe que teve seu filho atendido pela
médica: “Eu procurei a unidade de saúde porque ele estava com problema tipo no
sistema nervoso. Ela acolheu bem, falou devagar, explicado, conversou com ele,
perguntou o porquê dele estar fazendo aquilo, está chorando bastante, se estava
acontecendo alguma coisa em casa. Ela passa o dia na unidade de saúde e a
consulta ficou bem melhor porque ela tem tempo de escutar o paciente, na
questão da prescrição de exames, conversar e explicar direitinho o que está
acontecendo, ela examinou ele todinho. A minha nota é dez”
(4). Por fim, parabéns para a médica cubana Maricel Mejias, que atua
pelo Programa no município de Embu das Artes – SP. Muito elogiada pelo
atendimento humanizado, tem nas visitas domiciliares uma de suas atividades
preferidas. Disse a médica para um repórter: “O SUS tem uma concepção
excelente. Vocês estão agora encontrando um caminho e têm tudo para conseguir.
Nós estamos aqui para ajudá-los nisso”. Em nome dessas guerreira quero
parabenizar a todas as mulheres que transformam o mundo, em um lugar melhor para
se viver. Para as médicas intercambistas que foram alvos de atitudes
preconceituosas e hostis, peço desculpa. Não é o que o povo brasileiro pensa,
mas uma minoria que não nos representa. Que estas sejam acolhidas, assim como
outras tantas foram, da melhor maneira possível. Para as médicas brasileiras,
nosso muito obrigado e orgulho por se apresentarem ao seu País. Para as que
estão longe de seus familiares, que encontrem o mesmo ambiente junto aos seus
pacientes. Enfim, dia 08 de março, parabéns
mulheres, por existirem e fazerem a diferença!
Fonte:
- http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/j%C3%BAlio-assis/alicia-uma-m%C3%A9dica-cubana-1.706543
- http://www.romeudantas.com/2013/12/medica-cubana-que-atendera-em-acari.html
- http://www.blog.saude.gov.br/index.php/maismedicos/33671-medica-brasileira-trocou-a-medicina-privada-para-atuar-pelo-mais-medicos-em-salvador
- http://www.blog.saude.gov.br/index.php/maismedicos/33286-maismedicos-medica-cubana-se-destaca-em-municipio-pernambucano
- http://www.redebrasilatual.com.br/saude/2013/12/com-atendimento-humanizado-medica-cubana-em-embu-das-artes-prioriza-educacao-5043.html
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