quinta-feira, 30 de maio de 2013

"Espanha aceita enviar médicos para o Brasil" - Entrevista com Min. Alexandre Padilha.

Entrevista concedida pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no Estadão desta terça-feira (21/05)  http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,espanha-aceita-enviar-medicos-para-o-brasil-,1033851,0.htm


Por Jamil Chade / Genebra - O Estado de S.Paulo


"Espanha e Brasil chegaram a um entendimento e fecham detalhes do acordo para enviar médicos a áreas periféricas do Norte e Nordeste. Ontem, uma delegação do governo brasileiro se reuniu em Genebra com os Ministérios da Saúde da Espanha, além do governo de Portugal - com o qual ainda não há nada definido. Em entrevista ao Estado, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou que os estrangeiros poderão atuar sem a revalidação do diploma - mas por, no máximo, três anos e sem o direito de se transferirem para locais como São Paulo. E há pressa em fechar o acordo. "Estamos sendo pressionados por prefeituras e Estados."

 
 Por que o Brasil quer buscar médicos no exterior?


Não pode ser um tabu no Brasil o debate sobre médicos estrangeiros. Outros países tem políticas de atração de profissionais. No nosso caso, será questão transitória. O principal foco é a formação de profissionais com vagas em universidades no interior e meios para incentivar que filhos de um trabalhador rural queiram cursar Medicina. Mas o ciclo de formação de um médico é de seis a oito anos. De outro lado, temos países como a Espanha que estão interessados. Há hoje na Espanha um desemprego que atinge 20 mil médicos. Não vamos ficar vendo essa oportunidade e não tentar atrair esses profissionais.


● Hoje (ontem), houve reunião com os governos da Espanha e Portugal. Quais os resultados?


Foram muito positivos. Já havíamos enviado uma missão à Espanha na semana passada, que percorreu regiões como a Catalunha e Andaluzia. Há um claro interesse por um intercâmbio. Houve entendimento e já estamos negociando um memorando entre os dois países. Estamos no caminho de um acordo e será rápido.


● Por que não se exigirá o Revalida (exame de habilidades) desses profissionais, como ocorre nos grandes centros?


Como eu disse, é uma questão transitória, por um período máximo de três anos. Nesse período, há até a possibilidade de que a crise na Espanha tenha sido superada e eles voltem. Há duas formas de atração de profissionais: a primeira é a validação do diploma. O problema nesse caso é que o profissional que tenha essa condição está livre para trabalhar em todo o Brasil. Com isso, não o podemos fixar em uma só região, podem atuar onde quiserem. O outro caso é a da autorização exclusiva, que seria um acordo para que certos profissionais possam atuar em regiões específicas e onde acreditamos que faltam médicos.


● Mas, afinal, quais serão os critérios para que médicos estrangeiros sigam para o Brasil?


Descartamos em primeiro lugar atrair médicos de países que têm uma taxa de médicos inferior ao Brasil, como no caso da Bolívia e outros países da região. Descarta-se também a aceitação de médico de universidades que não são reconhecidas pelos próprios países. A outra condição é que terão de atuar exclusivamente nas áreas designadas pelo Estado.


● E de quantos profissionais o Brasil precisa?




Nos últimos dez anos, abrimos vagas de primeiro trabalho para 140 mil médicos e formamos 90 mil. Para os próximos anos, os investimentos que farão os governos no Brasil abrirão vagas para mais 26 mil médicos. Hoje, temos uma média de médicos por habitante que está abaixo da média das Américas, dos países em desenvolvimento e é metade da taxa que existe em Portugal e Espanha. Prefeitos das áreas mais necessitadas ainda calculam que eles precisarão de 13 mil médicos nos próximos anos.
 
 


 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Edital seleciona projetos de APL´s de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

Foi publicado o Edital nº 1/2013 - SCTIE/MS para seleção pública de Projetos de Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no âmbito do SUS. As inscrições serão até o dia 11/07/2013. 

No site da SCTIE/MS encontramos:



Arranjos Produtivos Locais

São aglomerações de empreendimentos de um mesmo ramo, localizados em um mesmo território, que mantêm algum nível de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com os demais atores locais - governo, pesquisa, ensino, instituições de crédito (PNPMF, 2009)



Por que Implantar esta abordagem de APLs no âmbito do SUS?

  •  Os APLs atendem aos princípios do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos 
  •  Ampliação das opções terapêuticas e melhoria da atenção à saúde aos usuários do Sistema Único de Saúde – SUS;
  •  Uso sustentável da biodiversidade brasileira; 
  •  Valorização e preservação do conhecimento tradicional das comunidades e povos tradicionais; 
  •  Fortalecimento da agricultura familiar; 
  •  Crescimento com geração de emprego e renda, redutor das desigualdades regionais;
  •  Desenvolvimento tecnológico e industrial; 
  •  Inclusão social e redução das desigualdades sociais;
  •  Participação popular e controle social; 
  • Fortalecimento das cadeias e dos arranjos produtivos”


Fonte: Site Ministério da Saúde.



segunda-feira, 27 de maio de 2013

Farmácias e drogarias do DF devem receber medicamentos vencidos para descarte.


LEI Nº 5.092, DE 04 DE ABRIL DE 2013.

Dispõe sobre a obrigatoriedade de farmácias e drogarias receberem medicamentos com prazo de validade vencido para descarte.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art. 1º As farmácias e as drogarias no Distrito Federal receberão do consumidor quaisquer medicamentos vencidos para fins de descarte.

Parágrafo único. O estabelecimento farmacêutico não se obriga a conceder descontos ou devolução do valor pago pelo medicamento vencido entregue para descarte.


Art. 2º Será aplicada pelas farmácias e drogarias a logística reversa prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos com a finalidade de devolver o medicamento vencido ao fabricante a fim de dar-lhe o descarte adequado.

Art. 3º Ficarão a critério do farmacêutico do estabelecimento o armazenamento, a triagem e a frequência de envio ao fabricante dos medicamentos com prazo de validade vencido, observadas as disposições em normas específicas.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.


Brasília, 04 de abril de 2013.
125º da República e 53º de Brasília
AGNELO QUEIROZ

sábado, 25 de maio de 2013

Dica de filme para profissionais de saúde sobre doença rara.


O Menino da Bolha de Plástico
(The Boy in the Plastic Bubble, 1976)

O site: http://www.cineplayers.com apresenta a seguinte sinopse sobre o filme:

“Filme para a televisão baseado em fatos reais, conta a história de Tod Lubitch, que nasceu com problemas graves no sistema imunológico, o que o obriga a passar toda a sua vida isolado dos germes e, consequentemente, do mundo exterior. Com a chegada da adolescência, apaixona-se pela sua vizinha, e passa a querer viver em sociedade, enquanto espera pela ciência achar a cura do seu problema”.



A doença de David Phillip Vetter, em cuja história real foi baseado o filme, era a síndrome da imunodeficiência combinada severa (SCID). Para saber mais sobre a doença sugiro visitarem o seguinte site:
http://www.icb.ufmg.br/biq/prodabi6/grupos/grupo1/congenita.html



Sobre a verdadeira história do menino David Phillip Vetter (21/09/71-22/02/84), diz o site http://www.sciencelearn.org.nz/ (com tradução de parte do texto realizada pelo Blog):

“O americano David Vetter (21 de setembro de 1971-22 fevereiro 1984) nasceu com imunodeficiência, uma doença grave combinada hereditária rara, que fez com que seu sistema imunológico não funcionasse. Consequentemente, David não podia ser exposto aos germes.
...Um imunologista criou um isolador para mantê-lo vivo e livre de germes, até que o
transplante de sua medula óssea pudesse ser realizado.
...o transplante era necessário pois sua medula óssea não produzia células imunológicas. David deveria continuar a viver no isolador até que um doador fosse encontrado, o qual fosse compatível com sua medula óssea. O isolador é um ambiente estéril rodeado por plástico . David tornou-se conhecido como "o menino da bolha". Ele foi incapaz de sair desse ambiente estéril, por medo de contrair uma doença.
...ele passou a maior parte de sua vida no Hospital Infantil do Texas. Quando ele tinha 10 anos, David foi morar em casa. Ele só viveu mais três anos antes de morrer de câncer depois de um transplante de medula óssea de sua irmã.
A combinação apropriada não foi encontrada pela equipe médica de David que realizou um transplante de medula doada por sua irmã. Infelizmente, a medula da irmã dele continha um vírus que foi transferido para David. Este vírus infectou-o seriamente, o que levou ao câncer e consequentemente à sua morte”.

No Youtube é possível assistir o documentário feito sobre David. Ele está distribuído em 5 partes. Acesse:


Fonte:

quinta-feira, 23 de maio de 2013

25 de maio de 2013, 113 anos da FIOCRUZ. Parabéns!


Este humilde Blogueiro teve a oportunidade de fazer seu mestrado em um local que faz parte da história do Brasil. Em breve terei em mãos meu título de Mestre por esta Instituição. Independente do carinho pessoal, esse é um dos orgulhos de nosso País, por isso, minha singela homenagem à essa "casa do saber". 

Do site da FIOCRUZ : http://portal.fiocruz.br/pt-br/node/119

"A história da Fundação Oswaldo Cruz começou em 25 de maio de 1900, com a criação do Instituto Soroterápico Federal, na bucólica Fazenda de Manguinhos, Zona Norte do Rio de Janeiro. Inaugurada originalmente para fabricar soros e vacinas contra a peste bubônica, a instituição experimentou, desde então, uma intensa trajetória, que se confunde com o próprio desenvolvimento da saúde pública no país.



Pelas mãos do jovem bacteriologista Oswaldo Cruz, o Instituto foi responsável pela reforma sanitária que erradicou a epidemia de peste bubônica e a febre amarela da cidade. E logo ultrapassou os limites do Rio de Janeiro, com expedições científicas que desbravaram as lonjuras do país. O Instituto também foi peça chave para a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública, em 1920.
Durante todo o século 20, a instituição vivenciou as muitas transformações políticas do Brasil.  Perdeu autonomia com a Revolução de 1930 e foi foco de muitos debates nas décadas de 1950 e 1960. Com o golpe de 1964, foi atingida pelo chamado Massacre de Manguinhos: a cassação dos direitos políticos de alguns de seus cientistas. Mas, em 1980, conheceu de novo a democracia, e de forma ampliada. Na gestão do sanitarista Sergio Arouca, teve programas e estruturas recriados, e realizou seu 1º Congresso Interno, marco da moderna Fiocruz. Nos anos seguintes, foi palco de grandes avanços, como o isolamento do vírus HIV pela primeira vez na América Latina.
Já centenária, a Fiocruz desenha uma história robusta nos primeiros anos do século 21. Ampliou suas instalações e, em 2003, teve seu estatuto enfim publicado. Foi uma década também de grandes avanços científicos, com feitos como o deciframento do genoma do BCG, bactéria usada na vacina contra a tuberculose. Uma trajetória de expansão, que ganhou novos passos nesta segunda década, com a criação de escritórios como o de Mato Grosso do Sul e o de Moçambique, na África. Um caminho que se alimenta de conquistas e de desafios sempre renovados". 
O site http://www.infoescola.com/ciencias/fundacao-oswaldo-cruz/ apresenta a seguinte história:

"Inicialmente conhecido como Instituto Soroterápico Federal, a instituição, que fabricava somente soro antipestoso, começou a ser presidida por Oswaldo Cruz em 1902. O cientista ampliou as atividades inserindo a pesquisa básica e a formação de pessoal.No ano seguinte, Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor de Saúde Pública e utilizou a instituição como apoio técnico-científico. Após vitórias contra a peste bubônica, nos tempos da Revolta da Vacina, é fundado o Instituto Oswaldo Cruz em 1908, no lugar do Instituto Soroterápico Federal.

A partir desse momento, ocorreu um profundo levantamento sobre as condições de vida das populações no interior do país. As pesquisas feitas pelos cientistas e sanitaristas de Manguinhos, gerou a criação do Departamento de Saúde Pública, no ano de 1920.
Na era Vargas, a instituição foi transferida para o Ministério da Educação e Saúde Pública, o que tirou a autonomia do departamento de Manguinhos. Nos anos 50, o Instituto Oswaldo Cruz defendeu o projeto de criação do Ministério da Ciência, setor do governo que abrangeria o Instituto.

Na época, a produção de vacinas era de responsabilidade do Ministério da Educação e Saúde Pública, com o qual o Instituto Oswaldo Cruz era vinculado. O debate encerrou setores de Manguinhos em 1970, e exonerou pesquisadores importantes.

No mesmo ano, foi instituída a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) , que conjuntamente unia o Instituto Oswaldo Cruz, a Escola Nacional de Saúde Pública e o Instituto Fernandes Figueira. Manguinhos, local de instalação da instituição, foi o lugar da descoberta da doença de Chagas, em 1909; os estudos anatomopatológicos a respeito da febre amarela; e sobre o fungo causador do mal de Lutz".  

Imagem: Do Próprio autor deste humilde Blog.