quinta-feira, 31 de março de 2011

Senadores que podem garantir as 30 horas para farmacêuticos!

     Agora está em suas, nossas, dos outros e de quem mais quiser, mãos. A lista abaixo relaciona quais os Senadores fazem parte da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. Nesta comissão está o Projeto de Lei que define as 30 horas como jornada máxima para os profissionais farmacêuticos. O relator é o Senador Ignácio Arruda (PCdoB-CE). Quer apoiar o PL que define 30 horas como jornada máxima para os profissionais farmacêuticos? Contate seu Senador. Telefone, email, sinal de fumaça...todas as formas de contato valem a pena. Não espere, faça. Não torça, lute.


Segue a lista....


Jorge Viana PT AC S Rui Carneiro, gab. 01 (61) 3303-6366/3303 (61) 3303-6374 jorgeviana.acre@senador.gov.br


Fernando Collor PTB AL S Anexo I, 13º andar, salas 01 a 06 (61) 3303-5783/5786 (61) 3303-5789 fernando.collor@senador.gov.br

Benedito Lira PP AL S Teotônio Vilela, gab. 02 (61) 3303-6144 (61) 3303-6152 benedito.lira@senador.gov.br

Vanessa Grazziotin PCdoB AM T Alexandre Costa, gab 05 (61) 3303-6726 (61) 3303-6734 vanessa.grazziotin@senadora.gov.br

Eduardo Braga PMDB AM T Anexo I,12º andar, sala 01 a 06 (61) 3303-6230 (61) 3303-6233 eduardo.braga@senador.gov.br

Randolfe Rodrigues PSOL AP S Teotônio Vilela, gab. 17 (61) 3303-6568 (61) 3303-6574 randolfe.rodrigues@senador.gov.br

Lidice da Mata PSB BA T Teotônio Vilela, gab. 15 (61) 3303-6408/6417 (61) 3303-6414 lidice.mata@senadora.gov.br

Inácio Arruda PCdoB CE S Filinto Muller, gab. 07 (61) 3303-5791/5793 (61) 3303-5798 inacioarruda@senador.gov.br

José Pimentel PT CE S Filinto Muller, gab.13 (61) 3303-6390/6391 (61)3303-6394 gab.josepimentel@senado.gov.br

Eunicio Oliveira PMDB CE T Teotônio Vilela, gab. 07 (61) 3303-6245 (61) 3303-6253 eunicio.oliveira@senador.gov.br

Gim Argello PTB DF S Anexo I, 14º andar, gab. 04 (61) 3303-1161/1547 (61) 3303-1650 gim.argello@senador.gov.br

Demóstenes Torres DEM GO T Filinto Muller, gab.10 (61) 3303-2091 (61) 3303-2964 demostenes.torres@senador.gov.br

Cyro Miranda PSDB GO T Tancredo Neves, gab. 51 (61) 3303-1962 (61) 3303-1877 cyro.miranda@senador.gov.br

Lobão Filho PMDB MA T Tancredo Neves, gab. 54 (61) 3303-2311 a 2314 (61) 3303-2755 lobaofilho@senador.gov.br

Aécio Neves PSDB MG S Anexo I, 11º andar, salas 01 a 06 (61) 3303-6049/6050 (61) 3303-6051 aecio.neves@senador.gov.br

Clésio Andrade PR MG T Filinto Muller, gab. 02 (61) 3303-4621 (61)3303-2746 clesio.andrade@senador.gov.br

Waldernir Monka PMDB MS S Alexandre Costa, gab. 07 (61) 3303 - 6767 / 6768 (61) 3303-6774 waldemir.moka@senador.gov.br

Pedro Taques PDT MT S Afonso Arinos, gab. 04 (61) 3303-6550 (61) 3303-6554 pedrotaques@senador.gov.br

Delcidio do Amaral PT MS T Afonso Arinos, gab. 08 (61) 3303-2452 (61) 3303-1926 delcidio.amaral@senador.gov.br

Jayme Campos DEM MT S Afonso Arinos, gab. 11 (61) 3303-4061/1048 (61) 3303-2973 jayme.campos@senador.gov.br

Blairo Maggi PR MT S Anexo I,19º andar, salas 01 a 06 (61) 3303-6167 (61) 3303-6172 blairomaggi@senador.gov.br

Flexa Ribeiro PSDB PA T Alexandre Costa, gab 01 (61) 3303-2342 (61) 3303-2731 flexaribeiro@senador.gov.br

Marinor Brito PSOL PA T Tancredo Neves, gab. 49 (61) 3303-6486 (61) 3303-6494 marinorbrito@senadora.gov.br

Wilson Santiago PMDB PB S Filinto Muller, gab.10 (61) 3303-9006 (61) 3303-9014 wilson.santiago@senador.gov.br

Vital do Rêgo PMDB PB S Teotônio Vilela, gab. 22 (61) 3303-6747 (61) 3303-6753 vital.rego@senador.gov.br

Armando Monteiro PTB PE T Afonso Arinos, gab. 01 (61) 3303 6124/ 6125 (61) 3303 6132 armando.monteiro@senador.gov.br

Humberto Costa PT PE T Filinto Muller, gab. 01 (61) 3303-6285 (61) 3303 6293 humberto.costa@senador.gov.br

Wellington Dias PT PI S Afonso Arinos, gab. 06 (61) 3303 9049/9050 (61) 3303 9048 wellington.dias@senador.gov.br

Ciro Nogueira PP PI S Teotônio Vilela, gab. 01 (61) 3303-6185 / 6187 (61) 3303-6192 ciro.nogueira@senador.gov.br

João Vicente Claudino PTB PI T Teotônio Vilela, Gab. 06 (61) 3303-2415/4847/3055 (61) 3303-2967 j.v.claudino@senador.gov.br

Alvaro Dias PSDB PR S Nilo Coelho, gab.10 (61) 3303-4059/4060 (61) 3303-2941 alvarodias@senador.gov.br

Roberto Requião PMDB PR T Teotônio Vilela, gab. 18 (61) 3303-6623/6624 (61) 3303-6628 roberto.requiao@senador.gov.br

Gleisi Hoffmann PT PR T Teotônio Vilela, gab. 23 (61) 3303-6271 (61) 3303-6273 gleisi@senadora.gov.br

Lindbergh Farias PT RJ T Afonso Arinos, gab. 02 (61) 3303-6426 (61) 3303-6434 lindbergh.farias@senador.gov.br

Francisco Dornelles PP RJ T Teotônio Vilela, gab. 11 (61)-3303-4229 (61) 3303-2896 francisco.dornelles@senador.gov.br

José Agripino DEM RN T Dinarte Mariz, gab.03 61) 3303-2361/2362 (61) 3303-1816 jose.agripino@senador.gov.br

Ivo Cassol PP RO T Anexo I,16º andar, salas 01 a 06 ivo.cassol@senador.gov.br

Acir Gurgacz PDT RO T Teotônio Vilela, gab. 19 (61) 3303-3132/1057 61) 3303-1343 acir@senador.gov.br

Valdir Raupp PMDB RO T Teotônio Vilela, gab. 25 (61) 3303-2252/2253 (61) 3303-2853 valdir.raupp@senador.gov.br

Angela Portela PT RR S Afonso Arinos, gab. 10 (61) 3303.6103 / 6104 (61) 3303.6111 angela.portela@senadora.gov.br

Romero Jucá PMDB RR S Afonso Arinos, gab. 12 (61) 3303-2111 (61) 3303-1653 romero.juca@senador.gov.br

Ana Amélia PP RS S Afonso Arinos, gab. 07 (61) 3303 6083/6084 (061) 3303.6091 ana.amelia@senadora.gov.br

Paulo Bauer PSDB SC S Afonso Arinos, gab. 05 (61) 3303-6529 (61) 3303-6535 paulobauer@senador.gov.br

Luiz Henrique PMDB SC T Nilo Coelho, gab.04 (61) 3303-6446/6447 (61) 3303-6454 luizhenrique@senador.gov.br

Casildo Maldaner PMDB SC T Teotônio Vilela, gab. 14 (61) 3303-4206-07 (61) 3303-1822 casildomaldaner@senador.gov.br

Anotonio Carlos Valadares PSB SE S Teotônio Vilela, gab. 12 (61) 3303-2201 (61) 3303-1786 antoniocarlosvaladares@senador.gov.br

Aloysio Nunes PSDB SP T Anexo I, 9º andar, salas 01 a 06 (61) 3303-6063/6064 (61) 3303-6071 aloysionunes.ferreira@senador.gov.br

Marta Suplicy PT SP S Dinarte Mariz, gab.01 (61) 3303-6510 (61) 3303-6515 martasuplicy@senadora.gov.br

Vicentinho Alves PR TO S Filinto Muller, gab. 04 (61) 3303 - 6467/6470 (61) 3303 6474 vicentinho.alves@senador.gov.br

Kátia Abreu DEM TO S Teotônio Vilela, gab. 04 (61) 3303-2464 /2708 (61) 3303-2990 katia.abreu@senadora.gov.br

João Ribeiro PR TO T Teotônio Vilela, gab. 05 (61) 3303-2163/2164 (61) 3303-1848 joaoribeiro@senador.gov.br

Vale a pena investir em educação!

Sob o título Educação, o "negócio da China", Fábio Barbosa (administrador de empresas, é presidente do conselho de administração do Banco Santander) faz uma análise, com a qual concordo, do quanto vale o investimento em Educação. Esse texto foi publicado na Folha de São Paulo, no dia 27/03/2011.



A crescente eficiência da China é alicerçada em vultosos investimentos na qualidade da educação






A CHINA já é uma superpotência e o mundo já mudou em razão disso. A novidade é que vem mais por aí e as implicações políticas e culturais disso marcarão o século 21.

O crescente apetite da China por matérias-primas, petróleo e alimentos elevou substancialmente o preço desses bens e, em muitos casos, isso beneficiou, e bastante, a economia brasileira.

Em outros setores, o impacto causado pelos chineses é negativo para o Brasil, por conta da competitividade de seus produtos manufaturados. Temos que nos preparar para lidar com essa realidade, trabalhar as questões ligadas ao "custo Brasil" e acelerar as negociações, pois o fenômeno China veio para ficar.

Muitas vezes ouço previsões de que o modelo chinês não se sustentará e várias razões que aparentemente fazem sentido são apresentadas para suportar esse argumento.

Possível bolha imobiliária, qualidade dos ativos dos bancos, migração rural, demanda por maior abertura democrática etc. estão frequentemente na lista dos alertas feitos repetidamente nos últimos muitos anos. O fato, porém, é que a economia chinesa cresceu a uma média de 9% anuais nos últimos 34 anos -e há 33 anos os economistas ocidentais dizem que esse crescimento não vai perdurar!

Esse erro de avaliação sugere que temos um frágil conhecimento do que acontece na China. Não pretendo aqui ter respostas definitivas sobre o processo de desenvolvimento chinês, mas sim chamar a atenção para alguns aspectos e mitos.

O primeiro destaque que faço é sobre a percepção que se tem de que a China só cresce na faixa litorânea ou nas zonas ligadas à exportação.

Há poucos anos, viajei pelo interior da China para regiões pouco visitadas por turistas estrangeiros e pude ver quão abrangente é a mudança que ocorre em todo o país. Claro que de forma desigual, mas ainda assim é comum encontrar aeroportos, estradas, banda larga e hotéis modernos e de bom nível. O mercado interno chinês é gigantesco, e um exemplo é que neste ano a China deverá produzir perto de 16 milhões de veículos (o Brasil produziu 3,6 milhões em 2010), tornando-se o maior produtor mundial, e quase tudo para consumo interno.

O segundo ponto tem a ver com os produtos chineses, muitas vezes associados a menor qualidade. Isso está mudando. Empresários comprovam a evolução por conta dos equipamentos industriais de alta tecnologia que compram da China.

Assim como seus vizinhos Japão e Coreia do Sul, que entraram no mercado global com produtos de baixo valor agregado e rapidamente migraram para produtos de alta qualidade, a China avança rapidamente.

Mas o que realmente parece dar sustentação a essa arrancada da economia chinesa é o salto na educação. Os chineses estão estrategicamente investindo nos seus jovens.

Alguns dados: há cerca de 130 mil chineses em cursos de pós-graduação nos EUA; há mais de 300 milhões de crianças aprendendo inglês na China; quatro universidades chinesas apareceram no recente ranking das cem melhores do mundo (nenhuma brasileira, a propósito).

Xangai apareceu em 1º lugar num relatório divulgado pela OCDE em que o Brasil ficou em 53º lugar. Um caminhar pelas ruas de Boston ou de Oxford comprovará o tanto que há de estudantes nesses locais, assim como se pode passear por Pequim, ou uma cidade do interior, e testemunhar que a garotada já sabe arranhar bem o seu inglês.

Portanto, o que acontece na China não me parece algo passageiro ou fruto de uma estratégia apenas focada em subsídios ou distorção cambial. A crescente eficiência da China está sendo alicerçada com vultosos investimentos na qualidade da educação em todos os níveis.

Podemos continuar a protestar e a tomar medidas protecionistas de curto prazo contra os produtos chineses. Até concordo que, em alguns casos, isso é necessário, mas estou convencido de que seria mais útil devotarmos nossa energia para aumentar a eficiência de nossa economia e, sobretudo, transformar nossos níveis de educação.

Ou seja, hoje, o tal "negócio da China" parece ser mesmo o investimento na educação. Vamos seguir essa onda!

terça-feira, 29 de março de 2011

José de Alencar - Falece um escoteiro!

Alguns dos meus 2 ou 3 leitores sabem o quanto sou grato ao Movimento Escoteiro, pois dediquei parte dos melhores anos de minha vida sob seus ensinamentos. Fui Lobinho e Escoteiro no Grupo Escoteiro Martim Afonso em Niterói-RJ. Também fui  Sênior, Pioneiro e sub-chefe Sênior no Grupo Escoteiro Morvan Dias Figueiredo em Santos-SP. Quero fazer algumas postagens sobre isso, mas hoje quero reproduzir nota emitida pela União dos Escoteiros do Brasil (UEB) em seu site: http://www.escoteiros.org.br/ , sobre o falecimento do Vice-Presidente José de Alencar. Vendo o vídeo de Lula emocionado falando sobre a perda, chorei. A nota abaixo, me emocionou muito....

"Os Escoteiros do Brasil registram o profundo pesar pelo falecimento do escoteiro e ex-Vice-Presidente da República, José Alencar, ocorrida no dia 29 de março, vítima de um câncer contra o qual lutava desde 1997.
Nascido em 1931, José Alencar foi o 11º filho de um total de 15 do casal Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva. O ex-vice-presidente nasceu em um povoado às margens de Muriaé, no interior de Minas Gerais, e desde sua infância foi um empreendedor, trabalhando a partir dos sete anos de idade.

Aos 12 anos ingressou no Escotismo, cujas atividades sempre lembrou com carinho, reconhecendo repetidas vezes a contribuição do Escotismo em sua formação, afirmando, inclusive, que somente suportou enfrentar dolorosos momentos da doença, porque "O Escoteiro tem fibra, é alegre e sorri nas desventuras", fazendo constantemente menção aos valores propostos pela Lei Escoteira.

No final do ano de 2010 A União dos Escoteiros do Brasil concedeu ao então vice-presidente Jose Alencar a Medalha de Gratidão – Grau Ouro da UEB, bem como uma placa alusiva a todas as referências elogiosas que fazia ao Movimento Escoteiro. Naquela oportunidade o escoteiro José Alencar emocionou-se ao receber o Lenço da UEB das mãos de uma lobinha e uma escoteira, e fez um relato cheio de recordações de sua vida escoteira.

A UEB lamenta a perda de um homem que serve de exemplo, tanto por sua missão política como suas ações nos empreendimentos particulares, e que, principalmente, deu exemplo de dignidade ao Brasil e ao Mundo por ocasião dos momentos difíceis de sua vida, como um verdadeiro escoteiro.

Estamos certos de que José Alencar já está no Grande Acampamento, junto a Deus, recompensado por sua vida dedicada ao serviço ao próximo e amor à Pátria."

Bom, como brasileiro só tenho a agradecer ao exemplo de vida de um guerreiro. José de Alencar, esteja em paz! Sempre Alerta!













sábado, 26 de março de 2011

Projeto obriga presença de farmacêuticos em Unidades de Saúde do SUS

     Apesar de já ter abordado esse tema em outra postagem, considerando informações desencontradas que são postadas por alguns nas redes sociais, resolvi postar novamente, agora de forma mais minuciosa.

     No dia 16 de julho de 2008, a Deputada Federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), hoje Senadora, apresentou o Projeto de Lei (PL) 3752/2008, que "Dispõe sobre a obrigatoriedade de presença de farmacêutico nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS)”. No dia 27/05/ 2009, o Projeto foi aprovado por unanimidade na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) na Câmara dos Deputados. O Projeto também tramitou na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), tendo sido aprovado por unanimidade o parecer elaborado pelo Deputado João Dado (PDT-SP), que recomendou a aprovação do mesmo. Algumas pessoas têm dado essa notícia como novidade, mas essa aprovação ocorreu no dia 05/05/2010. Já no dia 7 de julho do mesmo ano, o Deputado Ernandes Amorim (PTB-RO), enquanto relator do Projeto na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), sugeriu o voto pela Constitucionalidade do Projeto. Aberto prazo de 5 sessões ordinárias para emendas, no dia 05/08/2010 foi encerrado o prazo, não tendo sido apresentada nenhuma emenda. Por fim, no dia 31/01/2011, o Projeto foi arquivado com base no Art. 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Essa foi uma triste notícia, até porque o PL tramitava em caráter terminativo, o que significa que não iria para o Plenário da Câmara.

     No dia 23/02/2011, a Senadora Vanessa Grazziotin, apresentou o PLS (Projeto de Lei oriundo do Senado) 62/2011 com o mesmo objetivo. Em sua ementa, diz o referido PLS:

 “Acrescenta parágrafo 4º ao artigo 15 da Lei nº 5.991,  de  dezembro de 1973 (Dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e Correlatos, e dá outras Providências), para determinar que as Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde, que dispõem de farmácias, drogarias ou dispensários de medicamentos, mantenham profissional farmacêutico habilitado e inscrito nos respectivos Conselhos Regionais de Farmácia, em seus quadros.”

     Em minha humilde opinião, a Lei 5991/73 já tratava disso. Sempre achei que a presença do profissional farmacêutico nas UBS´s estava garantida. Ocorre que diversas interpretações alegavam o contrário. Frente a isso, parabeniza a amiga farmacêutica, e agora Senadora, Vanessa Grazziotin, por apresentar um Projeto que deixa claro o que sempre defendemos: também é obrigatória a presença de farmacêuticos nas unidades de saúde do SUS.

     Como também já disse anteriormente, não basta torcer para que o Projeto tenha êxito. Cabe a cada um de nós cumprirmos com nossa parte e “atuarmos” para que ele seja aprovado.












quinta-feira, 24 de março de 2011

A importância da Assistência Farmacêutica no SUS

     Para não esquecermos, o que descrevo abaixo foi publicado em janeiro de 2008. Vale a pena lembrar que, um pouco antes disso, uma Nota de um dos órgãos suscritos abaiso (que não era o Min. Saúde) havia soltado uma Nota Técnica que pouco contribuiu para a evolução da Assistência Farmacêutica. Águas passadas (espero), reproduzo Nota técnica que trata da importância da Assistência Farmacêutica no SUS.      
     Quer ver a nota completa? Acesse:

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/nota_tecnica_qualificacao_af.pdf


ASSUNTO: QUALIFICAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA



"O sistema de saúde brasileiro passou por transformações importantes nas décadas de 80 e 90 com a criação e regulamentação do Sistema Único de Saúde – SUS. Ele representou para os gestores, trabalhadores e usuários do sistema uma nova forma de pensar, de estruturar, de desenvolver, de produzir serviços e assistência em saúde, uma vez que a universalidade de acesso, a integralidade da atenção, a equidade, a participação das comunidades e a descentralização tornaram-se os princípios do novo sistema.

Naquele período, deu-se início ao processo de implementação das propostas advindas do movimento
sanitário brasileiro. Cabe salientar que algumas delas ainda encontram-se inconclusas:
a) financiamento do sistema,
b) mudanças no modelo assistencial,
c) questões relativas aos recursos humanos no SUS, entre outras.

A inclusão dos princípios defendidos pelo Movimento da Reforma Sanitária na atual Constituição  Federal e na Lei Orgânica da Saúde garante como direito de todos e dever do Estado o  acesso universal igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde,  inclusive no que diz respeito à Assistência Farmacêutica. Esta, por sua vez, deve ser entendida como o conjunto de ações desenvolvidas pelo farmacêutico e outros profissionais de saúde, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional.  Envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua  seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e  serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva de obtenção de resultados  concretos e de melhoria da qualidade de vida da população.

A compreensão deste conceito é de suma importância, uma vez que, com frequência e de forma  errônea, ocorre a distribuição de medicamentos sem os necessários critérios que assegurem  o uso racional e seguro desses produtos. Por isso, quando se fala em acesso, no caso específico dos medicamentos, significa ter o produto certo para uma finalidade específica, na dosagem correta, pelo tempo que for necessário, no momento e no lugar adequados, com a garantia de qualidade  e a informação suficiente para o uso adequado, tendo como consequência a resolutividade das ações de saúde. Portanto, “acesso”, no contexto do uso racional e seguro, não pode estar restrito  ao produto medicamento, ocorrendo somente por meio da articulação das ações inseridas  na assistência farmacêutica e envolvendo, ao mesmo tempo, o acesso ao conjunto de ações de  atenção à saúde, com serviços qualificados. Tal entendimento torna essencial à reafirmação de que o conjunto de ações inerentes à assistência farmacêutica incluem tanto aquelas de caráter intersetorial como aquelas resultantes de atividades multiprofissionais, cuja adequada articulação tem por objetivo gerar impactos positivos no processo de atenção à saúde, além daquelas de caráter específico dos diferentes profissionais atuantes nesse campo.

Nos últimos anos, a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) tem redesenhado os contornos da atenção à saúde no País. Nesse sentido, a Política Nacional de Medicamentos (PNM)  e a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), como parte essencial da Política Nacional de Saúde, constituem instrumentos fundamentais para a efetiva implementação de ações capazes de promover a melhoria das condições de assistência sanitária à população. Dentre as diretrizes  da PNAF, destacam-se: a garantia de acesso e de equidade às ações de saúde incluindo, necessariamente, a assistência farmacêutica; o desenvolvimento, a valorização, a formação, a fixação e a capacitação de recursos humanos; a promoção do uso racional de medicamentos, por intermédio de ações que disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo; a manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede pública de saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária articulação e a observância das prioridades regionais definidas nas instâncias gestoras do SUS e a qualificação dos serviços de assistência farmacêutica existentes, em articulação com os gestores estaduais e municipais, nos diferentes níveis de atenção.

Ampliar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos, integrar a assistência farmacêutica às demais políticas de saúde, otimizar os recursos financeiros existentes, incorporar o farmacêutico na rede municipal de saúde, desenvolver e capacitar recursos humanos para implementar a assistência farmacêutica e tornar a gestão eficiente são alguns dos desafios colocados.

O enfrentamento desses desafios requer ações articuladas dos gestores da saúde das três esferas
de governo, tendo como objetivo a superação do binômio aquisição/distribuição de medicamentos, reduzido aos seus aspectos logístico-administrativos e sem qualquer conexão com o processo de atenção à saúde dos cidadãos, como sendo aquela assistência farmacêutica definida como política  pública estratégica no âmbito do Controle Social do SUS e incorporada como uma das prioridades das ações dos gestores no campo da saúde.

Construir o real significado da assistência farmacêutica e a sua inserção na atenção à saúde, exige dos gestores do SUS compromissos sérios com a estruturação e a qualificação dos serviços farmacêuticos e sua necessária articulação multiprofissional e intersetorial. Neste contexto, os farmacêuticos precisarão estar preparados para suprir as necessidades do sistema de saúde com conhecimentos e competências que viabilizem a implementação da assistência farmacêutica como uma política de saúde. Conhecer e articular os componentes do sistema de saúde com a função de gestão, de planejamento e de avaliação da assistência farmacêutica, é fundamental para a promoção do acesso aos medicamentos com uso racional. Portanto, a inserção do profissional farmacêutico passa a ser uma necessidade e o seu papel, como profissional responsável pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos, assume caráter fundamental para a atenção à saúde, entendida em toda a extensão do princípio da integralidade das ações de saúde.

Helvécio Miranda Magalhães Júnior - Presidente Conasems

Osmar Terra - Presidente do Conass

José Gomes Temporão - Ministro de Estado da Saúde".