terça-feira, 19 de maio de 2015

Documento orienta debates da 15a Conferência Nacional de Saúde.


Documento Orientador de apoio aos debates da
15ª Conferência Nacional de Saúde 



O Conselho Nacional de Saúde (CNS), órgão vinculado ao Ministério da
Saúde[1], deliberou pela realização da 15ª Conferência Nacional de Saúde (15ª CNS) em 2015 com o tema “Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro”. Uma temática que incorpora diferentes significados. Saúde pública como direito de cidadania, em contraposição à mercantilização e privatização. Saúde pública de qualidade, visando à superação das desigualdades, entre diferentes populações e regiões, à organização e à humanização nos serviços de saúde de modo a atender as necessidades dos usuários e ampliar o acesso. Cuidar bem das pessoas mediante a realização e a valorização do trabalho multiprofissional e interdisciplinar, a transformação das práticas de saúde, bem como a superação de iniquidades que afetam de forma diferenciada a população brasileira, a exemplo do racismo, sexismo e intolerância às diversidades; reafirmando, assim, a saúde como direito fundamental do povo brasileiro, pilar estruturante da cidadania e do desenvolvimento da nação.

O Conselho Nacional de Saúde também reafirma o papel das conferências como processo político-mobilizador de caráter reflexivo, avaliativo e propositivo[2] não devendo ser visto meramente como um evento. Diante disso, na 15ª Conferência Nacional de Saúde, o CNS propõe incentivar o princípio da paridade de gênero, sem comprometer a paridade entre os segmentos; superar as barreiras de acessibilidade às pessoas com deficiência; e garantir acesso humanizado. Recomenda também a participação de movimentos sociais e populares não institucionalizados, conforme estabelece o Regimento da 15ª CNS[3].
O ano de 2015 será marcado pela realização de 14 conferências nacionais setoriais e temáticas, que mobilizarão mais de dois milhões de pessoas[4]. Dentre diferentes perspectivas e diversos desafios, destacamos o de aproximar a agenda reivindicatória da sociedade à agenda dos governos eleitos.
O ambiente político-social em que acontecerão essas conferências é desafiador. O país enfrenta uma crise econômica e política que favorece propostas conservadoras e antidemocráticas, as quais colocam em risco os pilares do Estado de Direito e os avanços políticos e sociais das últimas décadas. O momento exige o compromisso efetivo do Estado, dos governos e da sociedade na defesa da democracia e da cidadania.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma das principais conquistas sociais, fruto da luta do povo brasileiro. Um balanço dos últimos 27 anos evidencia o quanto a situação de saúde da população brasileira melhorou após a criação do SUS. Contudo, problemas econômicos, políticos e sociais ainda não equacionados colocam em risco a sua consolidação. Ao mesmo tempo, o sistema tem sofrido ataques de setores conservadores e do mercado visando a sua destruição. Por isso, a defesa do Sistema Único de Saúde exige ação política firme e articulada. É preciso impedir a desconstitucionalização do SUS!
Como resultado, espera-se ampliar a representação dos sujeitos participantes; melhorar a organização e o formato das etapas deliberativas; reduzir e qualificar o número de deliberações; e, estrategicamente, aprovar prioridades dentre as diretrizes e ações que possam influenciar e incidir na formulação dos Planos de Saúde e Planos Plurianuais dos governos eleitos para o período 2016-2019.
As prioridades aprovadas na 15ª CNS, que comporão  a agenda dos próximos quatro anos e definirão o campo de atuação do controle social na saúde, deverão ser monitoradas em todas as instâncias de gestão. Vale ressaltar que, por meio das conferências de saúde, a população pode promover mudanças e melhorar o Sistema Único de Saúde, a começar pela realidade local.
Diante do exposto, o presente Documento Orientador pretende auxiliar a reflexão e o debate dos temas da 15ª Conferência Nacional de Saúde, com a possibilidade de que novos documentos sejam apensados a este. Aqui estão consolidadas as produções e posicionamentos do Conselho Nacional de Saúde acerca dos Eixos Temáticos da 15ª CNS e de temas prioritários que fazem parte da conjuntura da saúde no Brasil, fundamentados em Recomendações, Resoluções, Manifestos e Notas Públicas aprovadas pelo colegiado do CNS.
O documento também oferece, em cada Eixo Temático, algumas perguntas problematizadoras que podem nortear os debates nas conferências livres, rodas de conversa, grupos de discussão e nas etapas deliberativas municipais, estaduais, do Distrito Federal e nacional.



Leia, reflita, debata, critique.
Traga sua voz e suas propostas para a 15ª CNS.


Pleno do Conselho Nacional de Saúde
Brasília, 15 de maio de 2015.



[1] Instância máxima de deliberação do SUS, Lei nº 8.142, de 28/12/1990.
[2] Lei nº 8.142, de 28/12/1990.
[3] Resolução nº 500/2015.
[4] Fonte: Secretaria Geral da Presidência da República.



Fonte: http://conselho.saude.gov.br/web_15cns/index.html

Enunciados de saúde vão subsidiar magistrados.

Do site: http://saudejur.com.br

Os enunciados que forem aprovados durante a II Jornada de Direito da Saúde, que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizará nos dias 18 e 19 de maio, em São Paulo, servirão para subsidiar magistrados de todo país com informações técnico-científicas, necessárias para a tomada de decisões relativas a demandas na área de saúde. Ao todo, 191 propostas de enunciados foram encaminhadas ao CNJ para serem discutidas durante o evento.
Do total de enunciados inscritos, 78 são de questões relacionadas a problemas no serviço público de saúde, incluindo a falta de acesso dos pacientes a medicamentos, tratamentos, leitos hospitalares, entre outros. As outras 109 propostas se referem a deficiências no atendimento dos planos de saúde, como, por exemplo, a negativa de tratamentos. As demais propostas são sobre biodireito, que trata das relações entre o direito, a medicina e biotecnologia.
Dois magistrados de Mato Grosso vão participar da Jornada, Emerson Luis Pereira Cajango, do Juizado Especial da Fazenda Pública de Cuiabá e coordenador do Núcleo de Apoio Técnico (NAT) e Jones Gattas Dias, da Segunda Vara Especializada da Fazenda Pública de Várzea Grande.
Eles avaliam como extremamente importante a aprovação dos enunciados. Ano passado 45 enunciados interpretativos sobre direito da saúde foram aprovados durante a Jornada, sendo 19 de saúde pública, 17 de saúde suplementar e nove de biodireito. Nas jornadas de direito da saúde essa seleção é feita pelo Comitê Executivo Nacional do Fórum da Saúde e pela Comissão Científica do evento.
O juiz Emerson Cajango destaca que a Jornada é um evento de suma importância para o Judiciário e para a comunidade em geral, pois o resultado das discussões, técnicas e cientificas, envolvendo a saúde pública e suplementar permite que os juízes e Tribunais tenham acesso a elementos mínimos de padronização acerca dessas matérias.
“Também me parece claro que o evento é uma oportunidade de ampliação do próprio acesso à Justiça e um importante colaborador para a celeridade na prestação jurisdicional, pois permite que os próprios usuários do sistema de saúde pública bem como dos planos de saúde, possam conhecer previamente, a partir das conclusões materializadas nos enunciados, elementos que podem ser solicitados para o conhecimento da pretensão posta em juízo, quando envolvido esse relevante tema”, diz o magistrado.
Para ele, a ideia de se ter conclusões pré-estabelecidas não prejudica o livre convencimento do magistrado, mas ajuda sobremaneira os advogados e membros da Defensoria Pública e o próprio cidadão no esclarecimento dos direitos dos usuários dos serviços de saúde pública e suplementar e das vias de acesso, muitas vezes ignoradas.
Por outro lado, quando os gestores públicos e as operadoras de planos de saúde conhecem uma orientação acerca de determinado assunto fica mais fácil realizar um planejamento mais eficiente e prestar o atendimento adequado, “de forma que a iniciativa do Conselho Nacional de Justiça é também para os prestadores de serviço uma oportunidade ímpar de se ampliar a via de conciliação e satisfação do direito de forma administrativa, sem a necessidade de judicialização, o que, certamente, melhor atende o interesse de todos os envolvidos, em se tratando de direito indisponível”.
O juiz Jones Gattas diz também que alguns dos enunciados, aprovados democraticamente durante a jornada, refletem o quanto o direito busca acompanhar as mudanças sociais. “São novos pensamentos, novos paradigmas, mudanças de comportamento que acontecem e a área do direito precisa acompanhar essa evolução”.
Ele ressalta que os enunciados refletem entendimentos que já vêm sendo tomados. Um dos propósitos é uniformizar entendimentos, reforçar decisões já tomadas e orientar os operadores do direito e o próprio sistema de saúde.
Resposta – A realização das jornadas é uma das ações do Fórum da Saúde, criado em 2010 pelo CNJ com o objetivo de monitorar as demandas assistenciais e discutir estratégias para efetivar o direito dos pacientes. A criação do fórum foi uma resposta do Judiciário ao crescente volume de processos judiciais com pedidos por medicamentos, tratamentos, leitos e outros serviços. Conforme o último balanço do CNJ, em junho de 2014 tramitavam no País 392.921 processos judiciais do tipo. (Informações do TJMT)

Disponível em: http://saudejur.com.br/enunciados-de-saude-vao-subsidiar-magistrados/

segunda-feira, 18 de maio de 2015

"Uso racional de medicamentos na pediatria : doenças na infância 1".

Disponível em: http://hdl.handle.net/10482/18112


Autores: Patrícia Medeiros de Souza, Felipe Ferreira, Cátia Barbosa Cruz.


Neste primeiro volume estão organizadas as bulas referentes à deficiência do hormônio de crescimento, enurese noturna, hiperplasia adrenal congênita, hipertireoidismo, hipotireoidismo, obesidade, puberdade precoce central e déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), assim como as instruções para leitura e interpretação dos textos e ilustrações das bulas.

Referência: 

SOUZA, Patrícia Medeiros de; FERREIRA, Felipe; CRUZ, Cátia Barbosa (Org.). Uso racional de medicamentos na pediatria: doenças na infância 1. Brasília: UnB/HUB, 2015.


Para acessar a publicação, clique aqui.


Fonte: Repositório Institucional - Universidade de Brasília
http://repositorio.unb.br/handle/10482/18112

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Médico digita errado em receita e é condenado a pagar indenização.


Do CORREIO DO ESTADO - www.correiodoestado.com.br

Em vez de receitar 1 ml de remédio, pediatra acabou digitando 11 ml de Decadron


Médico de Campo Grande foi condenado a pagar R$ 5 mil por danos morais, depois de cometer um erro de digitação em uma receita médica, o que acabou causando efeitos colaterais em um paciente. O caso aconteceu em 2013, quando em vez de indicar 1 ml de remédio, o pediatra digitou 11 ml. Com a superdosagem, o menino, que estava com infecção no ouvido, acabou engordando e com várias feridas espalhadas pelo corpo.
Na ocasião, o erro da receita só foi descoberto dez dias depois de o menino dar início ao tratamento. Isso, porque, os sintomas não estavam sumindo. Preocupada, a mãe entrou em contato com o pediatra. Ele ficou surpreso com a dosagem de Decradon que estava sendo ministrada para a criança. Indignada, a mãe procurou à Justiça para denunciar o caso.
O médico explicou que, apesar de datilografada de forma errada, a receita foi lida em voz alta e com vocabulário de fácil compreensão. Mesmo assim, acabou condenado por erro médico.
Para a juíza Sueli Garcia Saldanha, titular da 10ª Vara Cível de Campo Grande, esse é um caso de dano moral. “é fácil avaliar o sofrimento da mãe, que viu o único filho, de tenra idade, apresentar quadros como o de extremo inchaço na barriga, além de outros sintomas, sem saber se este último poderia ou não falecer em decorrência de tal sintoma, ou seja, medo e insegurança são previsíveis e comuns em casos desta espécie”. 

Disponível em: http://www.correiodoestado.com.br/cidades/campo-grande/medico-e-condenado-por-depois-de-erro-de-digitacao-em-receita/246602/

terça-feira, 12 de maio de 2015

Projeto Piloto do Ministério da Saúde de Clínica Farmacêutica em Curitiba-PR.

O projeto-piloto da Assistência Farmacêutica implantado em Curitiba no início de 2014 faz parte o Programa de Qualificação dos Serviços Farmacêuticos (QualifarSUS), do governo federal e recebeu investimento de R$ 400 mil. Nele, farmacêuticos realizam consultas individuais com os pacientes que tomam mais que cinco medicamentos ao dia para orientar sobre o uso correto e avaliar a necessidade real desses medicamentos para a pessoa.

Para saber mais sobre o QUALIFAR-SUS acesse:
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8490&Itemid=368


Assista o vídeo: