"A inovação no setor farmacêutico"
Enviado por luisnassif, qui, 26/05/2011 - 11:25
Extraído de: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-inovacao-no-setor-farmaceutico
Da Folha
A rota da inovação no setor farmacêutico
Pesquisas que agregam melhorias e valor a produtos já existentes é um caminho trilhado com sucesso pela Índia
ROBERTO NICOLSKY - ESPECIAL PARA A FOLHA
O acordo Trips (sobre propriedade intelectual, da Organização Mundial do Comércio, de 1994) gerou em 1996 uma lei nacional de patentes com moléculas e sínteses químicas.
Tal fato exigiu novas metas às nossas farmoquímicas e farmacêuticas, em vez da antiga rota de criar similares aos medicamentos descobertos pela pesquisa no mundo.
Dois novos rumos não excludentes se oferecem à indústria nacional.
Um desses vem da lei dos genéricos, de 1999, que são patentes vencidas tornando públicos princípios ativos de medicamentos de marca, mas que têm de ser fabricados idênticos aos originais.
Inconveniente óbvio: se devem ser idênticos, então só podem se diferenciar pelo preço, isto é, reduzindo o lucro das empresas.
Outro rumo é o da inovação tecnológica, propiciando à indústria renovação do acervo de medicamentos para evitar a obsolescência terapêutica dos velhos similares e diferenciando os produtos.
As empresas nacionais que já faziam inovações se ajustaram bem à nova exigência. Outras iniciam agora esse processo virtuoso, algumas escoradas no mercado obtido via genéricos.
Mas que inovação tecnológica é viável para a indústria nacional que se inicia nessa prática? A base da nossa política de apoio à pesquisa em universidades é tentar novas moléculas terapêuticas.
Essa rota, embora seguida desde a criação do CNPq, em 1951, jamais deu resultado e dificilmente dará, pois as exigências de ensaios clínicos são cada vez maiores.
Assim, é quase impensável uma empresa da magnitude das nossas ter experiência, capital e estrutura para bancar um medicamento com um novo princípio ativo.
Isso não tira oportunidade à indústria. Ao contrário, há exemplos de que a busca de novo princípio ativo é substituída com vantagem por inovações que agregam melhorias e valor aos produtos e processos existentes.
Exemplo disso é a Índia, cuja indústria farmacêutica cresce cerca de 20% ao ano e está estimada em US$ 25 bilhões no ano fiscal 2009/ 2010, quando era de US$ 5 bilhões em 2000/2001.
Sem novo princípio ativo, baseia-se em inúmeras inovações e notadamente em novas sínteses de genéricos. E é da Índia a maior parte dos genéricos que usamos.
A agregação de inovações tecnológicas é mais rápida, de menor risco e mais eficiente para a indústria emergente no cenário mundial.
São novos processos de síntese assim como alterações de moléculas, o chamado "mee-to" ou ainda "mee-better", associações inteligentes de dois ou mais princípios ativos num único medicamento, novas apresentações farmacêuticas, novas formulações de medicamentos, aplicações etc.
Felizmente, várias indústrias nacionais já seguem essa rota.
ROBERTO NICOLSKY é físico, professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro, diretor-geral da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec) e superintendente do Instituto de P&D em Fármacos e Medicamentos (IPD-Farma).
Sou o tal do Marco Aurélio: Farmacêutico e defensor do SUS. Este é um blog para tratarmos de diversos assuntos, principalmente: saúde, SUS, assistência farmacêutica, política. Agradeço sua visita. Lembro que os comentários dos visitantes não são de nossa responsabilidade. Veja nossos canais: https://linkkle.com/BlogdoMarcoAurelio Email: oblogdomarcoaurelio@gmail.com
domingo, 5 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Primeira indicação à imortal da ABB - Academia Brasileira de Blogueiros!
Não sou nenhum especialista em Língua Portuguesa, muito pelo contrário, mas com meus 39 anos (com carinha de 38), passei minha vida ouvindo falar da Academia Brasileira de Letras (ABL). Os seus membros, os imortais escolhidos por outros imortais, sempre me causaram forte inspiração! Pessoas imortais me faziam imaginar que este seria um templo, tal qual a "Liga da Justiça", "Thundercats"...enfim, a palavra "imortal" sempre me causou uma mistura de admiração com uma certa dose de curiosidade. Com o ensejo de buscar saber mais sobre estes "super-heróis" que representavam a escrita brasileira, visitei a definição disso em http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=536 e encontrei:
"A Academia Brasileira de Letras é uma instituição que foi fundada em 20 de julho de 1897. Composta por 40 membros efetivos e perpétuos, eleitos em votação secreta e 20 sócios correspondentes estrangeiros, tem por fim o cultivo da língua e a literatura nacional."
Desevendado o mistério joguei-me aos tempos atuais. Livros são indispensáveis para qualquer cultura, isso é fato. Mas como posso pensar nisso considerando a evolução das redes sociais? Penso nisso com base no fato de que um livro foi escrito e as redes se atualizam a cada segundo! Amo os livros, mas mais do que isso, quero respeitar os seus escritores. Porque mesmo quem escreve livros é melhor do que quem os lê? Porque não posso opinar sobre quem é meu super-herói (ou imortal)? Qual será a grande diferença de um escritor de livros e um blogueiro? Não quero julgar com isso o quão democrática é essa escolha, mas por ter 2 ou 3 leitores neste blog, me senti no direito de falar sobre isso. Que tal termos uma "Academia Brasileira de Blogueiros"? Quero competir com a ABL? De forma alguma....apenas quero homenagear alguns "blogueiros" a quem admiro.
Quero começar essa humilde homenagem com meu amigo Altamiro Borges - Jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB - Partido Comunista do Brasil, autor do livro “Sindicalismo, resistência e alternativas” (Editora Anita Garibaldi). Ele é minha primeira indicação para a ABB, enquanto autor do Blog: http://altamiroborges.blogspot.com/ . Suas postagens estão diretamente relacionadas com as atualidades políticas do Brasil. Leio sempre e muito orgulha de ter tido neste camarada, uma das minhas inspirações políticas, mas por ser um estudioso das questões sociais.
Começa aqui um longo caminho de se tentar homenagear aos que já foram chamados de "Blogueiros sujos". Heróis anônimos? Não sei, mas de fato são escritores de livros que não estão nas indicações escolares, nem estão como os mais vendidos em bibliotecas, ou mais, nem escreveram livro algum! São heróis de muitos com reconhecimento de poucos. Miro, como o chamo, deve ser o grande exemplo desta situação: merecedor de um prêmio que jamais (espero que esteja errado) será dado pela ABL, por não se enquadrar neste campo!
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Entidades são favoráveis a retirada dos anorexígenos do mercado!
A SAÚDE PÚBLICA ADVERTE:
“INIBIDORES DE APETITE” FAZEM MAL À SAÚDE
Diante da polêmica surgida em relação à proposta de resolução da Anvisa de cancelamento do registro no Brasil da sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol (substâncias utilizadas como inibidores de apetite), as instituições e entidades de saúde pública listadas abaixo se posicionam favoráveis a este cancelamento, com base em consistentes estudos científicos internacionais e na recomendação da Câmara Técnica de Medicamentos (CATEME) à Anvisa. Estes estudos revelaram ausência de benefícios à saúde a longo prazo e aumento do risco de complicações cardiovasculares em usuários destas substâncias e, por conta de seus resultados, órgãos reguladores dos EUA e Europa já cancelaram seus registros.
Ao apoiar a recomendação da CATEME, nos somamos aos que colocam a saúde da população brasileira acima dos interesses comerciais e de mercado.
Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) Sergio Arouca da Fiocruz
Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde – INCQS/Fiocruz
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC
Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos - SOBRAVIME
Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - ABRASCO
Centro Brasileiro de Estudos da Saúde – CEBES
Associação Paulista de Saúde Pública -APSP
Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos (GPUIM) da UFCE
Departamento de Farmácia Social da Faculdade de Farmácia da UFMG
Associação Brasileira de Saúde Mental – ABRASME
Extraído de: http://www.cebes.org.br/internaEditoria.asp?idConteudo=1351&idSubCategoria=29
terça-feira, 31 de maio de 2011
Qual a responsabilidade de um farmacêutico?
Ontem dei uma aula sobre a Portaria 344 e as suas atualizações. Durante a fala, não deixei de tratar sobre a responsabilidade do profissional farmacêutico sobre essa legislação. Acabei por matar a saudade de dar aula na graduação, minha profissão de origem, já que hoje, cedido ao Ministério da Saúde, não tenho mais essa chance. Lembrei-me dos meus alunos, com sues olhinhos ávidos por informação, incomodados com uma aula chamada "Legislação farmacêutica", mas que se dispunham a ouvir sobre os tais "ensinamentos legais" da profissão. A matéria talvez seja chata, mas de fundamental importância para a atuação profissional.
Nunca deixei de buscar ensinar (e espero ter conseguido) de que a responsabilidade do farmacêutico não se encerra na responsabilidade técnica. Essa assunção envolve, além da responsabilidade técnica, a ética, civil, criminial e sanitária. Isso significa que o profissional farmacêutico é o principal responsável por todas as ações que envolvem as desempenhadas em sua área de atuação. Por vezes deparei-me com profissionais que diziam: "Mas não tenho condições de trabalho para tal". Não importa. Se buscarmos no nosso Código de Ética (a quem prefiro chamar de Código de Deontologia, já que Ética é outra coisa), encontraremos que o farmacêutico deve buscar as melhores condições de trabalho para exercer sua profissão. Caso contrário, o estabelecimento deve ser denunciado. É fácil fazer isso? Não. Mas devemos fazer, para podermos exercer plenamente nosso papel profissional.
Ser responsável por um estabelecimento de saúde significa que és responsável, principalmente, por quem o utiliza. Qualquer cidadão que busca um serviço de saúde busca a cura, a amenização de suas dores ou a promoção de sua saúde. Lidar com pessoas não é fácil. Por isso, ser um profissional de saúde é um "Dom" e não uma mera escolha. Quando se escolhe lidar com saúde, com certeza, não se busca a recompensa material pura e simplesmente. A remuneração pode até ser boa e condizer com os anseios de quem a escolhe, mas o principal ganho se dá com um paciente bem atendido, feliz e com sua complicação atendida pelo serviço.
Ao atuarmos na área da saúde, devemos nos lembrar que o cidadão atendido tem "direitos". Bom, talvez esteja instalado o conflito entre o seu dever e o direito de outrém. Isso tem trazido enorme discussão no campo da saúde. Em que momento um se inicia e quando termina o outro? Se a área de saúde não disponibiliza condições, muito menos remuneração, porque fazê-lo? A resposta é simples...porque é uma dádiva. Se você se encontra nesse conflito, saiba que escolheu bem. Assim como professores, policiais, médicos....sua escolha é nobre. Ninguém lhe obrigou a se dispor a cuidar da saúde de outra pessoa. Então qual o motivo de se orgulhar? Porque o que tu fazes, poucos fazem. Poucos têm o seu conhecimento, tua disposição, tua vontade de mudar. É ingrata essa área? Pode até ser...mas isso acaba por ser menor em alguns momentos. Quanto custa o sorriso de um paciente? Qual o valor de uma criança, que chegou acamada, sair brincando feliz? Isso não quer dizer que não devamos nos empenhar em participarmos de nossas entidades representativas, como os sindicatos. A organização da categoria é primordial. O fato é que a luta pela valorização profissional deve estar aliada com a luta pelo direito da sociedade. Uma justifica a outra, ou seja: Para ser um "melhor" profissional, devemos ter condições para tal.
Este humilde blog busca conclamar seus dois ou três leitores: Façamos a luta sempre, mas lembremo-nos de que existe alguém aguardando nossa melhor atuação. Tenhamos nas nossas responsabilidades não apenas a preocupação com sua legalidade. Ser responsável técnico envolve mais responsabiliades do que o termo diz. Nossa principal responsabilidade está no fato de garantir o melhor atendimento, na melhor atenção, enfim, está em ter o usuário plenamente atendido no seu direito. Saibamos que responderemos sempre pelos nossos atos, portanto, devemos nos organizar para estarmos em locais dignos, com farta possibilidade de atuarmos. Mas principalmente, que possamos ouvir aos usuários dos serviços. Ser responsável é, fundamentalmente, ser responsável por algúem!
domingo, 29 de maio de 2011
A origem da "Vacina"....
Dia desses, no Mestrado, minha amiga Aline me contou essa história depois de uma aula. Confesso que tive algumas dúvidas, mas ela resolveu me comprovar. Você sabe qual a origem da palavra "Vacina"? Com esta postagem, vou dar a origem de alguns nomes de descobertas que homenageiam seus descobridores ou inventores. Segue a história de Edward Jenner (1749-1823)...
"Edward Jenner nasceu na localidade inglesa de Berkeley, em 17 de maio de 1749. Com apenas treze anos de idade já ajudava um cirurgião em Bristol. Formou-se em Medicina em Londres, e logo em seguida retornou a sua cidade natal, onde realizou experimentos relativos à varíola, na época uma das doenças mais temidas pela humanidade.
Ao observar que pessoas que ordenhavam vacas não contraíam a varíola, desde que tivessem adquirido a forma animal da doença, Jenner extraiu o pus da mão de uma ordenhadora que havia contraído a varíola bovina e o inoculou em um menino saudável, James Phipps, de oito anos, em 04 de maio de 1796. O menino contraiu a doença de forma branda e logo ficou curado. Em 1º de julho, Jenner inoculou no mesmo menino líquido extraído de uma pústula de varíola humana. James não contraiu a doença, o que significava que estava imune à varíola.
A princípio, a experiência não obteve reconhecimento, apesar de, em 1878, Jenner ter publicado sua pesquisa no livro “An Inquiry into the Causes and Effects of the Variolae Vaccinae, a Disease Known by the Name of Cow Pox".
O reconhecimento em seu país só foi alcançado após médicos de outros países adotarem a vacinação e obterem resultados positivos. A partir de então, Edward Jenner ficou famoso por ter inventado a vacina."
Imagem e texto extraídos de: http://www.ccs.saude.gov.br/revolta/personas/jenner.html
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