domingo, 25 de novembro de 2012

Eventos para farmacêuticos em MT e SP.

Política de Medicamento e Farmácia Popular em discussão em Cuiabá
 
O Sinfar-MT em conjunto com o CRF-MT e com o Sincofarma-MT, realizam atividades inéditas em Cuiabá, no próximo dia 29/11!
 
 
Serão duas atividades no mesmo dia! No primeiro momento, uma palestra seguida de debate, abordará o tema: Farmácia Popular e é destinado aos Empresários e Farmacêuticos que atuam no Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Farmácias e Drogarias). Essa palestra se inicia às 14h no Auditório da Fecomércio, em Cuiabá. A organização pede a doação de 2kg de alimentos não perecíveis, como taxa de inscrição!
 
 
 
 
 
 
Já a outra atividade, será uma palestra seguida de debate com o tema: Política de Medicamento e será destinada a todos os Farmacêuticos e Acadêmicos de Farmácia, bem como demais profissionais da saúde e população em geral. Acontecerá no auditório do CRF-MT em Cuiabá, com início ás 19:30h. A organização pede a doação de 1kg de alimento não perecível, como taxa de inscrição.
Muitas são as dúvidas de todos sobre esses dois temas, então as Entidades Representativas dos Farmacêuticos e também dos Empresários do Comércio Farmacêutico, se reuniram e organizaram conjuntamente essas palestras, onde teremos como Palestrante o Dr. Marco Aurélio Pereira, Farmacêutico Coordenador Geral de Gestão do Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF). O DAF é ligado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. Também virá como palestrante, a Dra. Melissa Borges de Faria que também é do Ministério da Saúde!
Esses são mais eventos gratuitos realizados pelas Entidades, buscando trazer esclarecimentos e conhecimentos para todos os Farmacêuticos e Empresários ligados ao ramo Farmacêutico.
Os apoiadores dos eventos são: Ministério da Saúde, Governo Federal, FENAFAR e DISNAT.
Informações:
Sinfar-MT - (65) 3621-4560
Sincofarma-MT (65) 3321-0110
CRF-MT - (65) 3619-5200
Contamos com a presença de todos! Venha e participe!
 
 
 Seminário "Dispensação: realidade e necessidade de mudanças"

 
 
Local: Auditório da Universidade Anhembi Morumbi
Rua Casa do Ator, 275 - Vila Olímpia - São Paulo/SP
8h30Credenciamento
9hAbertura
9h30Lançamento: Fascículo de Dispensação e Novo Selo Farmácia Estabelecimento de Saúde
Ministrante: Dr. Antônio Geraldo
Conselheiro do CRF-SP e coordenador do Grupo Farmácia Estabelecimento de Saúde
10hPalestra: Dispensação - Responsabilidade Civil e Direito do Consumidor
Ministrante: Advogado especialista em direito do consumidor
10h50Intervalo
11h10Palestra: Dispensação x Venda de Medicamentos
Ministrante: Dr. Pedro Eduardo Menegasso
Presidente do CRF-SP
12hAlmoço
13h30Painel: Dispensação: realidade e necessidade de mudanças

Participantes:
Dra. Maria Eugênia C. Cury
Chefe do Núcleo de Gestão do Sitema Nacional de Notificação e Vigilância Sanitária da Anvisa

Dr. Alexandre Corrêa dos Santos
Vice-Presidente da Feifar

Sr. Natanael Aguiar Costa
Presidente do Sincofarma

Sr. Serafim Branco Neto
Assessor da Abrafarma
Dr. Rogério Lopes Junior Conselheiro da Febrafar

Representante do CFF (a confirmar)
Dr. Ronald Ferreira dos Santos
Presidente Fenafar

Dr. Marco Aurélio Pereira Representante do Departamento de Assistência Farmacêutica do MS
Representante do CRF-SP

Provocador: jornalista Eduardo Barão
17hEncerramento
Evento gratuito. Solicitada doação de uma lata de leite em pó ou um pacote de fralda geriátrica.
Contato : (11) 3067-1462 / 1468

Livro trata da dinâmica do sistema produtivo da saúde.


Saúde: espaço de nexos entre direito social e dinamismo econômico
 
Texto de: Fernanda Marques
"Para que, no futuro desejado, conforme-se no Brasil um sistema de saúde universal, integral e equânime, o Estado deve ter um papel decisivo na articulação das duas dimensões da saúde: a social e a econômica. É o que defendem os autores do livro A Dinâmica do Sistema Produtivo da Saúde: inovação e complexo econômico-industrial, lançamento da Editora Fiocruz. Um Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) frágil não atende às exigências de elevação da competitividade brasileira no cenário internacional. Mas não é só isso: essa fragilidade afeta sobremaneira a capacidade de resposta às necessidades sanitárias da população. “Gostaríamos que esta publicação se configurasse, sobretudo, como um convite para o debate e para o fortalecimento deste campo científico, com um padrão de desenvolvimento que articule, ao mesmo tempo, o dinamismo econômico com os direitos sociais e a conformação de um Estado de bem-estar no Brasil”, diz o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos A. Grabois Gadelha, coordenador do livro.
O livro apresenta a dinâmica dos investimentos no complexo produtivo da saúde, no mundo e no Brasil, analisando seus diferentes subsistemas: de base química e biotecnológica; de base mecânica, eletrônica e de materiais; e de serviços de saúde. Ao final, traz uma síntese analítica e discute políticas para o desenvolvimento do CEIS. Este é formado por indústrias farmacêuticas (de fármacos, medicamentos, vacinas, hemoderivados e reagentes para diagnósticos), industrias de equipamentos médicos e insumos, e setores de prestação de serviços (hospitais, ambulatórios e serviços de diagnósticos e tratamentos). Além dos segmentos industriais e de serviços, o CEIS reúne também o Estado, instituições de ciência e tecnologia, agências de regulação, a sociedade civil organizada e a população.

Essa multiplicidade de atores é um reflexo das peculiaridades da saúde, área que congrega alto potencial de geração de conhecimentos científicos, importante base econômica, consumo de massa e destacada presença do Estado na regulação e na promoção de atividades de inovação. A saúde responde por cerca de 20% do gasto mundial com atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Entretanto, 96% desse gasto ocorrem nos países de renda alta: os restantes 4% se dividem entre todos os demais países, inclusive o Brasil. Outra diferença é o perfil do gasto: nos países desenvolvidos, ele vem, sobretudo, das empresas, o que não se verifica no Brasil. Aqui, apesar da crescente produção científica de circulação internacional e da significativa formação de doutores e recursos humanos em saúde, o baixo comprometimento do setor empresarial com as atividades de P&D enfraquece o Ceis.
Como consequência, acentua-se no país o déficit comercial em saúde, que chegou a US$ 10 bilhões em 2011, sobretudo em produtos de maior densidade tecnológica. “A reduzida inserção empresarial nas atividades produtivas de maior densidade tecnológica e nas atividades de P&D e de inovação torna vulneráveis tanto a competitividade do sistema produtivo quanto a política nacional de saúde e a perspectiva de um sistema de proteção social universal”, argumentam os autores. Essa vulnerabilidade se torna mais evidente ao considerar que, no Brasil, enquanto o gasto em P&D é feito, principalmente, pelo Estado, o gasto em saúde é, predominantemente, privado.
Na maior parte dos países Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o gasto público responde, em média, por 71% do gasto total em saúde. No Mercosul, esse percentual é de 55,6% e, no Brasil, especificamente, ele cai ainda mais, para 44%. Este dado revela uma inconsistência em relação aos preceitos do Sistema Único de Saúde (SUS). Reforça também a necessidade de um acentuado aumento do financiamento público dos serviços de saúde e, ao mesmo tempo, do fortalecimento da base produtiva nacional – afinal, conforme defendido no livro, as bases industriais e de serviços estão fortemente interligadas.
Identifica-se, pois, uma dupla fragilidade: por um lado, a base produtiva nacional da saúde está assentada em produtos e processos de menor densidade tecnológica; por outro, parcela expressiva da população não tem acesso a bens e serviços de saúde. E esse quadro pode ainda se agravar, visto que a dinâmica demográfica e epidemiológica aponta para transformações nas necessidades de saúde. O envelhecimento da população e o aumento da prevalência de doenças crônico-degenerativas criam novas demandas para a área da saúde, com impacto sobre sua base produtiva.
Responder a essas demandas é um desafio, sobretudo em um mercado global altamente competitivo, marcado por aquisições e fusões de grandes empresas, que dominam a biotecnologia e outros segmentos intensivos em tecnologia. O desafio, contudo, vem acompanhado por oportunidades para que o Brasil fortaleça seu complexo produtivo da saúde, uma vez que se observam: a tendência de crescimento do mercado nacional e do mercado público; a existência de um parque de bens industriais e de serviços instalado no país; o ambiente político favorável; o ambiente regulatório relativamente organizado; e uma base científica avançada no campo da saúde.

Para aproveitar essas oportunidades, é necessário pautar ações de longo prazo para o desenvolvimento do CEIS em perspectiva estratégica. Nesse sentido, os autores comentam ações como o novo Profarma (Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica); os Fundos Setoriais e os mecanismos de subvenção econômica para fomento às atividades de C&T nas empresas; o programa Mais Saúde; as mudanças do marco regulatório no âmbito do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde; o avanço normativo na Anvisa; e a atuação do Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual, entre outras.
Reconhecendo que a tensão entre o interesse privado e o público, inerente ao capitalismo, se expressa de modo incisivo no desenvolvimento do CEIS, o livro reafirma a necessidade de políticas e ações que estabeleçam nexos entre as dimensões econômica e social da saúde. Além de Carlos A. Grabois Gadelha, assinam a obra José Maldonado, Marco Vargas, Pedro R. Barbosa e Laís Silveira Costa, todos pesquisadores do Grupo de Inovação em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). O livro, elaborado no âmbito da Fiocruz, representa uma versão revista e atualizada da análise sobre o complexo produtivo da saúde que integrou o projeto Perspectivas de Investimento no Brasil, desenvolvido pela UFRJ e Unicamp, em parceria com o BNDES."
 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A coxinha virou remédio?



Matéria publicada na revista exame (www.exame.com).
Escrita por Márcio Kroehn (marcio.kroehn@abril.com.br)

Só no Brasil: A coxinha virou remédio?
Revista Exame - 15/10/2012


Prolifera nos tribunais de rodo o país uma nova modalidade de demanda — os processos que exigem do sistema público de saúde o pagamento de dietas especiais para o tratamento de doenças. Ocorre que boa parte deles é questionável. Dos 241 processos da área da saúde que estão em julgamento, quase 10% são de terapias alimentares, no mínimo, esquisitas. Em Minas Gerais, uma dessas ações condenou a Secretaria Estadual de Saúde a pagar — e a entregar em domicílio — uma porção diária de coxinhas ao reclamante que venceu a causa. O juiz se baseou na receita médica anexada aos autos, que apenas indicava a dieta, sem explicá-la, e nâo considerou válido o argumento do advogado da secretaria de que a gordura do quitute, na verdade, prejudicaria a saúde do paciente. A porção custa 500 reais mensais ao governo mineiro. Para o país, a conta com as dietas especiais é indigesta: 30 milhões de reais por ano.

sábado, 17 de novembro de 2012

Dicas de filmes para profissionais de saúde - Parte VII

E a saga continua. Até o momento, este humilde blog já recomendou 27 filmes que todos os profisionais de saúde deveriam assistir. Temos recebido sugestões e comentários de alguns que assistiram algum dos filmes.
Caso queira ver os outros filmes, visite o Blog do Marco Aurélio, acessando ao lado direito o marcador Dicas de Filmes, ou acesse: http://marcoaureliofarma.blogspot.com.br/search/label/Dicas%20de%20filmes
 
Abaixo, mais  dois filmes....espero que curtam:


DECISÕES EXTREMAS - Extraordinary Measures

Extraordinary Measures é uma trama baseada em fatos reais que conta o drama de John Crowley (Brendan Fraser), um homem que desafia a sabedoria convencional e as probabilidades, e arrisca o futuro de sua família ao buscar a cura da doença congênita que ameaça a vida de seus filhos.
Com o apoio incondicional de sua mulher, Aileen Crowley (Keri Russell), eles procuram a todo custo uma cura para a doença dos filhos. Eles encontram uma esperança ao conhecer o brilhante e excêntrico cientista Dr. Stonehill (Harrison Ford).
Juntos eles fundam uma empresa bio-tech focada em desenvolver uma droga que salve a vida das crianças e que prove que as teorias do cientista estavam certas.
"Eles tinham tudo a perder, então arriscaram tudo."
Um filme que mostra que não podemos esperar por um milagre... precisamos fazer um.



Sinopse e imagem extraídas de: http://refilmagem.com.br/filme/decisoes-extremas


SEM LIMITES

Há anos o escritor Eddie Morra (Bradley Cooper) esta sofrendo um bloqueio criativo. Quando um velho amigo lhe apresenta um remédio revolucionário sua vida muda instantaneamente. Com o remédio Eddie passa a usar 100% do seu cérebro. Ele consegue lembrar de tudo que já leu, ouviu ou viu em toda sua vida. Aprende línguas, faz cálculos, consegue ler e escrever muito rapidamente. Porém para que tudo isto ocorra ele precisa tomar o remédio todo dia. Em poucas semanas Eddie vira o rei de Wall Street chamando a atenção do mega empresário Carl Van Loon (Robert De Niro) que o contrata para fechar um dos maiores negócios da história. Tendo se tornado uma pessoa perfeita ele agora passará a viver sem limites.



Snopse e imagem extraídas de: http://refilmagem.com.br/filme/sem-limites

Avanços no tratamento do Diabetes no SUS

"Paciente com diabetes no Brasil gasta R$ 5,9 mil por ano com tratamento"

Publicado no dia 16/11/2012 - Brasil Econômico

Jornalista: Érica Ribeiro (eribeiro@brasileconomico.com.br)


Gastos públicos com internações em 2011 foram de R$ 89,3 mi; no primeiro semestre de 2012, R$ 43,4 mi


Os caminhos para a prevenção do diabetes e o tratamento da doen ça estão mais eficazes, mas ainda há um longo caminho a percorrer. O Dia Mundial do Diabetes foi lembrado na última quarta feira e, segundo levantamento do Ministério da Saúde, houve uma estabilização decorrente do diabetes. O estudo mostrou que nos primeiros semestres dos anos de 2010 a 2012, a média de hospitalizações foi de 72 mil, número visto como um avanço pelo ministério por conta do crescimento do acesso a medicamentos gratuitos e ampliação dos cuidados de atenção básica no país. Um estudo da médica Luciana Bahia, do depar tamento de Farmacoeconomia da Sociedade Brasileira de Diabetes, chamado Escudi Estudo de Custos do Diabetes, aponta que o envelhecimento da população e o aumento do diabetes no mundo são algumas das causas do impac to econômico provocado pela doença, que, por sua vez, exige maior demanda por tratamento. Para o estudo, realizado em 2007, foram ouvidos mil pacientes adultos em oito cidades brasileiras, do ponto de vista do tratamento am bulatorial, ou seja, medicamentos, tiras reagentes, insulina, exa mes e consultas

"O dado per capita por ano era de RS 2.900 em 2007 e, atua lizados para 2012, levando em conta a inflação no período, verificamos que este custo subiu para RS 5.200 por ano por pessoa no Brasil, tomando por base o atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS). Já no sistema privado, o paciente gasta R$ 12 mil por ano por pessoa", explica Luciana Bahia.

Ela ressalta que quando há complicações decorrentes da doença, o gasto quase triplica no SUS. Em 2012, segundo ela, o Ministério da Saúde gastou só com insulina R$ 15 milhões.

"O programa de assistência ao diabético na farmácia popular é grandioso. O Brasil é o maior comprador de insulina do mundo. É uma doença que tem um alto impacto económi co, clínico e social. O paciente morre mais cedo, se aposenta mais cedo e todos estes aconte cimentos geram impactos eco- nômicose familiares", acrescen ta a médica.

A oferta de medicamentos gratuitos por meio do programa Saúde Não Tem Preço começou em fevereiro de 2011. Desde o início do programa, 4,1 milhões de pessoas foram beneficiadas com medicamentos para trata mento do diabetes sem gastos. O ministério também levantou dados sobre o custo com inter nações por diabetes, no período de 2010 ao primeiro semestre de 2012. Somente com interna ções, os gastos públicos em 2010 foram de R$ 83,2 milhões e, em 2011, R$ 89,3 milhões e nos seis primeiros meses de 2012, os custos ficaram em RS 43,4 milhões. O ministério in formou que os gastos do gover no federal com a doença não podem ser mensurados somente com esses números, uma vez que há também um forte investi mento na Atenção Básica.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Balduíno Tschiedel, o Brasil tem avançado bastante nos investimentos em saúde, mas ainda destinamos menos de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) para este fim. Ele elogiou algumas iniciativas governamentais como o programa Saúde Não Tem Preço. Mas diz que estas e outras iniciativas ainda esbarram na falta de capilaridade para que os resultados sejam ainda mais eficientes: "O programa do governo de acesso a medicamentos veio em boa hora e ajuda em muito portadores de doenças crônicas como o diabetes. Mas ainda há muito caminho pela frente no que diz respeito à capilaridade do sistema. Mas não podemos deixar de elogiar iniciativas do ministério, sobretudo ao diabetes tipo 2".