terça-feira, 27 de setembro de 2011

Patentes de medicamentos em discussão na ONU.

Acompanhamos na última semana a participação brasileira na 51ª Reunião do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Washington, Estados Unidos. Evento da mais alta importância, o Brasil, através da Presidenta Dilma e dos Ministros que a acompanharam, tiveram papel de destaque, para o incômodo de muitos. É preciso lembrar que essa é a primeira vez em que uma mulher discursa na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A participação do Brasil causou elogios, inclusive por parte da oposição. É notória a liderança que nosso país exerce em diversos assuntos, entre eles, a saúde.

Entre os assuntos abordados, a patente de medicamentos ocupou papel destacado. Sobre o tema, a Presidenta Dilma disse: “O Brasil respeita seus compromissos em matéria de propriedade intelectual, mas estamos convencidos de que as flexibilidades são indispensáveis para políticas que garantam o direito à saúde”.

O Ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, defendeu  uma ação internacional integrada contra as doenças crônicas não transmissíveis, que provocam 63% das mortes no mundo, e pelo acesso universal a medicamentos. O Ministro defendeu a flexibilização das patentes dos medicamentos destinados às doenças crônicas não transmissíveis. Segundo o site do DCI "Padilha acrescentou que a adoção de uma espécie de banco de preços, comparando o valor cobrado por medicamentos estrangeiros e nacionais, levou o governo a economizar R$ 600 milhões."


Fontes:
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/09/na-onu-dilma-defende-flexibilizacao-das-patentes-de-medicamentos.html
 
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/dilma-abre-assembleia-geral-da-onu-em-nova-york/

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Dilma e o Prog. Farmácia Popular na ONU, no "Café com a Presidenta"!

A presidenta Dilma Rousseff, primeira mulher a discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU, defendeu a discussão conjunta entre os países para enfrentar a crise econômica mundial. Nesta edição do programa, Dilma Rousseff, também destacou as políticas brasileiras, apresentadas a outros países, como o acesso gratuito a medicamentos.

Apresentador: Olá, bom dia a todos! Eu sou o Luciano Seixas, e começa agora mais um Café com a Presidenta, o nosso encontro semanal com a presidenta Dilma Rousseff. Bom dia, presidenta!

Presidenta: Bom dia, Luciano! Bom dia a todos os nossos ouvintes!

Apresentador: Presidenta, na semana passada, a senhora participou de um momento histórico em Nova Iorque, na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas. No seu discurso, a senhora enfatizou a necessidade de se buscar uma saída para a crise econômica internacional. Como a senhora avalia esse momento?

Presidenta: Olha, Luciano, para mim foi uma honra abrir a Assembleia Geral da ONU. Além de ser a primeira mulher a discursar na abertura, eu estava representando ali o Brasil, um país que vem tendo cada vez mais destaque no cenário internacional. A força do nosso país e as opiniões do nosso povo estão sendo cada vez mais respeitadas lá fora. Falei da crise econômica internacional em meu discurso, Luciano, porque o mundo vive um momento muito delicado. É uma crise financeira que nasceu nos países mais ricos e está deixando milhões e milhões de desempregados em todo o mundo, em especial, nos países mais ricos. A posição defendida pelo Brasil na ONU é de que a saída para a crise econômica mundial deve ser discutida por todos os países juntos. É claro que os países desenvolvidos têm uma responsabilidade muito maior, porque lá que a crise começou. Mas todos os outros países sofrem as consequências de alguma forma, ainda que indireta. Então, todos devem ter o direito de participar das soluções. Agora, Luciano, é importante dizer aqui que o Brasil está bem preparado para este momento. Temos reservas internacionais em dólar, estamos fortalecendo o nosso mercado interno e estamos mantendo os nossos empregos. Vamos assegurar o crescimento da economia, vamos continuar com nossa política de distribuição de renda e vamos dar mais oportunidades para todos melhorarem de vida.

Apresentador: Presidenta, a senhora participou na Reunião de Alto Nível sobre doenças crônicas não transmissíveis e destacou o programa Saúde não tem Preço, que distribui remédios de graça.

Presidenta: Foi, sim, Luciano. Nós já distribuímos 5,4 milhões de medicamentos, em 20 mil farmácias que têm aquela placa – “Aqui tem Farmácia Popular”. Isso significa que estamos garantindo o direito das pessoas ao tratamento de saúde. Isso, Luciano, é muito importante, porque praticamente nenhum país do mundo distribui de graça, para a sua população, remédios para hipertensão e diabetes. Por isso o interesse sobre esse assunto foi grande, e o nosso exemplo está servindo de inspiração. Outro assunto que tratei na ONU, Luciano, foi a questão das patentes dos remédios. É necessário que se abra a exclusividade dos laboratórios sobre remédios que fazem diferença e asseguram a vida de milhões e milhões de pessoas no mundo inteiro. A partir do momento em que outras indústrias são autorizadas a produzirem determinado remédio, o preço cai e ele fica mais acessível.

Apresentador: Presidenta, a senhora foi a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral da ONU, e também discursou numa reunião da ONU Mulheres, sobre a participação política das mulheres. É preciso aumentar o espaço das mulheres nas decisões mundiais?

Presidenta: É preciso sim, Luciano. Os caminhos de participação da mulher estão, hoje, cada vez mais abertos no mundo inteiro, mas há muito o que avançar. A ONU Mulheres, liderada pela ex-presidenta do Chile, Michelle Bachelet, é um passo importante para coordenar as ações e políticas de apoio às mulheres em todo o mundo.

Apresentador: E o Brasil tem muito a contribuir nessa questão, não é?

Presidenta: Sem dúvida, Luciano. Eu contei, lá na ONU Mulheres, que aqui, as mulheres e as crianças são prioridade em programas sociais como o Bolsa Família, e que as mulheres recebiam a maioria das bolsas – 93%. Então, com esses benefícios sociais, Luciano, estamos ajudando a tirar milhões de famílias da miséria. Senti muito orgulho de mostrar ao mundo que, no nosso Brasil, as nossas políticas já elevaram 40 milhões de brasileiros e brasileiras às classes médias.

Apresentador: O Brasil desperta cada vez mais atenção lá fora por causa dos programas sociais e de seu desenvolvimento, não é, presidenta?

Presidenta: Certamente, Luciano. O Brasil está mostrando ao mundo que é possível fazer a economia crescer e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas melhorem de vida. Foi assim que conseguimos driblar a crise econômica mundial em 2008, e é assim que estamos nos preparando para evitar impactos maiores da crise atual sobre o Brasil e sua economia. Então, Luciano, eu voltei muito animada da Assembleia da ONU. Levamos para o mundo as nossas experiências, as nossas ideias e nossa forma de encontrar soluções para os problemas.

Apresentador: Presidenta, o nosso programa chegou ao fim. Obrigado e até a semana que vem!

Presidenta: Olha, Luciano, obrigada. Obrigada também a todos os ouvintes que nos acompanharam até aqui.

Apresentador: Você pode acessar este programa na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br. Voltamos segunda-feira, até lá!

Fonte: http://www.ojornalweb.com/2011/09/26/governo-defende-acao-conjunta-entre-os-paises-para-enfrentar-crise/

Imagem: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/apos-elevar-ipi-de-carros-importados-dilma-critica-protecionismo-na-onu

domingo, 25 de setembro de 2011

Por que 25 de setembro é dia internacional dos farmacêuticos?

Hoje estamos comemorando o dia internacional dos farmacêuticos. A data foi instituída pela FIP (Federação Internacional Farmacêutica) em 2010. A FIP, segundo o site da Federação, (http://www.fip.org) ”foi criada em 1993 com um programa de bolsas e prêmios. Além dos prêmios em reconhecimento de excelência, a Fundação FIP também torna Subsídios FIP disponíveis Desenvolvimento para farmacêuticos jovens em formação ou de investigação, bolsas de viagem FIP Internacional e Bolsas FIP. Em 1997, introduziu o Prêmio Jovem Apresentador Poster, que são dadas a um número de pessoas que apresentaram resumos para o Congresso FIP, que foram rastreados e aprovados por um ou outro secretário do científico ou profissional.”

O site diz ainda que “O Conselho da FIP (Federação Internacional Farmacêutica) instituiu, por meio de votação realizada, no dia 28 de agosto de 2010 (sábado), 25 de setembro como o Dia Internacional dos Farmacêuticos. A decisão visa a dar uma unidade entre a categoria, no mundo inteiro.”

Vasculhei pela internet para saber o porquê da escolha do dia 25 de setembro. Queria saber o que ocorreu nesta data para que merecesse ser a data comemorativa dos farmacêuticos de todo o mundo, mas não encontrei. Vários sites e blogs elogiaram a iniciativa, mas não encontrei a resposta que buscava. Seja por ignorância ou por pouca divulgação, não sei o porque do dia 25 de setembro. Encontrei que nesta data, comemora-se o dia do rádio e que “o rádio foi patenteado pelo cientista e inventor italiano Guglielmo (Guilherme) Marconi, no início do século 20.” Descobri ainda que “a primeira transmissão radiofônica no Brasil aconteceu no dia 7 de setembro de 1922, por ocasião do centenário da independência”. Descobri também que nesta data, em 1957, “nove estudantes afro-americanos entram na escola secundária Central só para brancos, em Little Rock, no Arkansas, protegidos por guardas fortemente armados.” Além disso, em 1926, “Henry Ford, Presidente da empresa norte-americana Ford, reduziu a semana laboral de seis para cinco dias por semana e para as oito horas diárias.” Nesta mesma data, em 1991, Fernando Collor instituiu o horário de verão. Bom, fatos curiosos mas que não me disseram do porque do dia 25 de setembro.

Como este humilde blogueiro (cuja humildade também o faz assumir que talvez não seja tão blogueiro assim) não tem problemas em assumir sua ignorância publicamente peço ajuda para quem souber o porque desta data. Quem souber, favor enviar seu comentário.

Fonte:

http://educacao.uol.com.br/datas-comemorativas/ult1688u52.jhtm

http://www.canaldehistoria.pt/hoyenhistoria

http://pt.wikipedia.org/wiki/25_de_setembro



terça-feira, 20 de setembro de 2011

"Saúde não tem preço" em discurso na ONU!

Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, na abertura da Reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis - Nova Iorque/EUA em 19/09/2011

Fonte: http://www2.planalto.gov.br/imprensa/discursos/discurso-da-presidenta-da-republica-dilma-rousseff-na-abertura-da-reuniao-de-alto-nivel-sobre-doencas-cronicas-nao-transmissiveis-nova-iorque-eua/view



"Senhor Presidente,Senhoras e senhores chefes de Estado e de Governo,

Gostaria de congratular a Organização das Nações Unidas e a Organização Mundial da Saúde pela realização desta Reunião de Alto Nível sobre as Doenças Crônicas Não Transmissíveis. O êxito obtido nas reuniões anteriores é um estímulo para avançarmos na Agenda Global da Saúde. Neste momento, nossa pauta se estrutura em função das pessoas que sofrem de doenças como hipertensão, diabetes, câncer e doenças respiratórias.  A principal causa de nossa determinação e empenho para reduzi-las são as perdas de vida precoces e o sofrimento das pessoas e seus familiares. No meu país, 72% das causas não violentas de óbito entre pessoas com menos de 70 anos são por essas doenças.

Senhor Presidente,
O Brasil defende o acesso aos medicamentos como parte do direito humano à Saúde. Sabemos que é elemento estratégico para a inclusão social, para a busca da equidade e para o fortalecimento dos sistemas públicos de Saúde. Uma das primeiras medidas do meu governo foi aumentar o acesso a medicamentos para os pacientes hipertensos e diabéticos no Sistema Único de Saúde. Estamos garantindo medicamentos gratuitos para essas doenças, especificamente diabetes e hipertensão. O programa Saúde não tem Preço distribui tais medicamentos gratuitamente por meio de parceria com mais de 20 mil farmácias públicas e privadas.

Senhor Presidente,
A defesa pelo acesso a medicamentos e a promoção à prevenção à Saúde devem caminhar juntas. O Brasil respeita seus compromissos em matéria de propriedade intelectual, mas estamos convencidos de que as flexibilidades previstas no Acordo TRIPs da OMC, na Declaração de Doha, sobre TRIPs e saúde pública, e na Estratégia Global sobre Saúde Pública são indispensáveis para políticas que garantam o direito à Saúde.

Senhor Presidente,
No Brasil, estamos intensificando o combate aos fatores de risco com maior influência no aparecimento das doenças crônicas, a saber: o tabagismo, o consumo abusivo de álcool, a inatividade física e a alimentação não saudável.Estamos promovendo a reformulação dos espaços urbanos nas grandes cidades brasileiras, e o programa Academia da Saúde prevê a criação de 4 mil novos espaços para atividade física orientada. O governo brasileiro vem também tomando medidas para garantir alimentação mais adequada com incentivo ao aleitamento materno, à rotulagem dos alimentos e ao Programa de Alimentação nas Escolas [Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)]. Outra iniciativa do meu governo foram acordos voluntários com a indústria alimentar para a eliminação das gorduras trans e para a redução do sódio.Queremos avançar ainda mais no combate ao tabagismo com a implementação plena dos artigos da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.A saúde da mulher é uma prioridade do meu governo. Estamos fortemente empenhados na redução da mortalidade infantil, pelo câncer de mama, o mais frequente, e pelo câncer do colo do útero, que ainda é um grave problema na região das mais vulneráveis do norte do meu país.  Assim, estamos facilitando o acesso aos exames preventivos, melhorando a qualidade das mamografias e ampliando o tratamento para as vítimas do câncer.

Senhor Presidente,
Esta reunião de Chefes de Estado de todo o mundo deve produzir passos decisivos para a redução das doenças crônicas não transmissíveis. A incidência desproporcional dessas doenças entre os mais pobres demonstra a necessidade de respostas integrais ao nosso problema. É fundamental que haja coordenação entre as políticas de saúde e aquelas destinadas a lidar com os determinantes sócio-econômicos dessas enfermidades. A importância central do tema para o Brasil e para o mundo levou meu país a promover, em conjunto com a OMS – a Organização Mundial de Saúde, a Conferência Mundial de Saúde, a conferência mundial sobre os determinantes sociais da Saúde.

Convido a todos os presentes para comparecerem a essa Conferência, que será realizada nos dias 19 e 21 de outubro de 2011, no Rio de Janeiro.Muito obrigada."

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Senado questiona a revista "VEJA" sobre o "Victoza"!

A Revista Veja publicou uma matéria que tem gerado grande polêmica. Já comentei isso em outra postagem, quando da divulgação de nota da ANVISA sobre o assunto. Abaixo divulgo manifestações de alguns Senadores sobre o tema.

Suplicy: 'Veja' deve explicar se recebeu para publicar matéria sobre dieta

Em pronunciamento nesta quarta-feira (14), o senador Eduardo Suplicy alertou para os perigos do uso de remédios contra diabetes com a finalidade de emagrecimento. Segundo o senador, matéria publicada na revista Veja sobre o medicamento Victoza provocou corrida às farmácias, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que há "elevado risco sanitário para a saúde da população".

A reportagem da revista informa que o medicamento é capaz de proporcionar a perda de até 12 quilos em apenas cinco meses. Para Suplicy, o texto não chama a atenção de forma adequada para o cuidado que devem ter os pacientes, já que o remédio é aprovado apenas para o tratamento de diabetes.

O parlamentar chegou a questionar as razões que levaram a revista a publicar o material sobre a dieta milagrosa. Para Suplicy, a revista Veja e a Editora Abril "prestariam um serviço à população" se pudessem informar se a matéria teve caráter publicitário:

- Teria o laboratório pago para que fosse realizada essa matéria? Ou será que essa matéria teve, por parte da Editora Abril, finalidade científica?

O senador leu nota divulgada pela Anvisa no dia 9 de setembro, poucos dias após a publicação da reportagem, com esclarecimentos sobre a finalidade do remédio.

"Em relação a reportagem intitulada 'Parece Milagre', edição número 2.233 da revista VEJA, de 07/09/2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarece que o Victoza é um produto "biológico". Ou seja, trata-se de uma molécula de alta complexidade, de uso injetável, contendo a substância liraglutida. O medicamento, fabricado pelo laboratório Novo Nordisk, foi aprovado pela Anvisa para comercialização no Brasil em março de 2010, com a finalidade de uso específico no tratamento de diabetes tipo 2. Portanto, seu uso não é indicado para emagrecimento", diz o primeiro parágrafo da nota.

Vanessa Graziotin quer que 'Veja' esclareça matéria sobre dieta milagrosa

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) anunciou em Plenário nesta quarta-feira (14) que está preparando uma série de requerimentos de informações a serem encaminhados à revista Veja, à Editora Abril e ao laboratório Novo Nordisk para que expliquem as motivações de uma matéria publicada na semana passada pela revista semanal sobre o uso como emagrecedor do remédio Victoza - destinado a tratamento da diabetes.

A reportagem da revista mostra que o medicamento, novo no mercado, estaria sendo usado para o emagrecimento. A senadora assinalou que, de acordo com a reportagem, o remédio oferece "brandos e passageiros efeitos colaterais", diferentemente do que informou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

- É preciso que haja uma investigação profunda em relação a matérias publicadas na imprensa - afirmou a senadora, sublinhando que, em vez de científicas, há matérias que são meramente publicitárias e que, "em vez de ajudar a população brasileira, o sistema de saúde, podem trazer grandes prejuízos".

Ela admitiu, porém, que empresas privadas não têm obrigação de responder aos seus requerimentos. Vanessa Grazziotin afirmou ter tido conhecimento de que, depois da publicação da matéria, houve grande corrida às farmácias em busca do medicamento para a utilização no emagrecimento. Para a senadora, essa é uma questão grave que o Senado deve "pegar em suas mãos".

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também tratou do assunto em Plenário. Para o senador de São Paulo, a revista Veja e a Editora Abril "prestariam um serviço à população" se pudessem informar se a matéria teve caráter publicitário.

- Teria o laboratório pago para que fosse realizada essa matéria? Ou será que essa matéria teve, por parte da Editora Abril, finalidade científica?

Marcelo Crivella critica reportagem sobre medicamento usado para perda de peso

Em pronunciamento nesta quarta-feira (14), o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) mostrou preocupação com a reportagem "Parece Milagre", da revista Veja, sobre o medicamento Victoza, que seria capaz de provocar a perda de cerca de até 12 quilos em apenas cinco meses. Segundo o senador, a revista não alertou sobre os riscos do uso do medicamento, indicado para o tratamento de diabetes, por pacientes que querem perder peso.

Crivella afirmou que o remédio foi a "coqueluche das farmácias" nos últimos dias, mas lembrou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nota em que alerta para possíveis problemas que os pacientes podem ter com o medicamento, como alteração da função renal e distúrbios da tireóide.

- A reportagem acabou atraindo a atenção de milhares, dezenas de milhares, centenas de milhares, e eu diria mais: milhões de pessoas, porque a revista acaba passando de mão em mão, e eu não sei se o alerta da Anvisa será também visto por todos os brasileiros que se interessaram por comprar esse'milagre' - alertou.

O senador considera legítimo que os veículos de comunicação queiram dar boas notícias aos leitores, mas afirma que a revista deve ao povo brasileiro uma nova reportagem, desta vez com os riscos do uso do medicamento.

- Eu acho que a Veja está devendo a nós todos, pela importância da revista, pelos anos todos que tem de credibilidade do povo brasileiro, uma outra manchete: "parece milagre, mas não é" - afirmou o senador, que sugeriu a realização de uma audiência pública sobre o tema.

Fonte geral: Agência Senado. Disponível em http://www.senado.gov.br

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Pres. Dilma fala ao "Fantástico" sobre o "Saúde não tem preço"!

Tenho a oportunidade de estar na coordenação do Programa Farmácia Popular há quase dois anos, fato que agradeço muito. Por todos os dados apresentados, não tenho dúvida de quantas pessoas foram beneficiadas pelo Programa e principalmente pela ação "Saúde não tem Preço", que garante acesso gratuito para os pacientes que utilizam medicamentos indicados para a hipertensão e diabetes. É um orgulho ter podido trabalhar no último ano do governo do Presidente Lula e agora com a Presidenta Dilma. No último domingo, durante o Fantástico, a Presidenta Dilma falou sobre o Programa como uma das grandes ações do governo. Agradeço a todos que nos  que  parabenizaram por estarmos a frente do "Farmácia Popular", mas essa é uma conquista de muitos. Em primeiro lugar dos que acreditaram na proposta, como os ex-diretores do DAF e dos ex-Ministros da Saúde, mas uma saudação especial deve ser dada ao Ministro Padilha, na condução do Ministério da Saúde (MS)  nos últimos meses e para a Presidenta Dilma, que cumpriu de forma efetiva uma de suas promessas de campanha. Basta acompanhar o que tem feito o MS para o avanço da saúde coletiva no Brasil para perceber o que significa esse tema para o atual governo...e todo o empenho da Presidenta em garantir saúde de forma universal, equânime e com respeito aos que vivem na linha da extrema pobreza! Abaixo, o que disse a Presidenta para Patrícia Poeta...


"Patrícia: Qual que a senhora acha que foi, nesses oito meses, o seu maior acerto?


Dilma: Nesses oito meses? Deixa eu pensar. Por que eu estou pensando? Porque eu não posso te dar várias. Porque eu acho que algumas coisas eu acertei bastante. Eu vou falar, eu acho que foi muito acertado, logo de início, ter entregue os remédios de graça. Sabe por que eu estou falando isso? Porque eu acho que a pessoa que não tem dinheiro para comprar um remédio que precisa, acho que é um drama humano violento. Aqui nessa mesa, nós decidimos que a gente ia garantir e assegurar para todas as pessoas do Brasil que sofrem de diabetes e pressão alta, que a gente ia assegurar o acesso ao medicamento de graça. Porque nós somos o único país que faz isso nessa proporção. Por isso que eu tenho orgulho disso. Podia dar uma segunda?"

Para os que não viram a entrevista da Presidenta, acesse:

domingo, 11 de setembro de 2011

Anvisa, revista VEJA e o medicamento Victoza.

"Em reunião de sua Diretoria Colegiada, no último dia seis, a Anvisa analisou a reportagem da revista Veja, intitulada “Parece Milagre”, edição número 2.233 da revista VEJA, de 07/09/2001, e decidiu enviar à revista uma nota de esclarecimentos sobre o assunto, solicitando que esta nota seja publicada como um complemento à referida reportagem. A mesma nota também foi enviada para os demais veículos de imprensa e para instituições do âmbito da saúde como o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e Conselho Federal de Farmácia, entre outros. Conheça a íntegra da nota:

Em relação a reportagem intitulada “Parece Milagre”, edição número 2.233 da revista VEJA, de 07/09/2001, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarece que o Victoza é um produto “biológico”. Ou seja, trata-se de uma molécula de alta complexidade, de uso injetável, contendo a substância liraglutida. O medicamento, fabricado pelo laboratório Novo Nordisk, foi aprovado pela Anvisa para comercialização no Brasil em março de 2010, com a finalidade de uso específico no tratamento de diabetes tipo 2. Portanto, seu uso não é indicado para emagrecimento.

A indicação de uso do medicamento aprovada pela Anvisa é como “adjuvante da dieta e atividade física para atingir o controle glicêmico em pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2, para administração uma vez ao dia como monoterapia ou como tratamento combinado com um ou mais antidiabéticos orais (metformina, sulfoniluréias ou uma tiazollidinediona), quando o tratamento anterior não proporciona um controle glicêmico adequado”.

Por tratar se de um medicamento “biológico novo”, o Victoza, assim como outros medicamentos dessa categoria, estão submetidos a regras específicas tanto para o registro quanto para o acompanhamento de uso após o registro durante os primeiros cinco anos de comercialização. Além disto, o produto traz a seguinte advertência no texto de bula: “este produto é um medicamento novo e, embora pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso informe seu médico.”

Para o registro do produto foram apresentados os relatórios de experimentação terapêutica com estudos não clínicos e clínicos Fase I, Fase II e Fase III comprovando a eficácia e segurança do produto, para o uso específico no tratamento de diabetes tipo 2.

É importante destacar que além dos estudos apresentados para o registro, encontra-se em andamento um estudo Fase IV (pós

registro) para confirmação da segurança cardiovascular da liraglutida. Os resultados deste estudo podem trazer novas informações a respeito da segurança do produto.

O laboratório fabricante já enviou à Anvisa três relatórios sobre o comportamento do produto, trata-se do documento conhecido como PSUR (Relatório Periódico de Farmacovigilância). Além disto, o Novo Nordisk decidiu incluir, em junho de 2011, em seu Plano de Minimização de Risco (PMR) a alteração da função renal como um potencial efeito adverso do uso da medicação.

Nos estudos clínicos do registro e nos relatórios apresentados à Anvisa foram relatados eventos adversos associados ao Victoza, sendo os mais freqüentes: hipoglicemia, dores de cabeça, náusea e diarréia. Além destes eventos destacam-se outros riscos, tais como: pancreatite, desidratação e alteração da função renal e distúrbios da tireóide, como nódulos e casos de urticária.

Outra questão de risco associada aos produtos biológicos são as reações de imunogenicidade, que podem variar desde alergia e anafilaxia até efeitos inesperados mais graves. No caso da liraglutida a mesma apresentou um perfil de imunogenicidade aceitável para a indicação como antidiabético, o que não pode ser extrapolado para outras indicações não estudadas, por ausência de dados científicos de segurança neste caso.

Para o caso de inclusão de novas indicações terapêuticas deve-se apresentar estudo clínico Fase III comprovando a eficácia e segurança desta nova indicação.

A única indicação aprovada atualmente para o medicamento é como agente antidiabético. Não há até o momento solicitação na Anvisa por parte da empresa detentora do registro de extensão da indicação do produto para qualquer outra finalidade. Não foram apresentados à Anvisa estudos que comprovem qualquer grau de eficácia ou segurança do uso do produto Victoza para redução de peso e tratamento da obesidade.

Conclui-se pelos dados expostos acima que desde a submissão do pedido de registro a aprovação do medicamento para comercialização e uso no Brasil, a ANVISA fez uma análise extensa e criteriosa de todos os dados clínicos que sustentam a aprovação das indicações terapêuticas do produto contendo a substância liraglutida, através da comprovação de que o perfil de eficácia e segurança do produto é aceitável para indicação terapêutica como antidiabético.

A Anvisa não reconhece a indicação do Victoza para qualquer utilização terapêutica diferente da aprovada e afirma que o uso do produto para qualquer outra finalidade que não seja como anti-diabético caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população."




quarta-feira, 7 de setembro de 2011

40 anos de medicina: o que mudou.

"O livro, de autoria do Prof. Dr. Adib Jatene, diretor Geral do HCor e do atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha aborda um diálogo entre os dois médicos que ocorreu em São Paulo, durante um dia todo, e foi um acontecimento ímpar por trazer detalhes da vida pessoal de cada um – um com 82 anos e o outro com 40 anos de idade, revelando duas vidas repletas de coincidências, a infância, a mudança de um estado para outro e um passado atuando na escolha pela medicina.

O livro relata a história de Adib Jatene que pretendia cursar medicina para retornar ao Acre e assim poder servir àquela comunidade. O Ministro Alexandre Padilha, por sua vez, foi marcado pela medicina por meio da mãe, uma médica que militava em favor da democracia, vivendo um período na clandestinidade. Compartilhando destinos semelhantes – a ausência do pai em tenra idade, a figura da mãe na luta pela sobrevivência – ambos chegaram ao cargo de ministro da saúde após a promulgação da Constituição de 1988.

Adib Jatene viveu o desafio de criar uma fonte de recursos específica para a saúde – a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) –, que teve sua finalidade alterada após sua aprovação no Congresso Nacional, o que o levou a deixar o cargo de ministro. Com a sua sabedoria, ele nos demonstra o quão valiosas são suas análises e ponderações a respeito da saúde pública. Sua lucidez e maturidade na compreensão dos problemas lhe conferem um olhar global sem se perder nas lateralidades.

Alexandre Padilha vive o desafio de consolidar um sistema público de saúde capaz de garantir efetivamente o direito à saúde. Sua convicção e determinação são inabaláveis, tanto que, com o olhar no futuro, não tira o pé da realidade, a fim de transformá-la, sabendo temperar sua pressa e seu sentimento de urgência na resolução de problemas de saúde pública com o momento certo de atuação. Sua capacidade de viver a utopia sem perder a consciência da realidade certamente o levará a consolidar o Sistema Único de Saúde (SUS) no país. Sua alma humanista, sua capacidade de diálogo e conciliação responsável são qualidades importantes para a medicina e a vida pública.

"40 anos de medicina: o que mudou", retrata a vida e a profissão dos dois autores. No livro ambos falam de suas vidas, infância, a escolha pela medicina e a vida política com o exercício de cargos públicos de relevância na área da saúde, deixando entrever os rumos da medicina nesses 40 anos e as mudanças ocorridas."

Fontes:


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Café com a Presidenta e o Programa Farmácia Popular.

Neste dia 5 de setembro, a Presidente Dilma falou sobre o Programa Farmácia Popular do Brasil e o sucesso do "Saúde não tem preço". Veja a entrevista:

Luciano Seixas: Olá, bom dia. Eu sou Luciano Seixas e começa agora mais um “Café com a Presidenta”, o nosso encontro semanal com a presidenta Dilma Rousseff. Bom dia, Presidenta.

Presidenta: Bom dia, Luciano. Bom dia aos nossos ouvintes.

Luciano Seixas: Presidenta, hoje vamos falar de saúde. Como está a distribuição gratuita de remédios para o tratamento de hipertensão e diabetes? Esse foi o tema do nosso primeiro “Café com a Presidenta”, lembra?

Presidenta: Lembro, sim, Luciano. Eu lancei o programa “Saúde Não Tem Preço” em fevereiro. Nesses sete meses, 5,4 milhões de pessoas receberam, de graça, remédios para tratamento de hipertensão e de diabetes. Veja o que aconteceu: em janeiro, 850 mil pessoas compraram remédios para diabetes e para pressão alta nas farmácias do governo e na rede “Aqui tem Farmácia Popular”. Naquela época, Luciano, o governo dava um bom desconto e o paciente pagava uma parte do preço do remédio. Em fevereiro, nós começamos a distribuir os remédios de graça e, a partir daí, um número muito maior de pessoas passou a ter acesso a esses medicamentos. Agora, em agosto, 2,68 milhões de pessoas receberam, de graça, remédios para hipertensão e diabetes. São pessoas que não precisam mais gastar o seu dinheiro para tratar destas duas doenças. Isso significa, Luciano, que estamos alcançando o nosso objetivo: levar saúde a todos os brasileiros.

Luciano Seixas: E o número de farmácias credenciadas também aumentou, não é, Presidenta?

Presidenta: Aumentou, sim, Luciano. Nós já chegamos a 20 mil farmácias credenciadas em 3 mil municípios brasileiros. No início do ano, eram 15 mil farmácias credenciadas. Uma coisa importante: o custo dos remédios pesa mais no bolso das famílias mais pobres. Por isso eu solicitei ao Ministério da Saúde que ampliasse o número de farmácias nas cidades mais pobres, e nós estamos chegando lá. A rede “Aqui tem Farmácia Popular” já está em 70% desses municípios.

Luciano Seixas: É, agora ninguém precisa gastar seu dinheiro para tratar de hipertensão e de diabetes, que são doenças que não apresentam sintomas, mas são perigosas, não é, Presidenta?

Presidenta: É isso mesmo, Luciano. Veja você: hoje o Brasil tem 40 milhões de pessoas com diabetes ou hipertensão. O programa “Saúde Não Tem Preço” está assegurando o tratamento de todas essas pessoas. Todos, agora, podem fazer o tratamento direito, sem interrupção, sem se preocupar com o dinheiro para comprar o remédio. O governo garante o remédio de graça.

Luciano Seixas: Ainda na questão da saúde, Presidenta, parece que o número de médicos que vêm se formando para trabalhar no sistema público de saúde no Brasil está abaixo das necessidades de atendimento. Como resolver isso?

Presidenta: Olha, Luciano, o meu governo vai enfrentar esse grave problema da saúde pública no Brasil: a falta de médicos e sua má distribuição pelo território nacional. Então, uma das coisas que estamos fazendo é incentivar os médicos recém-formados a prestarem serviços em postos e centros de saúde públicos. A partir de agora, o recém-formado que trabalhar em unidades do Sistema Único de Saúde, o SUS, vai ter sua dívida do Financiamento Estudantil reduzida. Esses jovens vão prestar serviços em 2 mil municípios, onde a carência de médicos é maior. Quem aceitar o desafio pode ter um bom desconto no financiamento ou mesmo acabar fazendo todo o curso de graça. Hoje já temos 5 mil, desses 24 mil alunos de Medicina que acessaram o Fies, formados ou se formando, e em condições de ir trabalhar na rede pública.

Luciano Seixas: Isso também vai ajudar na formação dos médicos, não é, Presidenta?

Presidenta: Ah vai, sim, Luciano. Os jovens médicos precisam conhecer as reais necessidades da nossa população. A qualidade do atendimento é muito importante, por isso eu pedi aos ministros da Educação e da Saúde que elaborem um plano de qualidade da educação médica. Vamos abrir vagas para formar mais 4,5 mil médicos por ano e vamos continuar levando os cursos de Medicina para as cidades do interior. Na semana passada eu estive em Garanhuns, para a aula inaugural do curso de Medicina do campus da Universidade de Pernambuco. Foi uma grande alegria encontrar ali jovens alunos que não vão precisar se deslocar para a capital ou até para outro estado em busca de formação. Eles vão estudar ali mesmo e logo, logo, vão poder contribuir para melhorar as condições da saúde daquela comunidade, daquela região.

Luciano Seixas: Então, qualidade é a palavra-chave na saúde?

Presidenta: Isso aí, Luciano. Um dos maiores objetivos do meu governo é fazer com que a qualidade de atendimento do Sistema Único de Saúde seja igual àquela praticada, por exemplo, nos grandes hospitais privados do nosso país. Vamos garantir atendimento humano e de qualidade, e isso é um compromisso a ser buscado todos os dias.

Luciano Seixas: Então, qualidade é a palavra-chave na saúde?

Presidenta: Isso aí, Luciano. Um dos maiores objetivos do meu governo é fazer com que a qualidade de atendimento do Sistema Único de Saúde seja igual àquela praticada, por exemplo, nos grandes hospitais privados do nosso país. Vamos garantir atendimento humano e de qualidade, e isso é um compromisso a ser buscado todos os dias.