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quinta-feira, 4 de junho de 2015

Dissertação sobre plantas medicinais e fitoterápicos recebe menção honrosa.

A dissertação de mestrado da Farmacêutica Katia Regina Torres foi agraciada com Menção Honrosa, no Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional edição 2014. Com o título: "Os arranjos produtivos locais (APLs) no contexto da implementação da Política e do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos", o trabalho inscrito na categoria I - Produção do conhecimento Acadêmico – Mestrado, foi selecionado entre mais de 240 outras dissertações.

O Prêmio, criado em 2009, que na edição de 2014 homenageou o professor Armando Dias Mendes, é uma iniciativa do Ministério da Integração Nacional - MI, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Regional – SDR. Este tem como objetivo geral: “Promover a reflexão, do ponto de vista teórico e prático, acerca  do desenvolvimento regional no Brasil, envolvendo o poder público e a sociedade civil organizada na discussão e na identificação de medidas concretas para a redução das desigualdades de nível de vida entre as regiões brasileiras e a promoção da equidade no acesso a oportunidades de desenvolvimento”.

Parabéns aos premiados e um abraço especial para a amiga Katai Regina Torres, uma incansável batalhadora pelos fitoterápicos e plantas medicinais no SUS.

Para saber mais sobre o prêmio acesse: http://premio2014.mi.gov.br/

Para acessar a dissertação, visite:

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

60 anos da morte de Luis Agote: pioneiro da transfusão de sangue indireta.

Hoje, dia 12 de novembro de 2014, faz 60 anos que faleceu o médico argentino Luis Agote. Saiba sobre ele no texto abaixo, extraído do site HISTORY:  

Luis Agote nasceu no dia 22 de setembro de 1868 e faleceu no dia 12 de novembro de 1954. Foi um médico e investigador argentino. O médico belga Albert Hustin e Luis Agote, trabalhando independentemente e sem conhecer os resultados das investigações um do outro, foram os primeiros a realizar transfusões de sangue indiretas sem que o sangue se coagulasse no recipiente que o continha. Luis Agote, preocupado pelo problema das hemorragias em pacientes hemofílicos, encarou o problema da conservação prolongada do sangue com a colaboração do laboratorista Lucio Imaz.
Suas primeiras tentativas, como o uso de recipientes especiais e a conservação do sangue a temperatura constante, não deram resultado. Buscou então alguma substância que, agregada ao sangue, evitaria a coagulação. Após muitos testes de laboratório in vitro e com animais, Agote, mesmo sem conhecer a origem bioquímica do comportamento, descobriu que o citrato de sódio (sal derivado do ácido cítrico) evitava a formação de coágulos.
Luis Agote, longe dos centros científicos mais importantes e avançados, conseguiu resolver o problema das transfusões que angustiava a milhares de médicos recrutados pelos exércitos europeus durante a Primeira Guerra Mundial. Fez grandes contribuições à medicina mundial, que contou desde então com um método de transfusão de sangue simples, inócuo e fácil de executar por um profissional. O jornal norte-americano New York Herald publicou uma síntese do método de Agote e percebeu suas projeções futuras, afirmando que teria muitas outras aplicações além do tratamento de hemorragias agudas.

Fonte de imagem e texto: 
http://www.seuhistory.com/hoy-en-la-historia/nasce-o-argentino-luis-agote-o-primeiro-medico-realizar-uma-transfusao-de-sangu-0
http://www.portalplanetasedna.com.ar/transfusion.htm

domingo, 16 de março de 2014

Farmacêutica fala sobre a difícil batalha pela igualdade de gênero.

A entrevista abaixo foi publicada no site da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados – CNTU. A mesma foi feita com a Farmacêutica Gilda Almeida de Souza, grande liderança política. Farmacêutica de luta que muito orgulha a profissão. Tenho em Gilda, além de uma amiga, minha inspiração e a dirigente que me ensinou muito na direção do Sindicato dos Farmacêuticos de SP e na Federação Nacional dos Farmacêuticos. Vale a pena conhecê-la, por sua história política, por sua militância e pelo papel que desempenhou e desempenha pelo fortalecimento da profissão farmacêutica.
A matéria foi extraída do site: www.cntu.org.br e foi escrita por Rita Casaro, da comunicação da CNTU. A foto é de Beatriz Arruda.
Parabéns Gilda pela entrevista e parabéns para a CNTU pelo tema abordado.

A mulher deve aprender a disputar o poder para ocupar espaços estratégicos

A vice-presidente da CNTU, Gilda Almeida de Souza, fala sobre a difícil batalha pela igualdade de gênero, sobretudo na política


Oportunidades e salários iguais no mercado de trabalho, divisão das tarefas domésticas e equipamentos sociais adequados, atenção à saúde, fim do assédio e da violência e condições de disputar posições de destaque na política e no movimento sindical. Construir essa realidade de plena emancipação feminina, que tem como barreira séculos de cultura patriarcal e inúmeros preconceitos, é a meta da sindicalista Gilda Almeida de Souza, vice-presidente da CNTU e coordenadora do Coletivo de Mulheres da entidade. “Essa é uma luta que é da superestrutura, não vai se resolver no curto prazo, mas é preciso enfrentá-la”, afirma a farmacêutica formada em 1973 pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),
 
Na sua opinião, passo importante nessa direção foi a decisão da confederação de dar prioridade a essa questão. Como resultado do 1º Encontro da Profissional Universitária, que a CNTU promove em 15 de abril, em São Paulo, ela espera que o tema seja incorporado à pauta de discussão das federações filiadas e essas invistam na mobilização e formação das mulheres.

Gilda destaca como ponto fundamental de ação o trabalho pela  aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 130/2011, conhecido como o PL da igualdade. A proposição acrescenta § 3º ao art. 401 da Consolidação das Leis do Trabalho, a fim de estabelecer multa para combater a diferença de remuneração verificada entre homens e mulheres no Brasil. Apresentado em dezembro de 2011 e aprovado na Câmara dos Deputados, aguarda aprovação nas comissões do Senado para ir à sanção presidencial.
 
Dona ela própria de uma rica história de superação do machismo, seja na profissão ou na luta dos trabalhadores, Gilda chegou a São Paulo em 1975 apenas com o filho mais velho, à época um bebê, e foi morar provisoriamente com a irmã que vivia na clandestinidade por combater a ditadura ainda vigente no País. Desde então, exerceu inúmeras posições de destaque, tendo sido a primeira mulher a presidir o Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo (1989-1998)  e a Federação Nacional dos Farmacêuticos  (1991-2000). Também atuou na Central Única dos Trabalhadores (CUT) antes da criação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da qual é dirigente. Aposentada no Instituto Butantã, instituição a qual se dedicou durante toda sua vida profissional, Gilda é avó de três netos e continua a enfrentar a difícil, mas essencial, batalha pela igualdade. Sobre o tema ela falou ao Portal da CNTU.

Com foi o seu ingresso na profissão com farmacêutica?
Na realidade, o que determinou muito essa questão, de como lidar com a luta pelos direitos, seja no trabalho, no movimento sindical e na política, na saúde, em todos os campos, e me ajudou bastante foi a formação familiar. Na minha casa, era muito presente a ideia de a mulher ser independente, ter seu espaço, meus pais valorizavam muito isso. Então, escolher farmácia não foi muito fácil, mas estava na pauta optar por uma profissão, o que era decisivo para ser independente. Construí minha trajetória com base nisso.
 
E a entrada no mercado de trabalho?
O primeiro desafio foi arrumar um emprego em São Paulo. Quando me inscrevi para ser estagiária no Instituto Butantã não foi fácil. Apesar de já ter uma concepção emancipacionista da mulher, enfrentei um campo que era de homens. Na saúde, já havia muita mulher, mas os chefes eram homens, a começar pelo diretor. A gente se dá conta de que você tem que vestir a camisa e sair lutando, ou não abre os espaços. Quando você está na área da saúde, da ciência, a sua capacidade, responsabilidade conta muito. O fato de já militar no partido me orientava. Aí, comecei a militar no movimento sindical. Quando vim morar em São Paulo, não tinha muito claro como ia militar, mas já sabia que iria ser uma lutadora do povo brasileiro, da minha categoria, dos meus pares. Entrei no movimento dos servidores públicos.
 
Houve dificuldades mesmo numa categoria em que havia muitas mulheres?
Na minha categoria hoje, 70% devem ser mulheres. Quando entrei, já eram 50%. Eu fui a primeira presidente do sindicato que em 8 de março último, completou 68 anos. Eu fui a primeira presidente há mais de 20 anos e até agora fui a única. Tenho batalhado muito, dizendo que precisamos formar as mulheres, que elas precisam ter sede de ocupar os espaços e disputar o poder. Têm que começar a fazê-lo no sindicato, no trabalho, em casa para depois pleitear os cargos legislativos, executivos. Questões fundamentais a serem tratadas é a violência e o assédio, porque é uma questão de dominação.
 
Por que na atualidade ainda existe essa barreira?
Uma das questões é a cultural. As mulheres sempre foram colocadas em lugares que não fossem de destaque ou de mando. Isso já mudou bastante, mas ainda existe. A mulher tem que fazer a disputa no sindicato para ser a presidente, é preciso travar a disputa, ainda que fraterna, com os homens. Além disso, a mulher socialmente tem tarefas que são inerentes a ela e não entram na divisão do trabalho, como a maternidade e a casa, então tem mais dificuldade. E o poder público não compreende que a mulher precisa de equipamentos para poder exercer plenamente o seu trabalho e a sua cidadania. Nesse sentido, o  projeto de lei da igualdade que está tramitando é uma batalha que todas nós temos que enfrentar.
 
Essa situação afeta inclusive as mulheres de classe média?
A mulher que tem melhor condição financeira, por exemplo a de nível universitário, que tem um emprego provavelmente melhor, também enfrenta problemas.  Por exemplo, uma creche boa custa cerca de R$ 1.000,00. Ela até pode pagar. Mas ela tem a obrigação de levar e buscar. Na hora de colocar para dormir é ela que põe, culturalmente a responsabilidade é dela. É preciso uma formação para que a mulher entenda porque tem esse papel, porque aceita ser a responsável pelo lar. Raramente, se vê a divisão das tarefas de verdade.
 
Na política, o problema também persiste.
Comemoramos em 24 de fevereiro os 82 anos do voto feminino, mas ainda temos pouquíssimas mulheres na política. E mais ainda, dificilmente essa inserção se dá devido a uma trajetória nos movimentos sociais, mas sim porque o marido ou o pai introduzem a mulher na política. É importante de qualquer forma, mas temos que valorizar as que são oriundas dos movimentos, porque farão uma grande diferença.

As cotas de candidaturas femininas nos partidos não têm funcionado?
Elas existem pró-forma, lança-se a mulher, mas o investimento na candidatura é muito pequeno. A cota por si só não resolve, tem que ser qualificada. Por exemplo, as centrais sindicais têm cota de dirigentes mulheres, mas dificilmente uma é presidente, tesoureira ou secretária-geral.
 
Nesse caso as secretarias ou departamentos de mulher têm a sua função, não?
É importante, tem que ter, porque há especificidades que precisam ser tratadas e que muitas vezes o homem não compreende por mais arejado que seja. Mas ainda não são estruturas de poder. Isso é na presidência, na tesouraria, na secretaria geral e hoje também na área de imprensa. Dificilmente você encontra mulheres nessas posições.
 
E quanto ao Coletivo de Mulheres da CNTU, que papel tem?
Embora tenhamos formação acadêmica, ainda somos muito submetidas, haja visto que nas nossas categorias, mesmo quando há maioria feminina, os presidentes são homens. Muitas vezes até se justifica pelo preparo etc, mas isso se dá porque na trajetória não foi dada oportunidade às mulheres para que se preparassem. É difícil encontrar uma pauta que tenha questões específicas da mulher. Isso só acontece quando tem uma mulher com consciência e poder. Não é fácil conseguir isso. O movimento sindical é muito machista, essa é uma marca forte e representa o que existe na sociedade. A formação é fundamental para elevar o nível de consciência sobre os temas que existem para poder lutar. Você não luta pela questão de gênero, se não compreende o papel e o espaço que a mulher deve ter. Por isso valorizo muito a CNTU ter construído o coletivo de mulheres e estar investindo nisso.
 

Qual a meta do encontro que a confederação promove em abril?
Temos que sair dali com o tema incorporado pelas nossas categorias. Se conseguirmos que as federações façam o debate sobre como mobilizar as mulheres para aprovar o projeto da igualdade e fazer cursos de formação, será um grande avanço, teremos cumprido o nosso papel. Fazer isso implica abordar problemas concretos, como os salários, a oportunidade de estudar, os equipamentos sociais.  A mulher tem que entender que tem direito a tudo isso.

Fonte do texto e da imagem: 
http://www.cntu.org.br/cntu/noticias/a-mulher-deve-aprender-a-disputar-o-poder

sexta-feira, 7 de março de 2014

Homenagem a garra da mulher, através de uma farmacêutica.


Não poderia deixar de postar no blog a matéria divulgada neste dia 07 de março de 2014, pelo SBT Brasília, sobre a querida farmacêutica Aline Silva. Uma homenagem feita pelo SBT a garra da mulher, através de sua história.


Sua história já fora contada no jornal Correio Braziliense, com o título "Servidora Pública compartilha tratamento de câncer em blog. Para ver a matéria publicada no ano passado acesse: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2013/10/04/interna_cidadesdf,391637/servidora-publica-compartilha-tratamento-de-cancer-em-blog.shtml 


Deixarei a matéria e o vídeo falarem por si.

Para saber mais sobre essa guerreira, visite no FACEBOOK a comunidade "Câncer com otimismo", através do link: https://www.facebook.com/cancercomotimismo . 

Aline, parabéns pelo dia internacional da mulher! Parabéns pela homenagem! 

Para assistir a reportagem em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, clique na imagem abaixo: 





quarta-feira, 5 de março de 2014

3 anos da morte do bioquímico Alberto Granado, amigo de Che Guevara.

Neste dia 05 de março de 2014 completa 3 anos da morte de Alberto Granado, bioquímico argentino, amigo de Che Guevara, que com ele fez uma viagem por boa parte do cone sul, contada no filme “Diário de motocicleta”.

No dia de sua morte, este humilde divulgou o fato sob o título “Morre Alberto Granado,
farmacêutico amigo de Che Guevara”. 
Para ver a postagem, acesse: http://marcoaureliofarma.blogspot.com.br/2011/03/morre-alberto-granado-farmaceutico.html .

Em sua homenagem, publicamos aqui uma matéria publicada no Guia do Estudante – venturas na História para viajar no tempo. A matéria pode ser acessada em: http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/alberto-granado-garupa-che-434763.shtml

 

Por Celso Miranda | 01/08/2006 

“Aos 29 anos de idade, Alberto teve a idéia de viajar de moto pela América do Sul, partindo de Córdoba, na Argentina, rumo ao norte. Ele tinha a moto e a vontade. Faltava um companheiro para a aventura. Alberto convidou um jovem com quem jogava rúgbi e com quem compartilhava o gosto pela aventura e pela medicina: Ernesto Guevara. Em 29 de dezembro de 1951, os dois partiram numa “poderosa” Norton 500.

A moto ficou pelo caminho. O dinheiro acabou e eles seguiram a pé, de carona e ônibus. No Chile foram tratados como médicos famosos, na Bolívia trabalharam como ajudantes de cozinha e na Colômbia navegaram em barcos clandestinos. No Peru trataram de leprosos internados no meio da selva. Os amigos se despediram na Venezuela. Ernesto retornou à Argentina e, dois anos depois, voltaria à estrada. Conheceria Fidel Castro e se alistaria na revolução cubana. Alberto ficou, arrumou emprego, se apaixonou por Delia, com quem é casado até hoje. Mas voltariam a se encontrar em Cuba, quando Ernesto já era o Che e ministro do governo de Fidel. Alberto foi ajudar o amigo na reconstrução de Cuba. Che seguiu mundo afora, lutou na África, morreu na Bolívia, tentando semear seus ideais revolucionários. Alberto, aos 85 anos, mora em Havana, ao lado da mulher (que acompanhou toda a entrevista), das filhas e dos netos.

História – O senhor é chamado de “o amigo de sempre” de Che. Isso o incomoda ou já incomodou?
Alberto Granado – De forma nenhuma. É um orgulho. Uma lembrança muito querida, muito importante. E ainda muito viva e emocionante.
Como começou a amizade?
Conheci Ernesto quando ele tinha 14 anos. Eu tinha 20 e treinávamos num time de rúgbi, em Córdoba. Fiquei muito amigo dele e de sua família. Foi em 1942, 43...
O senhor foi preso em 1943, não é?
Sim. Foi numa passeata de estudantes e professores para protestar contra o governo e o ministro da Guerra. Foram uns três meses preso. Ernesto e os irmãos me levavam comida lá.
Che descreveu a viagem de vocês como “duas vontades dispersas estendendo-se pela América, sem saber exatamente o que procuram nem qual é sua meta”. O senhor concorda com a interpretação?
Acho-a apropriada. Mas esse relato foi feito, se não estou enganado, bem depois, quando Ernesto já tinha conhecimento do caminho que cada um de nós tomaria.
E é muito diferente da expectativa que vocês tinham antes de partir?
É claro que não tínhamos a expectativa de que aquilo fosse ter os desdobramentos que teve. Pelo menos eu não tinha. Nós falamos durante três anos sobre fazer uma grande expedição pela América Latina. Conhecer os povos e os tipos da Argentina, da Bolívia, do Peru. Eu queria comemorar meus 30 anos de uma forma especial e achávamos que a viagem seria uma oportunidade para isso.
Como uma despedida da juventude. Uma última aventura antes de arrumar um emprego, casar, ter filhos...
Mais ou menos. No fundo, talvez eu achasse que se não fosse naquela hora não seria outra. Economizei, comprei uma Norton 500 e convenci Ernesto.
Foi difícil convencê-lo?
Fuser queria fazer a viagem antes de mim. Mas tive que prometer à sua mãe e ao seu pai trazê-lo de volta para que ele se formasse.
Então o senhor não cumpriu?
Mas ele voltou e se formou no ano seguinte.
Aliás, essa história do apelido... Ernesto ficou famoso como Che. Mas o senhor só o chamava de “Fuser”. Por quê?
Ernesto passou a ser Che na época da revolução, quando o chamavam assim porque ele, como bom argentino, dizia “che” a toda hora.
Mas o senhor o chamava de Fuser.
O apelido? Fuser é do tempo do rúgbi. Acho que fui eu quem comecei a chamá-lo assim, mas não tenho certeza. Fuser vem da junção de “fu” mais “ser”. As primeiras sílabas de “furibundo” (uma referência ao jeito que ele jogava) e “Serna”, seu sobrenome materno.
E o senhor? Não tinha apelido? Como Fuser o chamava?
De “Mial”, de “mi Alberto”. E “Panzón”, quando queria me provocar.
O senhor conheceu Maradona quando ele visitou Cuba?
Sim, sim. Mas pouco. Eu queria falar de futebol, e ele só queria saber da revolução.
E, mesmo conhecendo Maradona, seu argentino favorito continua sendo Che?
(Risos) Como revolucionário, “El Che”. Como futebolista, Maradona.
Ernesto gostava de futebol, não é? Ele era bom de bola? No filme Diários de Motocicleta (do brasileiro Walter Salles) tem uma cena em que você jogam futebol. Aquilo aconteceu mesmo?
Che era goleiro e bom. Saltava na bola como poucos. O jogo de que você falou aconteceu na colônia de leprosos na Amazônia e naquele dia Che agarrou um pênalti. Ele gostava mesmo de futebol. Na viagem, em Bogotá, assistimos à partida entre Milionários e Real Madri. O Milionários tinha Di Stefano...
Que depois foi para o Real.
Isso. E depois ficamos discutindo quem era melhor, se Di Stefano ou Pederneras (Adolfo Perdeneras, meio-campista argentino, ex-River Plate, também do Milionários. Naquele jogo, Di Stefano fez dois gols e Pederneras um, e o Milionários venceu por 4 a 2.)
Qual a lembrança mais forte que o senhor guarda da viagem com Ernesto?
Foi uma época muito rica, mas o discurso de despedida do diretor do leprosário... Ainda hoje penso nele e em quando falou do sonho de criar uma América Latina soberana e unida. Foi tudo muito marcante.
Marcante para vocês dois?
Creio que sim. Acho que nos mudou a ambos. O que vimos nos tornou mais humanos, mais sensíveis às diferenças entre pobres e ricos, entre doentes e sãos, entre brancos e índios.
Vocês alguma vez chegaram a pensar em desistir?
Todos os dias. Várias vezes. Nosso dinheiro acabou, a moto quebrou, nos perdemos... Mas isso fazia parte da aventura, da descoberta.
Você ajudou os roteiristas do filme de Walter Salles. O que achou do resultado?
Eu gostei do filme. Me diverti e me emocionei com ele.
Há alguma cena muito diferente do que realmente aconteceu?
Várias, não é? Afinal é um filme e compreendo que algumas coisas precisam ser alteradas para que se consiga contar uma história. Aí, acontecimentos e mesmo personagens precisaram ser adaptados.
Por exemplo...
Você se lembra da cena em que Ernesto está fazendo aniversário e há uma festa para ele no leprosário? No filme, na noite da festa Fuser resolve atravessar o rio a nado. E atravessa. Na verdade, ele começou a atravessar, nadou uns 30 ou 40 metros, nós gritamos para ele voltar. E ele voltou.
Quer dizer que ele não atravessou o rio? Mas é uma das cenas mais marcantes, que até inspirou a música que ganhou o Oscar...
Ele atravessou, mas não foi naquela noite. Atravessou de dia, em outro dia...
Dois anos depois da primeira, Ernesto partiu em numa nova viagem, quando conheceu Fidel e acabou envolvido na revolução em Cuba. Ele não o convidou para a segunda viagem? O senhor já pensou que poderia estar lá?
Eu já estava noivo, trabalhando na Venezuela. Mas quando soube que Ernesto estava saindo para uma segunda viagem, achei que ela seria definitiva.
Como assim?
Eu achava que se a nossa viagem servira para reforçar suas convicções quanto às diferenças sociais e para torná-lo mais sensível à importância de lutar contra elas, na segunda ele iria realizar essas mudanças em que acreditava. Ele era muito fiel às suas convicções.
Em seu livro Travelling with Che Guevara (“Viajando com Che Guevara”), o senhor conta um diálogo com Ernesto sobre a necessidade de fazer uma revolução para libertar a América Latina única. E Che teria dito que não haveria revolução sem tiros...
É verdade, isso ocorreu na Bolívia, quando estivemos muito perto de pessoas muito pobres e praticamente escravizadas pelas companhias mineradoras estrangeiras. De certa forma foi uma premonição do que aconteceria a Ernesto na segunda viagem (dois anos depois, em sua segunda viagem pela América Latina, Che conheceria Fidel Castro e passaria a integrar o grupo que faria a revolução armada e tomaria o poder em Cuba).
Como foi o reencontro em Cuba?
O Che me pediu para vir para cá e ajudar na organização de hospitais, asilos. Eu vim e trabalhei para o governo cubano durante 50 anos. Agora estou aposentado.
E Che havia mudado?
Ernesto estava mais maduro, porém sua linha de conduta e tudo o que havia me dito estavam intactos. E sua capacidade, sua disposição, parecia ter se multiplicado.
Quando ele deixou Cuba para levar adiante a revolução comunista, o senhor não pensou em ir também?
Che foi para a África e depois para a Bolívia para perseguir o que ele acreditava. E ele era irredutível quanto aos seus ideais. Che servia para muita coisa. Para médico, poeta, revolucionário e para líder. E sabia que eu não serviria para ser guerrilheiro. Eu servia apenas para ser seu amigo. Eu sou apenas um trabalhador.
Quando o senhor soube que Che havia morrido, na Bolívia?
Quando a primeira notícia apareceu em Cuba ninguém queria acreditar. Mas a mim me doeu o coração. Eu senti que era verdade. Depois de um tempo, vieram algumas fotos do corpo de Ernesto e me chamaram para reconhecê-las. Foi muito triste. Porque eu sabia que era ele.
Qual o legado de Ernesto?
Ele tinha muitas qualidades. Tantas virtudes que às vezes as pessoas diziam: “Veja, para ele é fácil. Ele é o Che”. Por isso, digo às pessoas que querem tê-lo como exemplo que se mirem nas incapacidades de Che. Na sua incapacidade de mentir, sua incapacidade de aceitar algo que não tivesse feito por merecer e na sua incapacidade de deixar que outro fizesse o que ele tinha de fazer.
O mundo mudou muito desde que Mial e Fuser viajaram pela América. Como o senhor vê hoje a Cuba de seus netos?
A Cuba do futuro, a Cuba que nós queremos, é um país cada vez mais culto. Não queremos que as pessoas tenham cada vez mais calças jeans ou que possam trocar de carro a cada ano. Queremos que nossos netos sejam capazes de ser cultos. Cada vez mais tenham prazer em ler um livro. Que essa é a única forma de ser livre: sendo culto”.

 Fonte da imagem:


http://www.bestriders.com.br/diarios-de-motocicleta-morreu-alberto-granado-o-companheiro-de-che-guevara/



quinta-feira, 8 de março de 2012

A homenagem e reconhecimento de uma irmã...

Faz um tempo que fiz uma postagem criando a "Comenda de Mérito do Blog", a partir da Comenda que recebi de "Mérito Farmacêutico" do Conselho Federal de Farmácia, por indicação do Conselheiro Federal de SP a época, Dr. Ely Saranz Camargo. A idéia era a de compartilhar com muitos outros que mereciam tal homenagem. Não me ouso em achar que isso bastaria no reconhecimento de pessoas as quais respeito e que desejo que fossem homenageadas.Mesmo assim gostaria de dedicar essa humilde homenagem para um grande amigo.
O texto abaixo foi feito para uma pessoa a quem conheci em minha vida e que respeito muito: Daniel Gomes. Posso dizer que quase sou da família, fruto de uma semelhança física, acusada pela sua própria mãe, Dona Jô! Tenho muitas histórias com esse amigo. Dirigimos o PCdoB de Santos, participamos de processos eleitorias, enfim, é um "irmão" comunista e batalhador pela justiça social.
A irmã do Daniel, Alessandra Gomes, me comoveu. O seu texto, publicado no facebook,  é auto explicativo sobre o que tem sido a conquista desse meu camarada. Fiz questão de compartilhar não pelas belas palavras escritas pela Alê, mas pelo reconhecimento de um camarada de luta. Parabéns Alê pelo texto e parabéns Daniel....tu és um vencedor! Parabéns por mais essa conquista em sua vida!

"Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida... se comparando até ao dia em que fui mãe... A sua luta vem de muito, muito tempo mesmo... O menino que saia cedo pra empacotar compras na SAB, que trazia pra casa as delícias da padaria ganhadas no final do dia como recompensa. O menino que engraxava sapatos... Que se aventurou, desde muito cedo, em todas as áreas possíveis e imagináveis, marceneiro, pedreiro, atendente de farmacia... aí, eis que aquele adolecente, indiguinado com as injustiças e desigualdade social no mundo, se encontrou no PC do B... gremio estudantil, Ujs, UEE, Diretório academico, dirigente do PC do B e mais uma infidade de outros, formaram o caráter solido desse ser incrível. Honestidade, honra fazem parte sim do seu vocabulário. Dentro da família é referencia absoluta... Filho, neto, irmão, pai, marido, tio sempre no afã de acertar e acolher. Hoje dizer parabéns parece tão pouco pra alguém que lutou tanto  na vida... Hoje meu irmão é um GRADUADO. Nosso orgulho, nosso exemplo... te amamos Sr Sociólogo Daniel Gomes... O seu lado fenix me diz que não para por aí... beijos da irmã mais orgulhosa do mundo!!!! Ale"

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Amaury Jório, um farmacêutico no samba.

Neste momento de carnaval senti-me na obrigação de escrever uma possível relação entre a assistência farmacêutica e a festa maior brasilieira. Seria possível isso? Talvez, pensei. Sobre isso, o melhor que posso oferecer enquanto pesquisa é a relação de um farmacêutico com a criação de uma grande Escola de Samba no Rio de Janeiro. O que descobri? Um farmacêutico chamado Amaury Jório.

Amaury Jório foi escritor, pesquisador e carnavalesco. Nasceu no Rio de Janeiro em 21 de fevereiro de 1925 e faleceu em 26 de janeiro de 1980, na mesma cidade. Trabalhou como farmacêutico e foi oficial do exército. Foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e coautor dos livros "Escolas de Samba em Desfile: Paixão, Vida e Sorte", em 1969 e, em 1975, "Natal, O Homem de Um Braço Só". Começou sua vida no samba na Escola de Samba “Recreio de Ramos”, junto com Armando Marçal, Villa-Lobos, Pixinguinha, Alcebíades Barcelos (Bide) e Mano Décio da Viola. Em 06 de março de 1959 fundou o Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, tendo exercido o cargo de presidente da agremiação no período de 1960 a 1966. Segundo o site da própria Escola “Jório deu a sugestão de que a área de atuação da recém fundada escola, a Leopoldina, fizesse parte do nome”. A primeira sede da Imperatriz Leopoldinense foi sua própria casa, durante 7 anos. Amaury, segundo o site “Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira”:


·         Em 1962, conseguiu que fosse criado o Dia Nacional do Samba, comemorado no dia dois de dezembro.


·         Assumiu a presidência da Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro em 1968.


·         Em 1969 realizou simpósio sobre as escolas de samba do Rio de Janeiro. Um ano depois, formou o Conselho Superior das Escolas de Samba, cujos participantes eram intelectuais, como Eneida, Sérgio Cabral e Ricardo Cravo Albin, e/ou sambistas, como Xangô da Mangueira, Dona Neuma e Cartola.


·         Entre os anos de 1973 e 1974, representou todas as entidades carnavalescas na Comissão de Carnaval da Riotur.


·         Em 1975, construiu, no subúrbio do Méier, a sede da Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Nos anos seguintes, participou da fundação de escolas de samba na Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai, Chile, Argentina, México, Japão, Canadá, Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica e Holanda.


·         No ano de 1975, levou para a Imperatriz Leopoldinense o sambista Luiz Pacheco Drumond que, em 1980, pela primeira vez, sagrou a escola campeã, meses depois do falecimento de Amaury Jório. Não chegou a ver realizada a construção da "Passarela do Samba", projeto do qual foi o criador e pelo qual vinha mantendo constante luta desde 1972.
Fonte:


Imagem:

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Farmacêuticas que nos orgulham!

Mulheres, farmacêuticas e combativas. Essas são algumas das formas com as quais poderia me referenciar às duas personaliades citadas nesta postagem. Mas é só isso? Não! Formadas na luta, são  representantes da população brasileira no Congresso Nacional. Motivo de orgulho para os profissionais farmacêutios (e para os que não são também), essas guerreiras comunistas são exemplos do quanto a política deve ser respeitada e acompanhada. Esse humilde Blog presta uma pequena homenagem à duas mulheres que merecem nosso respeito. E é bom demais saber que são FARMACÊUTICAS!

SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN -  "A história de uma vida pública não se constrói da noite para o dia. Para chegar ao patamar em que se encontra hoje, vista em todo o Brasil como uma política ética, honesta, moderna, determinada e corajosa Vanessa Grazziotin travou uma luta sem tréguas durante 32 anos. Uma trajetória que começou nos anos 70, em plena ditadura militar. Se aqueles eram os anos de chumbo, também eram os anos rebeldes e foi lá que, cabelos ao vento, esta catarinense que veio com a família para Manaus aos 15 anos, começou a militar nos movimentos estudantis, sob a bandeira do PCdoB. Muito precisava ser feito para que o Brasil saísse das trevas e retornasse ao Estado do Direito. Muito precisaria ser feito para tirar o Amazonas da condição de “porto de lenha”. E Vanessa começou a trabalhar cedo. Foi aprovada no vestibular para o curso de Farmácia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), onde iniciou a militância no Centro Acadêmico. Em 1982, depois de uma campanha histórica, se elegeu presidente do Diretório Central dos Estudantes, sendo a primeira mulher a conquistar tal façanha. Como líder estudantil – sob o signo da União Nacional dos estudantes (UNE) – lutou pela manutenção do ensino público e gratuito, democratização das Universidades, restaurante universitário e pelo direito á meia passagem estudantil. A cada nova vitória, a trincheira de luta de Vanessa se ampliava ainda mais. Na ordem dia estavam também os desafios em nível nacional, como a luta pelos Direitos da Mulher, a defesa dos  Direitos Humanos, a Causa Indígena,  a Defesa da Floresta, a campanha pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita, as Diretas Já. Vanessa abraçou cada uma dessas bandeiras, se doando por completo. Foi assim ao assumir a diretoria da Associação Profissional dos Professores do Amazonas (APPAM), onde fez história na defesa de melhores condições de trabalho para a sua categoria de Professores. Mas era preciso avançar mais, buscar novas tribunas para continuar a luta. E Vanessa se elegeu em 1988 vereadora de Manaus pelo PCdoB. Foi a segunda mais votada com 4.231 votos.  O feito seria repetido em 1992 quando foi reeleita com 4.231 votos. Em 1996 conquista nas urnas seus terceiro mandato de vereadora, com 16.465 votos. Mas a Câmara Municipal começou a ficar pequena para os horizontes que ela vislumbrava. Em 1998 é eleita a deputada federal mais votada em Manaus e a terceira mais votada no Amazonas. O País começava a descobrir quem era aquela parlamentar que lutava sem trégua em defesa das causas populares. Em 2002, Vanessa dá mais um importante passo em sua carreira vitoriosa, se reelegendo com a segunda maior votação proporcional do país. Foram quase 200 mil votos. Hoje, com o pé na estrada em busca de novo desafio, a parlamentar comunista  está iniciando seu primeiro mandato de Senadora. São 32 anos militando no mesmo partido. Três décadas dedicadas à defesa dos interesses do povo do Amazonas. Toda uma vida lutando  por uma sociedade mais justa."

Imagem extraída de: http://nota10.org.br/curso/ 


DEPUTADA ALICE MAZZUCO PORTUGAL -  "Brasileira, mãe, nascida em Salvador em 16 de maio de 1959, iniciou sua militância política na luta contra o regime autoritário, no seio do movimento estudantil, com sucessivas eleições para o Diretório Acadêmico Ferreira Gomes, da Faculdade de Farmácia da UFBA, entre os anos de 1977 a 1981 e para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da mesma universidade. Teve importante participação na reconstrução da UNE – União Nacional dos Estudantes. Filia-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em 1979. Após a sua formação como Farmacêutica Bioquímica, foi aprovada por concurso para o Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da mesma universidade. Militante sindical de destaque, foi diretora da ASSUFBA, FASUBRA e da Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores. Em 1995, eleita deputada estadual pelo PCdoB, para o período de 1995 a 1998, obteve 14.059 votos. Recebeu neste período todos os troféus conferidos pelo Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa da Bahia aos parlamentares que se destacaram. Foi galhardeada com o Troféu Ruy Barbosa como “Melhor Parlamentar da Legislatura”. Reeleita para o parlamento baiano com 27.675 votos para o período de 1999 a 2002, destacou-se como Líder do Bloco da Oposição, mais uma vez premiada pelo Comitê de Imprensa nos anos de 1999 e 2000. Foi titular da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa da Bahia, com atuação destacada em defesa da escola pública e dos profissionais do ensino. Participou durante os dois mandatos de diversas comissões temáticas como a presidência da Comissão Especial de Defesa dos Direitos da Mulher, por dois anos consecutivos, realizando neste período o I e II “Encontro sobre Mulher e Política na Bahia”. Na Assembleia Legislativa, Alice exige a abertura de diversas CPI´s, como as que investigam as fraudes no SUS e Fundef, a extinção do IAPSEB, as irregularidades do Planserv, o rombo do SAC e prostituição infanto-juvenil na Bahia. Denuncia os processos de privatização da Coelba, do Baneb, de hospitais públicos e a extinção da Bahiafarma. Propõe a recriação da Fundação Baiana de Amparo à Pesquisa (FAPESB), a criação do Conselho Estadual do Direito da Mulher. Rebela-se contra toda opressão aos negros, índios e mulheres. Representa com altivez a luta dos professores, estudantes, profissionais de saúde, das mulheres e servidores públicos. Em 2002, Alice Portugal foi eleita deputada federal com 121.043 votos, a terceira maior votação de Salvador e a décima maior votação do estado. Na Câmara dos Deputados, Alice Portugal integrou as Comissões Permanentes de Educação, Cultura e Desporto e de Políticas Públicas para a Juventude, de Trabalho, Administração e Serviço Público; Turismo e Desporto e a CPI contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. Reeleita em 2006 passa a integrar, como titular, a Comissão de Educação e Cultura e a suplência da Comissão de Seguridade Social e Família. A atuação da parlamentar priorizou os projetos relacionados à educação e à saúde, aos direitos dos trabalhadores, ao fortalecimento do serviço público, além dos direitos da mulher. Foi coordenadora da bancada feminina, num período em que se consagraram direitos importantes como percentuais de participação feminina na atividade política dos partidos e no funcionamento da Câmara dos Deputados com o reconhecimento da coordenadoria da bancada feminina. Em 2010, após ser incluída entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), reelegeu-se para sua terceira legislatura com 101.588 votos. Em Salvador, conquistou a sexta maior votação entre os deputados federais 46.115 votos, sendo a única mulher eleita para representar a Bahia na Câmara Federal. Atualmente é 3º vice-presidente da Comissão de Educação e Cultura e titular da Comissão Especial que analisa o II Plano Nacional de Educação, membro suplente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviços Públicos e presidenta da Frente Parlamentar da Polícia Rodoviária Federal, dirigente da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público e também da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, e das Frentes de Defesa da Educação e dos Hospitais Universitários e da Cultura, dentre outras."

sábado, 5 de março de 2011

Morre Alberto Granado, farmacêutico amigo de Che Guevara!

     Faço mais uma postagem em homenagem a um farmacêutico. Dedico a ele a “Comenda do Blog do Marco Aurélio”. Com certeza é o título mais simples que recebeu, mas de grande orgulho para mim. Fã reconhecido de Che, tenho em Alberto Granado um dos motivadores do ímpeto revolucionário de Ernesto Guevara. Não quero falar apenas por mim, mas pelo o que está disponível em alguns sites...

“A imprensa oficial de Cuba anunciou neste sábado a morte do bioquímico argentino Alberto Granado, aos 88 anos. Amigo de Ernesto Che Guevara, ele acompanhou o líder guerrilheiro em uma viagem de motocicleta em vários países da América Latina no início da década de 1950. A história ganhou notoriedade em 2005, quando foi adaptada pelo cineasta brasileiro Walter Salles no filme "Diários de motocicleta".

O contato com as populações dos locais por onde passou teria despertado o engajamento político de Che...

Granado morava em Cuba desde 1961, após ser convidado pelo líder guerrilheiro. A televisão estatal da ilha informou que ele será cremado e suas cinzas serão espalhadas pelo país, além da Argentina e da Venezuela. As causas da morte não foram divulgadas.”

http://www.sidneyrezende.com/noticia/123758+alberto+granado+companheiro+de+che+guevara+em+viagem+de+moto+morre+em+cuba

Milton Ribeiro disse... (http://sul21.com.br/jornal/2011/03/morre-alberto-granado-companheiro-de-che-nas-viagens-de-moto-pela-america/)

“Alberto Granado, amigo e companheiro de Ernesto Che Guevara em suas viagens de motocicleta pela América do Sul, morreu neste sábado em Havana aos 88 anos.
Granado, nascido em 8 de agosto de 1922 em Córdoba (Argentina) e estabelecido em Cuba desde 1961, morreu de causas naturais, explicou seu filho Alberto Granado. A televisão estatal cubana definiu Granado como um “fiel amigo de Cuba” e detalhou que, segundo sua vontade, será cremado neste sábado em Havana e suas cinzas serão espalhadas por Cuba, Argentina e Venezuela.

Amigo de infância de Che Guevara, realizou com o amigo em 1952 a viagem de motocicleta pela América do Sul que despertou a consciência política do médico Ernesto Che Guevara.
Sobre “La Poderosa”, a moto de Granado, os dois percorreram juntos boa parte do Cone Sul até que, nove meses depois, se separaram na Venezuela. A viagem foi transposta ao cinema em 2004 por Walter Salles no filme Diários de Motocicleta, protagonizado pelo mexicano Gael García Bernal, no papel de Che, e pelo argentino Rodrigo de la Serna, como Alberto Granado.
Após essa viagem, Granado retornou à Argentina para trabalhar como bioquímico, mas, após o triunfo da revolução cubana, Che o convidou para ir a Havana e, um ano depois, ele decidiu ficar na ilha com sua esposa e filhos. Em 2008, Alberto Granado viajou à Argentina para participar das comemorações do 80º aniversário de nascimento de Che Guevara na cidade de Rosário. Sua última viagem ao exterior foi ao Equador há alguns meses.”

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Minha "Comenda do Blog" para um Boticário.

Estou escrevendo um livro (faz uns 5 anos) falando sobre a história da profissão farmacêutica, referindo-me, principalmente, à personagens pouco conhecidos e que quase não são citados nos livros já existentes. Como pretendo dedicar a “Comenda do Blog do Marco Aurélio”, para algumas pessoas, faço esta postagem.


Fui motivado por ler hoje nos jornais cariocas de que o Largo do Boticário precisa de manutenção. O nome foi dado ao Largo em 1831 e é tombado pelo patrimônio histórico. É uma homenagem ao Boticário Joaquim Luiz da Silva Couto, que ali viveu. O Largo do Boticário fica no Bairro do Cosme Velho, no Rio de Janeiro, próximo ao Corcovado.


Abaixo destaco algumas citações sobre o Largo e os sites de referência:
“Apenas sete casas compõem outro belo recanto do Rio de Janeiro. Batizado em homenagem a Joaquim Luiz da Silva Souto, boticário da família real que ali morou em uma fazenda, o Largo do Boticário exibe telhados e fachadas coloniais, calçamento estilo pé-de-moleque, árvores centenárias e possui, ainda, o supremo privilégio de ter como vizinhos o Rio Carioca e um belo trecho de Mata Atlântica. Reduto de grandes artistas, o Largo tem promovido, ao longo dos anos, as mais diversas manifestações artísticas e culturais, levando até o bairro do Cosme Velho um grande número de turistas.”
“No bairro do Cosme Velho, ali estava o sítio ou chácara do sargento mor Joaquim Luís da Silva Souto, boticário da família real, conhecido por saber preparar bons xaropes e unguentos. Hoje tem lindas casas, algumas mansões muito reconstruídas ou construídas recentemente seguindo o padrão colonial, onde se abrigam alguns antiquários e pintores.”

Sites de referência desta postagem:
Imagem extraída de:



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Como posso homenagear farmacêuticos(as) de luta?

Pois é, fui agraciado com a Comenda do Mérito Farmacêutico no último dia 20 de janeiro. Pelas minhas contas sou o 14° indicado pelo estado de São Paulo, desde a criação da Comenda, que se deu com uma Resolução do Conselho Federal de Farmácia - CFF (Resolução 323, de 16 de janeiro de 1998). Por indicação do Dr. Ely Eduardo Saranz Camargo, conselheiro federal por SP, e aprovado no Plenário do CFF, recebi o que se denomina “a mais alta condecoração da profissão farmacêutica”.
 No dia da entrega, foi lido o seguinte texto sobre minha pessoa:
A história nos dá conta de que Santos-SP foi o berço do sindicalismo brasileiro. Tantos anos de luta, geração após geração, pela defesa dos direitos dos trabalhadores certamente contribuíram para elaborar a personalidade combativa do Prof. Marco Aurélio Pereira, farmacêutico especialista em Farmacologia, formado pela Universidade Católica de Santos-SP. Tão logo iniciou sua vida profissional, Marco Aurélio abraçou as lutas do Sindicato de São Paulo e da Federação Nacional dos Farmacêuticos por melhores salários e valorização profissional. Também representou os interesses da categoria e defendeu o fortalecimento da assistência farmacêutica dentro do Conselho Municipal de Saúde de Santos.
Atualmente, é Coordenador-Geral de Gestão, do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (DAF/SCTIE/MS) tendo, como uma de suas atribuições, coordenar o Programa Farmácia Popular do Brasil. É, ainda, professor das Cadeiras de Deontologia e Fundamentos e História da Farmácia nas Universidades de Santa Cecília e Municipal de São Caetano do Sul. A primeira na capital e a segunda na região metropolitana de São Paulo”.


A emoção é ímpar. A surpresa, ainda maior. Num estado como o de SP, onde estão quase 1/3 dos farmacêuticos de todo o País, não imaginava que isso um dia me aconteceria. Recebo a medalha não como reconhecimento do que talvez tenha feito, mas como estímulo para fazer cada vez mais!

Me parece clichê dizer que penso que muitos outros farmacêuticos e farmacêuticas mereciam a medalha, muito mais do que eu! O fato é que estou sentindo, de fato, isso. Formado em 1993, vi e convivi com profissionais da mais alta qualidade e, principalmente, combatividade. Desde aqueles que foram meus mestres na faculdade até àqueles a quem dei aula. Repassando uma lista de nomes que deveriam, por justiça, receber a Comenda, não consigo ver fim. Considerando isso, acabo de lançar a “Comenda do Mérito do Blog do Marco Aurélio”, a quem chamarei carinhosamente e com pouca criatividade de: “Comenda do Mérito do Blog do Marco Aurélio” (eu disse que haveria pouca criatividade). Com ela pretendo homenagear, mas principalmente, agradecer aos que me guiaram e me fizeram trilhar o tal do “bom caminho”. Pretendo destacar profissionais e também estudantes de farmácia!

Agradeço muito ao amigo Ely, que não tenho dúvida, não levou em conta a amizade apenas como mote de sua indicação. Agradeço ao Plenário do CFF por ter aceito. Ao CRF-SP por ter prestigiado. Ao SINFAR-SP, através das palavras carinhosas de algumas pessoas que me ligaram e pela presença do amigo Glicério Diniz. Aos amigos e parentes que lá estiveram. Mas agradeço, principalmente, por todas as palavras carinhosas que recebi pelo email, redes sociais, telefonemas, parabenizando pela Comenda.

Espero contribuições dos 2 ou 3 leitores do Blog para indicar possíveis homenageados. Quando puder indicar alguém, pelo email marcoaurelio.farma@gmail.com , mande um breve currículo para que eu possa postar.

Parabéns aos demais “Comendadores”.....