terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Como farmacêutico, tenho dúvidas!

Apesar de já estar neste mundo por 39 anos (com corpinho de 38) descubro, a cada dia, que não entendo de muitas coisas. Tenho opinião sobre muitos assuntos mas existem outros tantos que me causam dúvidas. Por alguns momentos até acho que me causam indignação, mas tudo bem, pois o barato da vida é continuar tendo o prazer de se indignar! Gostaria de destacar alguns que até hoje me causam arroubos de curiosidade:
- Em que momento da vida paramos de levantar o dedo para pedir permissão à professora para ir ao banheiro? Com quantos anos isso acontece?
- Porque “tudo junto” se escreve separadamente e “separadamente” escreve tudo junto?
- Porque o cachorro abana o rabo, sendo que o inverso é impossível?
- Quando cumprimentamos alguém, devemos dar dois beijos ou apenas um?
- Quando estamos no trânsito, porque escolhemos mudar de fila, sendo que todas param para o mesmo semáforo (ou sinaleira, ou farol, etc.)?
- Porque a hora-aula dura 50 minutos e não 47, 52, ou algo próximo?
Na profissão farmacêutica, tenho desenvolvido teses para esclarecer muitas coisas. Tenho certeza de que muitas das minhas respostas não respondem muitas das perguntas que me faço! A cada momento que entendo minha profissão, novas discussões surgem de mim comigo mesmo! Posso compartilhar algumas?
- Porque ainda existe diferença entre o que significa “farmácia” e “drogaria”?
- Se o SUS (Sistema Único de Saúde) é universal, porque existem Municípios que não aceitam dispensar medicamentos para receitas prescritas por médicos do setor privado?
- Se a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tem como função “normatizar, controlar e fiscalizar produtos, substâncias e serviços de interesse para a saúde”, porque quase tudo o que ela faz é questionado na justiça?
- Qual o motivo de haver diferenças salariais entre áreas de atuação da profissão, sendo que na cadeia do medicamento, todos os envolvidos possuem responsabilidades fundamentais?
- O que leva nossas entidades representativas serem dirigidas, em sua maioria por homens, sendo que a profissão é composta por quase 70% de mulheres?
- Porque muitos profissionais deixam de lado suas entidades sindicais, sendo que são elas as fundamentais para suas garantias trabalhistas?
Dúvidas que me assolam e quase me tiram o sono! Quero responder e peço ajuda!
Em tempo: Essa postagem foi motivada pelo anúncio de que a ANVISA não deve mais atuar na anuência prévia para concessão de patentes para medicamentos!

Imagem extraída de: http://jm7.com.br/Faq/?opc=2

3 comentários:

Cris Vidal disse...

Olá Marco!!
Passando pela primeira vez no ano no seu Blog, quero cumprimentá-lo pelos textos sempre interessantes e que nos levam á reflexão.
Só não dá pra ter dúvida de uma coisa, precisamos cada vez mais de Farmacêuticos como você, amantes da profissão!! Aproveito também para dar os parabéns pelo recebimento da Comenda do mérito Farmacêutico do CFF!! Você tem sido um grande exemplo para a nossa classe.
Cris Vidal

O tal do Marco Aurélio disse...

Cris, muito obrigado pelas palavras. Apesar de distantes, sabes que pode contar comigo e tenho orgulho em conhecê-la. Sorte dos teus alunos em tê-la como professora!

Unknown disse...

E aí, Marco! Desde que vc veio à Teresina num evento do sindicato acompanho seu twitter e blog.. e dentre tantas interrogações (e aliás sou um grande defensor delas! Só através das "?" é que conseguimos caminhar em busca de nossos horizontes... enfim..
Me chamou atenção um dos questionamentos, e acredito que o fato de municípios não aceitarem prescrições vindas do sistema privado (infelizmente complementar ao SUS, segundo a 8080) se deve à defesa dos princípios do SUS (que oferece o mesmo serviço que gerou aquela prescrição) e de se ter o acompanhamento daquele usuário dentro do sistema... e o privado é complementar e não substitutivo... ou seja, o que quero dizer é que ideal era se existe somente o SUS como foi planejado e que o privado fosse pra "privada"! rs

abraços